segunda-feira, 29 de junho de 2009

Observatório do Vaticano quer aproximar ciência e catolicismo

Esta imagem de uma galáxia espiral há 102 milhões de anos-luz de distância da Terra foi realizada pelo Telescópio do Observatório do Vaticano
Esta imagem de uma galáxia espiral há 102 milhões de anos-luz de distância da Terra foi realizada pelo Telescópio do Observatório do Vaticano


"Réquiem" de Fauré está tocando no fundo, seguido pelo quarteto de cordas Kronos Quartet. De vez em quando, a música é interrompida por um arpejo eletromecânico - como um refrão de jazz no clarinete - enquanto os motores guiando o telescópio giram para cima e para baixo. Uma noite de contemplação da galáxia está prestes a começar no observatório do Vaticano em Mount Graham.

"Entendi. Certo, é alegre", diz Christopher J. Corbally, o padre jesuíta que é vice-diretor do Grupo de Pesquisa do Observatório do Vaticano, sentado na sala de controle fazendo ajustes. A idéia não é procurar por presságios ou anjos, mas sim realizar astronomia profissional que combate a percepção de que a ciência e o catolicismo estão necessariamente em conflito.

No ano passado, durante o discurso de abertura de uma conferência em Roma, chamada "Ciência 400 anos após Galileo Galilei", o cardeal Tarcisio Bertone, secretário de Estado do Vaticano, elogiou o antigo antagonista da Igreja como sendo "um homem de fé que viu a natureza como um livro escrito por Deus."

Em maio, como parte do Ano Internacional da Astronomia, um centro cultural jesuíta em Florência, Itália, conduziu "uma reexaminação histórica, filosófica e teológica" do tema Galileo. Mas em um esforço para reabilitar a imagem da Igreja, nada fala mais alto do que um artigo de um astrônomo do Vaticano em periódicos como The Astrophysical Journal ou The Monthly Notices of the Royal Astronomical Society.

Em uma noite clara de primavera no Arizona, o foco não está na teologia, mas na longa lista de tarefas mundanas que dão vida ao telescópio. Enquanto monitora o céu, o instrumento enorme desliza sobre um anel de óleo pressurizado. Bombas devem ser ativadas, medidores checados, computadores reiniciados. O sensor eletrônico do telescópio, similar ao de uma câmera digital, deve ser resfriado com nitrogênio líquido para evitar que os megapixels se distorçam com o imenso barulho.

Enquanto Corbally corre de estação em estação ligando interruptores e virando discos, ele se parece mais com um engenheiro de manutenção do que com um padre ou até mesmo um astrônomo. Finalmente, quando tudo está pronto, a luz estelar recolhida por um espelho de 1,82 metros é fragmentada em bits eletrônicos, que são reconstituídos como luz em sua tela de vídeo.

"Muito da observação nos dias de hoje é assistir a monitores e operar computadores", Corbally diz. "As pessoas dizem, 'Ah, deve ser tão bonito ficar lá fora olhando para o céu.' Digo a elas que é ótimo se você gosta de ver TV."

Vestindo jeans e uma camisa de trabalho, ele não é um homem que usa sua religião na manga. Nenhuma prece é feita antes de um rápido jantar na cozinha do observatório. Na verdade, o único sinal de que o Telescópio de Tecnologia Avançada do Vaticano é fundamentalmente diferente de outros em Mount Graham, lar do complexo astronômico internacional operado pela Universidade do Arizona, é uma placa dedicatória na porta.

"Essa nova torre para o estudo das estrelas foi erguida neste local pacífico", lê-se em latim. "Que aquele que aqui buscar, noite e dia, pelos distantes confins do espaço use-a alegremente com a ajuda de Deus." E é nesse momento que a religião acaba e a ciência começa.

O interesse da Igreja Católica Romana nas estrelas começou por preocupações puramente práticas, quando o Papa Gregório XIII no século XVI recorreu à astronomia para corrigir o fato do calendário juliano não estar em sincronia com o céu. Em 1789, o Vaticano inaugurou um observatório na Torre dos Ventos, que posteriormente foi realocado para uma colina atrás da Cúpula de São Pedro. Nos anos 1930, os astrônomos da Igreja se mudaram para o Castelo Gandolfo, a residência de verão do Papa.

Com a propagação pela zona rural da iluminação de Roma, do tipo elétrico, a Igreja começou a procurar por um topo de montanha em um canto obscuro do Arizona.

A construção em Mount Graham foi uma luta. Índios apaches afirmaram que o observatório era uma afronta aos espíritos da montanha. Ambientalistas disseram que ele era uma ameaça a uma subespécie do esquilo-vermelho.

Ocorreram protestos e ameaças de sabotagem. Foi apenas em 1995, três anos após o edito da Inquisição contra Galileo ter sido revogado, que o novo telescópio do Vaticano fez suas primeiras observações científicas.

O alvo recente do telescópio foram as três galáxias espirais - números 3165, 3166, 3169 no Católogo de Objetos NGC - a cerca de 60 milhões de anos-luz da Terra, localizadas ligeiramente ao sul da constelação de Leão. Sentada em uma escrivaninha perto de Corbally estava Aileen O'Donoghue, uma astrônoma da Universidade St. Lawrence em Canton, Nova York, que está interessada em saber como essas massas gravitacionais puxam umas às outras, criando o equivalente estelar das marés.

"Expondo, 30 minutos", ela diz. Enquanto canções célticas tocam na sala de controle, dados são armazenados em hard drives e uma coluna de números passa por sua tela de computador. O'Donoghue, de criação católica, é autora de "The Sky Is Not a Ceiling: An Astronomer's Faith" ("O céu não é um teto: a fé de um astrônomo", em tradução livre), no qual ela descreve como perdeu e então redescobriu Deus "na vastidão, estranheza, abundância, aparente falta de sentido e até mesmo violência desse universo inacreditável."

Em pessoa, ela não é nem de perto tão intensa. Enquanto esperava uma imagem se formar na tela, ela foi até a varanda para olhar o céu não processado. No aglomerado de estrelas chamado "Presépio", uma das coisas que Galileo viu com seu telescópio, está a brilhante constelação de Câncer. Ao lado dela, está a constelação de Leão, onde O'Donoghue procura por marés gravitacionais.

"É o céu de verdade que importa," O'Donoghue diz. Ela descreve como faz seus alunos de graduação irem para fora olhar a Ursa Maior em diferentes pontos da noite. Eles voltam e dizem, 'Ela se move!'" - palavras que Galileo lendariamente pronunciou após ter sido forçado a desmentir sua descoberta. "Você pode dizer aos alunos que a Terra está em rotação, mas até eles verem com seus próprios olhos, eles não estão fazendo ciência", ela disse. "Seria a mesma coisa que ensinar teologia e a Escritura."

De volta à sala de controle, O'Donoghue explica como as marés gravitacionais que está estudando poderiam ser berçários estelares. Quando uma galáxia toca outra, nuvens de gás são misturadas tão violentamente que dão vida a estrelas.

No relatório anual do Observatório do Vaticano, na parte em que uma corporação descreveria sua estratégia de negócio, está uma seção que delineia a diferença entre creatio ex nihilo (criação a partir do nada) e creatio continua: "o fato de que a cada instante, a existência contínua do próprio universo é deliberadamente determinada por Deus, que, desta forma, continuamente faz com que o universo permaneça criado."

Teólogos chamam isso de "causas primárias", aquelas que fluem a partir de um propulsor impassível. No topo dessa plataforma eterna está outra camada, "as causas secundárias", que podem ser seguramente deixadas a cargo da ciência.

Corbally e O'Donoghue continuam trabalhando noite afora, coletando dados sobre causas secundárias - marés galácticas, nascimentos de estrelas. O descanso terá que esperar até a manhã e os pensamentos sobre as causas primárias ficarão para outra hora.

Tradução: Amy Traduções

The New York Times

domingo, 28 de junho de 2009

Laser pode melhorar comunicação com submarinos e ETs

Lasers que criam ruídos altos sob o oceano podem, eventualmente, substituir os sonares no envio de mensagens para submarinos, anunciaram físicos da Marinha americana. O mapeamento por meio de sonares convencionais usa vibrações de som, que requerem o rebocamento de um conjunto de alto-falantes e receptores.

"É preciso puxar (o conjunto) com um barco", disse Ted Jones, físico de plasma do Laboratório de Pesquisa Naval dos Estados Unidos, em Washington. "É demorado e caro. Pode levar horas ou mesmo dias para sondar uma área grande."

A nova técnica - uma espécie de código Morse do século 21 - usa raios lasers autofocalizadores para superaquecer pequenas quantidades de água até cerca de 20 metros abaixo das ondas. O resultado é "um pequeno pistão de energia" que se expande em velocidades supersônicas, criando um ruído submerso alto o suficiente para ser ouvido a quilômetros de distância, diz Jones.

Procura a laser
Os sons do laser também poderiam ser usados para qualquer outra das funções normais dos sonares, como procurar por objetos submersos ou mapear o fundo do mar. Para conduzir uma procura, os usuários poderiam espalhar bóias com sondas passivas, projetadas para ouvir, mas não transmitir. Depois, um avião poderia sobrevoar a área, emitindo sons gerados por laser em toda a região de pesquisa.

"Você poderia fazer rapidamente uma procura por sonda em uma grande área", disse Jones.

Ganhando foco
Ao projetar a nova técnica, o maior desafio foi fazer com que os raios lasers concentrassem sua energia em uma área pequena o suficiente para gerar o estrondo. Um truque, segundo Jones, é intensificar o raio em seu centro, para que a seção do meio do raio aqueça a água mais rapidamente. Esse calor faz com que a luz ao redor do centro se curve para dentro até que o raio esteja focado em um ponto minúsculo.

Ao mesmo tempo, o laser é composto de luzes com diferentes comprimentos de onda, que viajam pela água em velocidades ligeiramente diferentes. Se "você colocar a mais lenta primeiro e a mais rápida ao fim", disse Jones, a energia rapidamente aumentará no ponto focal, até que a água superaquecida exploda.

Uma linha reta para os ETs
Robert J. Sawyer, escritor canadense de ficção científica, disse que uma das vantagens de usar um raio laser para se comunicar com submarinos é que seria difícil interceptar o raio acima da superfície. Ainda assim, qualquer um com receptores sonares poderia ouvir o ruído uma vez que o raio entrasse na água.

Mais interessante do que o sigilo, disse Sawyer, é o fato de que sons de laser similares poderiam ser uma maneira ainda melhor de comunicação do que o rádio na procura por extraterrestres inteligentes - tirando, é claro, a água.

"Lasers são mais eficientes" do que ondas de rádio - o meio geralmente usado pelo Instituto SETI (sigla que significa, em português, Procura por Inteligência Extraterrestre) -, disse ele. "Não há um ponto de transmissão (em qualquer lugar) no qual você possa fazer uma linha reta." "Então, estamos falando com nossos submarinos da mesma forma que esperamos falar com alienígenas algum dia."

As descobertas foram apresentadas em Portland, Oregon, em um encontro da Sociedade Acústica da América.

Lasers podem substituir os sonares na comunicação com submarinos

Lasers podem substituir os sonares na comunicação com submarinos

Tradução: Amy Traduções

National Geographic

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Astrônomo aborda novos conceitos sobre vida extraterrestre

A existência de seres vivos alienígenas ocupa o imaginário humano há muito tempo, com manifestações no cinema e na literatura. Entretanto, apesar dos experimentos para detectar microorganismos em Marte e até especulações sobre civilizações extraterrestres, ainda não surgiu nenhum dado concreto que comprove a existência de vida fora da Terra. Há pouco mais de uma década, porém, os astrônomos encontraram uma forma de iniciar uma pesquisa séria: a procura de sinais de atividade biológica em planetas rochosos.

Este será o tema da palestra "Procura de Vida Fora da Terra", com o astrônomo Augusto Damineli Neto, que acontece na próxima quarta-feira, 1º de julho, às 19h30, na Livraria Cultura do Shopping Villa-Lobos, em São Paulo. A palestra será promovida pela Duetto Editorial e marcará o aniversário de sete anos de lançamento da revista Scientific American Brasil.

Augusto Damineli é professor e chefe do Departamento de Astronomia do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da Universidade de São Paulo (IAG/USP), além de representante do Brasil para o Ano Internacional da Astronomia (IYA 2009). Para ele, num Universo tão vasto, é difícil imaginar que não exista a probabilidade de outro planeta habitado. De acordo com o astrônomo, o projeto que buscará atividade biológica em planetas rochosos é gigantesco, pois vai demandar um progresso técnico muito maior que o conseguido nestes 400 anos de história dos telescópios.

"O fato de até o momento não ter sido provada a existência de vida em outros planetas não quer dizer que estamos sós no Universo, apenas que as buscas foram muito restritas e que os métodos usados podem ter sido inadequados. Independentemente de se encontrar ou não sinais de vida, o resultado terá um grande impacto no pensamento humano, pois será o primeiro progresso a essa pergunta surgida há milênios", afirma o Prof. Damineli.

Segundo ele, se o resultado for positivo, ocorrerá o nascimento de uma nova ciência, a Astrobiologia, que hoje tem um corpo teórico inicial, mas não dispõe ainda de nenhum fato observacional.

JB Online

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Veículo explorador da Nasa está "preso" nas areias de Marte

Um dos dois veículos exploradores da Nasa em Marte, o Spirit, está preso nas areias do planeta vermelho e uma de suas seis rodas continua inutilizada, informou o Laboratório de Propulsão a Jato (JPL, na sigla em inglês) da agência espacial americana.

O problema se deve ao fato de que uma rocha na parte inferior do veículo - que tem o tamanho de uma lavadora doméstica - impede que outras rodas se assentem sobre a superfície. Além disso, a roda anterior direita segue inutilizada.

No entanto, longe de ser um inconveniente, o local onde o Spirit se encontra, batizado como "Tróia" pela Nasa, é uma bênção para os cientistas, porque possibilita a reunião de boas informações sobre o ambiente do planeta, disse o JPL em comunicado. "Foi uma casualidade. Tróia é um dos locais mais interessantes pelos quais o Spirit já passou", disse um dos diretores de pesquisa científica do veículo, Louis Arvidson.

Segundo cientistas do Centro Espacial Johnson da Nasa em Houston (EUA), dados iniciais apontam para a presença de ferro na forma de sulfato férrico. Já as diferenças de cor observadas na superfície pela câmera panorâmica do Spirit poderiam ser atribuídas a diferenças na hidratação dos sulfatos férricos.

A pesquisa sobre o ambiente marciano em Tróia se viu beneficiada também pelos ventos que sopraram sobre a região em abril e maio últimos e que limparam os painéis solares do Spirit e aumentaram sua provisão de energia. "A quantidade excepcional de energia (...) permite o uso completo de todos os instrumentos do veículo explorador", comentou Richard Moddis, cientista do Centro Espacial Johnson. "Se o veículo fica preso, é bom que isso tenha ocorrido em um local tão interessante cientificamente", completou.

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Nasa decifra mistério de feixes de luz vistos na Apollo

Astrônomos da Nasa e do Observatório Europeu Austral (ESO), no Chile, anunciaram que conseguiram decifrar o mistério sobre a primeira fonte de estranhos feixes de luz vistos pelos astronautas das missões Apollo há mais de 40 anos.

Ao entregar os relatórios sobre suas experiências no espaço, os astronautas disseram que podiam ver os brilhos de luz até quando estavam de olhos fechados.

Em um relatório divulgado nesta quinta-feira pela revista Science, os astrônomos do observatório espacial Chandra de Raios X e do Grande Telescópio de ESO explicaram que a fonte desses feixes de luz é a energia que desaparece na explosão de uma estrela e a que impulsiona a aceleração de partículas no universo.

Os estudos posteriores realizados após o relatório dos astronautas revelaram que se tratava de raios cósmicos, partículas carregadas que bombardeiam a atmosfera e que, ao chegar à superfície terrestre, conservam energia suficiente para alterar o funcionamento de peças eletrônicas.

De acordo com essas investigações, as partículas são prótons que se deslocam quase à velocidade da luz a partir de pontos que estão além da Via Láctea.

"Quando explode uma estrela e se transforma no que se conhece como uma supernova, grande parte da energia dessa explosão acelera algumas partículas a níveis extremamente altos de energia", explicou Eveline Helder, do Instituto Astronômico da Universidade de Utrecht, nos Países Baixos.

"A energia usada para a aceleração das partículas provém da temperatura do gás que, portanto, é muito mais baixa que o que afirmava a teoria", disse.

No estudo, os cientistas analisaram os restos de uma estrela que explodiu em 185 d.C., segundo os registros de astrônomos chineses.

Esses restos de uma estrela identificada como RCW86 foram encontrados cerca de 8,2 anos-luz da Terra, na constelação de Circinus.

Através das observações do Grande Telescópio de ESO, os cientistas mediram a temperatura do gás criado pela explosão estelar.

Também estabeleceram a velocidade da onda de choque mediante imagens em raios X proporcionadas pelo observatório Chandra com uma separação de três anos entre uma e outra.

Com esses dados, os astrônomos determinaram que as partículas se deslocavam a uma velocidade de entre 10 milhões e 30 milhões de km/h, ou seja, entre 1% e 3% a velocidade da luz.

Mas também estabeleceram que a temperatura era de 30 milhões de graus Celsius, muito mais baixa do que se esperava fosse considerada a velocidade da onda de choque.

A onda de ter aumentado a temperatura a pelo menos 500 milhões de graus e "é essa energia que falta a que acelera os raios cósmicos", disse Jacco Vink, outro dos cientistas do Instituto Astronômico de Utrecht que participou do estudo.

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Estação Espacial fotografa erupção de vulcão em ilha russa

A força da erupção abriu um buraco nas nuvens proporcionando um espetáculo para os astronautas
A força da erupção abriu um buraco nas nuvens proporcionando um espetáculo para os astronautas


A câmera da Estação Espacial Internacional registrou este flagrante de uma erupção do vulcão Sarychev, em Matua, uma remota ilha russa a nordeste do Japão, de uma altitude de cerca de 350 km.

A força da erupção, no dia 12 de junho, abriu um buraco nas nuvens, proporcionando um espetáculo para os astronautas a bordo. A última erupção do Sarychev foi em 1989.

As imagens capturadas pela nave despertaram grande interesse entre estudiosos de vulcões porque elas registram vários fenômenos observados nos primeiros estágios de uma erupção forte. A coluna de fumaça parece ser uma combinação de cinzas de coloração marrom e vapor esbranquiçado.

Em cima da nuvem há uma camada de nuvens brancas, quase como uma camada de neve sobre um cogumelo. Esta camada de ar condensado é consequência da elevação rápida da coluna sobre o ar frio que está sobre ela. A ilha de Matua é desabitada.

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quarta-feira, 24 de junho de 2009

Nasa investiga mistérios sobre bolhas cósmicas gigantes

À esq., imagem mostra a bolha cósmica (amarelo), a galáxia adolescente (branco, no centro) e buraco negro (azul); à dir., concepção artística registra ...
À esq., imagem mostra a bolha cósmica (amarelo), a galáxia adolescente (branco, no centro) e buraco negro (azul); à dir., concepção artística registra uma galáxia no interior da bolha


A Nasa, agência espacial americana, divulgou nesta quarta-feira em seu site as imagens de gigantescas bolhas de gás hidrogênio conhecidas na astronomia como "Cosmic Blobs" (Bolhas Cósmicas, na tradução em inglês). Os cientistas utilizaram o telescópio espacial Chandra X-ray para observar os corpos cósmicos com o objetivo de tentar identificar as fontes de energia brilhantes que envolvem as misteriosas bolhas.

Conforme o estudo, estas bolhas não são galáxias-bebês como os astrônomos imaginavam, e sim, galáxias passando por um processo semelhante à "puberdade". Constituídas por "Lyman-alpha blobs" - espectros ultravioleta compostos pela emissão de átomos de hidrogênio descobertos pelo físico Theodore Lyman, em 1906 -, elas possuem centenas de milhares de anos-luz de diâmetro.

Os astrônomos analisaram 29 desses círculos de gases em uma área distante do universo, que remonta a mais de 11 bilhões de anos atrás. O principal autor da pesquisa, James Geach, da Universidade Durham, na Inglaterra, explicou que o caos no interior das bolhas é semelhante aos violentos processos sofridos por galáxias e buracos negros.

Para o especialista, a energia emanada representa a última crise antes do amadurecimento destes fenômenos cósmicos. Os resultados do estudo foram publicados na edição deste mês da revista Astrophysical Journal.

Redação Terra

Estudo: lua de Saturno oculta oceano salgado sob superfície

Na imagem, as luas de Mimas, Dione e Enceladus (à esq.) e a lua Titã (à dir., na cor alaranjada)
Na imagem, as luas de Mimas, Dione e Enceladus (à esq.) e a lua Titã (à dir., na cor alaranjada)

Encélado, uma das luas geladas de Saturno, oculta sob a superfície do polo sul um oceano salgado, de acordo com estudo de cientistas alemães e britânicos publicado nesta quarta-feira na revista científica Nature. O achado pode ter implicações para a busca de vida extraterrestre e para entender como são formadas as luas planetárias, afirmam.

Jürgen Schmidt, da universidade alemã de Potsdam, e Nikolai Brilliantov, da universidade britânica de Leicester, chegaram a esta conclusão após estudar os gêiseres de vapor e gás e as minúsculas partículas de gelo lançados do polo sul de Encélado a centenas de quilômetros no espaço. A sonda Cassini descobriu os jatos em 2005 durante prospecção de Saturno.

Com a ajuda da Universidade alemã de Heidelberg e do também alemão instituto Max Planck, de física nuclear, os cientistas fizeram experiências em laboratório e analisaram dados procedentes do Analisador de Poeira Cósmica de Cassini. Eles confirmaram que as partículas geladas expulsas pela Encélado contêm quantidades substanciais de sais de sódio, "o que sugere a presença de um oceano salgado a grande profundidade".

O estudo indica também que a concentração de cloreto de sódio nesse oceano pode ser tão elevada quanto a dos oceanos na Terra. Esta é a primeira prova experimental direta da existência deste oceano salgado, ao qual Schmidt e Brilliantov já se referiram em outro artigo na Nature em 2008, ao explicar que os jatos de vapor eram expulsos com maior força que as partículas de poeira.

Essa força significa a existência de água líquida sob a superfície e as teorias sobre a formação de satélites sugerem que quando um oceano líquido está em contato durante milhões de anos com o núcleo rochoso de uma lua se trata de um oceano salgado. Encélado é um de três únicos corpos extraterrestres no sistema solar no qual ocorrem erupções de pó e vapor, e é um dos poucos lugares, além de Terra, Marte e da lua Europa, de Júpiter, onde os astrônomos têm provas diretas da presença de água.

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ESA divulga "primeiro ensaio" do telescópio Herschel

Imagem da M51 (galáxia whirlpool) no infravermelho, com 3 cores
Imagem da M51 (galáxia whirlpool) no infravermelho, com 3 cores

http://noticias.terra.com.br/ciencia/interna/0,,OI3841412-EI238-ABG,00.html

A Agência Espacial Europeia (ESA) divulgou nesta quarta-feira uma imagem da Galáxia Whirlpool obtida pelo telescópio Herschel. A imagem, tirada no dia 14 de junho, é apenas um "primeiro ensaio", mas já demontra que dentro de um mês o telescópio infravermelho, o maior em órbita, vai estar pronto para operar em plena capacidade. As informações são da agência Efe.

A galáxia Whirlpool, localizada cerca de 35 milhões de anos luz, na constelação de Canes Venatici, é o membro mais brilhante do Grupo M51, e possui uma galáxia companheira, denominada NGC 5195 ou M51B. A galáxia foi descoberta em 13 de outubro de 1773, por Charles Messier.

Os satélites europeus de observação astronômica Planck e Herschel, destinados a investigar a origem do universo, foram lançados no dia 14 de maio ao espaço a bordo de um foguete Ariane-5 da base de Kuru, na Guiana francesa.

Tanto o Planck como o Herschel, construídos por Thales Alenia Sapace e a Agência Espacial Européia (ESA), descreverão órbitas elípticas e suas missões estão dentro do programa da ESA. O satélite Herschel, de 7 metros de altura e 4,3 metros de largura, receberá radiações infravermelhas de grande amplitude de onda emitidas por alguns dos objetos mais frios e distantes do Universo, onde existem estrelas e galáxias em formação.

Os dois satélites deveriam ter sido colocados em órbita em 2007, mas o lançamento acabou atrasado por dois anos.

Redação Terra

terça-feira, 23 de junho de 2009

Sonda da Nasa entra na órbita da Lua com sucesso

Concepção artística mostra a sonda espacial LRO orbitando a Lua
Concepção artística mostra a sonda espacial LRO orbitando a Lua


A sonda Lunar Reconnaissance Orbiter (LRO, na sigla em inglês) completou com sucesso a viagem até a Lua na manhã desta terça-feira após um vôo de quase cinco dias. Os técnicos do Centro Espacial Goddard, da Nasa, disseram que a LRO ingressou na órbita lunar por volta das 7h30 de Brasília (6h27 EDT). As informações são do site da agência espacial americana.

Segundo a Nasa, os motores da sonda espacial foram acionados para que sua posição fosse corrigida na órbita da Lua. "A inserção em órbita lunar é uma etapa crucial desta missão", explicou Cathy Peddie, diretora adjunta do programa no centro Goddard da Nasa, em Maryland. "Uma vez em órbita, podemos começar a acumular os dados necessários para compreender de maneira detalhada a topografia lunar, suas características e seus recursos", acrescentou.

Conforme a agência, agora a LRO entra na fase de testes de cada um dos seus sete instrumentos. Até o final da semana, a sonda sobrevoará a superfície do satélite a uma distância de 50 km para mapear e medir o solo como nenhuma missão anterior conseguiu. Os equipamentos são muito mais sensíveis e precisos e podem fornecer respostas definitivas.

A carga inclui uma câmera que pode detectar objetos pequenos, um instrumento de medição de calor para descobrir lugares frios o suficiente em que o gelo consiga persistir próximo a superfície, um altímetro laser para produzir mapas topográficos e um telescópio cósmico para medir a radiação da chuva sobre a Lua.

Os objetivos principais da missão são ajudar a encontrar locais de aterrissagem seguros para os astronautas - que devem ser enviados à Lua até 2020 - e planejar como construir uma base no satélite.

A outra sonda
Como o foguete Atlas V, que carregou a LRO, é capaz de levar uma carga mais pesada, a Nasa usou espaço e peso extras para a segunda missão conhecida como Satélite de Percepção e Observação da Cratera Lunar (LCROSS na sigla em inglês).

Após a decolagem, a sonda e a LCROSS se separararam. A LCROSS estará presa ao segundo estágio esvaziado do foguete e dará uma guinada passando pela Lua para uma órbita polar ao redor da Terra. Em outubro, essa órbita irá cruzar o trajeto da Lua.

A LCROSS irá lançar o estágio superior em direção às crateras polares e fotografar o impacto. Se uma pequena parte dos escombros contiver gelo, a LCROSS deverá ser capaz de detectar isso. Ela irá, então, enviar rapidamente os dados de volta à Terra antes de se chocar com a Lua quatro minutos depois.

Com informações do The New York Times e AFP

Redação Terra

Astrônomos franceses querem criar "reserva do céu"

Cientistas reclamam que o excesso de luzes das cidades atrapalham atividades dos observatórios
Cientistas reclamam que o excesso de luzes das cidades atrapalham atividades dos observatórios


Astrônomos franceses estão tentando criar a primeira "reserva do céu" da Europa, que seria semelhante às reservas ambientais. Os cientistas reclamam que o excesso de luzes de algumas cidades próximas aos observatórios está comprometendo as observações astronômicas.

As luzes que iluminam monumentos históricos são as principais inimigas dos cientistas. Elas geralmente apontam para cima e formam um feixe de luz que atrapalha os telescópios.

As cidades que ficam dentro da reserva teriam de usar luzes mais fracas nas ruas e apontá-las para baixo. Algumas metrópoles já concordaram com a proposta e estão trocando as lâmpadas por outras de menor potência.

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Exposição mostra detalhes de Saturno; veja fotos

Saturno é o segundo maior planeta do Sistema Solar
Saturno é o segundo maior planeta do Sistema Solar

http://noticias.terra.com.br/ciencia/interna/0,,OI3839400-EI238-ABG,00.html

Uma exposição de fotos da sonda Cassini, da Nasa, inaugurada nesta semana em Londres, mostra detalhes da atmosfera, luas e anéis de Saturno, o segundo maior planeta do Sistema Solar.

A exposição Visões de Saturno, no Planetário de Greenwich, tenta revelar alguns dos mistérios do planeta distante. Famoso pelos anéis, o planeta também conta com mais de 60 luas. Entre 1979 e 1981, três sondas passaram brevemente pelo planeta, trazendo de volta imagens que intrigaram especialistas.

Em 1997, uma missão conjunta da Nasa (agência espacial americana), da Agência Espacial Européia (ESA, na sigla em inglês) e da Agência Espacial Italiana (ASI, na sigla em italiano) enviaram uma sonda mais poderosa para estudar os mistérios de Saturno.

A Cassini-Huygens chegou a Saturno em 2004, depois de uma viagem de sete anos por bilhões de quilômetros no espaço. Acoplada à Cassini, foi enviada a sonda Huygens, desenhada para pousar e fotografar a superfície de Titã, a maior lua de Saturno.

A exposição fica em cartaz até o fim de agosto.

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segunda-feira, 22 de junho de 2009

Sonda espacial ajusta órbita para buscar minerais em Marte

A sonda espacial Mars Odyssey concluiu o ajuste de sua órbita em torno de Marte para observar o lado ensolarado do planeta no meio da tarde, e não no começo da noite, o que lhe permitirá melhorar a busca por minerais, informou nesta segunda-feira o Laboratório de Propulsão a Jato (JPL) da Nasa.

"A manobra foi realizada exatamente como se tinha previsto. Estamos utilizando a nave de uma nova forma", afirmou Gaylon Smith, diretor da missão.

A mudança da órbita sincrônica aumentará a sensibilidade na Câmera de Emissão Termal da Mars Odyssey para realizar uma busca mais precisa de minerais no planeta, disse o JPL em comunicado.

Nos primeiros anos de operação em torno do planeta vermelho, a cápsula se manteve em uma órbita sincrônica determinada tanto para a busca de minerais como para as operações dos outros instrumentos a bordo, acrescentou.

Mas agora, a sonda ficou em uma órbita que lhe permite observar o solo marciano em um momento em que está mais quente e há mais energia termal detectada pelos sensores infravermelhos da câmera, explicou Jeffrey Plaut, cientista da Mars Odyssey no JPL.

A mudança de órbita foi sugerida pelos cientistas do laboratório na segunda extensão de dois anos da missão da sonda, no ano passado.

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vc repórter: grupo inicia encontros sobre astronomia em Joinville

Um grupo formado por astrônomos amadores inaugurou suas atividades externas na noite deste sábado em Joiville (SC). Equipados com dois telescópios newtonianos de 180 mm e uma luneta, os participantes se reuniram para observar astros e galáxias na sede da AABB (Associação Atlética Banco do Brasil) da cidade.

Intitulado Uma Noite com as Estrelas, o evento foi realizado para difundir conhecimentos de astronomia entre a comunidade local. Segundo um dos organizadores, Luiz Silveira, os encontros passarão a ser frequentes no município.

Criado no início de maio, o grupo Órion-NEA (Núcleo de Estudos Astronômicos) aproveita o Ano Internacional da Astrononomia para divulgar a ciência. No encontro de sábado, 60 pessoas permaneceram no clube até as 0h30 observando estrelas duplas e aglomerados estrelares através dos aparelhos.

"O clima nublado não colaborou muito, mas todos conseguiram visualizar Saturno e seus anéis por meio de um dos telescópios", diz Silveira. As atividades do grupo serão divulgadas no site http://www.orion-nea.org.

Grupo se reuniu na noite de sábado para observar o céu com a ajuda de telescópios

Grupo se reuniu na noite de sábado para observar o céu com a ajuda de telescópios

O internauta Luiz Ricardo Silveira, de Joinville (SC), participou do vc repórter, canal de jornalismo participativo do Terra. Se você também quiser mandar fotos, textos ou vídeos, clique aqui.

vc repórter

Satélite vai monitorar lago chileno que esvaziou 4 vezes

Especialistas irão monitorar via satélite um lago chileno em uma zona de geleiras que, no período de um ano, desapareceu e voltou a se encher d'água em quatro oportunidades. A Direção Geral de Águas (DGA) do Ministério de Obras Públicas do Chile instalou uma estação perto do Cachet-2, com o objetivo de medir os níveis de água.

O projeto, que tem custo de 100 milhões de pesos, busca também quantificar os recursos hídricos dos Campos de Gelo, área onde se encontram dois terços das geleiras do país.

O Cachet 2, situado 1,7 mil km ao sul de Santiago, perdeu em quatro oportunidades grandes volumes de água até praticamente esvaziar de abril do ano passado para cá devido às altas temperaturas, disseram os pesquisadores na época. Medições feitas pelo Centro de Estudos Científicos de Valdivia (CECS) sugeriram que o esvaziamento é um fenômeno natural em geleiras durante o verão, período no qual predominam os processos de fusão ligados ao aquecimento que atinge a região.

Segundo os especialistas, no ano passado, o volume de água voltou ao normal depois que o túnel de extensão do lago - de oito km de comprimento -, onde escoaram 200 bilhões de l de água em poucas horas, se fechasse novamente.

A DGA explicou que os novos equipamentos permitirão investigar profundamente como ocorrem os vazamentos e alertar à população sobre a possibilidade de enchentes causadas pela saída de água do lago. Além disso, uma estação meteorológica construída no início do ano em uma das geleiras mede parâmetros de temperatura, precipitação, velocidade, direção do vento e radiação na região.

O Lago chileno Cachet 2 desapareceu e voltou a se encher d'água por quatro vezes

O Lago chileno Cachet 2 desapareceu e voltou a se encher d'água por quatro vezes

Terra Chile

Casal americano é o primeiro a dizer "sim" em gravidade zero


O primeiro casamento em condições de gravidade zero foi realizado neste sábado pela empresa Zero Gravity Corporation (ZERO-G), especialista nesse tipo de procedimento. O casal Erin Finnegan e Noah Fulmor, de Nova York, trocou alianças a bordo de um Boeing 727-200 modificado. As informações são da agência Reuters

O avião fez manobras em trajeto parabólico, caindo bruscamente e perdendo altitude várias vezes durante o voo para criar a experiência de gravidade zero sem ir ao espaço. A viagem de uma hora foi realizada sobre o golfo do México. O casal estava acompanhado de amigos e familiares.

Redação Terra

sábado, 20 de junho de 2009

Veículo especial colidirá com a Terra para simular asteroide

Um veículo espacial de 510 kg "colidirá" com o nosso planeta em junho de 2010, para simular um choque com asteroide, informaram cientistas japoneses. A espaçonave Hayabusa está no caminho de retorno à Terra depois de uma missão bem sucedida na qual ela aterrissou em Itokawa, um grande asteroide, do qual conseguiu recolher amostras. As potenciais amostras estarão a bordo de uma cápsula resistente ao calor que deve se separar da Hayabusa pouco depois da reentrada na atmosfera terrestre, para que possam ser recuperadas.

Mas os especialistas afirmam que a porção principal do corpo da espaçonave provavelmente se desintegrará ao passar pela atmosfera terrestre.

Ainda que a ideia da colisão não fosse parte do plano original da missão espacial Hayabusa, cientistas da Agência Japonesa de Exploração Espacial (Jaxa) decidiram aproveitar ao máximo o retorno da espaçonave condenada, a fim de obter dados adicionais.

"Ainda que a Hayabusa não seja efetivamente um asteroide, estará percorrendo uma rota que a levará a colidir com a Terra da mesma maneira que um asteroide faria", disse Akinori Hashimoto, porta-voz da Jaxa. "Nós monitoraremos os seus movimentos, e os dados permitirão que predigamos com precisão as rotas futuras de asteroides em seus cursos de aproximação para a Terra".

Uma vigilância melhor
Embora outras agências espaciais tenham programas de rastreamento de asteroides que poderiam atingir a Terra, a Jaxa por enquanto não dispõe de capacidade de vigilância dos chamados "asteroides em proximidade da Terra". Por isso, uma equipe de cientistas comandada por Makoto Yoshikawa desenvolveu o protótipo de um sistema que calculará a trajetória, tempo, velocidade e probabilidade do impacto de um asteroide.

Em outubro de 2008, a equipe teve a oportunidade de testar seu sistema ao rastrear o asteroide 2008 TC3, uma rocha espacial de cerca de quatro metros de diâmetro que estava a caminho da Terra e foi avistada por cientistas do Observatório Celeste de Catalina, no Arizona, horas antes que se tornasse uma bola de chamas nos céus sobre o Sudão. O sistema conseguiu prever o momento em que o asteroide penetraria na atmosfera com precisão de 0,5 segundo e 13 quilômetros do momento e posição de entrada.

O retorno da Hayabusa à Terra será mais fácil de rastrear, dizem os cientistas, porque eles terão meses de aviso prévio e informações abundantes sobre as dimensões exatas e a postura em voo do aparelho. O evento, assim, forneceria à equipe uma oportunidade de corrigir os detalhes de seus cálculos de rastreamento de asteroides.

"Será muito importante que desenvolvamos maneiras precisas de prever onde acontecerá a colisão de asteroides, porque mesmo os menores podem causar grandes danos", disse Hashimoto.

Ele aponta, por exemplo, que um cometa ou meteorito de apenas 59 metros de diâmetro parece ter causado o evento de Tunguska, em 1908. A detonação, que destruiu vasta extensão de florestas siberianas, foi mil vezes mais forte que a bomba atômica lançada contra Hiroshima em 1945.

O Itokawa, de sua parte, tem 299 metros de diâmetro. Se atingisse a Terra, causaria uma explosão cerca de 150 mil vezes mais forte que a da bomba de Hiroshima.

A espaçonave Hayabusa está no caminho de retorno à Terra depois de uma missão bem sucedida na qual ela aterrissou em Itokawa, um grande asteroide, do ...

A espaçonave Hayabusa está no caminho de retorno à Terra depois de uma missão bem sucedida na qual ela aterrissou em Itokawa, um grande asteroide, do qual conseguiu recolher amostras

National Geographic

Confira os 10 fatos incríveis registrados na Lua

Desde o surgimento há 4,6 bilhões de anos, foram registrados fatos que marcaram o histórico lunar
Desde o surgimento há 4,6 bilhões de anos, foram registrados fatos que marcaram o histórico lunar


O lançamento do foguete Atlas V rumo à Lua, realizado nesta quinta-feira, é considerado a primeira etapa dentro das intenções da Nasa, agência espacial americana, de voltar ao solo pisado por Neil Armstrong em julho de 1969. O Orbitador de Reconhecimento Lunar (LRO, em inglês) e o Satélite Sensor e de Observação de Crateras Lunares (LCROSS, em inglês), que viajam a bordo do foguete, têm a missão de buscar possíveis locais de aterrissagem para as naves tripuladas que partirão rumo à Lua até 2020.

Confira abaixo os dez fatos incríveis registrados no satélite da Terra, conforme o site científico Live Science:

10 - O Grande impacto
A teoria mais aceita sobre a origem da Lua é a de que o satélite terrestre é o resultado de uma grande colisão conhecida como Impacto Gigante (Big Whack, em inglês). Conforme os cientistas, a Lua nasceu da colisão entre um planeta do tamanho de Marte, chamado Theia, com a Terra há 4,6 bilhões de anos, pouco tempo depois do Sol e do Sistema Solar existirem. O impacto fez com que uma nuvem de poeira e rochas, composta por parte do núcleo condensado da Terra, se juntasse sobre o planeta e entrasse em órbita.

9 - Terra controla nascer da Lua
Mesmo não sendo ao mesmo tempo, a Lua diariamente surge no leste e se põe no Oeste, assim como o Sol e outras estrelas, também pela mesma razão: A Terra gira em torno do seu eixo em direção ao Leste, puxando objetos celestes no caminho e, em seguida, os empurra para fora. A Lua tambpem realiza uma viagem orbital ao redor do planeta uma vez a cada 29,5 dias.

No céu, o movimento é gradual ao leste, mas não é perceptível durante uma observação. O motivo explica porque o satélite terrestre fica maior cada dia mais tarde, em média, por cerca de 50 minutos. Por isso também a Lua aparece as vezes no anoitecer ou durante a noite, enquanto em outros momentos ela pode ser vista de dia.

8 - Sem "lado negro"
Contrariando o que muitos acreditam, cientistas explicam que a Lua não possui um "lado negro", e sim, um "outro lado" que não pode ser visto da Terra. Há muito tempo, os efeitos gravitacionais terrestres diminuíram a rotação da Lua em torno do seu eixo. Assim que o satélite desacelerou o suficiente para corresponder ao seu período orbital - o tempo que leva para a Lua viajar ao redor da Terra -, os efeitos se estabilizaram.

Por causa disso, a Lua dá uma volta na Terra e gira em torno de si uma vez e na mesma quantidade de tempo, mostrando apenas um lado em tempo integral.

7 - Gravidade muito menor
A lua é muito menos massiva do que a Terra, tendo 27% do tamanho do planeta azul. A gravidade em sua superfície também é muito menor, sendo apenas um sexto da encontrada na Terra. Ou seja, se uma pessoa pesa 150 kg aqui no chão, lá em solo lunar ela vai pesar 25 kg. Uma pedra jogada para cima também caíra de forma bem mais lenta.

6 - Lua mais ou menos cheia
A órbita da Lua em torno da Terra possui forma oval, e não de um círculo, de modo que a distância entre o centro da Terra e do centro lunar varia ao longo de cada percurso. No perigeu, quando a Lua está mais próxima da Terra, a distância é de 363,3 mil km. No apogeu, quando está mais longe, a distância é de 405,5 mil km. Quando a Lua cheia surge durante o apogeu, o disco visível da Terra pode ser entre 14% e 30% mais brilhante que outras fases lunares.

Quando a lua está nascendo, ela parece ser maior, mas isso é uma ilusão que ainda os astrônomos não sabem explicar. Se alguém quiser testá-la, deve segurar um objeto pequeno, como uma borracha, com o braço esticado próximo à lua, e depois fazer a mesma experiência quando a lua estiver mais alta e parecer menor. Próxima ao objeto pequeno, a Lua fica com o mesmo tamanho nos dois testes.

5 - Histórico de violência
Os cientistas acreditam que as crateras lunares confirmam um passado violento no histórico lunar. Apesar de quase não haver atmosfera e atividade em seu interior, a Lua bateu recordes de quedas de corpos espaciais há bilhões de anos.

A Terra também sofreu com o bombardeio, mas as crateras foram desaparecendo com o tempo devido aos efeitos climáticos. De acordo com um estudo, os impactos podem ter ajudado no desenvolvimento das formas de vida existentes na Terra na época, em vez de destruí-las.

4 - Formato semelhante a um ovo
A Lua possui o formato oval e não arredondado ou esférico como alguns pensam. Se uma pessoa sair na rua para observá-la, uma de suas pequenas extremidades da direita estará virada para ela. Por causa desse efeito é que ela parece redonda.

3 - Cuidado! Terremotos lunares
Se engana quem pensa que a superfície lunar é sempre um mar de tranquilidade. Durante as visitas ao satélite munidos de sismógrafos, os astronautas descobriram que a estrutura geológica é bastante hostil.

Pequenos terremotos acontecem com frequência, provavelmente devido à força gravitacional liberada pela Terra, causando rachaduras no solo e liberando gases. Segundo os cientistas, a Lua possui um centro quente semelhante ao do planeta azul.

2 - Atração nos mares
Por incrível que pareça, as marés na Terra são causadas pela gravidade da Lua (o Sol em menor intensidade), que "puxa" os oceanos. Durante a rotação da Terra, as marés altas se alinham com a Lua. Do outro lado do planeta, a maré também fica alta pelo fato de que a gravidade "puxa" a Terra em direção ao seu satélite mais do que atrai a água.

O resultado de todos esses efeitos é interessante: conforme os cientistas, parte da energia rotacional da Terra é "roubada" pela Lua, fazendo com que o planeta fique mais lento em aproximadamente 1,5 milissegundos por século.

1 - Tchau, Lua!
Infelizmente, a Lua está se afastando da Terra gradativamente e, a cada ano, a distância aumenta 4 cm. Os pesquisadores explicam que, há 4,6 bilhões de anos, quando a Lua se formou, ela estava a 22 mil km da Terra. Atualmente, a distância evoluiu para 450 mil km.

Um estudo informa que a taxa de rotação da Terra está diminuindo, o que deixa os dias cada vez maiores. Os cientistas acreditam que se este efeito prosseguir, em bilhões de anos um dia terrestre poderá durar cerca de um mês.

Redação Terra

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Divulgada simulação de lago que teria existido em Marte

Cientistas americanos divulgaram na quarta-feira uma imagem simulada que representa um lago que pode ter existido na superfície de Marte. Um longo e profundo cânion e os restos de uma praia talvez sejam a prova mais clara já encontrada sobre a existência de um lago no planeta vermelho. Ele aparentemente continha água quando o planeta já deveria ter secado, segundo os pesquisadores.

Imagens de uma câmera chamada High Resolution Imaging Science Experiment a bordo do satélite Mars Reconaissance Orbiter indicam que a água escavou um cânion de 50 km de extensão, revelou um grupo da Universidade do Colorado.

Ele teria coberto uma superfície de 200 km quadrados, com profundidade de 450 m, escreveram os pesquisadores da revista Geophysical Research Letters. Hoje é incontestável que existe água no solo de Marte - robôs de exploração encontraram gelo ali. Também há provas de que a água ainda pode brotar do subsolo para a superfície, ainda que ela rapidamente desapareça na fina e gelada atmosfera do planeta vermelho.

Cientistas também já haviam visto o que poderiam ser praias de rios gigantescos ou mares "mas algumas das formações também poderiam ser obra de deslizamentos de terra. "Essa é a primeira prova sem ambiguidades sobre linhas costeiras na superfície de Marte", disse Gaetano Di Achille, que liderou o estudo.

A água é um elemento-chave para a vida, e os cientistas procuram desesperadamente por provas de vida em Marte, seja passada ou presente. A existência de água no planeta também pode ser útil para futuros exploradores humanos.

O lago provavelmente evaporou, ou congelou após uma abrupta mudança climática, afirmaram os pesquisadores. Ninguém sabe o que fez Marte deixar de ser um planeta quente e úmido para se tornar o deserto gelado e sem ar que é hoje.

Concepção artística mostra como seria o lago encontrado na superfície do planeta vermelho

Concepção artística mostra como seria o lago encontrado na superfície do planeta vermelho

Com informações das agências AP e Reuters

Redação Terra

Sonda que mapeará Lua procura lar para os astronautas

Antes de a NASA enviar astronautas de volta à Lua, ela quer explorar o território que tem sido amplamente ignorado desde a última vez que enviou astronautas para lá há aproximadamente 40 anos.

A Lunar Reconnaissance Orbiter - lançada na quinta-feira - carrega a primeira de uma série de missões robóticas para mapear e medir a Lua de forma bem mais detalhada que anteriormente. É de interesse particular descobrir se a água congelada pode se esconder nas sombras das crateras perto dos pólos da Lua.

"Nós realmente temos informações muito esparsas sobre aquelas áreas da Lua", disse Craig Tooley, o gerente de projeto da missão. "Temos mapas muito melhores de Marte do que das regiões polares da Lua."

Para os ocupantes de um futuro assentamento lunar, gelo seria uma fonte não só de água para consumo, mas também de ar e energia. Moléculas de água podem ser quebradas em oxigênio e hidrogênio.

A carga da sonda inclui uma câmera que pode detectar objetos tão pequenos quanto aproximadamente um metro de largura, um instrumento de medição de calor para descobrir lugares frios o suficiente em que o gelo consiga persistir próximo a superfície, um altímetro laser para produzir mapas topográficos e um telescópio cósmico para medir a radiação da chuva sobre a Lua.

A proposta principal da missão é ajudar a Nasa a encontrar locais de aterrissagem para os astronautas e planejar como construir uma base na Lua. Os dados também serão uma vantagem para os cientistas. O gelo, se existir, poderá proporcionar um antecedente único dos últimos 2 bilhões de anos do Sistema Solar.

Porções de crateras polares encontram-se em sombra permanente com temperaturas menores que 149°C abaixo de zero. Astrônomos especulam que quando cometas atingiram a Lua, vapor de água dos impactos teria se acumulado nos pontos frios das crateras. Se for verdade, "a Lua se transforma em um depósito para antigos registros dos impactos," afirmou James B. Garvin, cientista-chefe da Nasa.

Em meados de 1990, a nave espacial Clementine, uma colaboração entre a Nasa e o Departamento de Defesa, encontrou reflexos resplandescentes que sugeriam algo brilhante no fundo das crateras próximo ao pólo sul. Em 1998, a nave especial Explorador Lunar da Nasa detectou a presença de hidrogênio e talvez a mais simples explicação seja que o hidrogênio está dentro das moléculas de água, embora o hidrogênio possa também vir de partículas de vento solar comprimidas no solo lunar por de bilhões de anos.

Os instrumentos a bordo da Lunar Reconnaissance Orbiter são muito mais sensíveis e precisos e podem fornecer respostas definitivas. Se essa não for suficiente, uma segunda sonda com a nave no espaço poderá providenciar evidências ainda mais diretas.

Como o foguete Atlas V que carrega a sonda é capaz de levar uma carga mais pesada, a Nasa usou espaço e peso extras para a segunda missão conhecida como Satélite de Percepção e Observação da Cratera Lunar (LCROSS na sigla em inglês).

Após a decolagem, a sonda e a LCROSS se separararam. A LCROSS estará presa ao segundo estágio esvaziado do foguete e dará uma guinada passando pela Lua para uma órbita polar ao redor da Terra. Em outubro, essa órbita irá cruzar o trajeto da Lua. A LCROSS irá lançar o estágio superior em direção às crateras polares e fotografar o impacto. Se uma pequena parte dos escombros contiver gelo, a LCROSS deverá ser capaz de detectar isso. Ela irá, então, enviar rapidamente os dados de volta à Terra antes de se chocar com a Lua quatro minutos depois.

A Lunar Reconnaissance Orbiter carrega a primeira de uma série de missões robóticas para mapear e medir a Lua de forma bem mais detalhada que ...

A Lunar Reconnaissance Orbiter carrega a primeira de uma série de missões robóticas para mapear e medir a Lua de forma bem mais detalhada que anteriormente

Tradução: Amy Traduções

The New York Times

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Construção do 1º porto espacial do mundo tem início nesta 6ª

Concepção artística mostra como será o Spaceport America no Novo México (EUA), que oferecerá viagens comerciais ao espaço
Concepção artística mostra como será o Spaceport America no Novo México (EUA), que oferecerá viagens comerciais ao espaço


As obras para construção do Spaceport America, o primeiro porto espacial do mundo, terão início nesta sexta-feira no Novo México, Estados Unidos. O porto será a base de operações comerciais de empresas privadas que oferecem viagens ao espaço.

Uma das companhias que poderão utilizar o Spaceport é a Virgin Galactic - braço da Virgin Atlantic, uma das maiores companhias aéreas do Reino Unido. No início do ano, a empresa anunciou que planeja levar passageiros a distâncias de 100 km no céu. A ideia é receber 500 passageiros por ano, que pagarão US$ 200 mil por viagem.

Gizmodo

Nasa lança foguete Atlas V rumo à Lua


O foguete Atlas V partiu nesta quinta-feira em direção à Lua com dois novos equipamentos em uma missão destinada a confirmar a existência de água em seus pólos e explorar a existência de recursos para apoiar uma futura presença do homem no satélite natural da Terra.

O lançamento do foguete ocorreu às 18h32 de Brasília (17h32 local), na terceira oportunidade programada para a operação, após o cancelamento das duas primeiras devido à ameaça de tempestades sobre a base da força aérea na cidade americana de Cabo Canaveral, na Flórida.

O primeiro estágio do foguete, que queima uma mistura de querosene e hidrogênio líquido, deve funcionar por quatro minutos e dez segundos, antes da separação do segundo estágio, chamado Centauro. O motor do Centauro, que queima hidrogênio líquido, funcionará inicialmente por dez minutos, fará uma pausa de 22 minutos, e voltará à atividade por cinco minutos, antes da separação de uma das sondas, que vai iniciar seu périplo de quatro dias para se colocar na órbita lunar.

O foguete instalará em órbita lunar o Orbitador de Reconhecimento Lunar (LRO, em inglês) e o Satélite Sensor e de Observação de Crateras Lunares (LCROSS, em inglês).

A principal tarefa da LRO será buscar possíveis locais de aterrissagem para as naves tripuladas que partirão rumo à Lua nas próximas décadas. Já o LCROSS dirigirá o segmento superior do foguete Atlas em uma trajetória de impacto sobre a superfície do satélite natural em uma zona próxima a um de seus pólos.

O objetivo é causar uma explosão que será analisada para determinar a possível presença de água nos pólos lunares. O equipamento também determinará a existência de elementos como hidrogênio e oxigênio, já que ambos poderiam apoiar a presença de futuras missões tripuladas na Lua.

Homem de volta à Lua
A Nasa analisa o reenvio de astronautas ao único satélite natural da Terra até 2020, dentro do projeto de exploração lançado em 2004 pelo ex-presidente George W. Bush. Trata-se da primeira etapa para preparar missões de exploração habitada para Marte e para o conjunto do Sistema Solar.

O presidente Barack Obama decidiu examinar este programa batizado Constellation, mas sem questionar até agora seus grandes objetivos. A sonda LRO (Lunar Reconnaissance Orbiter) constitui junto com sua companheira LCROSS (Lunar Crater Observation and Sensing Satellite) a primeira missão preparatória desse ambicioso projeto.

Com informações das agências AFP e EFE

Redação Terra

Museu inaugura campo de minigolfe que ensina astrofísica

No verão anterior à Feira Mundial de 1964, os líderes da cidade de Nova York começaram a preparar Flushing Meadows, Queens, para o Salão de Ciências da feira. Paul R. Screvane, o então prefeito em exercício e presidente do Conselho da Cidade, previu que o pavilhão e suas "maravilhas da ciência" ainda seriam uma inspiração muito depois que a feira terminasse.

"A grandeza de Roma e da Grécia pode ser a grandeza de nosso próprio mundo", ele disse, "se simplesmente aprendermos a transformar as ciências usando-as em nossa própria vantagem."

Meio século mais tarde, seu sonho está prestes a ser realizado, próximo àquela mesma construção, que é hoje um museu de ciências. No sábado, uma exposição permanente ao ar livre será inaugurada: o minigolfe Rocket Park.

O campo de golfe em miniatura do Salão de Ciências pode não ter exatamente a grandeza arquitetural do Partenon, mas possui foguetes verdadeiros da NASA, três vezes maiores que as colunas gregas e, sob alguns aspectos, suas aspirações são mais heróicas do que qualquer coisa no fórum grego.

Acredita-se que este seja o primeiro campo de minigolfe do mundo planejado para ensinar astrofísica. Possivelmente até mesmo a pré-adolescentes.

Melhorar a ciência por meio do minigolfe pode não soar imediatamente como um avanço educativo, mas existem algumas razões para ter otimismo. Primeiro, há a genialidade para esse esporte no país. Enquanto os estudantes americanos continuam ficando para trás nos testes internacionais de ciências, desenvolvedores americanos de minigolfe há tempos lideram o mundo em tecnologias como obstáculos de moinho de vento, circuitos em espiral, pontes levadiças móveis, piratas que dão gargalhadas e vulcões fumegantes.

Segundo, existem os resultados de um experimento de minigolfe feito com alunos da quarta série, conduzido por mim junto ao astrofísico Michael Shara, do Museu Americano de História Natural. Quando ele não está supervisionando exposições ou usando o telescópio Hubble para estudar explosões de novas, Shara é um jogador de golfe com handicap 30.

Com sua ajuda, elaborei um questionário para testar os conhecimentos de física de alunos da quarta série antes e depois de jogarem golfe. Essa comparação entre avaliações "formativas" e "sumativas" é uma técnica tradicional para curadores de museu medirem o impacto de uma exposição, embora eu deva salientar que nosso experimento não foi um estudo duplo-cego rigoroso. Nossa amostra foi de duas pessoas e eu tinha uma boa ideia de quem elas eram: meu filho, Luke, e seu amigo Satya Varadarajan.

No questionário anterior ao golfe, ambos erraram a maioria das perguntas. Quando foi pedido que explicassem a falta de peso dos astronautas em órbita, eles responderam incorretamente que os astronautas estavam longe demais da Terra para serem afetados pela gravidade. Quando foi perguntado por que a gravidade da Terra não fazia com que uma nave espacial em órbita caísse, Luke disse que não sabia e Satya ofereceu uma hipótese não ortodoxa.

"A gravidade", ele explicou, "não quer que a nave caia, por isso ela não deixa que isso aconteça."

Eles pareciam candidatos excelentes para o campo de golfe Rocket Park, que recebeu o nome em homenagem aos foguetes Atlas e Titan de dez andares que se encontram do lado de fora do Salão de Ciências desde a feira de 1964. Guiado por docentes do museu (outra novidade no minigolfe), você começa sua missão de nove buracos lançando a bola através de uma "janela de lançamento" (uma versão do antigo moinho de vento) e alcançando a "velocidade de escape" apropriada.

Então, você envia a bola pelo circuito em espiral e aprende tudo sobre astronautas sem peso. Depois, você aprende sobre evitar detritos no espaço e encontrar o ângulo certo para a órbita geossincrônica - ou pelo menos é isso que você aprende se estiver lendo as placas perto dos tees, ou pinos onde a bola é colocada, e ouvindo o docente, como Shara e eu estávamos fazendo, acompanhados pelo diretor do museu, Eric Siegel.

Os participantes do nosso experimento, entretanto, já estavam cinco buracos na frente e pareciam muito mais interessados em golfe do que em física. Eu gritava pedindo que eles fossem mais devagar e prestassem atenção, mas Siegel observava os dois com a tolerância de um curador veterano.

"Sempre existe o desafio em nosso museu de acomodar o desejo das pessoas brincarem enquanto uma mudança cognitiva é transmitida", ele disse, explicando que não esperava realmente que alunos da quarta série lessem as placas. "As placas são mais para os pais, honestamente, quando há algo que eles desejam transmitir às crianças. Se você conseguir embutir a física balística real no jogo, então eles estarão de fato aprendendo enquanto brincam."

No buraco da órbita geossincrônica, onde a bola circula por uma grande tigela antes de cair no buraco, Shara mostrou aos meninos como a bola estava percorrendo arcos parabólicos que se modificavam abruptamente ou mudavam de direção.

"Isso também acontece no espaço-tempo de verdade", Shara disse, explicando como os objetos seguiam trajetos similares em um buraco negro e como a órbita parabólica de Mercúrio mudava de direção. "A gravidade do sol afeta o espaço ao seu redor, por isso Mercúrio faz a mesma coisa louca que a bola de golfe acabou de fazer."

A demonstração do buraco negro deteve brevemente a atenção dos meninos, assim como a chave de fenda rotatória no buraco do lixo espacial, mas fora isso, eles pareciam mais interessados em suas pontuações no golfe. Eu estava prestes a julgar o campo de golfe um fracasso pedagógico quando apliquei o teste de astrofísica novamente após o jogo.

Satya, aparentemente informado pela placa no buraco da chave de fenda, respondeu corretamente qual era a quantidade estimada de detritos espaciais em órbita (um milhão). Ele continuou insistindo que a gravidade não queria que as naves espaciais caíssem, mas acho que ele estava apenas se divertindo com a minha incredulidade.

Luke havia lido o suficiente no buraco do circuito em espiral para perceber que as naves espaciais em órbita ainda são afetadas pela gravidade e que as naves e seus habitantes sem peso estão na verdade caindo continuamente, mas se movendo rápido o bastante para se manterem em um arco orbital, como a bola de golfe que passa pela espiral.

No geral, as pontuações de ambos os meninos foram maiores após a partida de golfe, o que me levou a pensar se os desenvolvedores de minigolfe não deveriam começar a trabalhar em mais campos educativos. Será que estudantes de biologia poderiam aprender a lançar um vírus através das várias armadilhas do sistema imunológico? Será que uma partida de golfe que simulasse uma viagem pelo sistema digestivo poderia ser instrutiva sem causar nojo a muitos dos jogadores? Você pode ensinar mecânica quântica desenvolvendo um campo de golfe com resultados aleatórios em cada buraco - e então fazer com que estudantes de psicologia analisem as reações dos jogadores em relação aos placares enlouquecedoramente arbitrários.

Claramente, mais pesquisa é necessária. Mas por enquanto, parece seguro chamar o Rocket Park de um sucesso curatório, como concluiu Shara. "O golfe está cumprindo com a missão do museu", ele disse. "As crianças podem aprender um pouco. Os adultos podem aprender um pouco. O golfe é bom para se divertir. E os foguetes são bacanas." Nesse último ponto, os alunos da quarta série concordaram plenamente.

O minigolfe Rocket Park é uma exposição permanente ao ar livre

O minigolfe Rocket Park é uma exposição permanente ao ar livre

Tradução: Amy Traduções

The New York Times

Estrela gigante deu origem ao Sistema Solar, diz estudo

Representação artística dos primeiros momentos da formação do Sistema Solar
Representação artística dos primeiros momentos da formação do Sistema Solar


Uma equipe internacional liderada por astrofísicos espanhóis descobriu que alguns dos elementos radioativos encontrados na maioria dos meteoritos primitivos poderiam vir de uma estrela gigante, com cerca de seis vezes a massa do Sol. Esses meteoritos teriam se desprendido dessa estrela gigante enquanto ela passava nas proximidades do Sol, no mesmo período em que se formou o Sistema Solar. O estudo foi publicado pela revista Meteoritics & Planetary Science. As informações são do jornal El Mundo.

Os pesquisadores afirmam que esses isótopos radioativos podem ter desempenhado um papel fundamental na evolução dos primeiros blocos rochosos que formam os planetas do Sistema Solar. Os meteoritos primitivos preservam estes materiais no seu interior e são o único registro tangível da origem do Sistema Solar.

Existem diferentes teorias sobre a origem dos elementos radioativos que foram incorporados no primeiro material sólido que formou meteoritos. Algumas delas afirmam que estes núcleos radioativos, especialmente de alumínio e ferro, poderiam proceder de uma supernova que teria dispersado esses elementos no momento da explosão. Mas, para acontecer uma supernova, a estrela massiva que a originou precisaria ter cerca de oito vezes a massa do Sol. Estas teorias, porém, não coincidem com as observações realizadas.

Os resultados obtidos pelo novo estudo sugerem que a estrela com massa equivalente a seis sóis seria suficiente para fornecer os principais elementos radioativos retidos em meteoritos primitivos. E essa possibilidade está de acordo com os dados coletados até hoje.

Josep Maria Trigo, do Conselho Superior de Investigações Científicas (CSIC) e do Instituto de Estudos Espaciais da Catalunha, afirma que os detalhes da descoberta "proporcionam o primeiro modelo astrofísico que reproduz as quantidades dos elementos radioativos nos primeiros meteoritos sem a necessidade de invocar a presença de uma supernova na vizinhança solar nos momentos iniciais da formação do Sistema Solar".

"Graças a este trabalho comprovou-se que a proporção de isótopos radioativos estimados em nossos modelos de uma estrela de seis massas solares coincide com a medida nos meteoritos primitivos", diz Aníbal García, pesquisador do Instituto de Astrofísica de Canárias.

Redação Terra

Nasa tentará lançar sondas lunares nesta quinta

A Nasa tentará lançar nesta quinta-feira as sondas lunares LRO e LCROSS, que visam preparar o retorno do homem à Lua até 2020, anunciou nessa quarta-feira a agência espacial.

O lançamento será realizado com um foguete Atlas V, da base aérea de Cabo Cañaveral, na Flórida. As sondas poderão ser lançadas às 21h12, 21h22 e 21h32 GMT, revela o site da agência espacial.

Se o disparo não ocorrer, haverá outras três tentativas, na sexta-feira, às 22h41, 22h51 e 23h01 GMT.

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quarta-feira, 17 de junho de 2009

Cientistas encontram prova concreta de lago em Marte

Um longo e profundo cânion e os restos de uma praia talvez sejam a prova mais clara já encontrada sobre a existência de um lago na superfície de Marte, e ele aparentemente continha água quando o planeta já deveria ter secado, disseram cientistas nesta quarta-feira.

Imagens de uma câmera chamada High Resolution Imaging Science Experiment a bordo do satélite Mars Reconaissance Orbiter indicam que a água escavou um cânion de 50 km de extensão, revelou um grupo da Universidade do Colorado.

Ele teria coberto uma superfície de 200 km quadrados, com profundidade de 450 m, escreveram os pesquisadores da revista Geophysical Research Letters. Hoje é incontestável que existe água no solo de Marte - robôs de exploração encontraram gelo ali. Também há provas de que a água ainda pode brotar do subsolo para a superfície, ainda que ela rapidamente desapareça na fina e gelada atmosfera do planeta vermelho.

Cientistas também já haviam visto o que poderiam ser praias de rios gigantescos ou mares "mas algumas das formações também poderiam ser obra de deslizamentos de terra. "Essa é a primeira prova sem ambiguidades sobre linhas costeiras na superfície de Marte", disse Gaetano Di Achille, que liderou o estudo.

"A identificação das linhas e as evidências geológicas nos permitem calcular o tamanho e o volume do lago, que parece ter se formado há cerca de 3,4 bilhões de anos", afirmou Di Achille em comunicado. A água é um elemento-chave para a vida, e os cientistas procuram desesperadamente por provas de vida em Marte, seja passada ou presente. A existência de água no planeta também pode ser útil para futuros exploradores humanos.

"Na Terra, deltas e lagos são excelentes coletores e conservadores dos sinais de vida passada", disse Di Achille. "Se a vida alguma vez existiu em Marte, os deltas podem ser a chave para desvendar o passado biológico de Marte", acrescenta.

"A pesquisa não prova apenas que houve um sistema lacustre de longa existência em Marte, mas nós podemos ver que o lago se formou após o período quente e úmido que pensava-se que teria se dissipado", disse o professor assistente Brian Hynek.

O lago provavelmente evaporou, ou congelou após uma abrupta mudança climática, afirmaram os pesquisadores. Ninguém sabe o que fez Marte deixar de ser um planeta quente e úmido para se tornar o deserto gelado e sem ar que é hoje.

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Atraso do Endeavour pode complicar outros lançamentos

O adiamento do voo do ônibus espacial Endeavour para 11 de julho não afetará o dia a dia da tripulação da Estação Espacial Internacional (ISS), mas complica outros futuros lançamentos, como apontaram nesta quarta-feira fontes russas.

O porta-voz do Centro de Controle de Voos Espaciais da Rússia, Valeri Lindin, indicou que os aparelhos que deveriam ser transportados pela nave americana não são vitais para os seis tripulantes da plataforma orbital, que em nenhuma hipótese ficarão sem alimentos. "Na estação há uma reserva intocável de comida e água suficiente para 40 dias. É justo o prazo que necessitaríamos para preparar e lançar para a ISS uma nave de carga", disse Lindin à agência de notícias Interfax.

A atual tripulação internacional da ISS é integrada pelos russos Gennady Padalka e Román Romanenko, o americano Michael Barratt, o japonês Koichi Wakata, o canadense Robert Thirsk e o belga Frank de Winne. Uma recorrente fuga de combustível no tanque externo do Endeavour impediu hoje, pela segunda vez, seu lançamento em uma missão de 16 dias para trabalhos de construção na ISS, por isso a Nasa (agência espacial americana) adiou o voo para 20h39 (Brasília) de 11 de julho.

Um representante da indústria espacial russa disse à Interfax que este adiamento "criará problemas" para futuros voos para a ISS de naves de Rússia, Estados Unidos e Japão. "Se as condições meteorológicas permitem lançar o Endeavour em 11 de julho, seu voo coincidirá com o lançamento e acoplamento à ISS do cargueiro russo Progress, por isso pode complicar a operação de engate", assinalou a fonte.

Segundo ela, caso o voo do Endeavour seja adiado por outra semana, seu retorno e aterrissagem coincidiriam com o lançamento em agosto da nave seguinte, algo que a Nasa jamais permitirá. Nesse caso, o adiamento do voo previsto para agosto obrigaria a corrigir as datas dos lançamentos de outras naves: da japonesa "HTV" e da russa "Soyuz TMA-16" em setembro e do cargueiro também russo "Progress M-03M" em outubro, como especificou a fonte.

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Superátomo é capaz de se transformar em elementos distintos

Um grupo internacional de pesquisadores descobriu um aglomerado estável de átomos capaz de representar diferentes elementos da tabela periódica.

Chamado de 'superátomo magnético', a novidade, segundo os cientistas, poderá ser usada na criação de componentes eletrônicos moleculares para equipar a próxima geração de computadores, que seriam muito mais rápidos e com maior capacidade de armazenamento.

O aglomerado, composto por um átomo de vanádio e oito de césio, atua como um pequeno ímã capaz de simular um único átomo de manganês em força magnética, enquanto permite que elétrons de orientação de spin específicas sejam atraídos pela camada de átomos de césio.

O estudo, conduzido por Shiv Khanna, da Virginia Commonwealth University, nos Estados Unidos, e colegas de outras instituições do país e da Índia, foi publicado no site da revista Nature Chemistry.

Por meio de uma série elaborada de estudos teóricos, o grupo examinou as propriedades eletrônicas e magnéticas de aglomerados contendo um átomo de vanádio envolto por múltiplos átomos de césio.

Os cientistas observaram que quando o aglomerado tinha oito átomos de césio ele adquiria uma estabilidade extra, devido a um estado eletrônico preenchido. Um átomo está em configuração estável quando sua camada mais exterior é dita preenchida. Consequentemente, quando um átomo se combina com outros, ele tende a perder ou ganhar elétrons de valência, de modo a adquirir uma configuração estável.

Segundo Khanna, o novo aglomerado tem um momento magnético (medida da intensidade da fonte magnética) de 5 magnetons de Bohr, que é mais do que o dobro do valor para um átomo de ferro em um ímã sólido do mesmo elemento.

Como o átomo de manganês tem um momento magnético semelhante e uma camada eletrônica fechada, os cientistas estimam que o novo aglomerado possa ser usado para simular um átomo de manganês.

"O césio é um bom condutor de eletricidade e o superátomo combina a vantagem da característica magnética com a facilidade de condução pela camada mais externa. Uma combinação como essa poderá levar a desenvolvimentos importantes na área de eletrônica molecular", disse Khanna.

As informações são da Agência Fapesp

JB Online

Novo vazamento de combustível adia missão do Endeavour

A Nasa (agência espacial americana) adiou o lançamento do ônibus espacial Endeavour, que estava previsto para esta quarta-feira, depois de descobrir um vazamento potencialmente perigoso durante o reabastecimento da nave.

Um representante da agência afirmou que o ônibus espacial será lançado apenas no dia 11 de julho. A nave estava pronta para o lançamento no Centro Espacial Kennedy, na Flórida.

A declaração divulgada pela Nasa informou que por volta das 01h55 (horário local) os responsáveis pelo ônibus espacial "cancelaram o lançamento do ônibus espacial Endeavour em sua missão STS-127".

"Apesar dos esforços para descobrir quais eram os problemas, os engenheiros não conseguiram diminuir o vazamento de hidrogênio líquido."

Este é o segundo adiamento do lançamento da Endeavour, segundo a correspondente da BBC Sarah Rainsford. O ônibus espacial decolaria no último sábado, dia 13 de junho, mas as autoridades detectaram o vazamento de gás de hidrogênio, muito inflamável.

Apesar de a nave ter sido concertada o problema voltou a aparecer e a Nasa decidiu adiar o lançamento até o mês de julho.

Entrega
A Endeavour deveria entregar uma parte de um laboratório japonês para a Estação Espacial Internacional. Quando a missão for retomada, os astronautas terão que fazer cinco caminhadas no espaço para encaixar uma plataforma permanente que pesa 1,9 tonelada ao laboratório japonês.

Durante a missão, a Estação Espacial Internacional vai abrigar temporariamente 13 astronautas, a primeira vez que a estação recebe tantos astronautas de uma só vez.

E, ainda nesta quarta-feira, um comitê em Washington realizará uma audiência pública para analisar os planos americanos de viagens tripuladas ao espaço. O comitê vai analisar as propostas da Nasa para a substituição da frota de ônibus espaciais e também os planos da agência para voos espaciais tripulados.

O presidente Barack Obama já destacou o compromisso americano de voltar à Lua até o ano de 2020.

A Endeavour teve seu lançamento cancelado, mais uma vez, em virtude de um vazamento

A Endeavour teve seu lançamento cancelado, mais uma vez, em virtude de um vazamento

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terça-feira, 16 de junho de 2009

Mercúrio pode colidir com Terra em 1 bi de anos, diz estudo

Terra colide com Vênus em uma das simulações de computador calculadas por cientistas franceses
Terra colide com Vênus em uma das simulações de computador calculadas por cientistas franceses


Uma recente simulação de computador projetou um fim catastrófico para o nosso Sistema Solar em um futuro muito distante. A Terra poderá entrar em rota de colisão com os planetas Mercúrio, Vênus ou Marte daqui há pelo menos 1 bilhão de anos, segundo um estudo publicado na revista britânica Nature e citado pelo canal de TV Fox.

Cálculos astronômicos realizados durante o experimento indicam que a possibilidade é remota, mas pode acontecer. "É possível, mas improvável", afirma Gregory Laughlin, professor da Universidade da Califórnia e investigador convidado pela Nature para comprovar a natureza dos resultados apresentados pela simulação.

Conforme a investigação, transtornos ocorridos na órbita de Mercúrio poderiam fazer com que ele se chocasse contra outros planetas, provocando uma desestabilização nos demais corpos que giram ao redor do Sol. Os argumentos foram dados depois que os responsáveis pelo estudo, Jacques Laskar e Mickael Gastineau, do Observatório de Paris, analisaram 2.501 cenários possíveis no computador. No entanto, em outra projeção, os cientistas concluíram que há 99% de chances da Terra e seus vizinhos viverem em paz durante 3,5 bilhões de anos.

A maioria dos resultados obtidos nas simulações não incluíram colisão entre planetas, mas 25 deles mostraram uma forte instabilidade na órbita de Mercúrio. A perturbação poderia provocar uma reação em cadeia com proporções fatais ao passar pela Terra, seguindo por Vênus, Marte e o resto do Sistema Solar.

Os astrônomos já sabem calcular o movimento dos planetas com bastante precisão há muito tempo, com centenas e até milhares de anos de antecedência - é assim que são calculadas as datas dos eclipses, por exemplo.

Mas olhar tão adiante no futuro da mecânica celestial com exatidão ainda está além de nosso alcance, afirmou Laskar. "As mais precisas soluções de longo prazo para o movimento orbital do Sistema Solar não valem para muito além de algumas dezenas de milhões de anos", estimou.

Com informações da agência AFP

Terra Chile

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Jovem alemão sobrevive à queda de meteorito a 48 mil km/h

Um adolescente alemão de 14 anos teve a sorte de sobreviver ao impacto de um meteorito que caiu na cidade de Essen, na Alemanha. Gerrit Blank foi atingido em uma das mãos quando estava a caminho da escola por um fragmento altamente magnético, com o tamanho de uma ervilha, que estaria a mais de 48 mil km/h. As informações são do jornal britânico Telegraph.

Apesar de ser uma rocha espacial pequena, as chances do ser humano sobreviver a esse tipo de acontecimento inusitado são de uma em 1 milhão, segundo o periódico. "A maioria dos fragmentos não chega a atingir o solo porque evapora ao entrar na atmosfera. Entre aqueles que conseguem, seis em cada sete caem na água", informa Ansgar Kortem, diretor do Observatório Walter Hohmann, na Alemanha, citado pelo Telegraph.

O que poderia ter ganho proporções fatais para o jovem resultou em uma cicatriz de 8 cm. Gerrit contou que viu uma grande bola de luz antes de ser jogado para cima e sentir uma dor forte na mão. Conforme o garoto, o barulho de trovão que sucedeu o clarão luminoso foi tão forte que seus ouvidos escutaram um zumbido durante horas.

Análises químicas detalhadas do objeto confirmaram que ele realmente veio do espaço. Gerrit é a segunda pessoa a sobreviver à queda de um meteorito. Em novembro de 1954, uma rocha do tamanho de uma laranja caiu sobre uma casa no Alabama, Estados Unidos, enquanto uma mulher dormia.

Gerrit Blank, 14 anos, foi atingido na mão por um objeto do tamanho de uma ervilha, em Essen

Gerrit Blank, 14 anos, foi atingido na mão por um objeto do tamanho de uma ervilha, em Essen


Redação Terra