sexta-feira, 31 de julho de 2009

Japonês usou mesma cueca durante um mês em Estação Espacial

O astronauta Koichi Wakata testou a cueca espacial
O astronauta Koichi Wakata testou a "cueca espacial"
20 de março de 2009


O astronauta japonês Koichi Wakata não trocou a cueca durante um mês enquanto esteve visitando a Estação Espacial Internacional (ISS). Parece falta de higiene, mas, na verdade, Wakata participou de um experimento desenvolvido pela Jaxa, agência espacial japonesa, com cuecas que neutralizam odores desagradáveis. As informações são do jornal espanhol El Mundo.

O japonês, que retornou à Terra nesta sexta-feira a bordo do ônibus espacial Endeavour, contou somente agora o segredo para os colegas de missão. "Eu a vesti por um mês e os colegas não se queixaram na Estação. Assim, acho que o experimento deu certo", afirmou o astronauta à agência AP.

As cuecas especiais são desenvolvidas com um tecido antibactéria e absorvente que impedem a proliferação de odores ruins, segundo informou o site Space. Um porta-voz da Nasa, agência espacial americana, disse que a importância de experiências como esta em missões espaciais não deve ser subestimada.

Redação Terra

Endeavour retorna à Terra com sucesso e pousa nos EUA


O ônibus espacial Endeavour aterrissou com sucesso no Centro Espacial Kenneddy, na Flórida, Estados Unidos, nesta sexta-feira, após uma missão de 16 dias na Estação Espacial Internacional (ISS), durante a qual concluiu a instalação do laboratório científico japonês Kibo. O pouso aconteceu por volta das 11h48 de Brasília (14h48 GMT).

Quando voava a 320 km acima do oceano Índico, o comandante Mark Polansky e o piloto Douglas Hurley acionaram os dois foguetes de frenagem da Endeavour, às 10h41 de Brasília, para reduzir a velocidade da nave e começar um período de planagem pela atmosfera, com duração de uma hora, até o pouso.

Durante 11 dias na Estação, os sete tripulantes do Endeavour instalaram uma plataforma japonesa para telescópios e outras atividades científicas. Também entregaram peças sobressalentes e substituíram as baterias que mantêm a Estação - movida a energia solar - funcionando durante suas passagens pelas zonas de noite terrestre.

A Nasa está preparando a ISS, um projeto de US$ 100 bilhões e 16 países, para poder aposentar sua frota de ônibus espaciais, depois de mais sete missões. Usando pela primeira vez um braço robótico japonês, astronautas substituíram três dispositivos da nova plataforma: um telescópios de raios X, um monitor que mede campos eletromagnéticos em torno da Estação e uma antena de comunicações para uma rede japonesa de satélites.

Um dos astronautas do Endeavour, o estreante Timothy Kopra, ficou na Estação, realizando as tarefas de engenheiro de voo que durante quatro meses e meio couberam ao japonês Koichi Wakata, que voltou à Terra.

Com informações das agências EFE e Reuters

Redação Terra

"Endeavour" volta hoje à Terra depois de missão bem-sucedida

O ônibus espacial Endeavour volta nesta sexta à Terra após uma missão de 16 dias na Estação Espacial Internacional (ISS), durante a qual concluiu a instalação do laboratório científico japonês Kibo.

Durante a missão intitulada STS-127, os tripulantes da nave substituíram seis baterias do complexo espacial e entregaram suprimentos e equipamentos para seus seis ocupantes. O retorno do Endeavour deve ocorrer às 11h48 (horário de Brasília). As condições do tempo parecem contribuir para que o final da missão ocorra sem contratempos, segundo um porta-voz da Nasa, a agência espacial americana.

Existe uma pequena chance de chuva para o momento do sobrevoo da nave sobre o Centro Espacial Kennedy, em Cabo Canaveral, no estado americano da Flórida. Uma segunda janela para a volta da nave está programada para as 13h22 de Brasília. Caso o tempo não ajude em nenhum dos horáros, o retorno seria adiado para sábado, já que não há um local alternativo para o fim da missão, esclareceu o porta-voz.

Pouco antes de iniciar o retorno na sexta-feira passada, a tripulação instalou em órbita dois pares de pequenos satélites. Um dos pares de satélites será usado no estudo do acoplamento de naves no espaço por meio do Sistema de Posicionamento Global (GPS).O outro medirá a composição e a densidade da atmosfera a mais 320 quilômetros da superfície da Terra.

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quinta-feira, 30 de julho de 2009

Impacto de cometas não destruiria vida na Terra, diz estudo

A eventual queda de um cometa sobre a Terra provavelmente não causaria a extinção da vida, como temem algumas pessoas, segundo aponta um estudo divulgado nesta quinta-feira. Astrônomos da Universidade de Washington realizaram uma simulação com a ajuda de computadores para estudar a evolução de nuvens de cometas no sistema solar nos últimos 1,2 bilhão de anos.

Os cientistas estudaram especificamente a nuvem de Oort, um resíduo da nebulosa que deu lugar à formação de nosso Sistema Solar, e que conteria bilhões de cometas. "Nos últimos 25 anos, o interior da nuvem de Oort foi considerado uma região misteriosa e desconhecida do Sistema Solar, capaz de provocar explosões de corpos (celestes) que poderiam erradicar a vida na Terra", indicou o autor do estudo, Nathan Kaib.

A simulação, no entanto, mostrou que a Terra provavelmente foi atingida por cometas grandes o suficiente para causar danos consideráveis apenas duas ou três vezes nos últimos 500 milhões de anos. É possível que estes cometas tenham colaborado para a extinção registrada no fim do Eoceno - um acontecimento "menor", segundo os critérios evolutivos -, que aconteceu há cerca de 40 milhões de anos.

Para Kaib, se isto de fato ocorreu, foi a chuva de cometas mais intensa desde os primeiros fósseis. A baixa frequência "transforma estes fenômenos em uma causa pouco provável de outros episódios de extinção", concluíram os cientistas em seu trabalho, publicado na revista Science.

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Estudo explica origem de bolas de gelo em zona de asteroides

Uma reacomodação das posições dos planetas no estágio inicial do Sistema Solar pode explicar como bolas de gelo de origem muito antiga terminaram sendo parte do cinturão de asteroides. Essa nova hipótese, baseada em uma teoria popular sobre a formação do Sistema Solar conhecida como "modelo de Nice", reverte a posição anterior de que o cinturão de asteroides na verdade representa os restos de um disco protoplanetário que cercava o Sol no início de sua evolução.

"Se o modelo de Nice proceder, então as antigas ideias sobre o cinturão de asteroides têm de estar erradas", diz Harold Levinson, cientista planetário no Instituto de Pesquisa Sudoeste, em Boulder, Colorado. Levison e seus colegas publicaram na revista Nature sua nova explicação sobre a origem do cinturão.

O cinturão de asteroides é uma faixa espacial com cerca de 176 milhões de km de extensão, entre as órbitas de Marte e Júpiter, que contêm milhões de objetos de diversas formas e tamanhos. "O surpreendente quanto a esses objetos é que eles demonstram ampla diversidade de composição química", diz Levison. No limite interno do cinturão, os asteroides parecem rochosos e calcinados, enquanto no limite externo ele abriga objetos gelados contendo água e moléculas orgânicas.

Local de crime planetário
Os astrônomos acreditavam que o cinturão de asteroides representasse os restos congelados do disco protoplanetário que um dia existiu em torno do Sol. A linha entre rocha e gelo, arrazoavam, era uma "linha da neve", para além da qual planetas grandes e gélidos podiam se formar.

Mas havia problemas quanto a essa interpretação, especialmente no que tange a Urano e Netuno, de acordo com Stuart Weidenschelling, pesquisador sênior no Instituto de Ciência Planetária de Tucson, Arizona, que não esteve envolvido na pesquisa. As distâncias nas quais esses planetas hoje orbitam, o disco protoplanetário estaria se movendo devagar demais para que eles pudessem se formar da forma devida.

E é aí que entra o modelo de Nice. O conceito, introduzido quatro anos atrás, dispõe que Urano e Netuno se tenham formado a cerca da metade da distância que os separa do Sol no momento. Para além deles, postula o modelo, havia um vasto disco de bolas de gelo semelhantes a cometas.

A formação não era estável, de acordo com Levinson, e "as órbitas realmente se descontrolaram". Júpiter se moveu para dentro, enquanto Saturno, Urano e Netuno se afastaram todos do centro do Sistema Solar. Ao fazê-lo, catapultaram corpos gélidos do disco protoplanetário inicial para o interior do Sistema Solar.

As novas simulações demonstram que uma fração desses terminaram ocupando órbitas estáveis em torno do limite externo do cinturão do asteróides, e que continuem nelas ainda hoje. Weidenschelling diz que os trabalhos mais recentes representam mais uma realização para o modelo de Nice, uma proposta relativamente recente. "É mais uma daquelas pecinhas de quebra-cabeça que parecem se encaixar", ele afirma.

Levison acredita que, se o modelo proceder, estudos detalhados sobre o cinturão de asteróides informarão aos astrônomos sobre a evolução inicial do Sistema Solar. "É como investigar o local de um crime", ele afirma. "A maneira pela qual o sangue está espalhado pelas paredes revela mais sobre aquilo que aconteceu do que o cadáver da vítima".

Tradução: Paulo Migliacci ME

Nature

Emirados Árabes lançam ao espaço primeiro satélite do país

Os Emirados Árabes Unidos confirmaram hoje que o primeiro satélite do país lançado ao espaço, o DubaiSat 1, começou a orbitar em torno da Terra com sucesso após o lançamento na noite desta quarta a partir da base de Baikonur, no Cazaquistão.

O satélite foi transportado pelo foguete portador russo "Dnieper", que levou ao espaço outros cinco satélites - dois espanhóis, dois argentinos e um inglês.

A Agência para a Ciência e Tecnologia dos Emirados informou que o aparelho, que pesa 190 quilos, desenvolverá atividades científicas.

"A estação terrestre situada em Dubai conseguiu localizar e acompanhar o satélite, que começou sua órbita a 680 quilômetros de altura após fazer duas voltas em torno da Terra às 3h30 de hoje (20h de ontem em Brasília)", diz o comunicado oficial.

A agência informou que técnicos árabes contribuíram com a terceira parte do projeto.

Com o lançamento, os Emirados Árabes Unidos seguem os passos do Egito, que já colocou no espaço dois satélites de comunicações construídos pela França, os Nile Sat.

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quarta-feira, 29 de julho de 2009

Dia de Saturno está cinco minutos mais curto, diz estudo

Um dia em Saturno é bastante curto, mas agora ficou ainda mais curto: o tempo que o planeta leva para completar uma volta sobre o próprio eixo foi calculado por astrofísicos em 10 horas, 34 minutos e 13 segundos, mais de cinco minutos a menos do que havia sido registrado antes.

Formado por nuvens de gás movimentadas por poderosos ventos, Saturno não apresenta marcos geográficos duradouros como planetas rochosos e isto dificulta a vida dos cientistas na hora de medir sua rotação. Como consequência disto, os astrônomos se acostumaram a basear seus cálculos no campo magnético de Saturno. Mas mesmo esta marcação pode variar e não mede com precisão a velocidade de rotação da parte mais interna do planeta.

Uma equipe internacional coordenada por cientistas da Universidade de Oxford e da Universidade de Louisville, no Kentucky, utilizaram uma técnica diferente, que parte de imagens infravermelhas feitas pela sonda americana Cassini, que circula pela órbita de Saturno. O estudo foi publicado nesta quarta-feira pela revista britânica Nature.

"Percebemos que era possível combinar informações sobre o que era visível na superfície de Saturno com os dados infravermelhos da Cassini sobre o interior profundo do planeta, construindo assim um mapa tridimensional dos ventos de Saturno", explicou Peter Read, professor de Oxford. "Com este mapa, conseguimos descobrir como ondas longas e redemoinhos se desenvolvem na atmosfera, e a partir daí calcular uma nova estimativa para a rotação fundamental do planeta", acrescentou.

Segundo Read, um "dia" cinco minutos mais curto é mais alarmante do que se pode imaginar. "Isso implica que algumas de nossas estimativas anteriores da velocidade dos ventos podem estar erradas por mais de 160 milhas (250 quilômetros) por hora", afirmou.

"Também significa que os padrões do clima em Saturno são muito mais semelhantes aos que observamos em Júpiter, sugerindo que, apesar das diferenças entre eles, estes dois planetas gigantes têm mais em comum do que pensávamos", concluiu o astrônomo.

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Britânicos recuperam 'queijo espacial' lançado em balão

O cheddar interestelar possivelmente alcançou a estratosfera e ainda resistiu ao impacto da queda
O "cheddar interestelar" possivelmente alcançou a estratosfera e ainda resistiu ao impacto da queda


Um pedaço de queijo de 300 g, lançado por produtores de queijo britânicos à estratosfera, foi recuperado intacto nesta quarta-feira no sul da Inglaterra, a 119 km do local de lançamento. Apelidado de "cheddar interestelar", o laticínio caiu na região da cidade de High Wycombe depois de ter sido lançado em um balão, na madrugada de terça-feira, num campo perto da cidade de Pewsey.

Os fazendeiros usaram um balão com gás hélio, com seu pires acoplado a uma caixa contendo uma câmera e um aparelho de GPS. O objetivo era subir até uma altitude de 30 km. Apesar de o cheddar ter sido encontrado intacto, a câmera quebrou e o sistema de GPS parou de funcionar logo depois do lançamento.

Homenagem
A iniciativa foi para marcar o aniversário de 40 anos do pouso do homem na Lua, comemorados semana passada. A associação de fabricantes de queijo da região do West Country (sudoeste da Inglaterra), responsável pela jornada, afirmou que o pedaço foi encontrado em um jardim e entregue à polícia de High Wycombe na noite desta quarta-feira. O balão que carregava o queijo estourou, o que indica que a carga atingiu uma altitude considerável na atmosfera.

O fabricante de queijos Dom Lane informou que "provavelmente, (o queijo) irá para uma caixa de vidro" no escritório da associação que representa. Lane disse que os policiais que encontraram o queijo ajudaram muito e se divertiram com a operação.

O fabricante de queijo também informou que deu à polícia uma seleção de seus produtos para ser entregue à mulher não identificada que encontrou o queijo perdido. "O exercício todo foi legal para divulgar o cheddar autêntico", afirmou.

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Francês fotografa silhueta de Estação Espacial contra o Sol

Thierry Legault fotografou a silhueta da ISS - com o ônibus espacial Endeavour acoplado - refletida contra o Sol no domingo
Thierry Legault fotografou a silhueta da ISS - com o ônibus espacial Endeavour acoplado - refletida contra o Sol no domingo

Um fotógrafo conseguiu capturar em solo terrestre uma imagem da silhueta da Estação Espacial Internacional (ISS), com o ônibus espacial Endeavour acoplado, passando em frente ao Sol no último domingo.

O autor da imagem é o francês Thierry Legault, que fotografou a inusitada cena utilizando apenas uma câmera-telescópio e filtros especiais.

Gizmodo

Cientistas criam estado completamente novo de matéria

Cientistas criaram um estado de matéria completamente novo, um exótico material transparente à radiação ultravioleta
Cientistas criaram um estado de matéria completamente novo, um exótico material transparente à radiação ultravioleta


Cientistas alemães especializados em lasers criaram um estado de matéria completamente novo, transformando alumínio em algo "que ninguém jamais viu", um exótico material transparente à radiação ultravioleta.

De acordo com o professor Justin Wark, do departamento de física da Universidade de Oxford, a descoberta é "quase tão surpreendente quanto descobrir que é possível transformar chumbo em ouro com a luz!". Eles alcançaram este milagre ao derrubar "um elétron-chave de cada átomo do alumínio", mas sem desfazer a estrutura metálica com o bombardeio a laser.

Wark afirma que isso os ajudará a raciocinar sobre a criação de estrelas em miniatura com implosões de laser de alto poder, algo que "poderá um dia permitir a exploração do poder da fusão nuclear aqui na Terra". Ou destruir a todos nós.

Gizmodo

Estrela gigante pode ter cauda do tamanho do Sistema Solar

A estrela gigante Betelgeuse, uma supergigante vermelha também chamada de Alfa Órion, localizada na constelação de Órion, tem uma cauda de gás do tamanho do nosso Sistema Solar, indicaram fotos de uma precisão sem precedente publicadas nesta quarta-feira pelo Observatório de Paris. A Betelgeuse é uma estrela mil vezes maior que o Sol. Isto significa que se estivesse no centro de nosso Sistema Solar, se estenderia até Júpiter, passando por Mercúrio, Vênus e a Terra.

Ela é cem vezes mais brilhante que o Sol, mas tem apenas alguns milhões de anos, em contraste com os 4,5 bilhões de anos do Sol, e apesar de sua juventude, tem pouco tempo de vida. Dentro de poucos milhares de ano, ela se tornará uma supernova e então será facilmente visível da Terra.

Os astrônomos do Laboratório de Estudos Espaciais e de Instrumentação na Astrofísica (Lesia) do Observatório de Paris obtiveram as imagens mais detalhadas de Betelgeuse graças ao sistema óptico adaptável do telescópio VLT da Organização Europeia de Pesquisa Astronômica (ESO) no Chile. "A óptica adaptativa corrige a maior parte das perturbações ligadas à atmosfera", indicou o Observatório de Paris em um comunicado.

Para destacar a cauda de gás, assim como uma gigantesca bolha que verve na superfície da estrela, os astrofísicos utilizaram uma técnica chamada de "imagem seletiva". "Ela consiste em selecionar as melhores imagens entre milhares de poses muito rápidas que fixam as perturbações atmosféricas residuais, para depois combiná-las em uma imagem muito mais fina do que a resultante de uma só pose grande", destacou o Observatório.

Concepção artística mostra a estrela Betelgeuse, que é mil vezes maior que o Sol; nos pontos à direita (de cima para baixo) estão o Sol, Mercúrio, ...

Concepção artística mostra a estrela Betelgeuse, que é mil vezes maior que o Sol; nos pontos à direita (de cima para baixo) estão o Sol, Mercúrio, Vênus, Terra, Marte, Júpiter, Saturno, Urano e Netuno

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Livro sobre missão Apollo 11 inclui pedaço de meteorito lunar

Ter um pedaço de meteorito lunar exclusivo agora está ao alcance dos colecionadores que comprarem o livro "MoonFire", precisamente 12 das 1,969 mil cópias editadas para comemorar o 40º aniversário da missão do Apollo 11. Esse fragmento do "mineral mais raro achado na Terra", segundo contou por e-mail Nina Wiener, coeditora de "MoonFire" e editora-chefe da "Taschen" nos Estados Unidos, define esse projeto como, "sem dúvida" o mais relevante realizado pela editora desde "Goat", de 2004, sobre o ex-pugilista Mohammed Ali.

"MoonFire" foi lançado com uma tiragem de 1969 cópias - em honra ao ano do lançamento dessa nave espacial americana-, nas quais traz fotos inéditas da chegada do homem à Lua, em 20 de julho de 1969, e trechos do livro "Of A Fire on the Moon", do americano Norman Mailer. Atualmente só serão vendidas "as primeiras 1957 cópias" por 750 euros (US$ 1.064) antes das 12 da edição "Lunar Rock" - de 1958 a 1969 -, cujo preço ainda é uma incógnita.

A peculiaridade se alimenta em parte disso: o preço será revelado à medida que for taxado o "valor de cada pedra" que se juntar a cada um desses exemplares da tiragem especial "Lunar Rock" em uma cápsula "criada pelo desenhista industrial Marc Newson", afirmou a coeditora. Os 1969 "MoonFire" têm em comum o conteúdo e o fato de que serão distribuídos com uma cópia de 32,5 x 40 cm de uma foto assinada pelo primeiro homem que caminhou na superfície lunar, Buzz Aldrin.

E também reúne trechos de artigos redigidos pelo romancista americano Norman Mailer para a revista Life sobre este fato histórico sem precedentes e que foram compilados em 1970 no livro "Of a Fire on the Moon". "MoonFire" - um trocadilho de "Of A Fire on the Moon" - é, segundo a editora, o primeiro volume publicado após a morte de Norman Mailer.

Em seus 13 capítulos e 358 páginas, este volume de capa dura de 36,5 x 44 cm vai além de fornecer o impacto visual que a missão do Apollo 11 teve com "a análise histórica, científica e filosófica de Mailer para contar a história". O projeto, desenvolvido entre Nina Wiener e Benedikt Taschen e "junto com Larry Schiller da (fundação) Norman Mailer Estate em 2008", reúne as primeiras imagens tiradas com uma câmera Hasselblad 500 EL por Neil Armstrong, Buzz Aldrin e Michael Collins, astronautas do Apollo 11.

E, em consequência, entre as "mais de 500 imagens, a maioria delas fotografias, mas também instantâneas de filmes, mapas e pinturas", algumas delas veem pela primeira vez à luz, segundo indicou Wiener. Isso depois de terem permanecido em fundos de "arquivos da Nasa, do National Archives, do Serviço Geológico dos EUA (USGS, em inglês) e de outras agências estatais que apoiaram a missão" do Apollo 11, assim como "a revista Life e muitos fotógrafos e coleções privadas".

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Cargueiro russo Progress completa acoplamento à ISS

A nave Progress M-67, o último cargueiro russo que ainda utiliza um sistema de comando analógico, se acoplou nesta quarta-feira à Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês), após cinco dias de voo.

A Progress se enganchou manualmente às 15h12 (8h12, no horário de Brasília), informou o Centro de Controle de Voos Espaciais (CCVE) da Rússia, segundo a agência oficial RIA Novosti.

Inicialmente, estava previsto que o aparelho se acoplasse em regime automático, mas um desvio do cargueiro, que não se aproximou à plataforma orbital em ângulo reto, obrigou a manobra a ser efetuada manualmente.

Um porta-voz do CCVE, citado pela agência Interfax, explicou que o erro foi detectado 15 minutos antes da hora prevista do acoplamento, quando a Progress estava a uma distância de 350 metros da estação. O encarregado de realizar a manobra foi o comandante da ISS, o astronauta russo Gennady Padalka.

Depois de duas horas e com a confirmação do acoplamento, a tripulação abrirá as comportas da Progress e começará a descarga. A nave foi obrigada a efetuar três dias adicionais de voo autônomo para não coincidir na plataforma orbital com o ônibus espacial Endeavour, que até ontem ainda estava acoplado à ISS. Segundo a norma, está proibido realizar qualquer tipo de manobra ou engate à plataforma orbital enquanto houver outra nave acoplada.

A Progress M-67 foi lançada no dia 24, da base de Baikonur, no Cazaquistão, com mais de 2,5 toneladas de carga vital para a tripulação da ISS, entre combustível, oxigênio, água, alimentos e equipamento científico.

É o último cargueiro que ainda utiliza comando analógico e o terceiro este ano a se acoplar à ISS, cuja tripulação é formada, além de Padalka, pelo russo Roman Romanenko, seu colega da Nasa Michael Barratt, o canadense Robert Thirsk, o belga Frank de Winne e o americano Tim Kopra. Até o final do ano, a Rússia deve lançar outros três cargueiros ao espaço. Um deles transportará um novo módulo russo à ISS.

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terça-feira, 28 de julho de 2009

Após 16 dias, Endeavour inicia retorno à Terra

Õnibus espacial inicia retorno à terra Foto: Reuters
Õnibus espacial inicia retorno à terra


Os sete astronautas do ônibus espacial Endeavour se despediram hoje dos seis integrantes da Estação Espacial Internacional (ISS, em inglês), e a nave iniciou as operações de volta à Terra ao final de uma missão na plataforma orbital que incluiu cinco dias de trabalho extraveicular.

A Nasa (agência espacial americana) afirmou que o Endeavour - que, acoplado à ISS, esteve orbitando a Terra a 27.000 km/h e uma altura de 385 km - se separou da estação às 14h26 de Brasília.

Depois de cerca de 30 minutos de deriva que separarão o Endeavour a cerca de 120 metros da ISS, o piloto Douglas Hurley iniciará uma pirueta de 360 graus. Durante esta manobra, os astronautas na estação tirarão fotos de alta resolução da cobertura térmicas da parte inferior, do bico e das bordas das asas da nave.

Aproximadamente às 16h09 de Brasília, a nave, que estará completando sua 204ª órbita, iniciará a separação definitiva da ISS. O retorno do Endeavour no final de uma missão de 16 dias, está programado para a próxima sexta-feira no Centro Espacial Kennedy, do sul da Flórida (EUA), às 11h54 de Brasília.

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Observatório divulga imagem de nebulosa "bolha de sabão"

O Observatório Óptico Nacional de Astronomia (Noao, na sigla em inglês) dos Estados Unidos publicou em seu site a imagem de uma nebulosa planetária semelhante a uma "bolha de sabão". Batizada oficialmente este mês de PN G75.5+1.7, a formação de gás e poeira se localiza na constelação de Cygnus (Cisne), a cerca de 11 anos-luz da Terra, próxima à nebulosa Crescente (NGC 6888).

Segundo o Noao, a simetria esférica da "bolha" é notável e se parece muito com a também nebulosa planetária conhecida como Abell 39, localizada a 7 mil anos-luz da Terra. O observatório informou que a "bolhão de sabão" foi registrada pela primeira vez em julho de 2008 pelos pesquisadores Keith Quattrocchi e Mel Helm. A imagem atual foi obtida pela lente do telescópio Kitt Peak Mayall, no Arizona.

As nebulosas planetárias são constituídas por gases e plasma e se formam a partir de estrelas que estão no período final de vida. O fenômeno funciona como os resquícios da morte de uma estrela: na fase final, dependendo da massa, pode lançar ao espaço as camadas externas da estrela.

Nebulosa planetária PN G75.5 1.7 se localiza na constelação de Cygnus (Cisne), que está a 11 anos-luz da Terra

Nebulosa planetária PN G75.5 1.7 se localiza na constelação de Cygnus (Cisne), que está a 11 anos-luz da Terra

Redação Terra

Orçamento "extrapolado" pode atrasar robô que viajará a Marte

O Laboratório de Ciências de Marte (MSL, na sigla em inglês), um robô de exploração aperfeiçoado da Nasa, agência espacial americana, que pesa 1 t e tem previsão de lançamento para 2011, precisa de ainda mais dinheiro. O mais recente estouro de orçamento pode pela primeira vez atrasar outras missões da divisão de ciências planetárias da agência, que anda carente de dinheiro.

Os gastos com o robô já alcançam US$ 2,286 bilhões - 40% a mais do que a estimativa oficial de US$ 1,63 bilhão em 2006. Mas mesmo isso não é o suficiente. Em um "relatório de extrapolação" a ser entregue ao Congresso americano no final de julho, a Nasa dirá que a problemática missão, agora também chamada de Curiosity (curiosidade), precisa de US$ 15 milhões a US$ 115 milhões a mais do que a estimativa de US$ 2,286 bilhões.

A NASA até agora evitou atrasos e cancelamentos de outras missões atacando os fundos de desenvolvimento de tecnologia do programa para Marte. Mas oficiais agora estudam atrasos em duas missões planejadas à Lua. "O tempo para decisões difíceis é este", disse o chefe de ciências da Nasa, Ed Weiler. Ele deu a notícia a cientistas planetários em um encontro do comitê consultivo no dia 9 de julho, na sede da Nasa em Washington, D.C., ao lado de Jim Green, diretor da divisão de ciências planetárias, e do chefe do programa de Marte Doug McCuistion.

Questão escorregadia
O motivo do último estouro orçamentário está relacionado a motores, transmissões e controles aviônicos. Após mudarem de um lubrificante seco para outro líquido, engenheiros encontraram dificuldades para verificar a confiabilidade dos motores do braço robótico do laboratório de exploração.

Além disso, explica McCuistion, um novo problema foi recentemente descoberto: alguns dos instrumentos mais importantes - o conjunto de instrumentos para Coleta de Amostras em Marte - vão exigir o dobro da energia esperada, o que significa que o robô vai precisar carregar baterias maiores.

McCuistion afirma que não terá certeza do valor dessas últimas necessidades do robô antes de novembro, quando uma estimativa de custos independente for finalizada. Se os custos adicionais ficarem em torno dos US$ 15 milhões, McCuistion e Green acreditam que poderão manter a agonia restrita ao programa de Marte, cortando dinheiro de missões futuras a Marte em 2016, 2018 e 2020.

Mas se os custos extras tenderem mais para os US$ 155 milhões, a agência talvez precise atrasar o Explorador de Ambiente de Poeira e Atmosfera Lunar, um pequeno satélite com lançamento previsto para 2012, e a Rede Lunar Internacional, um sistema de estações robóticas de pesquisa lunar.

A agência também pode atrasar os trabalhos com o Novas Fronteiras, um programa de US$ 870 milhões que planeja missões para muitos locais do Sistema Solar e que há pouco abriu para propostas de concorrência. "Onde isso vai acabar?", pergunta Clive Neal, cientista planetário da Universidade de Notre Dame em Indiana e chefe do Grupo de Análise de Exploração Lunar da NASA. "Tudo está sendo prejudicado por causa de uma missão. Não estou nem um pouco satisfeito."

Grande demais para fracassar
Como tantos grandes empenhos científicos, entretanto, o MSL talvez seja grande demais para fracassar. Em janeiro, após a Nasa decidir atrasar o lançamento do robô de 2009 para 2011, o comitê consultivo de ciências planetárias recebeu um excedente orçamentário de US$ 400 milhões, chocante e considerado definitivo. O comitê recomendou que a NASA prosseguisse com a missão e tentasse limitar os cortes ao programa para Marte.

No Laboratório de Propulsão a Jato, em Pasadena, Califórnia, o gerente de projeto Richard Cook foi substituído por Peter Theisinger, o antigo gerente de projeto para os robôs marcianos Spirit e Opportunity. McCuistion diz que vai ordenar em 2010 uma investigação independente sobre as "lições aprendidas".

Até lá, talvez a extensão dos danos nos planos de longo prazo da Nasa seja revelada. Weiler afirma que aparentemente a agência não conseguirá arcar com o lançamento de uma importante missão para a lua Europa, de Júpiter, prevista para 2020. Com o orçamento de tecnologia para Marte dizimado, uma missão de Retorno de Amostras de Marte sofrerá ainda mais atrasos. Tal missão, que custaria entre US$ 6 bilhões e US$ 8 bilhões, provavelmente não começaria antes de 2024, afirma Weiler.

Tradução: Amy Traduções

The New York Times

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Astronautas concluem última caminhada da missão do Endeavour

Os astronautas instalaram duas câmeras de vídeo numa plataforma de experimentos do novo laboratório japonês Kibo
Os astronautas instalaram duas câmeras de vídeo numa plataforma de experimentos do novo laboratório japonês Kibo

Os astronautas Chris Cassidy e Tom Marshburn completaram nesta segunda-feira, antes do tempo previsto, a quinta jornada de trabalho extraveicular da atual missão do ônibus espacial Endeavour para a construção da Estação Espacial Internacional (ISS, em inglês).

Marshburn e Cassidy, que saíram do módulo Quest às 8h33 de Brasília, permaneceram fora da plataforma por cerca de cinco horas. A previsão é que eles ficassem fora da ISS por seis horas e meia.

Cassidy começou imediatamente a primeira das tarefas de hoje, recolocando alguns cabos que fornecem a energia para os giroscópios de controle da estação. Marshburn, por sua vez, prendeu partes do isolamento de um instrumento robótico chamado Dextre, de fabricação canadense.

Depois, os dois astronautas instalaram duas câmeras de vídeo numa plataforma de experimentos do novo laboratório japonês Kibo. O Endeavour deve se separar da ISS amanhã às 14h26 de Brasília, e seu retorno à Terra está programado para sexta-feira.

EFE - Agência EFE - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização escrita da Agência EFE S/A.

Astronautas realizam quinta e última caminhada espacial

Os astronautas Tom Marshburn e Chris Cassidy realizam a quinta caminhada espacial Foto: AP
Os astronautas Tom Marshburn e Chris Cassidy realizam a quinta caminhada espacial

Dois astronautas do ônibus espacial Endeavour realizam nesta segunda-feira sua quinta e última saída orbital de sua missão na Estação Espacial Internacional (ISS). Tom Marshburn e Chris Cassidy passaram as últimas horas preparando seus trajes espaciales e suas ferramentas, além de revisar os procedimentos para a saída.

Os astronautas vão instalar novos cabos em um giroscópio, consertar o isolamento de um robô canadense e montar câmeras de vídeo que orientarão a atracação de uma nave de carga japonesa, que tem seu primeiro voo programado para setembro.

Esta missão Endeavour tem sido marcada por alguns percalços. No sábado, um purificador de ar da estação quebrou, obrigando a Nasa a convocar controladores de voo adicionais para realizarem manualmente o procedimento. Um outro purificador deve ser enviado no próximo ônibus espacial, que tem lançamento previsto para agosto.

O Endeavour deve chegar na sexta-feira ao Centro Espacial Kennedy, na Flórida.

Com informações de Agências Internacionas

Redação Terra

domingo, 26 de julho de 2009

Nasa reativa sistema de purificação de ar na ISS

Os engenheiros da Nasa, a agência espacial americana, reativaram neste domingo um sistema vital de purificação de ar da Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês) e buscam a razão pela qual ele deixou de funcionar no sábado, informou a entidade.

A imperfeição no sistema, de fabricação americana, levou os técnicos da agência espacial americana a trabalharem duro, no momento em que há 13 astronautas a bordo da ISS e do ônibus espacial "Endeavour".

Dois astronautas sairão amanhã para a quinta e última caminhada espacial na ISS que, acoplada ao "Endeavour", orbita a cerca de 385 quilômetros da Terra e a 27.000 km/h.

Os engenheiros da Nasa reativaram hoje o sistema de purificação, finalmente, na modalidade manual, que exige controladores adicionais na Terra para continuar funcionando.

Normalmente, o sistema funciona automaticamente e a Nasa espera que um reparo nos programas de computador permita a recuperação dessa função nas próximas horas.

Os técnicos disseram que um aquecedor teve problemas e ativou uma intersecção do circuito que desligou todo o sistema.

"Continuamos tentando determinar exatamente qual foi a razão do problema", disse o diretor de voo da ISS, Brian Smith, em entrevista coletiva. "Mas, enquanto isso, estamos lidando muito bem com o manejo (do dióxido de carbono)".

O funcionamento apropriado dos dois sistemas de purificação de ar, o da Nasa e o equivalente russo, Vozdukh, é necessário para garantir a sobrevivência dos seis tripulantes da ISS e as visitas adicionais de astronautas da nave.

O "Endeavour" deve deixar a ISS terça-feira e retornar à Terra no dia 31 ao término de uma missão de 16 dias que levou um novo membro da tripulação da estação e uma plataforma de experimentos para o laboratório japonês Kibo.

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sábado, 25 de julho de 2009

Observatório Chandra X-ray completa dez anos de descobertas

A Nasa divulgou nova versão da imagem de uma impressionante supernova captada pelo Chandra: a E0102-72, que se localiza a cerca de 190 mil anos-luz da ...
A Nasa divulgou nova versão da imagem de uma impressionante supernova captada pelo Chandra: a E0102-72, que se localiza a cerca de 190 mil anos-luz da Terra


O observatório espacial Chandra X-ray, construído pela Nasa (agência espacial americana), comemorou nesta semana dez anos de atividades. O instrumento - lançado na missão STS-93 em 23 de julho de 1999, a bordo do ônibus espacial Columbia - é capaz de criar imagens em alta resolução a partir da captação dos raios X emitidos por fenômenos espaciais como cometas, buracos negros galáxias e supernovas (estrelas que explodiram).

O Chandra X-ray integra uma família de sondas espaciais da Nasa, lançadas na década passada, cada uma com um objetivo diferente de observar os componentes de onda presentes no universo: luz visível, raios gama, raios X e infravermelho.

O Chandra, que leva este nome em homenagem ao físico indiano Subrahmanyan Chandrasekhar, um dos fundadores da astrofísica, foi o terceiro do programa de Grandes Observatórios Espaciais (Great Observatories Program, em inglês) a ser colocado em órbita. Antes dele, foram lançados os telescópios Hubble (luz visível) e Compton (raios gama), e por último, o Spitzer (infravermelho).

Para celebrar os 10 anos de vida do Chandra, a Nasa divulgará em seu site nos próximos três meses versões novas das imagens clássicas que marcaram o histórico de estudos do observatório. A primeira delas é uma das que mais impressionaram os cientistas: o resto de uma supernova batizada de E0102-72. Ela se localiza a cerca de 190 mil anos-luz da Terra, na Pequena Nuvem de Magalhães, e foi observada pelo Chandra logo após o lançamento.

Conheça outros fenômenos que marcaram as pesquisas do Chandra X-ray:

Quinteto de Stephan
O grupo galáctico conhecido como Quinteto de Stephan foi fotografado recentemente pelo Chandra X-ray. Na imagem, os cientistas registraram que uma crista azulada de gás cintilante parece atravessar o coração do grupo galáctico.

Descoberto em 1877, o Quinteto de Stephan na verdade consiste de um quarteto de galáxias. Apenas quatro das galáxias que supostamente o formavam (mostradas em uma imagem obtida com luz no espectro visual humano, pelo telescópio Canadá-França-Havaí) estão realmente em estreita proximidade umas das outras, a uma distância de cerca de 280 milhões de anos-luz da Terra.

A crista azulada, revelada pela capacidade de observação na banda do raio-X que o Chandra oferece, provavelmente é resultado de uma onda de choque criada quando uma das galáxias - o objeto que ocupa posição mais central na imagem acima - atravessou o conjunto das três outras, em velocidade de cerca de 3,2 milhões de km/h.

Novos estudos quanto a esse grupo de galáxias, que incluirão imagens mais detalhadas, como a obtida nesta nova imagem do Chandra, podem permitir que os astrônomos compreendam melhor a evolução das galáxias. Isso aconteceria porque as colisões entre galáxias resultam em alterações tais como explosões que resultam em nascimentos de estrelas, crescimento de galáxias por meio de fusões e alterações no formato galáctico.

"Mão espacial"
Em abril deste ano, o Chandra captou a imagem de uma nebulosa com o formato semelhante de uma mão humana. Na fotografia, os dedos azuis parecem tocar uma nuvem vermelha. A fotografia retrata a formação de uma estrela que se expande a 150 anos luz da Terra.

http://noticias.terra.com.br/ciencia/interna/0,,OI3891797-EI238-ABG,00.html

Com informações de agências internacionais

Redação Terra

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Termina quarta saída ao espaço de astronautas do Endeavour

Dois astronautas da tripulação do Endeavour concluíram com sucesso, nesta sexta-feira, a quarta das cinco saídas orbitais da atual missão do ônibus espacial na Estação Internacional (ISS). Tom Marshburn e Chris Cassidy regressaram à câmara de descompressão da ISS às 21h06 GMT, concluindo uma saída ao espaço de sete horas e 12 minutos, informou a TV da Nasa, a agência espacial americana.

Durante esta saída, que começou às 13h54 GMT, os dois astronautas terminaram de substituir seis baterias de uma estrutura sobre a qual está integrado o primeiro dos quatro painéis solares da ISS. Na quarta-feira, Chris Cassidy e Dave Wolf foram obrigados a interromper a terceira saída ao espaço devido a um problema no sistema de absorção de CO2 no traje de Cassidy, o que os impediu de instalar todas as baterias.

O Endeavour foi lançado da Flórida em 15 de julho com sete astronautas a bordo para uma missão de 16 dias.

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Astronautas concluem quarta caminhada espacial

Os astronautas Chris Cassidy e Tom Marshburn concluíram nesta sexta-feira a quarta caminhada fora da Estação Espacial Internacional (ISS, em inglês), em uma missão do ônibus espacial Endeavour que durou mais de sete horas e durante a qual foram instaladas quatro novas baterias na estrutura da estação. Os astronautas finalizaram uma série de atividades que não conseguiram concluir na quarta-feira passada devido a um misterioso aumento dos níveis de dióxido de carbono na roupa espacial de Cassidy.

Eles voltaram à cabine de despressurização às 18h06 (de Brasília), após sete horas e 12 minutos em uma das atividades extraveiculares (EVA) mais longas da prospecção espacial. Nas tarefas, dentro da ISS, participaram também o piloto da nave, Doug Hurley, e a especialista de missão Julie Payette, que manipularam o braço robótico até aproximá-lo à viga, de modo que os dois astronautas que trabalharam fora pudessem trocar as baterias.

Cada bateria tem 38 células de hidrogênio e níquel, e os equipamentos elétricos e mecânicos correspondentes. Dois conjuntos de baterias conectados em série podem armazenar até 8 quilowatts de energia elétrica. As baterias foram elaboradas para que durem aproximadamente seis anos e meio e podem exceder 38 mil ciclos de carga e descarga.

Esta foi a quarta caminhada espacial da missão STS-127 das naves para continuar a construção do complexo orbital, um projeto no qual participam 16 países. A última caminhada da missão de 16 dias está prevista para domingo e deverá durar cerca de seis horas e meia. O Endeavour voltará à Terra em 31 de julho.

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Nasa: imagem de choque em Júpiter é a mais nítida até hoje

As imagens realizadas pelo Hubble são as mais definidas feitas até hoje do objeto cósmico
As imagens realizadas pelo Hubble são as mais definidas feitas até hoje do objeto cósmico


O telescópio espacial Hubble registrou as imagens mais definidas feitas até agora do objeto cósmico que entrou no meio deste mês na atmosfera de Júpiter, anunciou nesta sexta-feira a Nasa, a agência espacial americana. Um comunicado da Nasa informou que, na quinta-feira, os cientistas decidiram interromper as tarefas de calibração do observatório para dirigir suas câmeras em direção à superfície do planeta onde ocorreu o impacto.

A explosão do corpo cósmico foi causada por um pequeno cometa ou um asteroide, o qual se desintegrou ao se chocar contra a atmosfera de Júpiter.

"Tivemos muita sorte de contar com o Hubble para ver um impacto desta magnitude, que é muito rara", disse Amy Simon-Miller, do Centro Goddard de Voos Espaciais da Nasa.

"Os detalhes observados na imagem do Hubble mostram uma protuberância na nuvem de destroços (do objeto cósmico) causada pelas turbulências na atmosfera de Júpiter", acrescentou.

As imagens transmitidas também destacam o sucesso das tarefas de serviço realizadas pelos astronautas em uma missão em maio no primeiro telescópio espacial.

"Estas imagens do impacto sobre Júpiter são fantásticas", disse a senadora Barbara Mikulski, presidente da subcomissão de Ciência e Justiça.

"Elas nos dizem que os astronautas e a equipe em Terra do Centro Goddard consertaram o Hubble com sucesso", acrescentou.

"As imagens do Hubble revelaram uma enorme riqueza de detalhes sobre o ponto do impacto", que ocorreu a mais de 500 milhões de quilômetros da Terra, afirmou Heidi Hammel, do Instituto de Ciências do Espaço, em Boulder (Colorado).

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Novo foguete poderia reduzir viagem a Marte para 39 dias

O caminho para chegar a Marte pode estar muito mais próximo do que se imagina. Cientistas estão desenvolvendo foguetes impulsionados por motores de plasma que podem ajudar a reduzir a duração da travessia espacial entre a Terra e o planeta vermelho para apenas 39 dias, quando inicialmente a viagem seria de 250 dias. As informações são do jornal espanhol El Mundo.

Um voo de ida e volta da Terra a Marte, que a ESA, agência espacial europeia, acredita que terá condições de realizar em 2030, levaria ao total 520 dias: 250 para a ida, 30 no local e 240 para a volta. Com a redução no tempo de ida e, consequentemente, no de volta, permitiria que os astronautas passassem menos tempo expostos à radiação, perdessem menos massa óssea e muscular e não sofressem tanto com as alterações circulatórias provocadas por longos períodos em condições sem gravidade.

O Motor de Magnetoplasma de Impulso Específico Variável (VASIMR, na sigla em inglês), ainda em fase de testes, está sendo produzido pela empresa Ad Astra, comandada pelo ex-astronauta Franklin Chang Díaz - veterano de sete missões na Estação Espacial Internacional (ISS) -, com a colaboração da Nasa, agência espacial americana.

Segundo o diário espanhol, o primeiro teste oficial está previsto para 2012 ou 2013, onde os cientistas avaliarão se a nova tecnologia proporcionará impulsos para que a ISS mantenha sua órbita. Os técnicos que trabalham no projeto explicaram que os foguetes impulsionados por combustíveis químicos consomem a maior parte de suas reservas no lançamento, já que no espaço as naves flutuam.

Propulsão durante anos
Os motores de plasma impulsionam a nave, acelerando átomos carregados eletricamente (também chamados de íons) através de um campo magnético. No momento do lançamento, produzem um empuxo muito menor que os motores de combustível porque não podem sair da órbita terrestre por si mesmos. No entanto, uma vez no espaço, o plasma permite uma impulsão durante anos, acelerando a nave de maneira progressiva até obter mais velocidade que os químicos.

Redação Terra

Nasa aconselha a astronauta novato que "respire com calma"

A Nasa tem um conselho a dar para o mergulhador de elite da Marinha cuja primeira caminhada espacial foi encerrada antes do previsto por causa de um problema de oxigênio: respire com calma. Os astronautas Chris Cassidy e David Wolf, do ônibus espacial Endeavour, estavam perto do término de uma caminhada espacial na quarta-feira quando dióxido de carbono começou a se acumular dentro da roupa de Cassidy. Esse gás venenoso é removido quimicamente da vestimenta espacial totalmente fechada por meio de uma bomba de hidróxido de lítio.

Engenheiros acreditam que o entusiasmo e o esforço inicial de Cassidy para a saída da nave provocaram uma falha na bomba durante a caminhada. Cassidy nunca ficou em perigo, já que a jornada foi cancelada antes de os níveis de dióxido de carbono chegarem perto de um ponto preocupante.

"Há um padrão de operação (do hidróxido de lítio) pelo qual se a pessoa sai da nave e tem uma taxa metabólica muito alta logo no começo a bomba não funciona tão bem todo o tempo", disse a diretora de voo da estação espacial Holly Riding. "Chris é um membro da unidade Seal da Marinha", disse Ridings, referindo-se às forças especiais da Marinha dos Estados Unidos que operam em terra, ar e mar.

"Ele está em grande forma e por isso nós apenas tivemos de dizer a ele: 'Ei, sabemos que você pode fazer isso muito bem, mas precisamos que (a bomba) funcione corretamente, por isso apenas desacelere um pouco e vá com calma'. Ele reagiu com bom humor", disse Ridings.

Cassidy e o colega Tom Marshburn devem realizar uma caminhada de 7 horas e meia nesta sexta-feira para concluir a substituição de baterias no sistema de eletricidade por energia solar a bordo da Estação Espacial Internacional. Também nesta sexta-feira, uma nave russa de carga partiu do Cosmódromo de Baikonur, no Cazaquistão, com mais de 1.215 kg de equipamentos e suprimentos, bem como 810 kg de combustível para a estação.

A chegada está prevista para quarta-feira, um dia depois da partida da tripulação do Endeavour, cujo retorno está marcado para a próxima sexta-feira, no Centro Espacial Kennedy, na Flórida.

Nasa deu um 'puxão de orelha' no astronauta Chris Cassidy que, ao lado de Tom Marshburn, realiza a quarta caminhada espacial

Nasa deu um 'puxão de orelha' no astronauta Chris Cassidy que, ao lado de Tom Marshburn, realiza a quarta caminhada espacial

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Astronautas do Endeavour iniciam 4ª caminhada espacial

Os astronautas Chris Cassidy e Tom Marshburn iniciaram nesta sexta-feira a quarta caminhada fora da Estação Espacial Internacional (ISS, em inglês), em uma missão do ônibus espacial Endeavour que levou equipamentos ao posto orbital.

Marshburn e Cassidy saíram do módulo "Quest" às 10h54 de Brasília e permanecerão por cerca de seis horas e meia fora da plataforma, naves que orbita a 385 quilômetros da Terra e a cerca de 27 mil km/h.

Esta jornada será dedicada totalmente a completar os trabalhos iniciados na terceira caminhada, na terça-feira, que consistem na remoção de baterias velhas na estrutura da viga central e a colocação das baterias novas, que estão agora no carrinho de transporte de carga no extremo do braço robótico da ISS.

O piloto da nave, Douglas Hurley, e a especialista de missão Julie Payette manejarão o braço robótico até aproximá-lo da viga, de modo que os dois astronautas que trabalham fora possam trocar as baterias.

Após terminar a substituição, Payette e Hurley levarão o carrinho ao compartimento de carga do Endeavour, para o que terão que alcançá-lo e passar ao braço robótico da nave operado por Hurley e pelo comandante da nave Mark Polansky.

Cada bateria nova conta com 38 células de hidrogênio e níquel, e os equipamentos elétricos e mecânicos correspondentes.

Dois conjuntos de baterias conectados em série podem armazenar até 8 quilowatts de energia elétrica. As baterias foram projetadas para que durem aproximadamente seis anos e meio, e podem exceder 38 mil ciclos de carga e descarga.

Astronautas removerão baterias velhas na estrutura da viga central da ISS e vão colocar baterias novas

Astronautas removerão baterias velhas na estrutura da viga central da ISS e vão colocar baterias novas

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Telescópio mais potente do mundo é inaugurado na Espanha

O Grande Telescópio permitirá aos pesquisadores conhecerem os mistérios do universo
O Grande Telescópio permitirá aos pesquisadores conhecerem os mistérios do universo


O Grande Telescópio Canárias (GTC), o maior e com tecnologia mais avançada do mundo, foi lançado nesta sexta-feira e permitirá aos pesquisadores conhecerem os mistérios da formação do universo através de seu espelho, com potência equivalente à visão de 4 milhões de pupilas.

O telescópio, situado na ilha de La Palma, no arquipélago canário, foi inaugurado em um ato que contou com a presença do rei Juan Carlos e da rainha Sofia, além da ministra de Ciência e Inovação, Cristina Garmendia, entre outras autoridades, junto a representantes da comunidade científica.

Em seu discurso inaugural, o rei Juan Carlos definiu o telescópio como uma "autêntica façanha científica" que situa a Espanha em uma posição de liderança. Ao ato também foi assistido pelo diretor do GTC, Pedro Álvarez, representantes das Universidades do México e da Flórida.

A Universidade Autônoma do México, o Instituto Nacional de Astrofísica, Óptica e Eletrônica do país, além da Universidade da Flórida e a União Europeia, através do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (Feder) participaram da construção da grande estrutura.

O GTC é uma ferramenta refletora, com um espelho primário de 10,4 metros de diâmetro, o maior do mundo. Trata-se de um projeto avaliado em 104 milhões de euros, financiado em 90% pela Espanha e 10% com o apoio do México e dos Estados Unidos.

Situado no observatório de El Roque de los Muchachos, a mais de 2 mil metros de altitude, permitirá revelar segredos ocultos do universo, por captar a luz formando imagens diretas (detectadas pelo olho humano) e imagens espectroscópicas (através de espectrógrafos, que selecionam uma parte da imagem, separando-a nas diferentes longitudes de uma onda).

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Rússia lança nave Progress com carga vital para ISS

A nave Progress M-67, o último cargueiro russo com sistema de comando analógico, foi lançada nesta sexta-feira com sucesso a partir da base de Baikonur, no Cazaquistão, rumo à Estação Espacial Internacional (ISS, em inglês).

O lançamento do foguete Soyuz-U, que colocou em órbita a nave de carga, ocorreu às 14h56 de Moscou (7h56 de Brasília), informou um porta-voz do Centro de Controle de Voos Espaciais (CCVE) da Rússia.

Nove minutos depois, a uma altura de 200 km, a nave entrou em órbita e iniciou seu voo autônomo para a plataforma orbital. A Progress, que transporta 2,5 toneladas de carga, entre alimentos, água, oxigênio, combustível e equipamento científico, viajará cinco dias, em vez dos frequentes dois, rumo à plataforma orbital, e seu acoplamento está previsto para as 15h10 de Moscou (8h10 de Brasília) do próximo dia 29.

O atraso é porque, atualmente, a ISS se encontra acoplada ao ônibus espacial americano Endeavour, cujo lançamento foi adiado em várias ocasiões. Segundo a norma, é proibido realizar qualquer tipo de manobra ou acoplamento à plataforma orbital enquanto houver outra nave presa na plataforma.

A Progress M-67 será a terceira a se acoplar neste ano à ISS e a última deste modelo. Antes, já foram ao espaço dois cargueiros de nova geração, equipados com sistemas de comando digital: a Progress M-01M, em novembro do ano passado, e a Progress M-02M, em fevereiro.

Até o final do ano, a Rússia deve lançar outros três cargueiros ao espaço, um dos quais transportará à ISS um novo módulo russo. A Progress M-67 será recebida pela tripulação da ISS, integrada pelos russos Gennady Padalka e Roman Romanenko, o astronauta da Nasa Michael Barratt, o canadense Robert Thirsk, o belga Frank de Winne e o americano Tim Kopra, que chegou no Endeavour para substituir o japonês Koichi Wakata.

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quinta-feira, 23 de julho de 2009

Nasa fotografa galáxia espiral ao redor de buraco negro

Galáxia NGC 1097 está localizada a 50 milhões de anos-luz e possui um gigantesco buraco negro em seu centro
Galáxia NGC 1097 está localizada a 50 milhões de anos-luz e possui um gigantesco buraco negro em seu centro

A Nasa, agência espacial americana, divulgou nesta quinta-feira a imagem de uma galáxia que parece ter se desenvolvido ao redor de um "olho central". A Nasa informou que este objeto centralizado é, na verdade, um gigantesco buraco negro cercado por um anel de estrelas.

A galáxia, denominada NGC 1097, está localizada a 50 milhões de anos-luz e foi detectada pela câmera em infravermelho do telescópio espacial Spitzer. O sistema tem o formato espiral como a Via Láctea, a galáxia da Terra, com longos e finos braços de estrelas.

Redação Terra

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Por problemas com astronauta, Nasa encurta 3ª saída espacial

A Nasa decidiu encurtar nesta quarta-feira por precaução a terceira saída espacial da missão do ônibus espacial americano Endeavour, depois de verificado um aumento do nível de dióxido de carbono (CO2) no escafandro de um dos astronautas.

Devido a um problema com o sistema de absorção do CO2 no escafandro de Chris Cassidy, os controladores da missão decidiram terminar a saída um pouco antes do previsto, indicou um comentarista da televisão da agência espacial americana.

A Nasa, no entanto, destacou que o astronauta não corria risco iminente, e teve tempo de guardar seus instrumentos antes de voltar para a câmara de descompressão da Estação Espacial Internacional (ISS) junto com seu colega Dave Wolf.

A decisão foi tomada antes das 20H00 GMT, mais de cinco horas depois do início da saída orbital.

O Endeavour foi lançado na Flórida no dia 15 de julho com sete astronautas para uma missão de 16 dias.

AFP - Todos os direitos de reprodução e representação reservados. Clique aqui para limitações e restrições ao uso.

Encontradas novas provas de que existe água em lua de Saturno

Pesquisadores americanos descobriram novas provas da existência de água em estado líquido em Encélado, uma das luas de Saturno, segundo publica nesta quarta a revista científica britânica Nature.

Os especialistas, do Southwest Research Institute de San Antonio (EUA), estudaram um dos gêiseres que regularmente emanam das fissuras próximas ao vulcânico pólo sul desse satélite natural de Saturno.

Os cientistas detectaram amoníaco, vários componentes orgânicos e deutério, um isótopo estável do hidrogênio abundante nos oceanos da Terra.

O amoníaco, junto ao metanol e a sais achados nas colunas de fumaça nessa área vulcânica, atua como um anticongelante que permite à água permanecer em estado líquido sob a superfície gelada de Encélado a temperaturas de quase 100 graus centígrados abaixo de zero, explicam os pesquisadores.

Os especialistas acreditam que o anel "E" de Saturno é formado por gás e pó desprendido das colunas de fumaça da lua gelada. "A presença de amoníaco nas colunas, junto à detecção de sódio e sais potássicos em partículas geladas do anel 'E' implica que o interior de Encélado pode conter alguma quantidade de água líquida", disse William Lewis, membro da equipe pesquisadora.

Em junho passado, cientistas alemães e britânicos já divulgaram um estudo que sustenta que Encélado oculta sob a superfície de seu pólo sul um oceano salgado.

A equipe germano-britânica chegou a essa conclusão após examinar os gêiseres de vapor e gás e as minúsculas partículas de gelo lançadas do pólo sul da lua a centenas de quilômetros no espaço.

A sonda "Cassini" descobriu os surpreendentes jatos em 2005 durante a exploração de Saturno.

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Eclipse solar total gera fervor religioso na Ásia

O mais longo eclipse solar total do século XXI deixou nesta quarta-feira no escuro uma grande parte da Ásia, gerando uma onda de fervor religioso e entusiasmo na Índia e na China. Centenas de milhões, ou até dois bilhões de terráqueos puderam observar este eclipse total do Sol "monstro". Um recorde na história da humanidade.

O eclipse parcial foi observado a partir de 00H30 GMT no Oceano Índico ao longo das costas oeste da Índia, tendo sido total no Estado de Gujarat à 00H53 GMT, seguindo, depois, num corredor de 15 mil km de comprimento e 258 km de largura, atravessando de oeste a leste a Índia, o Nepal, o Butão, Bangladesh, Birmânia, China, as Ilhas meridionais japonesas Ryukyu até o Pacífico.

O sol foi completamente escondido pela Lua durante seis minutos e 39 segundos em uma zona pouco habitada do Pacífico, um tempo que não será repetido antes de 2132. A escuridão durou quase cinco minutos na China e menos de quatro minutos na Índia.

No norte do país, um milhão e meio de peregrinos hindus foram à cidade santa de Kurukshetra para se banhar durante o eclipse em águas "purificadas para libertarem suas almas".

Dezenas de milhares de outras pessoas ficaram fascinadas com o fenômeno celeste e a noite repentina em Bénarès, cidade santa do hinduísmo à margem do Ganges, constatou um fotógrafo da AFP.

Guiada por líderes hindus, a multidão comemorou com braços para o céu o reaparecimento do Sol. As pessoas se reuniram às margens do rio e um senhor de 80 anos morreu sufocado em meio ao tumulto.

No total, cinco milhões de hindus manifestaram sua fé se banhando em águas sagradas, segundo as imagens transmitidas pelas televisões. Em um vilarejo do norte do Bangladesh, um país muçulmano, dezenas de milhares de pessoas em um estádio "começaram a chorar e tremer de medo quando o sol desapareceu e aplaudiram quando ele voltou", contou o funcionário Banamali Bhoumik.

Na Índia e na China, os contos e os mitos evocam os eclipses como o anúncio de previsões otimistas, mas também de presságios nefastos. Astrólogos previram guerras, atentados, catástrofes naturais e assassinatos de dirigentes.

Indianas grávidas que haviam programado cesarianas adiaram o parto, indicou o hospital Fortis de Nova Délhi.

"As pessoas me aconselharam a ficar em casa porque o eclipse dá azar", disse Deepa Shrestha, uma dona de casa nepalesa de Katmandu. O eclipse movimentou o comércio e o turismo, apesar de uma meteorologia desanimadora. Na China, aplausos e gritos de alegria comemoraram o desaparecimento do sul na Avenida Bund, mítica de Xangai, onde os hotéis ficaram lotados com seus "cafés da manhã especiais para o eclipse".

Nas montanhas de Moganshan, no meio das florestas de bambus, "caçadores de eclipse" aproveitaram o espetáculo.

AFP - Todos os direitos de reprodução e representação reservados. Clique aqui para limitações e restrições ao uso.

Astronautas iniciam 3ª dia de trabalhos fora da ISS

Esta imagem externa da ISS foi feita pelo astronauta Chris Cassidy durante a terceira caminhada espacial
Esta imagem externa da ISS foi feita pelo astronauta Chris Cassidy durante a terceira caminhada espacial


Os astronautas Dave Wolf e Chris Cassidy iniciaram nesta quarta-feira o terceiro dia de trabalhos fora da Estação Espacial Internacional (ISS, em inglês), durante a qual substituirão baterias em um dos painéis solares que dão energia à plataforma orbital.

Cassidy e Wolf saíram pelo módulo "Quest" às 11h32 de Brasília e permanecerão cerca de seis horas e meia em trabalhos em torno da ISS, que, acoplada ao ônibus espacial Endeavour, orbita a cerca de 385 quilômetros da Terra e a aproximadamente 27 mil km/h.

A jornada de trabalho extraveicular terminará aproximadamente às 18h28 de Brasília. A primeira tarefa dos trabalhadores espaciais é a remoção de uma cobertura de isolamento do módulo japonês "Kibo" e a preparação de equipes e experimentos que estão em um setor do módulo japonês para sua mudança, amanhã, a uma plataforma.

Depois, os dois darão atenção às baterias. O sistema de energia da ISS consiste em um conjunto de painéis fotovoltaicos que absorvem a energia solar e a guardam em baterias.

Cassidy e Wolf substituirão quatro das seis baterias em um dos seis canais de energia elétrica da estação. Em preparação para esta tarefa, foram drenadas as baterias velhas e as cargas elétricas operadas normalmente por esse canal foram transferidas a outros dutos. As baterias novas estão guardadas em um carrinho de carga.

Astronautas do "Endeavour", Doug Hurley e a canadense Julie Payette operam o braço robótico da ISS para movimentar o carrinho ao lugar de trabalhos de Wolf e Cassidy.

Wolf e Cassidy, em um procedimento cuidadoso e bem ensaiado, retirarão a cobertura de isolamento das velhas baterias, depois as tirarão com ferramentas que parecem colheres, as passarão de mão em mão ao espaço de armazenamento no carrinho, e repetirão o processo, ao contrário, para instalar novas.

Cada bateria nova conta com 38 células de hidrogênio e níquel, e os equipamentos elétricos e mecânicos correspondentes. Dois conjuntos de baterias conectados em série podem armazenar até 8 quilowatts de energia elétrica.

As baterias foram projetadas para que durem aproximadamente seis anos e meio, e podem exceder 38 mil ciclos de carga e descarga.

http://noticias.terra.com.br/ciencia/interna/0,,OI3887510-EI238-ABG,00.html

EFE - Agência EFE - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização escrita da Agência EFE S/A.

Ásia assiste ao mais longo eclipse solar do século

Uma cena do eclipse na ilha de Iwo Jima, no Japão
Uma cena do eclipse na ilha de Iwo Jima, no Japão


Dezenas de milhares de pessoas no continente asiático assistiram, nas primeiras horas desta quarta-feira (horário local), ao mais longo eclipse solar total do século, que deixou algumas regiões às escuras durante até seis minutos.

O fenômeno pôde ser assistido primeiramente no leste da Índia, por volta de 21h (horário de Brasília), embora o tempo nublado tenha dificultado a observação em algumas regiões. O eclipse total do sol, que ocorre quando a Lua se alinha ao astro, impedindo que sua luz chegue a algumas partes da Terra, também foi observado no Nepal, Mianmar, Bangladesh, Butão, China e na região do Pacífico.

O último local a observar o eclipse total foi a ilha de Nikumaroro, que fica no arquipélago de Kiribati, no Oceano Pacífico, por volta de 1h18, horário de Brasília. Em outras regiões do continente asiático foi observado apenas um eclipse parcial do sol.

Boa e má sorte
Na Índia, milhões de pessoas se reuniram ao ar livre para assistir ao fenômeno, embora, em algumas cidades, nuvens tenham dificultado uma observação mais detalhada. Alguns indianos e nepaleses preferiram assistir ao fenômeno mergulhados em águas de rios e lagos, já que existe a crença de que isto pode trazer boa sorte.

Para outros, no entanto, o eclipse solar pode ser um sinal de mau agouro. Segundo a correspondente da BBC em Katmandu, Joanna Jolly, as autoridades do Nepal ordenaram que todas as escolas permanecessem fechadas para evitar que as crianças ficassem expostas aos "efeitos negativos" do fenômeno.

Em Nova Déli, algumas pessoas não tomaram café da manhã devido à crença hinduísta de que preparar comida durante o eclipse pode trazer má sorte. Mulheres grávidas também foram aconselhadas a ficarem em locais fechados, pois antigos costumes afirmam que o fenômeno pode causar males aos fetos.

Na China, onde antigas crenças também afirmam que o fenômeno causa má sorte, as autoridades precisaram garantir à população que os serviços públicos funcionariam normalmente.

Fenômeno
O último eclipse total do sol ocorreu em agosto de 2008 e durou no máximo dois minutos e 27 segundos. Já o eclipse desta quarta-feira deixou algumas regiões às escuras por até seis minutos e 39 segundos. Um eclipse tão longo só poderá ser observado novamente em 2132.

Cientistas esperam que a observação do eclipse ajude a entender melhor as explosões solares e outros fenômenos ligados à estrutura do sol. O próximo eclipse total do sol acontece em 11 de julho do ano que vem e poderá ser observado em uma pequena faixa do hemisfério sul entre a Argentina e o Oceano Pacífico.

http://noticias.terra.com.br/ciencia/interna/0,,OI3886989-EI238-ABG,00.html
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