quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Nave Messenger transmite fotos da superfície de Mercúrio

A nave especial americana Messenger transmitiu nesta quarta-feira imagens da superfície de Mercúrio. As imagens foram feitas pela nave em sua última visita ao planeta.

Segundo um comunicado da instituição, a nave passou menos de 142 milhas acima da superfície rochosa do planeta, que lhe permita entrar em órbita em 2011.

Segundo a Nasa, a Messenger tem o objetivo de se tornar a primeira nave espacial a entrar na órbita do planeta. Se isso acontecer, ela deve ajudar os cientistas a compreender a composição da superfície de Mercúrio recolhendo informações sobre o meio ambiente e a geoquímica do planeta.

Hawking deixa cadeira de Matemática em Cambridge nesta 5ª

O astrofísico britânico Stephen Hawking, 67 anos, autor de "Uma breve história do tempo", deixa formalmente nesta quinta-feira o cargo de titular da cadeira Lucasiana de Matemática da Universidade de Cambridge, no Reino Unido, informou nesta quarta um porta-voz da instituição.

No entanto, Hawking, portador de esclerose lateral amiotrófica - um mal neurodegenerativo progressivo que o impede de se mover e falar -, continuará trabalhando na instituição. Segundo o porta-voz, o motivo da saída é que o cientista chegou à idade limite para permanecer no cargo (67 anos), que também foi ocupado por Isaac Newton, Charles Babbage, Joseph Larmor e James Lighthill.

O cientista dedicou toda sua vida para desmembrar os mistérios das leis que controlam o universo. Ao lado do colega Roger Penrose, mostrou que a Teoria da Relatividade de Albert Einstein implica em um princípio para o espaço e o tempo, denominado "Big Bang", e um final dentro dos buracos negros.

Stephen Hawking começou a trabalhar em Cambridge em 1962 e é professor Lucasiano desde 1979. Seu sucessor ainda não foi nomeado.

EFE
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China cria mapa tridimensional com objetivo de pousar na Lua

Os cientistas chineses criaram um mapa tridimensional da Lua que asseguram ser o de melhor resolução no seleto clube de países que alcançaram um planisfério do satélite, informou nesta quarta-feira a academia de perícia e cartografia da China.

Com este passo, o país asiático se aproxima do objetivo de pousar na lua, primeiro em 2012 em um veículo lunar e depois em 2020 com uma missão tripulada. Em 2003, a China se transformou no terceiro país depois da Rússia e Estados Unidos a realizar um voo espacial tripulado. O mapa, inclusive, foi traçado a partir dos dados obtidos por meio de uma câmera da primeira sonda lunar chinesa, a Chang'e 1.

O responsável da equipe de cartógrafos lunares, Liu Xianlin, detalhou à agência de notícias Xinhua que o mapa será de grande ajuda para estudar as características, a origem e a geologia da Lua, assim como sua evolução. "Também servirá de base para outros estudos científicos lunares.

A sonda lunar Chang'e 1 foi colocada em órbita em outubro de 2007, e a próxima está prevista o final de 2011, com o objetivo de finalizar os preparativos da missão não tripulada, segundo os planos da Administração Espacial Nacional da China.

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Fundador do Cirque du Soleil é 7º turista espacial da história

O multimilionário canadense Guy Laliberté, fundador do Cirque du Soleil se tornou hoje o sétimo turista, e o primeiro palhaço, a pôr os pés na ... Foto: AP

O multimilionário canadense Guy Laliberté, fundador do Cirque du Soleil se tornou hoje o sétimo turista, e o primeiro palhaço, a pôr os pés na plataforma orbital

O multimilionário canadense Guy Laliberté, fundador do Cirque du Soleil se tornou nesta quarta-feira o sétimo turista, e o primeiro palhaço, a pôr os pés na plataforma orbital. "Sim, quero ser o primeiro palhaço no cosmos e também chamar a atenção do povo sobre o problema de água", afirmou Laliberté, que pagou US$ 35 milhões para realizar o sonho de viajar ao espaço.

Laliberté, 50 anos, tem poucas semelhanças com os outros seis viajantes que estiveram na Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês) desde 2001, quando o magnata americano Dennis Tito tornou-se o primeiro a pagar pelo passeio em uma Soyuz russa.

"Eu faço cosquinhas para que se preparem", comentou em relação aos dois companheiros de viagem, o cosmonauta russo Maxim Suráyev e o astronauta americano Jeffrey Williams, horas antes de partir à base de Baikonur, de onde será lançada a nave.

O canadense levou vários narizes de palhaço ao espaço para entreter os companheiros e não tem intenção de efetuar durante a estadia na ISS experimentos científicos que permitam contribuir à cura de doenças como o câncer. "Não sou cientista, médico ou engenheiro. Levarei à estação meu senso de humor", assinalou Laliberté, que acredita que o riso é o melhor antídoto contra a doença e a velhice.

No entanto, nem tudo será diversão, já que o criador circense também aproveitará a aventura espacial para promover sua faceta humanitária através da fundação "One drop" (Uma gota), que tenta conscientizar o mundo sobre o problema da escassez de água e sua relação direta com a pobreza no planeta.

Laliberté coordenará em 9 de outubro a partir da ISS - situada a cerca de 350 quilômetros da Terra - o espetáculo poético-social intitulado "Da Terra às Estrelas pela Água", no qual participarão astros da música, do cinema e outras celebridades em 14 cidades nos cinco continentes. Os cantores Bono Vox, Peter Gabriel, Shakira, a atriz Salma Hayek e o ex-vice-presidente americano Al Gore são algumas das personalidades que recitarão poemas sobre a água ou apresentarão seus próprios trabalhos artísticos em lugares como o México, Nova York, Mumbai, Paris, Rio de Janeiro, Marrakech, Tóquio e Johanesburgo.

"É algo muito grave. Se não alertarmos o mundo sobre o problema, em breve haverá uma grave crise pela escassez de água. Com ajuda da arte tentaremos chamar a atenção das pessoas sobre os problemas ecológicos, movimentar a humanidade", apontou.

Para participar dessa viagem, desde o dia 10 de maio Laliberté passa por 12 horas de treinamentos diários, na Cidade das Estrelas, nos arredores de Moscou. "Sei como me comportar na estação. Espero não fazer nada errado. É arriscado, mas não tenho medo. Meus companheiros de viagem me disseram que meu principal objetivo será ser capaz de cuidar de mim mesmo e não ser um peso a mais para eles", contou.

Laliberté, reconhecido mundialmente por ter revolucionado a arte circense, dedicou 60% do tempo da preparação durante os últimos cinco meses para estudar como reagir em caso de qualquer dano na plataforma orbital. Segundo o canadense, foi a sua compatriota, a astronauta Julie Payette, que despertou nele o interesse por comprar uma poltrona em uma nave espacial russa com destino à ISS, onde permanecerá durante oito dias.

Payette, que viajou à ISS em julho passado a bordo da nave americana Endeavour, acompanhará à família de Laliberté durante o lançamento em Baikonur. Outra pessoa que apoiou os planos de Laliberté desde o início foi o cantor de U2, o irlandês Bono Vox, a quem contou logo após tomar a decisão de se transformar em um turista espacial, solicitação apresentada em 2004 e que não foi aceita até maio passado.

Laliberté reconhece que viajar ao espaço não era um sonho de criança, mas se tornou uma magnífica oportunidade de divulgar os 25 anos da criação do Cirque du Soleil. No retorno à Terra, o circo vai fazer a sua primeira apresentação na Rússia, país com grande tradição circense que desde de 2008 tem uma filial permanente da companhia.

O sétimo turista espacial da história, cuja fortuna é estimada em US$ 2,5 bilhões, partiu hoje a bordo da Soyuz TMA-16 rumo à ISS. A chegada deve ocorrer dois dias depois da viagem, na sexta-feira.

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terça-feira, 29 de setembro de 2009

Erupção de cometa maior lançou 'minicometas' no espaço

Na imagem de alta resolução podemos observar o cometa Holmes disparando múltiplos minicometas que viajaram a 451 km por hora Foto: National Geographic

Na imagem de alta resolução podemos observar o cometa Holmes disparando múltiplos "minicometas" que viajaram a 451 km por hora

Como um cogumelo atirando esporos, um conhecido cometa foi visto disparando múltiplos "minicometas" que viajaram a 451 km por hora, anunciaram astrônomos. Os fragmentos foram recentemente revelados em imagens de alta resolução do cometa Holmes, um corpo relativamente pequeno descoberto em 1892 que misteriosamente explodiu em 2007.

Ao longo de vários dias, astrônomos usando o telescópio Canadá-França-Havaí em Mauna Kea assistiram à nuvem de poeira de 3,5 km de diâmetro ao redor do cometa inchar e se tornar maior do que o Sol. Posteriormente, uma observação mais detalhada das imagens de alta resolução revelou que o cometa também lançou fragmentos, cada um com sua própria nuvem de poeira e cauda glacial, que se afastaram do corpo principal. Junto, o material extra fez com que o cometa brilhasse um milhão de vezes mais em menos de 24 horas, produzindo a maior erupção cometária da história.

"Normalmente, é preciso um grande telescópio para ver o cometa Holmes, mas durante a explosão ele ficou visível a olho nu", disse um dos membros da equipe, Rachel Stevenson, da Universidade da Califórnia, Los Angeles.

Pressão Interna do Cometa
Holmes é um dos chamados cometas da Família Júpiter, cuja órbita cruza tão perto da de Júpiter que o cometa é afetado pela gravidade massiva do planeta. A maioria de tais cometas está condenada a se partir ou se chocar com um planeta ou o Sol.

Por exemplo, o cometa Shoemaker-Levy 9 se partiu em 1994 e seus pedaços se chocaram com Júpiter. Pelo menos outro cometa, Kushida-Muramatsu, foi brevemente capturado pelo gigante gasoso em 1949 e se tornou uma lua jupteriana por 12 anos.

Em outubro de 2007, um astrônomo amador relatou pela primeira vez que o cometa Holmes havia brilhado inesperadamente. Ao ouvir a notícia, Stevenson e seus colegas rapidamente direcionaram o telescópio Canadá-França-Havaí para o objeto em erupção.

Com base no que observou, a equipe acredita que a explosão tenha começado provavelmente cinco meses antes de ser vista, quando a órbita elíptica do cometa o aproximou ao máximo do sol, ficando a cerca de 300 milhões de quilômetros de distância.

"Acreditamos que o interior do cometa tenha sido aquecido, evaporando o gelo e criando um acúmulo de gás pressurizado internamente", Stevenson disse. Em outubro, a pressão se tornou tão grande que o cometa explodiu, lançando seu gás de uma vez só.

Stevenson apresentou as descobertas da equipe no recente Congresso Europeu de Ciência Planetária de 2009, em Potsdam, Alemanha. Apesar do drama, o cometa sobreviveu à explosão, Stevenson acrescentou, e agora voltou a rumar em direção a Júpiter. Ele se aproximará novamente do sol em 2014.

Tradução: Amy Traduções

National Geographic
National Geographic

Asteroide está bem perto da Terra, diz astrônomo

Asteroide de quase mil metros de diâmetro está a cerca de 600 mil quilômetros da Terra ¿ distância equivalente a menos de duas vezes a que separa a Terra da Lua. "É a menor distância já constatada no que diz respeito a um asteroide", disse o astrônomo espanhol Josep Maria Bosch em entrevista ao jornal espanhol El País.

O corpo celeste acompanha a Terra por uma órbita paralela. Ele foi batizado por cientistas como 2009 ST19, e vai acompanhar a Terra por mais uma semana, até que suas órbitas se separem. O astro foi observado pela primeira vez no dia 16 de setembro e foi incluído na lista de asteroides potencialmente perigosos, cujas órbitas se cruzam com a da Terra.

Os primeiros cálculos indicam que a aproximação mais perigosa do ST19, que dá uma volta pelo Sol a cada 3,6 anos, se produzirá aproximadamente em 2038. O registro foi feito pelo Centro de Observación del Universo de Ager, em Lérida, na Catalunha (Espanha).

A Nasa ¿ agência espacial americana ¿ não tem verba para observar todos os asteroides que rondam a Terra, segundo relatório da Academia Nacional de Ciências dos EUA.

O Congresso dos Estados Unidos nunca aprovou o financiamento para a construção dos telescópios necessários ao monitoramento dos corpos celestes, que podem causar catástrofes caso atinjam a Terra. Os asteroides deveriam ser identificados até 2020.

O Dia
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China completa mapa de mais alta resolução da superfície lunar

Especialistas chineses anunciaram a conclusão do mapa de mais alta resolução da Lua, cobrindo toda a superfície do satélite e elaborado com as imagens tomadas pela primeira sonda lunar chinesa, "Chang E I", informou hoje a agência oficial Xinhua.

As imagens foram recolhidas por uma câmera do satélite artificial chinês, lançado em outubro de 2007, e o mapa será utilizado pelos especialistas do país asiático para estudar as leis de formação geológica da superfície lunar e sua evolução.

O mapa "fixa as bases para o estabelecimento de futuros projetos científicos" da China na Lua, destacou o acadêmico Liu Xianlin, chefe da equipe de especialistas que há completado o trabalho cartográfico.

A sonda lunar filmou mais de nove milhões de unidades de informação, com as quais os especialistas elaboraram um planisfério lunar de três quilômetros por píxel de resolução.

O programa espacial lunar do país asiático se prepara para sua segunda fase, que inclui a colocação de um veículo na Lua para recolher amostras de solo e pedras.

EFE
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segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Queda de suposto meteorito causa explosão na Argentina

Moradores disseram ter visto uma bola de fogo cruzando o horizonte e causando um estrondo ao cair Foto: Diário Los Andes/Reprodução

Moradores disseram ter visto uma bola de fogo cruzando o horizonte e causando um estrondo ao cair

Um suposto meteorito surpreendeu os moradores do pequeno povoado de Santa Isabel, na província de La Pampa, Argentina, após causar uma explosão e iluminar o céu no final da tarde deste domingo. O impacto foi tão grande que também foi sentido em General Alvear, na província de Mendoza, a 40 km de Santa Isabel. As informações são do jornal argentino Clarín.

Roberto Trigues, chefe da Defesa Civil de General Alvear, disse ao diário MDZ que a explosão "poderia se tratar de um meteorito". Segundo ele, análises de rádio determinaram que o ponto de impacto está dentro do triângulo formado pelas localidades de Punta del Agua, Agua Escondida e Cochi-co, uma zona desabitada de 300 mil hectares.

Moradores afirmaram ter visto um objeto cair do céu. "Era dia e se via, no horizonte, uma bola de fogo como se fosse um refletor, caindo. Antes de chegar ao solo, vimos uma explosão que formou nuvens. Algo mais continuou caindo e, em poucos segundos, só se via fumaça", disse José Luis Cuadrado ao Diário Textual, de La Pampa. No início, algumas pessoas chegaram a pensar que fosse um terremoto, mas logo se descartou a possibilidade.

As autoridades não se preocuparam com o risco de incêndio porque nevou o dia inteiro na região, além de haver muita umidade. Também não há registros de feridos.

Meteoritos
Os meteoritos, chamados incialmente de meteoroides até penetrarem a atmosfera terrestre, são formados por fragmentos de asteroides, cometas ou restos de planetas em desintegração. Estas rochas espaciais podem variar de comprimento, tendo quilômetros de diâmetro ou apenas o tamanho de uma partícula de poeira.

ESA quer fabricar pão e cerveja no espaço

A Agência Espacial Europeia (ESA, sigla em inglês) enviará nesta semana à Estação Espacial Internacional (ISS) fermento para estudar como o produto se comporta na falta de gravidade e tentar elaborar no cosmos cerveja e pão. "Queremos realizar a experiência em estado de microgravidade para saber o efeito do crescimento do fermento e conferir também se nestas condições se pode conseguir proteína" explicou hoje Ronnie Willaert, um dos autores do projeto.

As mostras de fermento serão enviadas à ISS na nave russa Soyuz TMA-16 que parte na quarta-feira e na sexta-feira chegará ao laboratório orbital com um cosmonauta russo, um astronauta americano e o turista espacial canadense Guy Laliberté, o fundador do famoso "Cirque du Soleil" (Cirque du Soleil). Se o experimento der certo, os cientistas poderiam desenvolver tecnologias para produzir no espaço pão e cerveja para os astronautas, disse à imprensa Willaert, professor de bioengenharia da Universidade Aberta de Bruxelas, na base de Baikonur (Cazaquistão).

O cientista detalhou que se trataria de uma cerveja especial, cuja presença de álcool não seria danoso, mas inclusive útil, para a saúde dos astronautas. "Em princípio, a finalidade da experiência é fabricar alimentos e bebidas em condições de falta de gravidade terrestre, o que seria benéfico para as tripulações da estação espacial", disse o especialista, segundo a agência russa RIA Novosti.

Além disso, os resultados permitirão estudar novas possibilidades para fabricar em terra cerveja e pão de longa conservação.

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sábado, 26 de setembro de 2009

Nasa escolhe projeto argentino para habitat na Lua

Os humanos poderão viver na Lua dentro de um cilindro de três metros de diâmetro por dez de comprimento, entre outras características do projeto do argentino Pablo de León, escolhido pela Nasa (agência espacial americana) para que as missões possam ficar seis meses no ambiente lunar, o que deve acontecer até 2020.

O habitáculo lunar terá "um esqueleto metálico" que permitirá dividi-lo em diversas partes, "para diversas funções, e que concederão privacidade", afirmou De León, em entrevista publicada hoje pelo jornal "Página/12".

"A intenção final do novo projeto lunar da Nasa é, na realidade, chegar a Marte", disse.

Este engenheiro dirige o Laboratório de Roupas Espaciais da Universidade de Dakota do Norte (EUA) e também foi designado pela Nasa para desenhar os futuros veículos lunares.

"Como a Lua fica relativamente perto da Terra, o projeto permitirá colocar em prova todos os sistemas que depois serão usados na expedição tripulada a Marte", afirmou.

A viagem a Marte "durará cerca de um ano, portanto, é importante ter tudo testado, caso haja alguma emergência", acrescentou.

Para prevenir os danos à saúde causados pela forte radiação solar recebida na Lua, o habitáculo será coberto com poeira lunar, como isolante, disse De León.

"Faremos simulações deste procedimento em uma zona desértica dos Estados Unidos", especificou.

Disse que o novo veículo lunar "será parecido" com o utilizado nas viagens das missões Apolo, "mas com a diferença de que levará um módulo pressurizado, para que seus ocupantes não precisem usar roupas espaciais".

"Isso permitirá explorações que se afastem bastante da base lunar, inclusive será possível dormir no veículo. As roupas espaciais só precisarão ser usadas para sair ao exterior", afirmou.

A nova nave para viajar à Lua começará a ser testada em 2015, a fim de realizar uma expedição de seis meses de duração até 2020.

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sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Imagem divulgada pela Nasa registra água na superfície lunar

Os cientistas da Nasa descobriram moléculas de água nas regiões polares da Lua Foto: Nasa/Divulgação

Os cientistas da Nasa descobriram moléculas de água nas regiões polares da Lua

A Nasa, agência espacial americana, divulgou nesta quinta-feira uma imagem captada pelo Mapeador de Mineralogia Lunar, equipamento americano carregado pela sonda indiana Chandrayann-1, que mostra a forte absorção de água no solo do satélite. Os cientistas da Nasa descobriram moléculas de água nas regiões polares da Lua.

A descoberta foi feita por instrumentos a bordo de três naves separadas que identificaram as moléculas de água em quantidades maiores do que o previsto, mas ainda relativamente pequenas.

A substância hidroxila, uma molécula composta por um átomo de oxigênio e um átomo de hidrogênio, também foi encontrada no solo lunar. Os resultados foram publicados na edição de quinta-feira da revista Science.

Nas imagens da superfície lunar realizadas com infravermelho pelo Mapeador de Mineralogia lunar na sonda Chandrayaan-1, aparece uma cratera muito jovem do lado da Lua que não é visível da Terra.

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Nasa divulga foto da Terra captada por sonda indiana na Lua

Na fotografia, a Austrália é visível no canto inferior esquerdo da Terra, os oceanos aparecem em azul escuro, as nuvens em branco e a vegetação em ... Foto: Nasa/Divulgação

Na fotografia, a Austrália é visível no canto inferior esquerdo da Terra, os oceanos aparecem em azul escuro, as nuvens em branco e a vegetação em verde forte

A Nasa, agência espacial americana, divulgou nesta quinta-feira uma imagem da Terra fotografada pela sonda espacial indiana Chandrayaan-1 a 200 km da superfície da Lua. A foto foi captada no último dia 22 de julho pelo Mapeador de Mineralogia Lunar, um dos dois instrumentos americanos que o observatório indiano carrega em missão no satélite.

Na fotografia, a Austrália é visível no canto inferior esquerdo da Terra, os oceanos aparecem em azul escuro, as nuvens em branco e a vegetação em verde forte. O Mapeador de Mineralogia Lunar é um espectômetro projetado para fornecer o primeiro mapa de toda a superfície lunar nas resoluções espacial e espectral.

Os cientistas vão utilizar os dados fornecidos pela Chandrayaan-1 para responder às perguntas sobre a origem da Lua e o desenvolvimento e evolução dos planetas terrestres no Sistema Solar. No mês passado, os cientistas indianos perderam contato com a Chandrayaan-1 e abandonaram a missão, mas o telescópio já havia coletado e transmitido dados suficientes sobre as novas descobertas de água na Lua.

Nasa divulga imagem de formação incomum no espaço

Nesta imagem, especialistas da Nasa reproduzem a formação incomum na nuvem de gás e poeira que a cerca a estrela LRLL 31 - localizada na região da ... Foto: Nasa/Divulgação

Nesta imagem, especialistas da Nasa reproduzem a formação incomum na nuvem de gás e poeira que a cerca a estrela LRLL 31 - localizada na região da constelação de Perseus

Observando a estrela LRLL 31 - localizada na região da constelação de Perseus, a cerca de mil anos-luz - com a visão infravermelha do telescópito espacial Spitzer, astrônomos da Nasa encontraram um padrão incomum na nuvem de gás e poeira que a cerca. Segundo os cientistas, esse padrão diferenciado poderia significar que a estrela tem um pequeno planeta - ou outra estrela - como companheiro.

Os dados mostram também que o comprimento de onda da luz emanada pelo disco de poeira se altera de semana a semana, o que é considerado um curtíssimo espaço de tempo para os fenômenos espaciais e que, segundo os astrônomos, é muito incomum.

Os cientistas afirmam que essa alteração poderia ser causada pelo 'companheiro' da estrela (representado na imagem como um pequeno planeta). Se o companheiro girasse em torno da estrela, a gravidade dele poderia empurrar a parte interna do disco e formar uma deformação como uma parede.

Essa parede também giraria em torno da estrela, provocando uma sombra na parte externa do disco. Quando a parede está na parte do disco mais próxima ao Telescópio, mais luz infravermelha de curto comprimento de onda deve ser observada. E foi esta variação que o Spitzer observou.

Nasa observa camadas de gelo de grande pureza em Marte

Os pesquisadores da Nasa observaram pela primeira vez em Marte a existência de uma camada de gelo de grande pureza abaixo da superfície a meia distância entre o Polo Norte e o equador do planeta vermelho, segundo estudo publicado nesta quinta-feira.

"Sabíamos que havia gelo abaixo da superfície de Marte em latitudes elevadas, mas descobrimos que acontecia o mesmo muito mais perto do equador do que pensávamos", explica Shane Byrne, da Universidade do Arizona (sudoeste), um dos membros da equipe de pesquisa.

Esta descoberta foi realizada graças a imagens de alta definição feitas por uma câmera a bordo da sonda americana Marte Reconnaissance Orbiter (MRO).

"Outra descoberta surpreendente é a grande pureza do gelo que está no fundo das crateras", acrescentou, explicando que estas crateras foram recentemente feitas por impactos de meteoritos. "Achávamos que o gelo estava misturado com a rocha".

O estudo foi publicado na revista Science.

AFP

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Observatório dos EUA divulga imagem artística de nebulosa

A nebulosa Pelicano, também conhecida como IC 5067, está localizada na constelação Cygnus (Cisne, na tradução em inglês) Foto: Noao/Divulgação

A nebulosa Pelicano, também conhecida como IC 5067, está localizada na constelação Cygnus (Cisne, na tradução em inglês)

O Observatório Astronômico Nacional (Noao, na sigla em inglês) dos Estados Unidos divulgou recentemente a concepção artística de uma estrela em formação conhecida como nebulosa Pelicano. A estrela, também registrada como IC 5067, está localizada na constelação Cygnus (Cisne, na tradução do inglês).

A foto original da nebulosa Pelicano foi captada em 24 de maio deste ano pelo astrônomo Gregor Rothfuss com a ajuda de um programa de observação avançada do Noao.

A nebulosa Pelicano divide uma mesma área com a nebulosa NGC 7000, também conhecida como América do Norte, por trazer semelhanças com o contorno do continente terrestre. Elas são separadas apenas por faixas de poeira cósmica.

Estudos revelam existência de água em Marte e na Lua

A Lua e Marte, corpos do sistema solar que se acreditava eram absolutamente áridos, na realidade contêm água, segundo revelam estudos baseados em observações de instrumentos da Nasa divulgados hoje pela revista Science.

No caso de Marte, os instrumentos e câmaras da sonda Mars Reconnaissance Orbiter (++MRO++) indicam que em crateras de meteoritos entre o polo norte e o equador marciano poderia haver sob sua superfície água que é em 99% pura, assinalou um dos estudos.

"Sabíamos que havia água sob a superfície nas latitudes altas de Marte, mas esta se estende muito mais próxima do equador que o que se achava", indicou Shane Byrne, cientista da Universidade do Arizona.

Byrne, encarregado da câmara de alta resolução instalada em MRO, indicou que "o outro descobrimento surpreendente é a pureza do gelo exposto nas crateras causados pelo impacto dos meteoritos".

O cientista explicou que devido a que a água se acumula sob a superfície se pensou que esta seria uma mistura de pó e líquido.

"Mas pudemos determinar, dado o tempo que demorou o gelo em desaparecer, que a mistura é de 1% de pó e 99% de gelo", indicou.

Há 40 anos, quando os astronautas das missões Apolo da Nasa trouxeram pedras lunares as puseram em caixas que tinham filtragens.

Isto levou aos cientistas acreditarem que o ar da Terra tinha contaminado os contêineres e a descartar a ideia que pudesse haver água no satélite natural.

No entanto, Larry Taylor, da Universidade do Tennessee, assinalou no estudo que as últimas provas e experimentos científicos indicaram que essa suposição era errônea.

"Nos enganamos. Como havia filtragens nos contêineres supusemos que a água provinha do ar terrestre", assinalou.

Taylor e sua equipe de cientistas usaram um instrumento da Nasa montado no satélite indiano Chandrayyan-1 para analisar a luz que reflete na superfície lunar a fim de determinar seus materiais.

Esse instrumento detectou longitudes de onda que indicariam um enlace químico entre dois átomos de hidrogênio e um de oxigênio para formar a molécula de água (H20).

Segundo o estudo, na Lua existiriam dois tipos de água: exogênica, proveniente de objetos externos como meteoritos ou cometas que fizeram impacto na superfície, ou endogênica, ou seja, proveniente de seu interior.

Taylor e sua equipe assinalam que é muito possível que a água que se detectou na lua tenha uma origem endogênica.

"Os isótopos de oxigênio que existem na Lua são iguais aos da Terra, por isso seria difícil, se não impossível, estabelecer a diferença entre a água da Lua e a água da Terra", manifestou Taylor no estudo.

EFE

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quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Missões encontram evidências de água na lua

Três missões lunares encontraram claras evidências de água, que está aparentemente concentrada nos pólos e foi possivelmente formada por ventos solares. As informações, que devem ser publicadas no jornal Science, na sexta-feira, mostram que a água pode estar se movendo, se formando e se reformando como partículas misturadas na poeira na superfície da lua.

Carle Pieters, da Brown University, em Rhode Island, e colegas analisaram dados da missão indiana Chandrayaan-1 "a primeira missão indiana à lua" e encontraram evidências espectográficas de água. A água parece mais densa nas proximidades dos pólos, afirmaram.

"Quando falamos 'água na lua', não estamos falando em lagos, oceanos ou até mesmo poças. Água na lua significa moléculas de água e hidroxila (hidrogênio e oxigênio) que interagem com moléculas de rochas e poeira especificamente nos milímetros mais altos da superfície lunar", disse Pieters em comunicado.

Jessica Sunshine, da Universidade de Maryland, e colegas usaram mapeamento infravermelho da nave espacial Deep Impact para mostrar água em toda a lua, enquanto Roger Clark, do Serviço Geológico dos EUA, e colegas, usaram um espectrômetro da sonda Cassini para identificar a água.

"Essas informações de água na superfície lunar coincidem com um grande interesse em água nos pólos da lua", disse Paul Lucey, da Universidade do Havaí, que não esteve envolvido nas pesquisas, em um comentário escrito.

Reuters

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Índia lança sete satélites com sucesso

A agência espacial indiana (ISRO, na sigla em inglês) lançou com sucesso sete satélites nesta quarta-feira no Centro Espacial Satish Dhawan, em Sriharikota, segundo informações da agência AFP. O lançamento sublinha as ambições da Índia nos negócios espaciais já que seis dos sete satélites são estrangeiros - quatro da Alemanha, um da Suíça e um da Turquia.

Os satélites foram colocados em uma órbita a 720 km acima da Terra cerca de um mês depois que o país abortou a primeira missão à Lua.

A agência informou que a Índia vai utilizar um dos satélites, o Oceansat-2, para monitorar o oceano e indetificar padrões de zonas de pesca, aumentando a capacidade do Oceansat-1, que foi lançado em 1999.

A agência espacial indiana lançou sete satélites nesta quarta-feira  Foto: AFP

A agência espacial indiana lançou sete satélites nesta quarta-feira

Nasa divulga imagem de lago brasileiro captada do espaço

O lago Erepecu (metade superior da imagem) corre paralelo ao rio Trombetas, um traçado ondulante ao longo da metade inferior da foto Foto: Nasa/Reprodução

O lago Erepecu (metade superior da imagem) corre paralelo ao rio Trombetas, um traçado ondulante ao longo da metade inferior da foto
23 de setembro de 2009

A Nasa, agência espacial americana, divulgou nesta quarta-feira uma imagem do Erepecu, um lago com cerca de 38 km de comprimento localizado na floresta amazônica (norte do Brasil), captada por um astronauta na Estação Espacial Internacional (ISS). O Erepecu corre paralelo ao baixo rio Trombetas que, na fotografia, serpenteia ao longo da metade inferior.

Segundo a agência, as massas de água na Amazônia muitas vezes são tão escuras que podem ser difíceis de distinguí-las do verde uniforme da floresta. No entanto, a fotografia captada na última segunda-feira identifica os reservatórios de água detalhadamente devido ao reflexo da luz do sol sobre a superfície da água.

No canto inferior direito da imagem (onde aparece o solo avermelhado da Amazônia), também pode ser visto o aeródromo de Porto Trombetas, na margem sul do rio. O Trombetas é um rio com cerca de 710 km e tem como principais afluentes o rio Cafuini, na Guiana, e o rio Anamu, na fronteira entre Guiana e Suriname.

Redação Terra

Pesquisadores falam sobre as novas descobertas em Saturno

 Mimas, uma das luas de Saturno, lança uma sombra longa e escura sobre os anéis do planeta Foto: The New York Times

Mimas, uma das luas de Saturno, lança uma sombra longa e escura sobre os anéis do planeta

Em Saturno, é hora do crepúsculo. As sombras se alongam por milhares de quilômetros sobre os famosos anéis do planeta, à medida que estes se inclinam lentamente na direção do Sol, o que fazem a cada 15 anos, e a luz expõe com a máxima clareza cada dobra, curva e calombo nas finas e lisas faixas que oferecem a mais popular das atrações cênicas do Sistema Solar.

De sua posição metafórica na ponte de comando da nave Cassini, que está em órbita de Saturno há cinco anos, Carolyn Porco, responsável pela equipe de controle de câmera do aparelho, se sente inspirada pela visão. "É mais uma daqueles coisas que me levam a me congratular pela sorte de viver na época em que vivo", disse Porco. "Pela primeira vez em 400 anos, estamos vendo os anéis de Saturno em três dimensões".

Na segunda-feira, Porco e a equipe da Cassini divulgaram imagens grandiosas dos anéis em toda sua enrugada glória, que inclui cristas, caroços, ondulações e ondas de quatro quilômetros de altura na beira de um dos anéis.

"Nós sempre soubemos que as imagens seriam boas; mas na verdade são extraordinárias", diz Porco sobre os excelentes resultados que a colocaram em posição de destaque à qual ela está se acostumando cada vez mais, no mundo da ciência. "Sinto-me parte de uma grande aventura da humanidade", diz. O trabalho pode ser executado por robôs, ela afirma, "mas somos todos exploradores". "É uma emoção", acrescenta, "e eu gostaria que todos percebessem o quanto emociona".

Porco, 56, pesquisadora sênior no Instituto de Ciência Espacial de Buolder, Colorado, é líder da equipe de câmera na missão Cassini, um projeto de US$ 3,4 bilhões, e também professora adjunta da Universidade do Colorado e um dos nomes na lista compilada pela revista Wired de pessoas que deveriam estar assessorando o presidente Obama. Mas também se orgulha de suas raízes nos anos 60, e jamais abandonou a exuberância daquela era em que o presidente John Kennedy declarou que "nem o céu é o limite".

Os textos que ela posta no site que exibe as imagens da Cassini ecoam o espírito do capitão James T. Kirk, de "Jornada nas Estrelas"."2001: Uma Odisseia no Espaço", de Stanley Kubrick, continua a ser o filme favorito de Porco, e ela ainda adora os Beatles. Em uma visita à Inglaterra, em 2001, ela e seus colegas recriaram a foto da capa do disco "Abbey Road", com Porco à frente, vestida de branco, como John Lennon.

Porco nasceu e cresceu em uma família do Bronx, com quatro irmãos homens, e atribuiu a isso parte de seu sucesso subsequente na astronomia. "Estava acostumava a brigar e discutir com o sexo masculino", conta. O pai dela, imigrante italiano, era motorista de caminhão, e a mãe cuidava da casa. Porco estudou na Cardinal Spellman High School, a mesma frequentada por Sonia Sotomayor, a nova juíza da Corte Suprema dos Estados Unidos.

Mais tarde, quando aluna da Universidade Estadual de Nova York em Stony Brook, ela conta que foi budista durante dois anos, enquanto se preparava para o futuro que havia vislumbrado aos 13 anos de idade, ao contemplar Saturno no telescópio de um vizinho. Em sua pós-graduação, no Instituto de Tecnologia da Califórnia, ela inicialmente enfrentou dificuldades mas logo conseguiu emprego como analista dos dados transmitidos pelas duas espaçonaves Voyager, que visitaram os planetas exteriores do Sistema Solar, de Júpiter a Netuno, entre 1978 e 1989.

Quando a Voyager passou da órbita de Netuno, em 1989, Porco era pesquisadora na Universidade do Arizona, e comandava uma equipe que tentava compreender os finos aneis que envolvem Saturno.

Porco conta que seu trabalho com a Voyager foi o melhor período de sua vida. "Tinha todos os elementos de uma lenda homérica", afirma - "uma odisseia de 12 anos pontuada por breves episódios de descoberta e conquista, e depois de cada um deles era preciso voltar ao barco, colocar os remos na água e atingir o próximo porto".

Consultora de filmes como "Contato" e o novo "Jornada nas Estrelas", de J. J. Abrams, o trabalho de Porco sobre Saturno a levou a sugerir ao produtor Abrams que uma cena na qual a espaçonave Enterprise se materializava em meio a nuvens tivesse por cenário Titã, uma das luas de Saturno. A cena se tornou capa da revista "Cinefex", sobre efeitos especiais no cinema.

"Em minha opinião", diz Porco, "a maioria das pessoas passa pela vida rejeitando suas melhores partes. Elas perdem o enriquecimento que até mesmo um conhecimento básico sobre o mundo físico pode propiciar. É como se existisse um mundo pulsante e oculto, regido por leis e princípios antigos, governando tudo que nos cerca - dos movimentos das cargas elétricas às órbitas planetárias-, e a maioria das pessoas escolhe ignorar esse fato". "Para mim, é uma vergonha", acrescenta.

Tradução: Paulo Migliacci ME

The New York Times
The New York Times

Astronautas da Nasa conversam com estudantes de Paraty

Um bate papo ao vivo, por telefone, entre astronautas da Nasa (a Agência Espacial Americana), em órbita, e cerca de 60 estudantes marcaram, nessa terça-feira o início das atividades educativas da Expedição Tocorimé na Trilha de Darwin.

Durante meia hora, dez alunos de Paraty, no sul fluminense, levantaram questões sobre meio ambiente e sobre a vida no espaço. As perguntas foram feitas em inglês e respondidas prontamente pelos astronautas, que já tinham recebido uma lista de questionamentos com antecedência.

A atividade, destinada a estimular o ensino de ciência entre os jovens, integra o roteiro educativo da expedição do Tocorimé, destinada a repetir o roteiro que o biólogo britânico Charles Darwin fez pela América do Sul há cerca de 180 anos. O barco vai partir em julho de 2010 de Fernando de Noronha (PE) com destino às Ilhas Galápagos, na altura do Equador.

Para a estudante Sabrina de Araújo, 12 anos, autora de uma das questões, fazer perguntas aos astronautas foi uma experiência "incrível" e faz com que as crianças gostem mais de ciências. Aluna da rede pública, filha de um marceneiro e de uma doméstica, ela também cobra laboratórios e estruturas que auxiliem o aprendizado na área e "deixem as crianças mais inteiradas"

"Eu não quero ser cientista. Quero ser advogada. Mesmo assim, sei que um laboratório na escola facilitaria o entendimento das crianças e a gente poderia aprender mais", defendeu.

Durante a viagem do Tocorimé pela América do Sul estão previstas atividades educativas nas paradas em 15 portos. Nesses momentos, o barco que abrigará pesquisas científicas com espécies marinhas ficará aberto para exposição. Estarão disponíveis na embarcação dois laboratórios para identificação de DNA em frutas, jogos e filmes sobre a viagem e as descobertas de Darwin pelo mundo.

O Instituto Sangari, uma organização não governamental, ficará responsável pelo projeto educativo e pela formação de professores e lideranças comunitárias, em cursos rápidos. "Precisamos de monitores no barco. Queremos trabalhar com estudantes locais, capacitando-os para que apresentem a mostra e tragam visitantes", explicou a gerente de Relacionamento, Juliana Estefano.

Também foram iniciadas as atividades científicas da expedição. Pesquisadores brasileiros e estrangeiros coletaram plânctons e identificaram o DNA de algumas espécies a bordo do veleiro. O trabalho encerrou a Conferência Internacional Darwin e a Aventura, com cerca de 20 cientistas, que buscava integrar pesquisas ao trajeto do Tocorimé.

Uma das principais articuladoras do projeto, a bióloga do Museu de História Natural de Londres Karen James, destacou que no barco, o laboratório e o campo de pesquisa estão muito próximos, acelerando os resultados e orientando novos trabalhos.

Agência Brasil

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Observatório europeu publica nova imagem do centro da Via Láctea

O Observatório Europeu Austral (ESO, na sigla em inglês) publicou hoje uma nova imagem do centro da Via Láctea formada a partir de 1.200 fotografias captadas a partir do norte do Chile com um telescópio amador.

A fotografia mostra a cor real do centro da galáxia na qual se situa o sistema solar, além da área entre a constelação de Sagitário e a de Escorpião.

A imagem foi composta pelo astrônomo e fotógrafo francês Stéphane Guisard a partir das fotografias feitas por um telescópio amador durante mais de 200 horas de exposição distribuídas por 29 noites no morro Paranal, a 1.100 quilômetros ao norte de Santiago.

A ESO é a principal organização astronômica intergovernamental da Europa e recebe apoio de 14 países: Áustria, Bélgica, República Tcheca, Dinamarca, França, Finlândia, Alemanha, Itália, Holanda, Portugal, Espanha, Suécia, Suíça e Reino Unido.

EFE

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Sonda Cassini capta irregularidades nos anéis de Saturno

A sonda registrou extensas ondulações e nuvens de poeira nos anéis do planeta Saturno Foto: Nasa/Divulgação

A sonda registrou extensas ondulações e nuvens de poeira nos anéis do planeta Saturno

A sonda Cassini registrou durante o equinócio do planeta Saturno, ocorrido no mês passado, extensas ondulações e nuvens de poeira nos anéis do planeta. Os astrônomos costumavam acreditar que os anéis eram perfeitamente planos. Novas imagens, divulgadas pela Nasa, mostram que a altitude de algumas irregularidades recém-descobertas é comparável as Montanhas Rochosas do oeste dos EUA. As informações são do ScienceDaily.

Durante o equinócio a luz do Sol atingiu diretamente a borda dos anéis de Saturno, causando um efeito óptico que fez com que eles praticamente desaparecessem. Neste período a luz do Sol gerou longas sombras de quaisquer objetos escondidos que mostrarem protuberâncias além dos 10 metros de largura dos anéis de Saturno.

Cientistas usaram a Cassini para observar elevações que se projetassem no brilho da iluminação paralela ao plano dos anéis. Os cientistas já sabiam das projeções verticais, mas não eram capazes de medir diretamente a altitude e largura das ondulações sem a ajuda das sombras projetadas pelo equinócio. A obstervação durou cerca de uma semana.

Em nota divulgada pela agência espacial, Bob Pappalardo, cientista do projeto Cassini disse que esse é um dos eventos mais importantes que a sonda já nos mostrou. "É como pôr óculos 3D e ver a terceira dimensão pela primeira vez", disse ele.

A sonda Cassini entrou em órbita do planeta Saturno em 2004, dede então tem observado detalhes do planeta, suas luas e anéis. Instrumentos da nave descobriram novos anéis e luas e têm melhorado nossa compreensão do sistema de anéis de Saturno.

Redação Terra

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Rússia adia por 2 anos lançamento de nave a Marte

A agência espacial russa (Roscosmos) adiou nesta segunda-feira por dois anos o lançamento da nave Fobos-Grunt a Marte, que deveria instalar uma estação automática em um satélite desse planeta. "Hoje, na reunião da Roscosmos, foi tomada a difícil decisão de adiar por dois anos o projeto Fobos-Grunt", assegurou Lev Zelinoy, diretor do Instituto de Pesquisas Cósmicas da Academia de Ciências russa, segundo a agência russa Interfax.

Dessa forma, acrescentou, a "'Fobos-Grunt' será lançada na próxima janela astronômica". "Queremos aumentar a confiabilidade da missão, reduzir os riscos e garantir o sucesso", afirmou. Segundo o plano inicial, o aparelho deveria partir em outubro a partir da base de Baikonur (Cazaquistão), impulsionado por um foguete Zenit-2SB. e alcançar a órbita de Marte 11 meses depois.

Depois, em torno de abril de 2011, um módulo da nave russa aterrissaria em Fobos, a lua marciana - que segundo alguns cientistas foi um asteroide capturado pela força de gravidade de Marte -, para retornar à Terra em julho de 2012. Na lua de Marte ficaria funcionando durante longo tempo uma estação automática que averiguaria o espaço e o clima do planeta.

O projeto Fobos-Grunt permitiria ensaiar as principais tecnologias das futuras expedições a Marte, como a tomada de provas de terreno em condições de falta de gravidade e, sobretudo, a operação de aterrissagem. Além disso, as mostras recolhidas deveriam servir para compreender como se formaram os planetas do sistema solar.

Recentemente, a Roscosmos e a Agência Espacial Europeia (ESA) assinaram um acordo para empregar os centros europeus de acompanhamento a fim de guiar a "Fobos-Grunt".

EFE
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Discovery volta à Flórida acoplado em avião 747

O Ônibus Espacial Discovery chegou ao Centro Espacial Kennedy, em Cabo Canaveral, Estados Unidos acoplado a um avião 747 Foto: AFP

O Ônibus Espacial Discovery chegou ao Centro Espacial Kennedy, em Cabo Canaveral, Estados Unidos acoplado a um avião 747

O Ônibus Espacial Discovery chegou acoplado à um avião 747 ao Centro Espacial Kennedy, em Cabo Canaveral, Estados Unidos, no fim da manhã desta segunda-feira. A viagem do ônibus espacial de volta para a base da Nasa teve duração de dois dias. A Discovery estava na Base Aérea Americana de Edwards, na Califórnia, desde a sua reentrada na Terra, no dia 11 de setembro.

A Nave chegou à Califórnia depois de completar com sucesso a missão STS-128 cujo objetivo principal era extrair e substituir um tanque de amoníaco na viga central da ISS, que viaja em uma órbita a 385 quilômetros da Terra. O pouso deveria ter ocorrido diretamente no Centro Espacial Kennedy, mas foi na Califórnia devido às más condições climáticas na data.

O clima não só alterou o local do pouso, mas também a duração da missão. A STS-128 deveria ter sido de 13 dias e se prolongou por mais um depois que as autoridades da Nasa cancelaram duas oportunidades de pouso, diante da ameaça de tempestades na zona do Cabo Canaveral.

As mesmas condições meteorológicas adversas obrigaram a Nasa cancelar o lançamento do ônibus espacial por um dia, seguido de outro, por um problema técnico.

O pouso na Base Aérea de Edwards seria um recurso de última instância para as autoridades da Nasa, já que o custo de transportar o ônibus espacial de volta à Flórida foi estimado em US$ 1,7 milhão.

Redação Terra

Salzburgo celebra centenário da Teoria da Relatividade

A Universidade de Salzburgo relembra nesta segunda-feira a primeira apresentação pública da Teoria da Relatividade de Albert Einstein, que ocorreu há exatos cem anos na cidade homônima à universidade. Na tarde de 21 de setembro de 1909, aos 30 anos, o jovem Einstein expôs a descoberta no colégio Andräschule, durante o 81º congresso da sociedade de pesquisadores e médicos alemães.

Entre os nomes presentes, destaque para os futuros prêmios Nobel Max Planck, Johannes Stark, Max Born, Wilhelm Wien e Max Laute. Nenhum deles, porém, soube valorizar a importância do que expunha o físico estreante.

Einstein apresentou o trabalho Über die Entwicklung unserer Anschauungen über dás Wesen und die Konstituttion der Strahlung" (Sobre o desenvolvimento de nossas ideias da essência e a constituição da radiação), e a hoje famosa fórmula E=mc2. Impressionada com a ideia ficou a física austríaca Lise Meitner (1878-1968).

"Einstein partiu de sua teoria e deduziu a fórmula energia é igual a massa multiplicada pela velocidade da luz ao quadrado (E=mc2). Mostra que cada radiação tem que estar ligada a uma massa inerte. Estes dois feitos eram tão novos e surpreendentes para mim, que até hoje lembro do discurso", escreveu Meitner, em sua biografia. Hoje uma placa na escola lembra a conferência.

Segundo o cientista austríaco Anton Zeilinger "a teoria da relatividade já estava no ar, mas só Einstein teve a coragem de dizer que havia de mudar radicalmente nossa ideia do espaço e do tempo. Isso foi genial".

EFE

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Nave funcionará como laboratório antes de afundar no Pacífico

A nave de carga Progress M-67 se separou nesta segunda-feira da Estação Espacial Internacional (ISS, em inglês) para liberar resíduos da plataforma orbital e funcionar durante uma semana como laboratório autônomo, antes de afundar no Pacífico, informou o Centro de Controle de Voos Espaciais da Rússia (CCVE). "A tripulação preparou a nave de carga para seu voo autônomo.

Após a ordem de desacoplar, o cargueiro se desajustou com sucesso e se separou da estação a uma distância segura", afirmou um porta-voz do CCVE, citado pela agência oficial RIA Novosti. A nave, a última da série antiga - que ainda funciona com um sistema de comando analógico, e não digital -, deixou livre o local de acoplamento do módulo de serviço da ISS, aonde em breve se acoplará a nave pilotada Soyuz TMA-16, cujo lançamento está previsto para o próximo dia 30.

Durante o voo da Progress, que deve durar até o dia 27, serão estudadas as características, tamanho e densidade do plasma que surge em consequência do funcionamento dos propulsores do aparelho. O experimento é realizado com ajuda de um radar especial situado na cidade siberiana de Irkutsk.

No próximo dia 27, a nave deixará sua órbita provisória e, após se incendiar na atmosfera, os destroços afundarão no "cemitério de naves espaciais" no Pacífico, um setor livre de navegação marítima a 3 mil km da Nova Zelândia.

EFE

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sábado, 19 de setembro de 2009

Descoberta pode explicar origens de meteoritos e Sistema Solar

Imagens obtidas no deserto australiano podem trazer novas pistas sobre as origens de meteoritos Foto: Desert Fireball Network/Divulgação

Imagens obtidas no deserto australiano podem trazer novas pistas sobre as origens de meteoritos

Um raro meteorito que pode ter nascido em local próximo à Terra foi encontrado por um novo observatório australiano e poderia trazer novas pistas sobre as origens de alguns meteoritos em diferentes partes da nossa galáxia. Segundo os cientistas, a descoberta deste corpo cósmico pode ajudar os especialistas a compreenderem a formação do Sistema Solar. As informações são do site New Scientist.

"Tentar interpretar o que aconteceu no início do Sistema Solar sem saber de onde surgiram os meteoritos é como tentar analisar a geologia da Grã-Bretanha a partir de rochas encontradas no próprio jardim", disse Phil Bland, do Imperial College de Londres.

A equipe de Bland deu início à pesquisa no deserto da Austrália em 2006, constituindo uma rede experimental com quatro câmeras robóticas, distribuídas por cerca de 250 mil km², com tecnologia que expõe a película fotográfica a céu claro durante a noite. Se as câmeras conseguem registrar um meteoro brilhante, ou uma bola de fogo, caindo através da atmosfera da Terra, os cientistas podem calcular sua trajetória por triangulação, determinando o destino provável do corpo cósmico para então tentar localizá-lo.

Pequeno parentesco
A primeira observação de uma bola de fogo foi realizada em 20 de julho de 2007 com o corpo cósmico batizado de "Bunburra Rockhole". Entre 2008 e 2009, grupos de busca encontraram três fragmentos deste meteorito. Basicamente as rochas espaciais são feitas de basalto, um tipo mais comum de lava solidificada na Terra.

Os cientistas acreditam que os meteoritos basálticos sejam pedaços vindos de um asteroide gigante chamado Vesta. Este asteroide é tão grande - cerca de 530 km de diâmetro - que a gravidade em seu interior fazem seus componentes materiais se estabelecerem em diferentes camadas, formando novas rochas espaciais.

Rocha derretida
Cálculos orbitais sugerem que o asteroide pai, o Vesta, orbitava o Cinturão de Asteroides entre Marte e Júpiter até que uma colisão desprendeu o "Bunburra Rockhole" há 20 milhões de anos.

Os cientistas pensam que este tipo de asteroide represente parte do material que se agrupou à composição da Terra no início de sua formação. "A questão é: quais foram as rochas que contribuíram para a construção dos planetas? O 'Bunburra Rockhole' nos deixa um pouco mais perto desse conhecimento", conclui Phil Bland.

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Cratera da Lua está entre locais mais frios do Sistema Solar

Dados coletados por uma missão da Nasa que está fazendo um mapeamento da superfície da Lua apontam que crateras que ficam na região do polo sul do satélite podem ser alguns dos locais mais frios de todo o Sistema Solar.

Segundo as primeiras informações coletadas pela sonda Lunar Reconnaissance Orbiter (LRO), que foi lançado no último dia 18 de junho, as temperaturas em regiões que nunca recebem a luz do Sol no interior destas crateras podem chegar a -238º C, pouco acima do zero absoluto, -273,15 ºC.

"Estas temperaturas extremamente frias estão, até onde sabemos, entre as menores que já foram registradas em qualquer outro lugar do Sistema Solar", diz David Paige, responsável pelo Diviner Lunar Radiometer Experiment, um dos sete instrumentos a bordo da missão e que está fazendo um mapeamento térmico da Lua.

Gelo
Segundo os pesquisadores, o fato de existirem estes locais com temperaturas extremamente baixas na Lua aumenta a probabilidade de que haja água e outros componentes congelados no interior dessas crateras.

A eventual presença de gelo nelas pode ser de extrema importância para futuras missões tripuladas ou não à Lua, principalmente se elas durarem longos períodos. Isso porque a descoberta permitiria reduzir a quantidade de material que precisaria ser transportado da Terra em futuras missões.

O mapeamento térmico detalhado da Lua feito pelo Diviner Lunar Radiometer Experiment, além de localizar áreas extremamente frias, pode dar pistas sobre a composição de rochas e do solo, além de apontar regiões que podem ser perigosas para o pouso de veículos.

Os dados coletados apontam ainda que as variações de temperaturas na superfície da Lua estão entre as mais extremas do Sistema Solar. Segundo as informações, ao meio-dia, na região no equador lunar, as temperaturas na superfície ultrapassam os 106 °C. Durante a noite, no entanto, a temperatura cai a -183 °C.

BBC Brasil

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Telescópio estuda luz espacial para mapear universo primitivo

Imagem inédita enviada pelo Planck mostra o plano galáctico (faixa brilhante horizontal) e outras galáxias (pontos de luz fora da faixa) Foto: ESA/LFI & HFI Consortia (Planck)/Axel Mellinger/Divulgação

Imagem inédita enviada pelo Planck mostra o plano galáctico (faixa brilhante horizontal) e outras galáxias (pontos de luz fora da faixa)

Um telescópio espacial europeu projetado para capturar a luz do universo enviou suas primeiras imagens para a Terra, segundo informações divulgadas nesta sexta-feira pelo site britânico Times Online. O observatório Planck capta radiação de apenas 300 mil anos após o Big Bang e pode permitir aos cientistas o mapeamento em imagens do que foi o universo logo após sua formação.

Integrantes da missão informaram que os instrumentos a bordo do telescópio estão funcionando em perfeitas condições, embora eles não esperem resultados científicos contundentes até antes da metade de 2010. "As imagens mostram que tudo está funcionando conforme o esperado. Estamos trabalhando há muito tempo nisso e agora finalmente recebemos dados reais", disse Dr. Jan Tauber, um dos cientistas do projeto, citado pelo Times Online.

Uma das imagens enviadas pelo telescópio mostra uma faixa do céu escuro vista de dentro da Via Láctea. Na faixa brilhante horizontal da fotografia está o plano galáctico e os pontos de luz fora dele correspondem à outras galáxias. A tentativa da missão é captar luz originada nos primeiros anos de vida do universo, conhecida como Radiação Cósmica de Fundo, e fornecer as imagens mais raras dessa fase inicial. "Esperamos que isto nos permita desmembrar uma série de cenários possíveis sobre as origens do universo", afirmou Tauber.

O Planck continuará mapeando o céu com suas câmeras durante os próximos seis meses. O observatório foi lançado em maio deste ano e atualmente encontra-se a cerca de 1,5 milhões de km da Terra.

Sol expele rajadas contra Terra mesmo em períodos de 'calma'

Ventos em 1996 (esq) eram mais fracos do que os de 2008 (dir) Foto: Ilustração de Janet Kozyra/BBC Brasil

Ventos em 1996 (esq) eram mais fracos do que os de 2008 (dir)

O sol bombardeia a Terra com rajadas de partículas - o chamado vento solar - mesmo quando sua atividade parece estar em baixa, afirmaram cientistas do Centro Nacional de Pesquisa Atmosférica (NCAR, na sigla em inglês) e da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos.

Segundo os cientistas, a conclusão vai de encontro à noção de que a atividade solar pode ser medida apenas pelas manchas em sua superfície - nos ciclos de aproximadamente 11 anos, os períodos em que a atividade solar parece mais "quieta" coincidem com a fase em que há menos manchas na superfície.

Até agora, essas manchas eram usadas para medir as mudanças de impacto do sol sobre a Terra durante esses ciclos de 11 anos. Nas fases de maior atividade, o número de manchas aumenta. Neste período, o sol lança intensas chamas diariamente e tempestades geomagnéticas atingem a Terra frequentemente, derrubando satélites e interrompendo redes de comunicações.

"O sol continua a nos surpreender", disse a líder da pesquisa Sarah Gibson, do Observatório de Alta Altitude do NCAR. "O vento solar pode atingir a Terra como uma mangueira de fogo, mesmo quando não há praticamente nenhuma mancha em sua superfície."

O estudo, financiado pela Nasa e pela Fundação Nacional da Ciência, está sendo publicado nesta sexta-feira no Journal of Geophysical Research.

Manchas Há séculos os cientistas se baseiam nas manchas solares - áreas de campos magnéticos concentrados que aparecem como manchas escuras na superfície solar - para determinar o ciclo de aproximadamente 11 anos.

Desta vez, Gibson e sua equipe se concentraram em outro processo pelo qual o sol libera energia, analisando rajadas de vento solar de alta velocidade, que carregam turbulentos campos magnéticos para fora do sistema solar.

Quando essas rajadas chegam perto da Terra, elas intensificam a energia no cinturão de radiação em torno do planeta. Isso aumenta a pressão no topo da atmosfera e pode afetar satélites de meteorologia, navegação e comunicação, em órbita nessa região, além de ameaçar os astronautas da Estação Espacial Internacional.

Os cientistas analisaram informações coletadas por instrumentos espaciais e baseados na Terra durante dois projetos, um em 1996 e outro em 2008. O ciclo solar estava em sua fase de atividade mínima durante os dois períodos.

No passado, cientistas acreditavam que essas rajadas de vento praticamente desapareciam nos períodos de quietude do sol, mas quando a equipe comparou o efeito do vento solar de agora com o de 1996, último período de calmaria do astro, concluiu que a Terra continuou sendo intensamente afetada no ano passado.

Apesar de o sol apresentar menos manchas em sua superfície do que em qualquer período de baixa dos últimos 75 anos, o efeito do astro sobre o cinturão de radiação em torno da Terra - medido pelos fluxos de elétrons - foi mais do que três vezes maior no ano passado do que em 1996.

Os cientistas também concluíram que, apesar de o Sol apresentar ainda menos manchas atualmente do que em seu período de calmaria de 1996, os ventos solares eram mais fracos 13 anos atrás.

Impacto
No momento de pico, o impacto acumulado das rajadas de vento durante um ano pode injetar tanta energia na Terra como as erupções maciças da superfície solar durante um ano no período de alta atividade do sol, afirma a co-autora do estudo Janet Kozyra, da Universidade de Michigan.

Segundo Gibson, as observações deste ano mostram que os ventos parecem finalmente ter diminuído, quase dois anos depois de as manchas terem chegado ao mínimo deste último ciclo.

Os cientistas, no entanto, afirmam que são necessários mais estudos para entender os impactos dessas rajadas de vento sobre o planeta. Para Gibson, o fato de que o sol continua afetando intensamente as atividades magnéticas na Terra nestes períodos de calma pode ter implicações para satélites e outros sistemas tecnológicos.

"Isso deve manter os cientistas ocupados tentando juntar todas as peças", afirma ela.

BBC Brasil

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quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Sonda da Nasa inicia busca por água no polo sul da Lua

A sonda Lunar Reconnaissance Orbiter (LRO) iniciou a prospecção cartográfica do polo sul da Lua com o objetivo de encontrar água e outros recursos que podem servir para a presença humana no satélite natural, informou hoje a Nasa, a agência espacial americana.

Mesmo antes do início das tarefas, os instrumentos da LRO já haviam detectado o que seriam moléculas de água e átomos de hidrogênio em alguns setores da face oculta da Lua, disse a Nasa em comunicado.

"A missão da LRO já começou a enviar dados que ajudarão a criar o mapa mais detalhado possível em benefício da prospecção humana e do interesse científico", disse Richard Vondrak, cientista do projeto.

A Nasa prevê uma missão de um ano para a sonda, que se manterá em órbita a cerca de 50 quilômetros da superfície lunar.

Durante esse tempo, a agência produzirá um mapa completo e detalhado da superfície da Lua, além de buscar recursos e locais seguros para o pouso de naves tripuladas.

EFE

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Cientistas apontam superfície rochosa em "super-Terra"

Dados detalhados sobre o menor planeta já encontrado fora do nosso sistema solar sugerem que se trata de uma "super-Terra" com superfície rochosa, muito parecida com a nossa, disseram astrônomos europeus nesta quarta-feira. Os exoplanetas, planetas que orbitam uma estrela que não seja o Sol, são chamados assim por pertencerem a sistemas planetários diferentes do nosso.

O chamado exoplaneta, cuja descoberta foi anunciada em fevereiro, tem cinco vezes a massa da Terra, o que, combinado com seu raio, sugere que tenha uma superfície sólida e uma densidade semelhante ao do nosso planeta. "Isso é ciência no que ela tem de mais excitante e incrível", disse o astrônomo suíço Didier Queloz, chefe da equipe que fez as observações.

Cerca de 330 exoplanetas já foram achados orbitando outras estrelas além do Sol. A maioria são gigantes gasosos com características semelhantes a Netuno, que tem 17 vezes a massa da Terra.

Mas o planeta citado no estudo de quarta-feira, chamado CoRoT-7b - é diferente. Ele completa uma órbita a cada 20 horas, a uma distância de apenas 2,5 milhões de km da sua estrela. Sua temperatura oscila entre 1.000C e 1.500C, o que significa que não pode abrigar vida. Seu raio é cerca de 80% maior que o da Terra.

Em artigo na revista Astronomy and Astrophysics, os cientistas disseram que suas conclusões colocam o CoRoT-7b na categoria das "super-Terras". Cerca de 12 delas já foram localizadas, mas é a primeira vez que se mensura com relativa precisão a densidade e a massa de um exoplaneta tão pequeno, disseram eles.

Para fazer essas medições, eles usaram um dispositivo chamado "procurador de planetas por velocidade radial de alta precisão" (Harps, na sigla em inglês), que é um espectrógrafo ligado ao telescópio do Observatório Europeu Meridional, em La Silla, no Chile.

De acordo com os cientistas, esse é "o melhor dispositivo caçador de exoplanetas no mundo." "Embora o Harps seja certamente imbatível quando se trata de detectar exoplanetas pequenos, as medições do CoRoT-7b se mostraram tão exigentes que tivemos de reunir 70 horas de observações," disse François Bouchy, outro integrante da equipe europeia de astrônomos.

Artiz Hatzes, que também faz parte da equipe, disse que o trabalho representou um "tour de force" das medições astronômicas.

Reuters

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quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Papa inaugura sede do Observatório Astronômico do Vaticano

O papa Bento XVI inaugurou nesta quarta-feira, em Castelgandolfo, no sudoeste da Itália, a nova sede do Observatório Astronômico do Vaticano, conhecido como a "Specola". Na cerimônia inaugural, o diretor do centro, o argentino José Gabriel Funes, disse que o objetivo do novo Observatório Astronômico é "estar na fronteira da Igreja" e "em diálogo com o mundo da ciência e da cultura".

"Estamos na fronteira da Igreja, em diálogo com o mundo da ciência e da cultura. Por um lado, estamos muito contentes por estar perto do papa e da Santa Sé, já que somos um observatório confessional. Por outro, dialogamos e colaboramos com cientistas e astrônomos de outras religiões, de outras culturas e com aqueles que não acreditam em Deus", afirmou Funes à Rádio Vaticano e ao L'Osservatore Romano, o jornal da Santa Sé.

Funes, que no ano passado virou notícia ao afirmar que é possível crer em Deus e nos extraterrestres, disse hoje que "não mudou" de ideia. No entanto, ao ser perguntado se está perto o dia em que o homem conseguirá se encontrar com os extraterrestres, o religioso não se mostrou muito confiante nesse contato.

"Embora não se possa excluir a priori essa possibilidade, acho que dificilmente será possível estabelecer um contato desse tipo. Temos como obstáculo quase insuperável as distâncias do universo e também a evolução do desenvolvimento científico. Basta considerar que, com a atual tecnologia, nos custa muito ir além do Sistema Solar", afirmou.

EFE

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Concurso premia melhores fotos amadoras do espaço; veja

Um concurso realizado pelo Observatório Real Britânico, em Greenwich, em Londres, premiou as melhores fotografias amadoras de astronomia de 2009.

O britânico Martin Pugh foi o grande vencedor do ano, conseguindo registrar a chamada Nebulosa do Cavalo. Para conseguir a imagem, Pugh passou dois meses analisando e registrando fotos do céu, a partir de seu jardim, com um telescópio e uma câmera digital.

O concurso recebeu 540 inscrições de pessoas em 25 países, e as fotos foram realizadas com câmeras, telescópios e até telefones celulares. "A variedade e a qualidade das imagens que recebemos foram de tirar o fôlego", disse Marek Kukula, astrônomo do Observatório Real. "Isso mostra que mesmo 400 anos anos depois das primeiras observações de Galileu com um telescópio, a astronomia ainda é uma ciência viva, que qualquer pessoa pode curtir."

As melhores fotos do concurso estão expostas no Observatório até 10 de janeiro de 2010.

BBC Brasil

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terça-feira, 15 de setembro de 2009

ESO divulga fotografia panorâmica da Via Láctea

Imagem panorâmica foi captada como se o observador estivesse fora da Via Láctea
Imagem panorâmica foi captada como se o observador estivesse fora da Via Láctea


O Observatório Europeu do Sul (ESO, sigla em inglês) divulgou nesta segunda-feira uma imagem que mostra um ângulo panorâmico da Via Láctea, a galáxia da Terra. A fotografia, tirada como se o observador estivesse fora da Via Láctea, foi captada pelos observatórios La Silla e Paranal, no Chile, e um observatório nas Canárias (Espanha), para comemorar o Ano Internacional da Astronomia em 2009.

Ela foi produzida pelo astrofotógrafo e escritor francês Serge Brunier e seu colega Frédéric Tapissier, em colaboração com o ESO. Para realizá-la, Brunier passou várias semanas nos observatórios La Silla e Paranal entre agosto de 2008 e fevereiro de 2009. Além disso, o pesquisador viajou para o observatório de las Palmas, nas Canárias, para fotografar o céu do Hemisfério Norte.

Depois de captadas 1,2 mil fotos, as imagens foram tratadas por Tapissier e especialistas do ESO que obtiveram a fotografia panorâmica original. Brunier utilizou uma câmera Nikon D3 digital equipada com um dispositivo de alta precisão para manter o foco em cada campo de estrelas a medida que se moviam devido à rotação terrestre.

Terra Chile

Rússia adia lançamento do primeiro satélite sul-africano

Devido ao mau tempo, a Rússia adiou nesta terça-feira o lançamento de um foguete Soyuz que deveria pôr em órbita seis satélites, entre eles o primeiro da África do Sul, informou a agência espacial russa Roscosmos. "O lançamento foi adiado para a data reserva, 17 de setembro, devido às condições meteorológicas adversas na base de Baikonur", no Cazaquistão, explicou Aleksandr Vorobiov, porta-voz da Roscosmos, citado pela agência oficial RIA Novosti.

O lançamento do Soyuz estava previsto para esta terça-feira, às 19h55 de Moscou (12h55 de Brasília). Além do satélite sul-africano ZA-002 SumbandilaSat, o foguete deveria pôr em órbita outros quatro aparatos menores - Sterkh, UGATU-SAT, o Universitetsky-Tatyana-2 e Blits -, além de um novo satélite meteorológico, o Meteor-M.

Avaliado em US$ 3,5 milhões, o SumbandilaSat orbitará a cerca de 500 km acima da Linha do Equador e passará sobre a África do Sul quatro vezes ao dia. O Governo sul-africano utilizará o satélite para fazer imagens que serão utilizadas para a agricultura, gestão de água e planejamento urbano, entre outros fins.

O SumbandilaSat deveria ter sido lançado ao espaço em 2006 também com a ajuda de um foguete russo, mas a operação foi adiada por "problemas geopolíticos", segundo porta-vozes da SunSpace, a empresa que construiu o satélite. Aparentemente, os Estados Unidos não aceitaram que um foguete russo fosse posto em órbita passando por cima de seu território nacional. Por isso, a Rússia teve que cancelar a operação, mas um novo acordo assinado entre os dois países solucionou a situação em meados de 2008, quando o processo de lançamento foi reiniciado.

Cientistas e engenheiros preparam o satélite, na base de Baikonur, no Cazaquistão

Cientistas e engenheiros preparam o satélite, na base de Baikonur, no Cazaquistão

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ESO divulga imagem do menor e mais rápido exoplaneta conhecido

Na criação artística, o CoRoT-7b aparece em primeiro plano em torno da estrela chamada CoRoT-7 que está localizada na constelação de Monoceros (o ...
Na criação artística, o CoRoT-7b aparece em primeiro plano em torno da estrela chamada CoRoT-7 que está localizada na constelação de Monoceros (o Unicórnio)


A Agência Espacial Europeia (ESO) divulgou nesta terça-feira uma imagem que recria o CoRoT-7b, o menor exoplaneta conhecido que também tem o título de ter a órbita mais rápida do universo. Na criação artística, o CoRoT-7b aparece em primeiro plano em torno da estrela chamada CoRoT-7 que está localizada na constelação de Monoceros (o Unicórnio). As informações são da agência AFP.

Os exoplanetas, planetas que orbitam uma estrela que não seja o Sol, são chamados assim por pertencerem a sistemas planetários diferentes do nosso.

A imagem é o resultado de um conjunto de medições feitas pela ESO que descobriram que o CoRoT-7b tem uma massa equivalente a cinco vezes a da Terra. Combinados com informações já conhecidas do exoplaneta, os novos dados permitem aos cientistas afirmar que a densidade do CoRoT-7b é bastante semelhante à da Terra, sugerindo um planeta sólido e rochoso.

O conjunto de dados também revela a presença de outro planeta dos chamados 'super-Terra', neste sistema solar alienígena.

Redação Terra