segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Acelerador de partículas do Cern bate recorde de energia

O Grande Colisor de Hádrons (LHC, na sigla em inglês) já é o acelerador de partículas de energia mais alta do mundo, depois que feixes de prótons circularam na manhã de hoje a 1,18 tera eletrovolts (TeV), informou o Centro Europeu de Pesquisa Nuclear (Cern, na sigla em francês).

O número bate o recorde mundial anterior de 0,98 Tev, alcançado pelo colisor Tevatron do Fermi National Accelerator Laboratory, nos Estados Unidos.

"Este evento constitui um importante marco no caminho rumo ao programa de física do LHC em 2010", no qual se chegará até os 7 TeV (3,5 TeV por feixe), segundo uma nota o centro de pesquisa.

"Continuamos nos adaptando sobre como está sendo simples o manejo do LHC", declarou o diretor-geral do Cern, Rolf Heuer, que, no entanto, se mostrou prudente ao afirmar que "seguimos passo a passo, ainda há muito a ser feito antes de começar a física em 2010".

A próxima meta é aumentar a intensidade dos feixes até o natal antes de extrair maiores quantidades de dados das colisões.

Para isso, o Cern deve garantir que uma maior velocidade dos feixes possa ser manuseada de maneira segura e que seja possível assegurar condições estáveis para os experimentos durante as colisões, o que se espera que leve cerca de uma semana.

EFE
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domingo, 29 de novembro de 2009

Conheça quatro teorias sobre a origem da água na Lua

Meta da Nasa agora é investigar há quanto tempo a água está na Lua e qual sua composição exata   Foto: Nasa/Divulgação

Meta da Nasa agora é investigar há quanto tempo a água está na Lua e qual sua composição exata

Para muitos, 2009 será lembrado como o ano em que a presença de água na Lua foi confirmada além de qualquer suspeita. "Você está vendo o ápice de um monte de missões criadas especificamente para responder a essa pergunta", disse Paul Spudis, do Instituto Lunar e Planetário (LPI, no acrônimo em inglês), fundado pela Nasa e sediado em Houston, Texas.

No início deste ano, o Orbitador de Reconhecimento Lunar, da Nasa, e a espaçonave Chandrayaan-1, da Índia, detectaram possíveis vestígios químicos de água lunar. E, na semana passada, a Nasa anunciou que os choques com a lua do LCROSS haviam levantado quantidades "significativas" de água da cratera.

Mas de onde veio a água da lua?
"Será que ela foi depositada por um único grande evento recente? Ou será que está lá há bilhões de anos?", questionou Peter Schultz, cientista do LCROSS da Universidade Brown, em Rhode Island. "Não sabemos." Por enquanto existem três grandes teorias científicas de como a Lua conseguiu sua água - e uma "loucamente especulativa" quarta ideia que não pode ser descartada por enquanto.

Primeira teoria: Vulcões Antigos Lançaram a Água da Lua à Superfície
A água da Lua estava lá desde o início, defende uma teoria - a água foi um ingrediente para a formação da Lua, assim como foi para a Terra. De acordo com essa ideia, a água está concentrada no interior do satélite. No passado distante, quando a Lua hoje "morta" tinha um núcleo quente, erupções vulcânicas ou "descargas" gasosas lentamente empurraram a água para a superfície, onde ficou congelada desde então, disse Spudis, do LPI, explicando a teoria.

Segunda teoria: A Água Foi "Produzida" na Superfície
A água lunar pode ter se formado lá mesmo, com certa ajuda do Sol, segundo hipótese de alguns cientistas. O Sol emite constantemente um fluxo de partículas chamado vento solar. De acordo com essa teoria, íons de hidrogênio positivamente carregados, ou prótons, no vento solar podem ter atingido a Lua e reagido com minerais ricos em oxigênio no solo lunar para formar H2O, também conhecida como água.

A formação de água pelo vento solar seria um processo vagaroso, disse Schutlz, da Universidade Brown. Mas "mesmo se você acumular uma molécula (de água) por dia dessa forma, ao longo de bilhões de anos dá pra fazer muita coisa".

Terceira teoria: Cometas e Asteroides Levaram Água à Lua
Alguns afirmam que a água da lua pode ter sido o presente de cometas com água e asteroides úmidos que atingiram o satélite num passado distante. Boa parte da água desses impactos teria sido ejetada para o espaço, mas algumas moléculas ociosas podem ter sido capturadas pela gravidade lunar.

"A ideia é que cometas ou asteroides com água atingem a Lua e criam uma nuvem de vapor d'água que paira próxima à superfície lunar", disse Spudis, do LPI. "Parte da água acaba migrando para as áreas polares, onde encontra uma armadilha gelada", uma área permanentemente fria, como uma cratera polar onde a luz do Sol nunca alcança.

Como resultado, a água teoricamente permaneceria congelada por eras.

Quarta teoria: A Água da Lua Veio da Terra
Existem duas maneiras pelas quais a água da Terra poderia ter chegado até a Lua, e as duas seriam possíveis apenas quando a Terra e a Lua estavam muito mais próximas, há bilhões de anos, segundo Schultz, de Brown.

Para começar, durante períodos pré-históricos, quando o campo magnético terrestre era fraco ou inexistente, o vento solar poderia ter tirado vapor d¿água da atmosfera de nosso planeta e o depositado na Lua.

Ou talvez impactos catastróficos de asteroide ou cometa na Terra tenham ejetado água do mar para o espaço, e a lua em órbita teria passado pela nuvem de vapor, saindo de certa forma encharcada.

Esses dois cenários são teoricamente possíveis, embora Schultz admita, "estamos no campo da especulação". Porém, era exatamente onde estava a água da Lua até poucos dias atrás.

Tradução: Amy Traduções

National Geographic
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sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Ônibus espacial Atlantis aterrissa com sucesso nos EUA

A nave Atlantis pousa com sucesso no Centro Espacial Kennedy Foto: AFP

A aterrissagem ocorreu às 12h42 (horário de Brasília) no Centro Espacial Kennedy, em Cabo Canaveral, na Flórida

A nave Atlantis pousou com sucesso nesta sexta-feira no Centro Espacial Kennedy, em Cabo Canaveral, na Flórida (Estados Unidos). A aterrissagem ocorreu às 12h42 (horário de Brasília).

Antes de ingressar na atmosfera terrestre, o ônibus espacial acendeu por quatro minutos seus motores quando sobrevoava a Indonésia para diminuir a velocidade para 320 km/h. A agência informou que a manobra para tirar a nave e seus sete tripulantes da órbita, a 385 km da Terra, começou às 11h34 de Brasília.

A missão STS-129, comandada por Charles Hobaugh, também contou com a participação dos astronautas Mike Foreman, Leland Melvin, Robert Satcher, Randy Bresnik e o piloto Barry Wilmore. Foi a primeira viagem ao espaço destes três últimos. Bresnik, Foreman e Satcher realizaram três caminhadas espaciais para instalar duas plataformas e deixar tudo pronto para a próxima missão, durante a qual o último módulo dos EUA na ISS será instalado.

A missão também trouxe de volta a astronauta Nicole Scott, engenheira de voo na ISS. A Nasa pretende encerrar no próximo ano o programa de ônibus espaciais, lançado há 30 anos, em função de preocupações de longa data com a segurança e os custos ligados à manutenção e os voos do Atlantis e dos outros dois ônibus espaciais, Discovery e Endeavour.

O Atlantis viajou carregado com cerca de 13.610 kg de equipamentos. É um volume grande demais para ser transportado pelas naves de carga russas, europeias e japonesas que vão manter a estação abastecida de alimentos, combustível e outros suprimentos depois de os ônibus espaciais saírem de linha.

Com informações da agência EFE e Reuters

Atlantis se prepara para ingressar na atmosfera da Terra

A nave Atlantis acendeu nesta sexta-feira por quatro minutos seus motores quando sobrevoava a Indonésia para diminuir sua velocidade para 320 km/h, em preparação para a aterrissagem na Flórida (EUA), informou a Nasa (agência espacial americana).

A agência informou que a manobra para tirar a nave e seus sete tripulantes da órbita a 385 km da Terra começou às 11h34, horário de Brasília.

A aterrissagem no Centro Espacial Kennedy está prevista para as 12h44 desta sexta-feira.

EFE
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China lançará segundo foguete lunar em outubro de 2010

A China lançará seu segundo foguete lunar em outubro de 2010, segundo a agência de notícias oficial. A missão "Chang'e" tem o objetivo de preparar para uma alunissagem e pesquisas de robôs na superfície da Lua, que podem acontecer até 2013.

"O foguete orbitará a 100 km da lua e terá com melhores equipamentos", declarou ao jornal China Daily o diretor de projeto da Chang'e-1, a primeira sonda, Ye Peijian.

"Esperamos adquirir uma maior quantidade de informações científicas, e também mais detalhadas, sobre a lua", acrescentou. A nova sonda se chamará Chang''e-2 e terá como missão preparar uma futura missão lunar chinesa para 2013.

A primera sonda lunar chinesa foi lançada em outubro de 2007, marcando as crescentes ambições espaciais do gigante asiático. A China sempre destacou o caráter pacífico de seu cada vez mais desenvolvido programa espacial. Mas declarações recentes do comandante da aviação chinesa, Xu Qiliang, provocaram apreensão internacional sobre possíveis ambições militares por parte de Pequim.

Redação Terra

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Vaso sanitário e cólica são temas de próxima missão à ISS

Consertar um vaso sanitário estragado, problema cada vez mais recorrente na Estação Espacial Internacional (ISS), é uma das provas que a tripulação principal da próxima missão à plataforma orbital teve de superar nesta quinta-feira no primeiro dia de exames. "As cédulas de provas incluíam ainda tarefas como a de solucionar um problema de despressurização, tratar do astronauta (da Nasa) Timothy Creamer de cólica renal, assim como regular o vaso sanitário e o sistema de ventilação", revelou Irina Rogova, porta-voz do Centro de Preparação de Cosmonautas, nos arredores de Moscou.

O grupo principal, do qual faz parte o cosmonauta russo Oleg Kotov, o americano Creamer e o japonês Soichi Noguchi, realizou provas no simulador terrestre do segmento russo da ISS. "A tripulação principal obteve a máxima qualificação", disse Rogova, citada pela agência oficial RIA Novosti.

Serguei Krikaliov, diretor do Centro de Preparação de Cosmonautas, contrariou dizendo que as tripulações não costumam superar as provas com máxima qualificação. "Se tivéssemos certeza que todas as tripulações alcançariam pontuação máxima, não seria necessário submetê-los a exames", ressaltou Krikaliov, à agência Interfax.

O grupo suplente, formado pelo russo Antón Shkaplerov, o americano Douglas Wheelock e o japonês Satoshi Furukawa, fez os testes no simulador da nave pilotada Soyuz TMA. "Todos os cosmonautas seguem o mesmo programa de treinamento, do qual fazem parte várias situações de emergência", detalhou Krikaliov.

Na próxima quinta-feira, a comissão anunciará a composição final da missão da ISS. A nova expedição encontrará na plataforma orbital com o cosmonauta russo Maxim Suráyev e o americano Jeffrey Williams, que estão na estação desde o início de outubro.

Os demais tripulantes da missão, o russo Román Romanenko, o canadense Robert Thirsk e o belga Frank de Winne, retornarão à Terra no próximo dia 1º. O lançamento da Soyuz TMA-17 está previsto para 21 de dezembro a partir da base de Baikonur, no Cazaquistão.

EFE
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Bactérias de Marte são detectadas em rocha que caiu na Terra

Novo relatório afirma que  bactérias devem ter vindo realmente de Marte, no meteorito batizado de Allen Hills 84001  Foto: AFP

Novo relatório afirma que bactérias devem ter vindo realmente de Marte, no meteorito batizado de Allen Hills 84001

Um relatório divulgado por cientistas da Nasa, agência espacial americana, aponta que bactérias originadas em Marte teriam chegado à Terra a bordo de um meteorito que se despedaçou na Antártida há 13 mil anos. Restos fossilizados da forma de vida foram descobertos na rocha que partiu do planeta vermelho 16 milhões de anos atrás, quando o Sistema Solar ainda estava em formação, divulgou a Nasa. As informações são do jornal britânico Telegraph.

O meteorito, batizado de Allen Hills 84001, foi tema de manchetes dos principais jornais do mundo em 1996. Na época, após as primeiras análises, os pesquisadores concluíram que as bactérias eram da própria Terra e teriam contaminado o Allen Hills 84001 no gelo antártico. No entanto, o novo relatório afirma agora que são fortes os indícios da bactéria ter vindo realmente de Marte, noticiou o jornal britânico The Sun.

"Muitos cientistas argumentaram que o que parecia ser um fóssil no meteorito foi causado por algum evento explosivo, como o impacto de um asteroide", disse Emily Baldwin, editora da revista astronômica UK's Astronomy Now. Segundo ela, a "equipe da Nasa anunciou agora ter provado que as bactérias podem não ter se produzido na explosão em si". "Se os traços tiverem sido de um extraterrestre, de origem biológica, que não se formou nos 13 mil anos que o meteorito esteve instalado na Terra, isso pode implicar profundamente na nossa compreensão de como a vida evoluiu no Sistema Solar", acrescentou Baldwin.

Para o professor Colin Pillinger, da Open University, mais provas convincentes devem ser adicionadas ao estudo, apesar dele ser de boa qualidade, muito cuidadoso e ter sido feito por pessoas respeitáveis. Liderada por Kathie Thomas-Keprta, a equipe encontrou discos de carbonato e minúsculos cristais de magnetita (mineral magnético formado pelos óxidos de ferro II e III) no interior da rocha espacial, utilizando microscópios com alta resolução de elétrons que não estavam disponíveis há 13 anos.

Os pesquisadores concluíram que as "propriedades químicas e físicas incomuns" encontradas no meteorito estavam "intimamente associadas aos discos de carbonato". Ou seja, de acordo com o relatório, este fator é uma "evidência da interação com a água de Marte há 3,5 bilhões de anos".

Ainda nesta semana, a Nasa deve anunciar mais resultados sobre o Allen Hills 84001, no Centro Espacial Johnson, em Houston, no Texas.

Buracos negros gigantes nasceram em "casulos estelares"

Ilustração mostra o buraco negro M33 X-7v  em órbita de estrela gigante Foto: Nasa/Divulgação

Ilustração mostra o buraco negro M33 X-7v em órbita de estrela gigante

Um estudo feito nos Estados Unidos propõe uma nova teoria para a formação de buracos negros "supermassivos" - com massas milhões ou até bilhões de vezes maiores que a do Sol -, sugerindo que eles se formaram em "casulos" de gás dentro de estrelas.

O estudo, da Universidade do Colorado, na cidade de Boulder, apresenta uma alternativa à teoria mais aceita hoje em dia sobre a formação desses eventos cósmicos, a de que eles surgiram a partir da união de um grande número de buracos negros pequenos.

O astrônomo que liderou o estudo, Mitchell Begelman, analisou os buracos negros surgidos a partir de estrelas supermassivas surgidas nos primórdios do universo.

Segundo ele, em alguns casos, o núcleo dessas estrelas entra em colapso, formando buracos negros - que, devido ao tamanho dessas estrelas, já nascem maiores que buracos negros comuns.

Em um segundo estágio de formação, esses buracos negros passam a engolir a matéria ao redor, dentro da estrela, formando um "casulo" e inchando até engolir o que restou do material que formava a estrela.

"O que é novo aqui é que acreditamos ter encontrado um novo mecanismo relativamente rápido de formação desses gigantes", disse Begelman.

Os buracos negros são objetos cósmicos extremamente densos formados, acredita-se, pelo colapso de estrelas, e com um campo gravitacional tão forte que nada, nem mesmo a luz, é capaz de escapar da sua atração.

Esses eventos não podem ser detectados diretamente pelos astrônomos, mas sim por sinais como movimento de matéria estelar girando em torno deles.

BBC Brasil
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quarta-feira, 25 de novembro de 2009

ISS fotografa atmosfera da Terra com o Sol no horizonte

Tripulantes da ISS fotografaram a atmosfera terrestre Foto: Nasa/Divulgação

Tripulantes da ISS fotografaram a atmosfera terrestre enquanto nave Atlantis iniciava viagem de retorno à Terra

Os integrantes da Estação Espacial Internacional (ISS) deram uma amostra da paisagem privilegiada à disposição, apesar do confinamento que os astronautas vivem durante a permanência na plataforma orbital. A tripulação encheu os olhos ao fotografar a fina camada da atmosfera da Terra (na cor azul), com o Sol brilhando no horizonte, enquanto o ônibus espacial Atlantis desacoplava da ISS para retornar à Terra.

A fotografia foi divulgada nesta quarta-feira no site da Nasa, agência espacial americana. O Atlantis, com uma carga de mais de 12 t, foi lançado no último dia 16 à plataforma orbital e se acoplou à Estação Espacial dois dias depois.

Os seis tripulantes da nave, comandada por Charles Hobaugh, e do qual também participam o piloto Barry Wilmore e os especialistas de missão Leland Melvin, Mike Foreman, Robert Satcher e Randy Bresnik, voltarão à Terra com a especialista Nicole Stott, que ficou quase três meses na ISS.

Este é o quinto e último voo da Nasa (agência espacial americana) do ano e o penúltimo do Atlantis, antes que a instituição retire as naves, no próximo ano. A aterrissagem está prevista para sexta-feira, às 12h44 de Brasília, no Centro Espacial Kennedy, em Cabo Canaveral (Flórida).

Detectada em Saturno a maior aurora boreal do Sistema Solar

Auroras boreais de Saturno são o dobro maiores que às da Terra por serem compostas basicamente de hidrogênio, um gás muito rápido que faz com que elas ... Foto: Nasa/Divulgação

Auroras boreais de Saturno são o dobro maiores que às da Terra por serem compostas basicamente de hidrogênio, um gás muito rápido que faz com que elas alcancem distâncias maiores

A sonda espacial Cassini detectou auroras boreais na atmosfera de Saturno que, de acordo com os cientistas, seriam as maiores já observadas no Sistema Solar. Imagens captadas pela Cassini mostraram as cortinas com cerca de 1,2 mil km de largura - o dobro maiores que as registradas na Terra -, localizadas sobre o hemisfério norte do planeta.

As auroras boreais são fenômenos ópticos que brilham em regiões próximas às zonas polares dos planetas. Na Terra, o fenômeno ocorre por causa do impacto de partículas oriundas da magnetosfera - bolha magnética que rodeia um planeta - que se introduzem na atmosfera superior terrestre.

Os cientistas da California Institute of Technology, responsável pelo estudo, informaram que as auroras boreais nunca haviam sido vistas em Saturno, apesar da suspeita de que sempre estiveram lá. Além disso, as observações podem ajudar a explicar melhor como elas se formam.

A altitude das auroras boreais de Saturno possuem diferenças em relação às da Terra, pois são compostas basicamente de hidrogênio. Já as da Terra são cheias de oxigênio e nitrogênio. Como o hidrogênio é um gás muito rápido, a atmosfera e as auroras alcançam distâncias maiores do planeta. Na Terra, o fenômeno tende a atingir entre 100 e 500 km.

Com informações da Europa Press

Nave Atlantis se desacopla com sucesso da ISS

O ônibus espacial desacoplou da ISS às 7h53 de Brasília Foto: Nasa/Divulgação

O ônibus espacial desacoplou da ISS às 7h53 de Brasília

O ônibus espacial Atlantis se desacoplou nesta quarta com sucesso da Estação Espacial Internacional (ISS, em inglês) e começou seu voo autônomo, informou a agência espacial russa Roscosmos, em seu site.

O desacoplamento aconteceu às 7h53 de Brasília e a aterrissagem da nave está prevista para sexta-feira às 12h44 de Brasília no Centro Espacial Kennedy, em Cabo Canaveral (Flórida).

O Atlantis, com uma carga de mais de 12 toneladas, foi lançado no último dia 16 à plataforma orbital a partor da base de Cabo Canaveral, e se acoplou à ISS dois dias depois.

Os seis tripulantes do Atlantis, comandado por Charles Hobaugh, e do qual também participam o piloto Barry Wilmore e os especialistas de missão Leland Melvin, Mike Foreman, Robert Satcher e Randy Bresnik, voltarão à Terra com a especialista Nicole Stott, que ficou quase três meses na ISS.

Este é o quinto e último voo da Nasa (agência espacial americana) do ano e o penúltimo do Atlantis, antes que a instituição retire as naves, no próximo ano.

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terça-feira, 24 de novembro de 2009

Nebulosa tem energia 100 mil vezes maior que Sol, diz Nasa

legenda Foto: NASA/Chandra X Ray Observatory /Divulgação

A nebulosa Caranguejo, localizada na constelação de Touro, é considerada como "ícone cósmico" para os astrônomos

A nebulosa Caranguejo (nuvem de poeira, hidrogênio e plasma), localizada na constelação de Touro, é um poderoso gerador cósmico capaz de produzir energia equivalente a 100 mil vezes a taxa do Sol - a principal estrela do Sistema Solar, segundo informações da Nasa, agência espacial americana. Uma imagem da intensa atividade registrada no interior da formação estelar, captada a partir de dados enviados pelas sondas espaciais Chandra X-ray, Hubble e Spitzer, foi divulgada no site da Nasa nesta segunda-feira.

Os cientistas explicaram que, há mil anos, a morte de uma estrela (também conhecida como supernova) criou uma gigantesca explosão que culminou com o nascimento de um objeto denso, chamado estrela de nêutrons. As partículas expelidas por este corpo cósmico possibilitaram o surgimento da nebulosa Caranguejo.

Na fotografia, os dados observados pelo observatório Chandra X-ray estão em azul, os do Hubble em amarelo e vermelho, e os do Spitzer em infravermelho. A nebulosa em questão, um dos objetos mais estudados do espaço, é considerada pelos astrônomos como um "verdadeiro ícone cósmico".

Foguete russo é lançado com satélite de comunicação europeu

O foguete russo Proton-M, com o satélite de comunicação europeu Eutelsat-W7, foi lançado nesta terça-feira com sucesso ao espaço, da base de Baikonur, no Cazaquistão, informaram fontes oficiais. "O lançamento aconteceu às 17h19 de Moscou (12h19, no horário de Brasília).

"A entrada em órbita aconteceu conforme o programado", declarou à agência russa Interfax o porta-voz do Centro Espacial Jruniche. Inicialmente, o lançamento do satélite europeu estava previsto para ontem, mas foi adiado por não ter recebido o sinal verde das autoridades cazaques.

As autoridades do Cazaquistão, país do qual a Rússia aluga a base de Baikonur, explicaram o atraso porque não tinham acordado com o centro a hora do lançamento nem os parâmetros exatos do voo do foguete. O Eutelsat-W7, com uma massa de 5,6 t e projetado para uma vida útil de 15 anos, pertence à operadora francesa de comunicação por satélite Eutelsat.


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Alerta falso de incêndio assusta astronautas da ISS

Os 12 astronautas  concedem entrevista antes da nave Atlantis se desprender da Estação Espacial Internacional Foto: AP

Alerta falso ocorreu no laboratório japonês Kibo, ligado à ISS, mas uma rápida investigação comprovou que não havia nada

Um alerta falso de incêndio no laboratório japonês Kibo, que é parte da Estação Espacial Internacional, assustou nesta terça-feira os 12 astronautas a bordo da própria ISS e da nave Atlantis. A Nasa, agência espacial americana, informou que o alarme soou às 10h (horário de Brasília) e que uma rápida investigação comprovou que, na verdade, não havia incêndio.

É a terceira vez que um alerta de incêndio soa durante a atual missão da nave Atlantis. As outras duas se originaram no novo módulo russo de pesquisa Poisk. "As operações de transferência de equipamentos e provisões a bordo do complexo podem ter agitado partículas de pó que ativaram os sensores de alarme da estação", explica a Nasa, que destacou que "as operações já retornaram à normalidade".

A ISS, um projeto de US$ 100 bilhões no qual participam 16 nações, e o Atlantis, que está acoplado a ela, orbitam a mais de 27 mil km/h a cerca de 385 km da Terra.

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Novo mapa sugere que oceano cobria 30% do planeta Marte

Uma pesquisa realizada nos Estados Unidos traz novos indícios de que o planeta Marte já teve um oceano. Usando um novo programa de computador, cientistas da Universidade de Northern Illinois e do Instituto Lunar e Planetário de Houston conseguiram produzir um mapa mais detalhado das redes de vales de Marte e perceberam que elas são 2,3 vezes mais extensas do que se imaginava.

Além disso, o estudo mostrou que as regiões mais densas em vales formam um cinturão em torno do planeta entre seu equador e uma faixa mais ao sul, o que é consistente com a teoria de que havia um oceano cobrindo uma grande porção do hemisfério norte de Marte.

"Todas as provas reunidas ao analisarmos essa rede de vales apontam para um clima particular no início da existência de Marte", disse Wei Luo, da Universidade de Northern Illinois. "Esse clima incluía chuvas e um oceano cobrindo cerca de 30% da superfície do planeta."

Quente e úmido
As redes de vales de Marte se assemelham aos sistemas de rios da Terra, sugerindo que o chamado "Planeta Vermelho" já foi mais quente e mais úmido do que é hoje. Mas, desde que essas redes foram descobertas por uma sonda espacial, em 1971, cientistas têm debatido se elas teriam sido criadas por erosão provocada por água na superfície - o que sugere um clima chuvoso - ou por erosão causada por águas subterrâneas - o que indicaria um clima mais frio e seco.

O novo mapeamento permitiu também aos pesquisadores verificar que há semelhanças entre a densidade das redes de vales da Terra com a de algumas regiões de Marte, o que seria um indício de erosão provocada por chuvas.

A superfície de Marte é caracterizada por planícies localizadas principalmente no hemisfério norte e por montanhas concentradas mais no sul. Segundo os cientistas, esta topografia mostra que a água se acumularia no norte.

"Um planeta com apenas um grande oceano teria um clima do tipo continental árido na maioria de suas superfícies de terra", disse Luo. Os resultados do estudo foram publicados na revista especializada Journal of Geophysical Research - Planets.

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segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Cern anuncia 1ª colisão de partículas no acelerador

O primeiro choque de partículas no Grande Colisor de Hádrons (LHC), o acelerador gigante do Centro Europeu de Pesquisas Nucleares (Cern), foi registrado na tarde desta segunda-feira.

O choque ocorre três dias após a reativação do Grande Colisor de Hádrons (LHC), que ficou 14 meses sem operar por uma série de problemas técnicos.

As primeiras colisões de partículas foram observadas durante a tarde desta segunda-feira: "É uma grande vitória por termos percorrido um longo caminho em tão pouco tempo", declarou Rolf Heuer, diretor-geral do Cern.

"Foi uma festa na sala de controle (...) todo mundo comemorou quando ocorreram as primeiras colisões!" - comentou Jurgen Schukraft, porta-voz da equipe.

"Os sinais (gerados pelas colisões de partículas) que vimos são magníficos", disse Andrei Golutvin, outro porta-voz do CERN. O maior acelerador de partículas do mundo, que funcionou por apenas algumas horas, em setembro de 2008, antes de apresentar um grave problema, voltou à atividade nesta sexta-feira passada.

O LHC, uma joia científica que custou 3,76 bilhões de euros e que deve permitir progressos sobre o conhecimento da matéria e a origem do universo, teve sucessivos problemas após entrar em serviço, no dia 10 de setembro de 2008.

O primeiro incidente ocorreu menos de 48 horas após a ativação do sistema, sendo seguido por um segundo defeito, no dia 19 de setembro, que afetou os ímãs encarregados de guiar as partículas pelo circuito do acelerador.

O circuito mede nada menos que 27 km e está a 100 metros sob a terra, em uma região da fronteira entre França e Suíça, passando pelo território dos dois países.

Desde setembro de 2008, o CERN realizava um longo trabalho para reparar o Acelerador de Partículas, que incluiu a instalação de novos sistemas de segurança ao longo do percurso, cuja construção envolveu mais de 7 mil físicos, durante cerca de 12 anos.

AFP
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Máquina do "Big Bang" pode causar surpresas, diz cientista

Os cientistas devem começar a reunir informações sobre as origens do universo nos próximos meses, quando o maior acelerador de partículas do mundo começar a operar com força total no ano que vem, disse um líder do projeto na segunda-feira.

Mas a velocidade máxima do aparelho, conhecido como a "máquina do Big Bang", não deve ser atingida antes de 2011, acrescentou o físico Steve Myers, dando detalhes sobre o Grande Colisor de Hádrons (LHC, na sigla em inglês), situado na fronteira entre Suíça e França no Centro Europeu de Física Nuclear (Cern).

O LHC - uma experiência de quase 10 bilhões de dólares envolvendo cientistas do mundo todo - foi reinaugurado no fim de semana, depois que um acidente técnico 14 meses atrás provocou a sua paralisação nove dias após o seu início.

Myers, diretor do Cern para aceleradores, disse à Reuters Television que os feixes de partículas foram acelerados pelo túnel de 27 quilômetros na sexta-feira e que tudo correu bem.

"Todos estão confiantes porque esse foi um início formidável. Estamos fazendo medições nesta máquina que normalmente seriam feitas após um ano ou dois de operações de um acelerador", afirmou ele.

Origens da Vida
O principal objetivo do projeto é descobrir como o universo tomou forma após o Big Bang, que aconteceu 13,7 bilhões de anos atrás, ter lançado matéria em grandes velocidades e energias, que por fim tornaram-se estrelas, planetas e depois a própria vida.

Mas o que Myers chamou de "novas surpresas na Física que de fato poderíamos medir" provavelmente terão de esperar até que os feixes de partículas colidam à força máxima do LHC. "Estaremos contemplando o alcance dessa energia máxima em 2011", afirmou ele.

Experimentos num acelerador anterior no Cern provocaram colisões de partículas produzindo uma energia que ficou perto da do Big Bang. O LHC em sua força total, porém, deverá recriar as condições apenas um bilionésimo de segundo depois da explosão primordial ser captada por uma série de supercomputadores, que transmitirão os dados a cientistas de 33 países.

Entre os mistérios que os pesquisadores esperam desvendar estão o dos buracos negros do universo, sobre o que é a antimatéria e se há o bóson de Higgs.

O bóson é uma partícula que existe na teoria à qual se acredita que dê matéria à sua massa, permitindo que ela se forme. Foi primeiro concebida pelo cientista Peter Higgs, da Universidade de Edimburgo, em 1964, como parte de uma explicação sobre como o universo foi formado.

Esforços anteriores para capturá-lo no Cern e em um laboratório similar nos Estados Unidos fracassaram.

Reuters
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Astronautas iniciam últimos trabalhos fora da nave Atlantis

Os astronautas Randy Bresnik e Robert Satcher iniciaram nesta segunda-feira o terceiro e último dia de trabalho extraveicular na missão da nave Atlantis, para realizar várias tarefas de construção na Estação Espacial Internacional (ISS). A Nasa informou que a saída dos astronautas do compartimento Quest foi iniciada às 11h24 (Brasília), com um atraso em virtude de um problema com uma válvula do traje de Satcher.

Durante o trabalho extraveicular, com uma duração prevista de seis horas e meia, Satcher e Bresnik instalarão um tanque de oxigênio no exterior do módulo Quest, que será usado para reabastecer as condições atmosféricas perdidas quando os astronautas saem e entram na estação. Os astronautas farão também dois experimentos para o estudo de materiais no exterior da ISS, que orbita a cerca de 385 km da Terra e a uma velocidade de mais de 27 mil km/h.

Bresnik e Satcher também continuarão com a conexão de cabos que servirá para a recepção do módulo americano Tranquility, que chegará à ISS no próximo ano a bordo da nave Endeavour. Essa é a última missão da Nasa em 2009 à ISS e será a penúltima da nave Atlantis antes que a agência americana retire no próximo ano sua frota de ônibus espaciais, que incluem também Discovery e Endeavour.

A nave Atlantis partiu com seus seis tripulantes na segunda-feira do Centro Espacial Kennedy de Cabo Canaveral, no sul da Flórida (EUA), em uma missão de 11 dias.

EFE
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Acelerador já faz prótons circularem em sentido oposto

O Centro Europeu de Física Nuclear (Cern) revelou hoje que feixes de prótons já estão circulando em direções opostas no maior acelerador de partículas do mundo, embora ainda se trate de testes em baixa velocidade.

O Grande Colisor de Hádrons (LHC, em inglês) começou a funcionar novamente no fim da sexta-feira passada com o lançamento de feixes em uma só direção, depois de 14 meses paralisado. Durante esse tempo, foi reparado dos erros técnicos ocorridos em setembro de 2008, apenas nove dias depois de entrar em operação em meio a uma grande expectativa da comunidade científica internacional.

Espera-se que as colisões a altas velocidades, que permitirão aos cientistas obter dados jamais conseguidos sobre a criação do Universo, sejam produzidos em princípios de 2010. Fizemos medições que normalmente são feitas em aceleradores várias vezes testados", acrescentou.

O enorme acelerador, de 27 km de comprimento, está situado a 100 m de profundidade no Cantão de Genebra (Suíça), na fronteira com a França. "É o fim de 20 anos de esforços, e o princípio de outra nova e fascinante fase", afirmou hoje Fabiola Gianotti, porta-voz do Atlas, um dos quatro detectores de partículas do acelerador.

"Demos um grande passo, e foi um grande êxito. Agora começa a segunda parte da viagem", disse, por sua vez, Tejinder Virdee, porta-voz do CMS, segundo maior detector que compõe o LHC. Apesar dos dois feixes estarem circulando em sentidos opostos, por enquanto não se chocaram e não é esperado que isso aconteça a curto prazo.

"Primeiro precisamos observar como eles circulam, e devemos identificá-los com absoluta certeza para podermos manipulá-los. Queremos proteger o acelerador e nos certificarmos de que o processo é seguro", explicou Myers. "Vamos seguir passo a passo, faremos testes para comprovar que o LHC funciona perfeitamente. Faremos também as mudanças nnecessárias e, quando tivermos confiança total no acelerador, então faremos as colisões a alta velocidade", disse o diretor-geral do Cern, Rolf Heuer.

Quando o LHC funcionar em plena capacidade, será possível recriar os instantes prévios ao Big Bang, o que dará informações chaves sobre a formação do universo e confirmará ou não a teoria da física, baseada no Bóson de Higgs. A existência dessa partícula, que deve seu nome ao cientista que há 30 anos previu sua existência, é considerada indispensável para explicar por que as partículas elementares têm massa e por que as massas são tão diferentes entre elas.

Myers especificou que a ideia é fazê-las alcançar uma velocidade de 1.2 TeV (teraelétron-Volts) nas próximas semanas. Apenas em meados do ano que vem ela chegaria a 3.5 TeV. "Esperamos que a 3.5 TeV já possamos observar algo novo, mas ainda não temos certeza disso", afirmou Gianotti.

"Pode ser que a essa velocidade já possam ser abertas novas janelas para a ciência. É o que todos esperamos, mas não podemos garantir", acrescentou Heuer. O passo seguinte seria fazer testes a 7 TeV por feixe. "A natureza é mais elegante que as suposições dos humanos, vamos deixar que ela nos surpreenda", disse Gianotti.

Para a construção do LHC foram investidos 12 anos de trabalho, cerca de 4 bilhões de euros, e o esforço combinado de 7 mil cientistas.

EFE
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Astronautas do Atlantis farão terceira caminhada espacial

Astronautas do ônibus espacial americano Atlantis farão nesta segunda-feira a terceira e última caminhada espacial de sua missão, que tem como objetivo fazer a manutenção e instalar equipamentos na Estação Espacial Internacional (ISS).

Os especialistas da missão, Randy Bresnik e Robert Satcher, passaram a noite em uma câmara de descompressão. A segunda caminhada, sábado, a cargo de Bresnik e Mike Foreman, foi encurtada em 30 minutos por um falso alarme de despressurização, mas os astronautas completaram as tarefas em seis horas e oito minutos, segundo a Nasa.

Os astronautas instalaram uma plataforma externa para carga e montaram um sistema sem fio de vídeo para transmitir imagens à ISS e à Terra.

Em uma missão programda para 2010, o espectômetro Alpha Magnetic será instalado na plataforma.

No domingo, Randy Bresnik se tornou o segundo astronauta a ser pai em plena missão espacial, depois que sua esposa deu à luz uma menina chamada Abigail Mae.

Após esta missão restarão apenas seis missões dos ônibus espaciais, que serão aposentados.

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Adiado lançamento do satélite de comunicações europeu

O lançamento satélite de comunicações europeu Eutelsat-W7, que estava previsto para hoje, foi adiado até amanhã, informaram fontes da base russo de Baikonur (Cazaquistão).

Um porta-voz dessa base disse à agência russa Interfax que o adiamento aconteceu pois as autoridades do Cazaquistão não deram o sinal verde para o lançamento.

Explicou que os casaques basearam sua decisão no fato de que não tinham sido estipulados definitivamente a hora do lançamento e os parâmetros da trajetória do foguete russo Proton-M que deve pôr em órbita o satélite europeu.

O Eutelsat-W7, com uma massa de 5,6 toneladas e projetado para uma vida útil de 15 anos, pertence à operadora francesa de comunicação por satélite Eutelsat.

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Astronauta do Atlantis é pai durante sua missão à ISS

O astronauta Randolph Bresnik, comemorou neste domingo no espaço com seus companheiros da missão Atlantis o nascimento de sua filha, após falar com sua esposa, Rebecca, pela primeira vez depois que esta deu à luz há dois dias.

A menina, que se chamará Abigail Mae, nasceu enquanto seu pai experimentava a falta de gravidade do espaço a mais de 350 quilômetros da Terra durante a segunda caminhada espacial da missão STS-129 da Atlantis à Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês).

Após dois dias esperando o momento, finalmente esta manhã Bresnik pôde falar com sua esposa através de uma conexão entre o Controle da missão em Houston e o hospital onde Rebecca deu à luz. A menina nasceu pesando 2,7 quilogramas e mede 50 centímetros e meio. Tanto a mãe e a menina estão bem. É o segundo filho do casal - o primeiro é uma criança de origem ucraniana, adotada, que agora tem três anos e meio.

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sábado, 21 de novembro de 2009

Astronautas do "Atlantis" instalam antena para radioamadores na ISS

Os radioamadores contam a partir de hoje com uma nova antena no espaço, graças ao trabalho dos astronautas Mike Foreman e Randy Bresnik, que concluíram nesta sábado com sucesso a segunda caminhada espacial da missão STS-129 do "Atlantis" à Estação Espacial Internacional (ISS).

Esta foi uma das diferentes tarefas realizadas durante as seis horas e oito minutos que os astronautas estiveram no fora do aparelho, nas quais também instalaram um adaptador ao laboratório europeu "Columbus".

A jornada de trabalho começou às 12h31 (horário de Brasília), uma hora mais tarde que o previsto, devido ao fato de que na noite anterior, pelo segundo dia consecutivo, soou o alarme de despressurização da ISS.

Foreman e Bresnik tiveram que sair do compartimento "Quest", que prepara o sistema sanguíneo dos astronautas para prevenir problemas de descompressão, até que as equipes de controle na Terra confirmaram que se tratava de um alarme falso.

A comprovação dos sistemas durou duas horas, portanto, a Nasa (agência espacial americana) teve que reduzir em meia hora a missão no exterior do "Atlantis", o que não impediu que os astronautas concluíssem todas as tarefas que tinham na agenda do dia.

Durante a missão no exterior da nave, Foreman e Bresnik tiveram tempo para instalar uma antena sobre a viga principal para melhorar a transmissão das câmeras de vídeo que levavam sobre o capacete.

Além disso, reposicionaram um dispositivo que registra o potencial elétrico entorno da estação e instalaram um gancho para aderir carga à viga principal.

Esta foi a primeira caminhada fora de aeronave de Bresnik, enquanto que para Foreman foi a segunda nesta missão e a quinta em sua carreira, já que também participou da missão STS do "Endeavour" em 2008.

Bresnik, que saiu do "Atlantis" com um traje com detalhes vermelhos para poder ser diferenciado de Foreman, mostrou seu entusiasmo ao passar pela escotilha da nave.

"Sem contar quando vi minha esposa pela primeira vez, acho que jamais vi algo mais bonito", disse o astronauta, quando olhou a Terra a uma distância de 354 quilômetros.

Para Bresnik esta viagem é especial já que quando voltar à Terra conhecerá sua filha, nascida durante a missão.

Esta é a última missão realizada pela Nasa à ISS este ano e será a penúltima do "Atlantis", que será "aposentado" no ano que vem junto com o "Discovery" e o "Endeavour".

A missão STS-129 ainda terá saídas do "Atlantis" na segunda-feira, para a instalação de um tanque de oxigênio no compartimento de embarque "Quest", de dois experimentos para o estudo de materiais, e para continuar com a conexão de cabos para receber o módulo "Tranquility" que chegará à ISS em 2010.

A ISS, que orbita a cerca de 360 quilômetros sobre a Terra, é um projeto internacional no qual participam 16 países.

O "Atlantis" partiu com seus seis tripulantes na segunda-feira passada do Centro Espacial Kennedy, em Cabo Canaveral, no sul do estado americano da Flórida, para uma missão de 11 dias que terminará na sexta-feira.

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Grupo de cientistas belgas simulará expedição a Marte em deserto dos EUA

Um grupo de cientistas belgas participará de um experimento em fevereiro, no deserto de Utah, nos Estados Unidos, no qual simularão uma expedição de exploração de Marte.

A presidente da seção belga da Mars Society, Nancy Vermeulen, assegurou hoje que a suposta "tripulação" já foi selecionada por completo, segundo a agência "Belga".

A Nasa já tinha dado sua aprovação para a simulação de prospecção de Marte com uma equipe de seis cientistas belgas, de 7 a 20 de fevereiro de 2010.

A tarefa da tripulação MDRS 90 será viver durante duas semanas em um módulo totalmente isolado do mundo exterior, como viverão os astronautas que explorarem o planeta vermelho no futuro.

Durante sua estadia no módulo, a equipe, que terá pessoas de entre 17 e 52 anos, serão realizados diversos experimentos científicos.

EFE
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Experimento para recriar "Big Bang" é retomado

Com atraso de um ano, cientistas do maior acelerador de partículas do mundo reiniciaram o experimento para recriar as condições do "Big Bang", pesquisa que gerou sugestões de que por causa dele a Terra seria tragada por milhões de buracos negros.

Cientistas da Organização Europeia para Pesquisa Nuclear (CERN, na sigla em inglês) formaram raios de luz capazes de movimentar as partículas em ambas as direções no Grande Colisor de Hádrons, um passo que já está além de onde o experimento parou no primeiro teste, em setembro de 2008, disse o porta-voz James Gillies.

O experimento, através do qual pequenas partículas são amassadas em uma tentativa de aprender mais sobre o nascimento do universo, fracassou apenas nove dias depois de ser iniciado devido a um problema técnico que demorou mais do que o previsto para ser consertado. "Estamos mais adiantados agora do que estávamos depois de cinco dias com o experimento do ano passado", disse o diretor para Aceleradores do CERN, Steve Myers, dizendo que o ano extra permitiu aos pesquisadores atualizar os instrumentos e os softwares.

Myers acrescentou que os pesquisadores tinham aumentado a sensibilidade das proteções do aparato que custou US$ 9,82 bilhões e que está posicionado na fronteira entre França e Suíça. "Se alguma coisa acontecer, nós não teríamos o mesmo prejuízo que tivemos no ano passado", afirmou ele.

O CERN, uma organização de 55 anos que conta com 10 mil cientistas e técnicos no mundo inteiro em seus projetos de pesquisa, rejeitou qualquer sugestão de que o experimento poderia acabar com o mundo. O diretor-geral do CERN, Rolf Heuer, disse que reiniciar o experimento é um "esforço hercúleo".

"Ainda temos mais a fazer antes de o trabalho dos físicos começar, mas com esse marco importante estamos no caminho certo", afirmou. Se o progresso se mantiver nesse ritmo, os cientistas podem ser capazes de acelerar partículas no mais alto nível de energia já testado antes do próximo Natal.

Apesar disso, as colisões em alta energia, que podem esclarecer os segredos do universo, só devem ocorrer no ano que vem, disse Myers. O experimento estará completamente operante quando os raios de luz das partículas colidirem a altos níveis de energia. Isso provavelmente acontecerá em janeiro.

O próximo passo importante no experimento será o de colisões movidas a baixa energia, o que deve acontecer daqui uma semana, de acordo com o CERN.

O experimento pode ser acompanhado no site http://twitter.com/cern.

Reuters
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Tripulantes do "Atlantis" começam 2ª caminhada espacial

Os astronautas Mike Foreman e Randy Bresnik deram início neste sábado à segunda caminhada espacial de sua missão para instalar um adaptador no laboratório europeu "Columbus", na Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês), além de uma antena adicional para radioamadores.

Após passar a noite no compartimento "Quest", que prepara o sistema sanguíneo para prevenir problemas de descompressão com a saída do aparelho, os astronautas abriram a escotilha às 12h31 (horário de Brasília) para iniciar uma jornada de trabalho de seis horas.

Para Bresnik será a primeira saída espacial, enquanto que para Foreman será a segunda nesta missão e a quinta em sua carreira, já que também participou da missão STS do ônibus espacial "Endeavour" em 2008.

Foreman vestiu um traje espacial com detalhes vermelhos para poder ser diferenciado de Bresnik e o especialista de missão Robert Satcher ficou encarregado de coordenar as atividades e as comunicações entre os astronautas e o centro de controle em Houston.

Foreman e Bresnik também instalarão outra antena sobre a viga principal para melhorar a transmissão das câmaras de vídeo que os astronautas levam sobre o capacete.

Além disso, reposicionarão um dispositivo que registra o potencial elétrico entorno da estação e instalarão um gancho para aderir carga à viga principal.

EFE
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Nasa adia 2ª caminhada espacial da missão do "Atlantis"

A Nasa (agência espacial americana) decidiu adiar em uma hora a segunda caminhada espacial da missão do "Atlantis" prevista para hoje, devido a um falso alarme de despressurização durante a noite na Estação Espacial Internacional (ISS, em inglês), informou a entidade.

A caminhada espacial estava para 11h18 de Brasília, mas os especialistas de missão Mike Foreman e Randy Bresnik sairão às 12h38 de Brasília.

A ISS voltou a registrar um falso alarme de despressurização que começou no novo módulo de investigação "Poisk" durante a noite.

O sistema automático da estação fechou automaticamente os sistemas de ventilação, o que provocou outros dois falsos alarmes dos detectores de fumaça do laboratório europeu "Columbus" e do compartimento de entrada de ar "Quest", onde estavam Foreman e Bresnik.

Apesar de que começarão mais tarde, os astronautas completarão todas as tarefas que tinham no plano inicial durante as seis horas que durará a caminhada, meia hora a menos que o previsto.

No entanto, não ficará tempo extra para antecipar o trabalho diante da chegada do módulo americano "Tranquility" em fevereiro de 2010, a bordo do ônibus espacial "Endeavour".

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Superacelerador volta a operar e deve ter ponto alto em 2010

Imagem de 2007 mostra o Grande Colisor de Hádrons (LHC, em inglês), um superacelerador de partículas  Foto: AP

Imagem de 2007 mostra o Grande Colisor de Hádrons (LHC, em inglês), um superacelerador de partículas

O Grande Colisor de Hádrons (LHC, em inglês), o superacelerador de partículas desenvolvido pela Organização Europeia para a Pesquisa Nuclear (Cern), está novamente operacional, e a expectativa é que, em questão de semanas, sejam superados novos períodos-chave para chegar ao ponto alto do experimento, no início de 2010.

Quando isso acontecer, espera-se que o LHC produza centenas de milhões de choques frontais de partículas a uma velocidade próxima à da luz, um momento crucial no qual a ciência fará uma viagem rumo ao desconhecido.

No entanto, para chegar a essa fase decisiva, os cientistas que trabalham no acelerador ainda terão que superar vários desafios nas próximas semanas e, principalmente, garantir que não aconteçam mais problemas técnicos, como o que há 14 meses causou uma grave avaria, apenas nove dias após o início do experimento.

Sobre isso, o diretor dos aceleradores do CERN, Steve Myers, se mostrou confiante ao afirmar que "o LHC é uma máquina muito melhor de entender do que era há um ano" e que, desde então, sua equipe "aprendeu dessa experiência e desenvolveu a tecnologia que nos permite seguir adiante".

Esta grande invenção, considerada uma façanha da ciência, custou cerca de 4 bilhões de euros e sua construção significará 12 anos de trabalho e a colaboração de 7 mil cientistas.

Espera-se que o primeiro teste bem-sucedido da sexta-feira à noite signifique um ponto de partida, desta vez sem interrupções, até o ponto alto do experimento.

Assim, o primeiro passo consistiu no lançamento de um feixe de prótons no sentido horário e que deu uma volta completa pelo túnel do acelerador, de 27 quilômetros de comprimento e situado a 100 metros de profundidade sob a fronteira entre Suíça e França.

Embora satisfeito, porque é um marco que mostra que se está no caminho certo, o diretor-geral do Cern, Rolf Heuer, reconheceu que "ainda resta um trecho a percorrer antes que a física comece".

A retomada do funcionamento do LHC aconteceu em meados do ano e, desde então, foi avançando gradualmente. A primeira coisa foi chegar à temperatura de -271 graus Celsius, necessária para que o acelerador esteja operacional, o que foi conseguido em 8 de outubro.

No dia 23 daquele mês, foram inseridas as partículas, mas estas não circularam, e, em 7 de novembro, foram colocadas em movimento por trechos.

Em dentro de uma semana, aproximadamente, deve acontecer o próximo passo fundamental: colisões a baixa velocidade de feixes de prótons que circularão em direções opostas, um teste que trará dados que permitirão aos cientistas calibrar seus trabalhos posteriores.

Esse momento será muito significativo, já que, até agora, todas as informações registradas pelos detectores provêm de raios cósmicos, explicou o Cern.

A análise da informação e os ajustes necessários continuarão durante mais algumas semanas, até chegar o momento de utilizar uma alta energia e se preparar, assim, para colisões a 7 TeV (teraelétron-Volts) - 3,5 TeV por feixe - no próximo ano.

Quando o LHC funcionar a pleno rendimento, serão recriados os instantes posteriores ao Big Bang, o que dará informações-chave sobre a formação do universo e confirmará ou rebaterá a teoria padrão da física, baseada no bosón de Higgs.

A existência dessa partícula, que deve seu nome ao cientista que há 30 anos previu sua realidade, é considerada indispensável para explicar por que as partículas elementares têm massa e por que as massas são tão diferentes entre elas.

EFE
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sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Acelerador de partículas volta a funcionar após 14 meses

O maior acelerador de partículas do mundo, que funcionou por apenas algumas horas, em setembro de 2008, antes de apresentar um grave problema, voltou a funcionar nesta sexta-feira, após 14 meses de paralisação, informou o Centro Europeu de Investigação Nuclear (Cern).

"Os primeiros testes de injeção de partículas de prótons começaram às 16h local (13h Brasília)", disse James Gillies, porta-voz do Cern. Estas injeções duraram uma "fração de segundo" para permitir que as partículas "deem meia volta, e até uma volta" no circuito do Grande Colisor de Hádrons (LHC), destacou Gillies.

"Se tudo ocorrer bem, às 7h (4h) trataremos de fazer circular um feixe de partículas durante vários minutos", disse o porta-voz. Segundo Gillies, uma garrafa de champanhe já está pronta para a comemoração.

O LHC, uma jóia científica que custou 3,76 bilhões de euros e que deve permitir progressos sobre o conhecimento da matéria e a origem do universo, teve sucessivos problemas após entrar em serviço, no dia 10 de setembro de 2008. O primeiro incidente ocorreu menos de 48 horas após a ativação do sistema, sendo seguido por um segundo defeito, no dia 19 de setembro, que afetou os ímãs encarregados de guiar as partículas pelo circuito do acelerador.

O circuito mede nada menos que 27 km e está a 100 m sob a terra, em uma região da fronteira entre França e Suíça, passando pelo território dos dois países. Desde setembro de 2008, o Cern realiza um longo trabalho para reparar o Acelerador de Partículas, que incluiu a instalação de novos sistemas de segurança ao longo do percurso, cuja construção envolveu mais de 7 mil físicos, durante cerca de 12 anos.

AFP
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Alarme de despressurização soa por acidente e assusta "Atlantis"

A tripulação do ônibus espacial "Atlantis" e da Estação Espacial Internacional (ISS) levaram um susto nesta quinta-feira quando, sem motivo, o alarme de despressurização foi acionado, como informou hoje a Nasa.

Segundo a agência espacial americana, os astronautas acordaram subitamente com o som do alerta de uma possível falha no sistema de pressurização. O centro de controle de Houston, porém, rapidamente confirmou se tratar de um alarme falso.

"A tripulação não esteve em perigo em nenhum momento e foram fechados os ventiladores como medida de precaução", afirmou o controle da Nasa.

O fechamento dos ventiladores levantou o pó que fez acionar ao mesmo tempo o alarme de incêndios no laboratório europeu "Columbus".

Segundo explicou a Nasa, o sistema foi reiniciado e depois que o controle comprovou ser um falso alarme, os astronautas voltaram a dormir. As equipes em Houston ainda estão investigando as causas do falso alerta.

EFE
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Irã anuncia que lançará um novo satélite ao espaço em 2011

O Irã anunciou hoje que porá em órbita em 2011 um novo satélite de pesquisa por seus próprios meios, ao não conseguir, aparentemente, ajuda de outros estados, informou hoje o ministro de Comunicações e Informação Tecnológica, Reza Taqipour.

Em declarações divulgadas pela agência de notícias local "Fars", o responsável explicou que o satélite, que se denominará Mesbah 2, duplica o volume do Omid, que Teerã pôs em orbita no mês de fevereiro.

"Desenvolvemos nossa capacidade para lançar satélites... O Mesbah 2 está atualmente sendo construído e esperamos poder colocá-lo em órbita de forma bem-sucedida em 2011", explicou.

Segundo a televisão estatal iraniana, o novo satélite pesará 63,5 quilos, será equipado para recolher informação de diversas partes do planeta e seu projeto foi iniciado há 32 anos, embora tivesse ficado suspenso até 1996.

O Irã assegurou dias atrás que o satélite seria posto em órbita em colaboração com uma empresa italiana, informação que depois foi negada de Roma.

EFE
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Acelerador do Cern será testado neste fim de semana

O acelerador de partículas do Laboratório Europeu de Pesquisa Nuclear (CERN) terá um novo teste neste final de semana, após 14 meses de consertos em consequência de um grave defeito poucos dias depois de entrar em funcionamento há 14 meses.

Conforme o porta-voz do Cern, James Gillies, os cientistas injetarão entre sábado e domingo um feixe de prótons no acelerador para fazer com que o mesmo dê uma volta completa no túnel de 27 quilômetros de comprimento, situado a 100 metros de profundidade sob a fronteira suíço-francesa.

A circulação de partículas no gigantesco equipamento começará em um primeiro momento em baixa energia, com 450 GeV (gigaeletrons volts), e quando os cientistas injetarem feixes em direções opostas se produzirão, a essa velocidade, as primeiras colisões.

A partir então, o experimento consistirá em ir aumentando progressivamente a potência da circulação dos prótons, até chegar ao momento mais esperado e temido por alguns: as primeiras colisões de partículas a velocidade próxima a da luz, o que calculam que poderia ocorrer em janeiro.

Nesse momento, serão recriados os instantes posteriores ao Big Bang, o que dará informações chaves sobre a formação do universo e confirmará ou não a teoria da física, baseada no Bóson de Higgs.

A existência dessa partícula, que deve seu nome ao cientista que há 30 anos previu sua existência, se considera indispensável para explicar por que as partículas elementares têm massa e por que as massas são tão diferentes entre elas.

Mas nem todo mundo apóia a experiência. Um grupo contrário ao experimento apresentou hoje u ma denúncia ao Conselho de Direitos Humanos sobre o "perigo" que a população está exposta com esse teste.

Alegam que com as colisões de alta energia, a matéria estará em um estado jamais observado antes, por isso que reiteraram o temor pelo surgimento de um buraco negro capaz de aspirar tudo o que estiver ao redor, provocando assim o fim do mundo.

O acelerador do Cern teve um custo de 4 bilhões de euros e sua construção ocorreu ao longo de 12 anos, e contou com a colaboração de 7 mil cientistas.

EFE
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Dedo da mão direita de Galileu é exibido na Itália

Um dos dedos da mão direita do famoso cientista italiano Galileu Galilei, que viveu entre 1564 e 1642, foi exibido nesta sexta-feira em Florença, na Itália. O membro foi retirado do cadáver do célebre astrônomo em 1737 quando estava sendo transportado para o túmulo monumental na Basílica de Santa Croce. As informações são da agência AFP.

Segundo a agência francesa, uma exposição sobre Galileu marcará a reabertura do Instituto e Museu de História da Ciência de Firenze. Nela, outras três relíquias do pesquisador serão exibidas pela primeira vez ao público - outros dois dedos e um dente, considerado perdido por mais de um século e reencontrado recentemente por um colecionador.

Galileu, nascido em 15 de fevereiro de 1564, em Florença, foi o responsável por melhorar significativamente o telescópio refrator, além de fazer importantes descobertas como as manchas solares, as montanhas da Lua, as fases de Vênus, os quatro grandes satélites de Júpiter, os anéis de Saturno e aglomerações de estrelas da Via Láctea.

Mesmo pioneiro em observações astronômicas, o pesquisador não teve uma vida fácil. Foi condenado por heresia pelo Tribunal da Inquisição, da Igreja Católica, por aderir à teoria do heliocentrismo, proposta por Copérnico. Ele também acreditava que o Sol era o centro do universo e não a Terra. Morreu em 8 de janeiro de 1642 e foi enterrado na Basílica de Santa Croce.

Redação Terra

Astronauta da Atlantis será pai em meio à missão espacial

O astronauta da nave Atlantis Randy Bresnik pode ser perdoado se não estiver conseguindo se concentrar no trabalho: sua esposa está dando a luz a uma menina nesta sexta-feira. "Ele certamente gostaria de estar lá para o nascimento da sua filha", disse o piloto da nave Barry Wilmore durante uma entrevista durante a jornada na sexta-feira. "Ele está aqui e a sua esposa, Rebecca, está lá e ele vai tentar fazer o melhor na situação".

Wilmore, Bresnik e outros quatro astronautas da NASA partiram na segunda-feira para uma missão de 11 dias na Estação Espacial Internacional. Bresnik e seus colegas ficaram o dia transferindo cargas e se preparando para outra missão no sábado. Wilmore disse que Bresnik está fazendo um bom trabalho e mantendo contato com o parto de sua esposa na Terra. "Ele está animado com isso", afirmou Wilmore. "Nós também estamos. É uma coisa maravilhosa para dividir com ele nessa situação".

Em entrevista antes da partida para a ABC News, Bresnik disse que a gravidez de sua esposa foi uma grande surpresa, já que o casal achava que ela não poderia ter filhos.

Eles adotaram um garoto ucraniano no ano passado. Três meses depois, Rebecca Bresnik soube que estava grávida.

Reuters
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quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Termina primeira saída orbital de astronautas do Atlantis

Dois astronautas do ônibus espacial Atlantis concluíram nesta quinta-feira a primeira das três saídas ao espaço programadas para a missão de 11 dias da nave americana, acoplada à Estação Espacial Internacional (ISS) desde a véspera, anunciou a Nasa.

Mike Foreman e Robert Satcher voltaram à câmara de descompressão da ISS às 21H01 GMT, após uma permanência de 6 horas e 37 minutos no espaço, sete minutos a mais que o previsto.

Ambos instalaram uma peça de reposição em uma antena da ISS e elementos para fixar tubos de amoníaco, usados no sistema de ar-condicionado.

Os astronautas também lubrificaram o mecanismo que serve para pegar peças e objetos do "Mobile Base System", uma plataforma externa móvel de trabalho da ISS.

Finalmente, os dois mecânicos do espaço lubrificaram a articulação da mão do braço-mecânico do laboratório japonês Kibo.

O Atlantis foi lançado na segunda-feira passada da Flórida com seis tripulantes a bordo, para uma missão de 11 dias que levou cerca de 12 toneladas de equipamentos à ISS.

AFP
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Desenvolvido raio paralisante como o de Jornada nas Estrelas

Os nematoides, organismos microscópicos e translúcidos, podem ser paralisados quando expostos aos raios ultravioleta Foto: TGDaily/Geek/Divulgação

Os nematoides, organismos microscópicos e translúcidos, podem ser paralisados quando expostos aos raios ultravioleta

Pesquisadores do Canadá desenvolveram uma maneira de paralisar nematoides, organismos microscópicos e translúcidos, quando colocados sob feixes de luz ultravioleta. A exposição à luz normal permite que os seres voltem a ter movimento - conceito semelhante aos efeitos dos phasers, uma arma paralisante da série televisiva 'Jornada nas Estrelas' ('Star Trek', em inglês).

Segundo o site TGDaily, a estrutura molecular dos organismos pode ser controlada pela luz. Os animais permanecem paralisados, mesmo depois que a luz ultravioleta é desligada. Mas, sendo um sistema reversível, quando expostos à luz normal, os organismos "despertam" e voltam a se movimentar. É a primeira vez que a técnica de comutação por luz é usada em um ser vivo.

O relatório dos cientistas descreve o desenvolvimento bem sucedido de uma espécie de interruptor constituído basicamente por dithienylethene, um composto orgânico sensível à luz. Os nematoides, vermes do tamanho da cabeça de um prego, foram então alimentados com dithienylethene. Quando expostos à luz ultravioleta, ficaram azuis e paralisados. Quando sob luz visível, o dithienylethene se tornou incolor novamente, dando fim à paralisia.

Alguns indivíduos morreram no processo, enquanto muitos outros continuaram indefinidamente no ciclo paralisia-movimento. Ainda não há um consenso dos pesquisadores sobre as causas reais da paralisação, mas o estudo demonstra que a comutação por luz pode ter aplicações medicinais, terapias fotodinâmicas, luta contra as drogas ou para fins de pesquisas.

O estudo completo por ser adquirido por US$ 30 em uma licença de 48 horas de acesso, por meio do endereço eletrônico bit.ly/2TKzbb.

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Meteoro ilumina céu em Estado do oeste dos EUA

Câmeras de segurança na parte externa do observatório Milford, na Universidade de Utah, registraram momento em que o meteoro passou Foto: BBC Brasil

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Um meteoro iluminou partes do céu no Estado americano de Utah, no oeste dos Estados Unidos na última quarta-feira. As imagens foram capturadas por câmeras de segurança do lado de fora do observatório Milford, da Universidade de Utah, e mostram o momento em que o meteoro passou.

"O meteoro entrou na atmosfera da Terra e estava provavelmente a 160 km do solo," disse Seth Jarvis, diretor do Clark Planetarium em Salt Lake City, capital de Utah.

"É quase certo que ele tenha se despedaçado antes de atingir o solo." Cientistas usarão as imagens para estimar o tamanho e a trajetória do meteoro.

BBC Brasil
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Rússia procura fornecedores para simulação de voo a Marte

A Rússia procura fornecedores de alimentos, utensílios e roupas para os seis participantes de uma simulação de um voo a Marte, que a partir do primeiro semestre de 2010, permanecerão isolados do mundo em um módulo durante 520 dias. "Estamos buscando parceiros para fornecer alimentos para o café da manhã (mingaus e diversos tipos de cereais e produtos lácteos em pó)", afirmou um porta-voz do Instituto de Problemas Biomédicos (IPBM) da Academia de Ciências da Rússia, à agência "RIA Novosti".

Além disso, são necessárias empresas que forneçam diversos tipos de queijos, patês de carne e fígado, sobremesas de frutas, produtos de confeitaria e uma série de alimentos desidratados e em conserva para as refeições, guarnições, assim como bebidas, também desidratadas, acrescentou. Segundo o porta-voz, os alimentos dos participantes da simulação do voo ao "planeta vermelho" devem incluir uma grande variedade de produtos com datas de validade superiores a dois anos, devido ao tempo de duração do experimento.

"Devem ser produtos e alimentos prontos para o consumo, já que no simulador a comida só poderá ser preparada no micro-ondas ou acrescentando água quente ou fria aos produtos desidratados", detalhou. Além disso, a tripulação precisará de outros artigos como roupas esportivas e sapatos, roupas de camas, pratos, guardanapos, toalhas de papel e outros artigos de higiene pessoal.

Em 14 de julho, foi concluída a simulação de voo a Marte de 105 dias, considerada a ante-sala do projeto principal, o Marte-500. A experiência de 105 dias foi dividida em três partes: o voo da nave na órbita terrestre, o voo a Marte e a estadia em órbita marciana. A simulação foi idealizada para testar a compatibilidade psicológica e a tolerância dos integrantes da tripulação, e permitir aos cientistas estudar o dia a dia, e os efeitos do isolamento de longa duração.

Durante o projeto principal, os seis voluntários permanecerão no simulador por 520 dias. Este é o tempo real de uma viagem de ida e volta a Marte, mais uma estadia de 30 dias na superfície marciana.

EFE
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Teoria da relatividade resultou de dificuldade de aprendizagem

As noções clássicas de espaço e de tempo, intocáveis ao longo dos séculos, baseavam-se em conceitos de tempo e comprimento absolutos, isto é, o movimento não influenciava o tempo nem o comprimento linear dos objetos. A teoria da relatividade de Einstein surge como um novo estudo do espaço e do tempo, substituindo as noções ditas clássicas.

A criação da Relatividade
Durante sua permanência em Berna, Suiça, Einstein conheceu Michele Angelo Besso, engenheiro italiano, casado com Ana, cujo irmão, Paul Winteler, esposa mais tarde, Maja, irmã de Einstein. Além destas relações familiares, foi o trabalho conjunto de ambos, no Departamento de Patentes, que possibilitou a concretização de uma longa e profunda amizade, fácil de se comprovar pela correspondência que mantiveram no período de 1903 a 1955, e recentemente, publicada pela editora Hermann de Paris, em 1972.

Michele Besso, com quem Einstein gostava de trocar idéias, possuia profundos conhecimentos enciclopédicos em filosofia, sociologia, matemática e física. Segundo Einstein, Besso constituia o melhor banco de ensaio para as idéias novas em toda a Europa. Aliás, quando Einstein lhe expôs as suas idéias sobre a teoria da relatividade, Besso logo compreendeu a sua importância científica procurando atrair a atenção de Einstein para inúmeros outros pontos novos. Algumas dessas sugestões foram utilizadas, no desenvolvimento desta teoria, como consta nos primeiros artigos que Eintein publicou sobre a relatividade.

Numa das célebres reuniões de grupo de Berna, sugestivamente conhecido por Academia Olímpia, a irmã de Besso certa vez interrogou Einstein: "Porque Michele (Besso) não fez nenhuma descoberta importante em matemática?" Sorrindo, Einstein respondeu: "Isto é um bom sinal. Michele é um humanista, um espírito universal, muito interessado em diversos assuntos para se tornar um monomaníaco. Só os monomaníacos conseguem aquilo que denominamos de resultados."

Besso que se encontrava próximo, forçou uma explicação mais minuciosa, ao que juntou Eintein: "Persisto em acreditar que você poderia ter provocado o surgimento de idéias de grande valor, no domínio científico, se tivesse se tornado bastante monomaníaco. Uma borboleta não é uma toupeira mas nenhuma borboleta deve se lamentar."

Outra vez comentando sobre o aspecto revolucionário das suas teorias teria afirmado Eintein: "O que se aprende antes dos dezoito anos, acredita-se proveniente da experiência. Tudo o que aprendemos, mais tarde, tem muito de teoria e expeculações."

Na realidade, em suas conversas com James Flanck, vamos encontrar as próprias explicações de como havia chegado a sua tão original concepção de tempo e espaço: "Pergunto, às vezes, como se fez que fui o único a desenvolver a teoria da relatividade?" Segundo afirmava Eintein, a razão e que todo adulto normal não se preocupa com os problemas propostos pela conceituação de espaço e tempo. Tudo o que precisamos saber além sobre este assunto imaginamos já do nosso conhecimento desde a infância. "Para mim, dizia Einstein, ao contrário, como me desenvolvi muito lentamente, somente comecei a propor tais questões sobre o espaço e o tempo, quando já havia crescido. Em consequência, pude penetrar mais profundamente no interior do problema, o que uma criança de desenvolvimento normal não teria feito".

Esta surpreendente declaração contém uma valiosa crítica como um todo. Uma criança que se desenvolve normalmente, no processo educativo, assimila e ou aceita, como natural, um determinado número de conceitos e interpretações relativos ao que denominamos de realidade. Tal evolução educativa os tornam conformistas e submissos - o que os priva da possibilidade de questionar sobre os pressupostos, em geral implícitos, e sobre os quais se baseiam os conhecimentos a serem transmitidos.

Pode-se afirmar que o processo mental de inúmeras crianças e adolescentes repete, em determinado sentido, o desenvolvimento do pensamento humano em seu conjunto. Assim, as idéias sobre a realidade física uma vez aceitas são, imediatamente, substituídas por outros interesses mais específicos.

Depois destas considerações, é mais fácil deduzir como foi importante a monomania de Eintein, aliada a sua capacidade de olhar sempre o mundo sobre pontos de vista diferentes e novos. Aliás, estes parecem os grandes segredos dos pensadores e artistas que, não possuindo jamais uma firme convicção dos problemas fundamentais do mundo, os consideram ainda insolíveis.

Foi a dificuldade de aprendizagem (segundo afirmam na infância, deve ter tido muita dificuldade em aprender a falar) que permitiu que Eintein desenvolvesse a sua faculdade em adotar atitudes críticas, com relação aos problemas quase sempre aceitos como resolvidos.

Fonte: Colégio Web