terça-feira, 31 de março de 2009

Seis são confinados por 105 dias para simular viagem a Marte

A tripulação sorriu e acenou para as câmeras antes de entrar no compartimento apertado que simula uma nave espacial
A tripulação sorriu e acenou para as câmeras antes de entrar no compartimento apertado que simula uma nave espacial

Seis voluntários embarcaram em uma viagem simulada de 105 dias a Marte nesta terça-feira, para testar como seres humanos enfrentam longos períodos de isolamento.

A tripulação masculina de quatro russos, um alemão e um francês sorriu e acenou para as câmeras antes de entrar em um compartimento apertado, uma imitação de nave espacial.

Um cadeado foi usado para trancar o espaço de metal, onde será desenvolvido um projeto em conjunto com a agência espacial da Rússia Roskosmos e a Agência Espacial Europeia.

"Para falar a verdade, eu estou muito feliz com a minha tripulação", disse a uma coletiva de imprensa no Instituto de Problemas Médicos e Biológicos de Moscou o chefe da tripulação, o russo Sergei Ryazansky.

"Eu acredito que esta equipe não terá problemas psicológicos", afirmou o cientista de 34 anos de idade, que é um astronauta treinado."Eu também quero que esta missão seja no mínimo um pouco parecida com um vôo espacial de verdade, que todos nós desejamos."

Chegar a Marte em uma nave espacial como as atuais levaria pelo menos 500 dias, sujeitando os astronautas a doses altas de radiação e a um custo de dezenas de bilhões de dólares. As autoridades russas disseram que um vôo como este deve acontecer em 2030.

O experimento, parte do projeto Marte-500, tem como objetivo avaliar como os seres humanos lidam com os efeitos psicológicos e físicos em períodos longos em compartimentos fechados.

A tripulação irá enfrentar especialmente emergências propositais e problemas como o atraso de mais de 20 minutos na comunicação com a torre de controle, assim como com os sinais de rádio pela enorme distância da Terra e de volta.

Os integrantes da equipe serão monitorados para avaliar o impacto do isolamento nos níveis de estresse, regulação dos hormônios e sono. Um outro experimento simulado de 520 dias está agendado para começar ainda este ano.

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Nasa reconhece descoberta feita por professores brasileiros

O satélite russo Konus-Wind, administrado pela Nasa, detectou no dia 15 de março uma explosão de raio gama (GRB), que são raios provenientes de supernovas - estrelas gigantes que explodem no fim da vida. Esses fenômenos são os mais luminosos que acontecem no universo.

Os professores Carlos Navia e Carlos Roberto Alves Augusto, do Instituto de Física da Universidade Federal Fluminense (UFF), analisando os dados registrados pelo Telescópio Tupi do Laboratório da instituição, encontraram um excesso de muons (partículas subatômicas produzidas pelos raios gama) exatamente no mesmo horário registrado pelo satélite russo. Os professores calcularam as coordenadas registradas pelo Tupi que mostram o local do céu onde ocorreu o fenômeno.

O professor Navia entrou em contato com os líderes do projeto Konus-Wind, Kevin Hurley e Valentin Palshin, e passou as coordenadas deste evento. Após cálculos realizados por Hurley por meio do Interplanetary Network (IPN), elas foram confirmadas. Pela primeira vez, esse cálculo foi feito baseado em dados obtidos no solo e confirmados. Dessa forma, os professores da UFF foram precursores no mundo desta descoberta. Hurley convidou, no dia 19, a equipe do Tupi para assinar a circular anunciando a descoberta. (GCN Circular 9009). O endereço da circular é http://gcn.gsfc.nasa.gov.gcn3_archive.html.

O professor Navia esclarece que o fenômeno já ocorreu há milhões de anos, mas só agora esses raios estão sendo detectados, como a luz das estrelas que vemos no céu e que chegam até nós depois de milhões de anos.

JB Online

Russos estão proibidos de usar banheiro de americanos na ISS

Um cosmonauta russo reclamou a um jornal do país que não tem permissão para usar um banheiro dos astronautas americanos a bordo da Estação Espacial Internacional (ISS). Gennady Padalka, de 50 anos, disse ao diário Novaya Gazetaque cada vez menos os tripulantes dos dois países compartilham dos mesmos recursos na ISS - diferentemente do que ocorria no passado.

Ele conta que não conseguiu autorização para utilizar aparelhos de ginástica americanos e ainda recebeu a instrução de que cada tripulação deve consumir sua própria ração de alimentos. Segundo ele, isso estaria derrubando o moral de todos a bordo.

Comercial
Padalka fez sua primeira missão espacial em 1998, no mesmo ano em que foi inaugurada a ISS. O veterano afirmou que nos primeiros anos da Estação, russos e americanos trabalhavam em "total harmonia".

Para ele, as mudanças ocorreram depois que as missões espaciais se tornaram mais "comerciais", em 2003, quando o governo russo começou a cobrar dos Estados Unidos para mandar seus astronautas ao espaço.

"Isso está tendo um efeito negativo no nosso trabalho", disse Padalka. "Os cosmonautas estão tentando ficar acima dessa disputa. São os políticos e os burocratas que não conseguem chegar a um acordo."

Turista
A situação na ISS pode piorar com o aumento no número de astronautas convivendo no local. Até agora, apenas três deles permaneciam a bordo ao mesmo tempo. Mas no último sábado, Padalka e outros dois cosmonautas aterrissaram na Estação.

Entre eles está o bilionário americano Charles Simonyi, de 60 anos, que pagou US$ 35 milhões pela viagem. Ele vai passar 13 dias a bordo da ISS, onde deve ajudar em projetos de pesquisa e participar de transmissões ao vivo para escolas. Padalka será o novo comandante da Estação, nesta que é sua terceira viagem ao espaço.

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segunda-feira, 30 de março de 2009

Empresa quer cultivar primeira planta na Lua

Uma empresa de engenharia americana declarou ao site New Scientist que planeja levar sementes de mostarda à Lua, se tornando a primeira a cultivar uma planta no inóspito território. A Paragon Space Development pretende chegar ao satélite natural da Terra "pegando carona" em uma nave que está sendo projetada e construída por outra empresa, a Odyssey Moon.

A Odyssey está concorrendo ao Google Lunar X Prize, concurso que dará US$ 30 milhões para projetos que provarem poder levar um robô à superfície da Lua. O Odyssey Moon pretende ganhar o primeiro prêmio, de US$ 20 milhões, já em 2011.

O prêmio será reduzido em 2013 para US$ 15 milhões, caso ninguém consiga o feito até essa data. O segundo a chegar na lua receberá US$ 5 milhões e há ainda mais US$ 5 milhões a serem distribuídos a quem atingir objetivos parciais ou desenvolver tecnologia de apoio.

O objetivo é testar em quais condições as plantas podem crescer e como se comportam na Lua. A nave verde servirá, de início, como incubadora para as sementes de mostarda que deverão ser enviadas à superfície lunar. "Queremos criar lá uma paisagem inspiradora", disse Taber MacCallum, CEO da Paragon. Ele mesmo foi um dos habitantes da Biosphere 2, uma nave ecológica que hospedou oito habitantes no começo da década de 90. A empresa também considera esse o primeiro projeto em busca do desenvolvimento sustentável na superfície lunar.

"Imagine uma flor brilhante em uma câmara de crescimento transparente como cristal na superfície da Lua, com a Terra surgindo ao fundo; são essas idéias que me fazem interessada no espaço", disse Jane Poynter, presidente da Paragon.

Segundo noticiou o site MSNBC, o atual protótipo tem apenas 37,5cm e possui uma redoma de vidro reforçado com 18cm de altura ¿ embora a New Scientist divulgue números e formato muito diferentes: 9cm de diâmetro e 30cm de altura, "espaço suficiente para cultivar mais ou menos seis espécimes".

O que ambos os sites concordam é que serão empregadas sementes de ciclo rápido, para que a planta cresça antes do fim do dia lunar (que dura duas semanas terrestres, seguido de mais duas semanas de escuridão). As sementes poderão ser plantadas junto com um punhado de solo terrestre ou, alternativamente, um substrato nutriente feito com algas.

Ainda faltam reparos na sonda, que precisa suportar alguns obstáculos pelo caminho, como a variação térmica entre -170ºC e 100ºC. A data de lançamento do projeto ainda não está marcada. Porém, para vencer o desafio Google Lunar X Prize, é necessário ser o primeiro a chegar na Lua.

Além disso, a sonda também deverá caminhar por 500m de distância e enviar fotos, tudo até 2014. Vencer o desafio é interesse direto apenas da Odyssey Moon, mas a Paragon se beneficiará da "pressa" de sua parceira. Porém, Bob Richards, fundador da Odyssey, adverte: "Não estamos em uma corrida. Estamos tentando trazer um negócio comercial viável para que possamos começar a popular a Lua com mais e mais missões", disse.

Geek

EUA: Nasa exibe nova cápsula lunar em pleno Parque Nacional

Público pôde conferir a nova cápsula Orion, na Praça Nacional, em Washington
Público pôde conferir a nova cápsula Orion, na Praça Nacional, em Washington

Uma réplica da nova cápsula Orion - que deve levar os astronautas de volta à Lua até 2020 - foi exibida ao público e aos jornalistas no Parque Nacional, em frente ao Capitólio, em Washington. O módulo integra o programa Constellation, que será responsável por substituir os já desgastados ônibus espaciais em 2010 e pelo retorno ao solo lunar quatro décadas depois do primeiro pouso.

Presa à ponta de um foguete, do qual se desprende em órbita, a cápsula Orion permitirá o transporte de tripulação e carga para estações espaciais e missões no satélite. Um vôo experimental está previsto para o segundo semestre deste ano.

A bordo, serão utilizadas tecnologias computadorizadas, novos sistemas de propulsão, proteção térmica, ejeção de tripulantes e escape em caso de emergência, o que garante maior segurança aos astronautas. Também serão incorporados painéis solares para permitir a permanência em órbita durante longos períodos.

A Orion levará astronautas até a superfície lunar enquanto o foguete Ares V ficará em órbita à espera do reembarque da equipe para o retorno à Terra. A cápsula deverá levar até seis astronautas para a Estação Espacial Internacional (ISS) e de dois a quatro tripulantes para a Lua.

Transportador em solo lunar
Um novo veículo de transporte lunar também já está sendo testado desde o início do ano no deserto ao sudoeste do Arizona para entrar em ação logo após a aterrissagem no satélite. O transportador é muito mais tecnológico e seguro que o frágil Eagle - utilizado por Neil Armstrong e Buzz Aldrin no histórico 16 de julho de 1969.

O módulo tem o tamanho aproximado de uma grande caminhonete, com 12 rodas, e infra-estrutura suficiente para abrigar dois astronautas por até 14 dias. Ali dentro, a tripulação encontrará alimentação e instalações sanitárias, além dos computadores e outros equipamentos científicos.

Com informações da agência Reuters

Redação Terra

Nasa divulga imagens de erosão na superfície de Marte

As linhas são formadas pela poeira que é deslocada da camada abaixo do gelo enquanto o gás evapora durante a sublimação
As linhas são formadas pela poeira que é deslocada da camada abaixo do gelo enquanto o gás evapora durante a sublimação

A Nasa divulgou nesta segunda-feira uma imagem da erosão da camada de dióxido de carbono que recobre o planeta Marte. O material apresenta modificações sazonais no planeta sofrendo sublimação, ou seja, passando diretamente do estado sólido para o gasoso.

A região foi fotografada pela câmera que produz imagens em alta resolução para experimentos científicos da Nasa, a Hirise (High Resolution Imaging Science), instalada na sonda Mars Reconnaissance Orbiter.

A imagem mostra linhas com inúmeras ramificações que, segundo cientistas, são formadas por poeira que é deslocada da camada abaixo do gelo enquanto o gás evapora durante a sublimação.

Redação Terra

Turismo espacial é suspenso até 2012

Os multimilionários que quiserem comprar um bilhete de ida e volta com destino a uma plataforma espacial terão que esperar até que se construa uma nova nave russa Soyuz, projetada especialmente para turistas espaciais.

O magnata americano do mercado da informática Charles Simonyi, que se encontra agora a bordo da Estação Espacial Internacional (ISS) foi o último felizardo a viajar para "a cidade das estrelas" como visitante.

Além disso, Simonyi, que pagou US$ 35 milhões por uma passagem para a Soyuz, foi o único turista dos seis que pisaram na ISS desde 2001 que pôde repetir a experiência.

Quando retornar à Terra, no dia 7 de abril, a Estação Espacial será fechada por vários anos para os curiosos por este excêntrico tipo de turismo, não importa quantos milhões paguem.

"O turismo espacial é uma atividade complicada. Sinto, mas temos que construir a ISS não para os turistas, mas para satisfazer as necessidades dos habitantes da Terra", disse Vitali Lopota, presidente da firma aeroespacial Energuia.

A Rússia recorreu ao turismo espacial no início desta década devido à grave crise de financiamento que afetou seu programa especial após a queda da União Soviética, primeira potência a enviar um homem ao espaço, em 1961.

No início, a decisão russa de enviar turistas para o espaço foi muito mal recebida pela agência espacial americana, Nasa, que achava que a presença de turistas na plataforma distrairia os astronautas.

Agora, porém, segundo o diretor da Agência Espacial Russa (Roscosmos), Anatoli Perminov, a razão para suspender as visitas é a falta de espaço.

Perminov explicou que, "segundo os acordos internacionais, quando se lançarem os módulos japoneses e europeus, a tripulação (da ISS) deverá ser de seis pessoas (...), por isso não há lugar para turistas espaciais".

Em maio, três novos astronautas se juntarão à atual expedição número 19 da ISS para formar a primeira tripulação ampliada de seis pessoas.

A decisão de ampliar o pessoal da estação deve-se aos atrasos na construção da plataforma, projeto iniciado em 2000, com a participação de 16 países.

Além disso, também se duplicarão os lançamentos de foguetes Soyuz, de dois para quatro por ano, já que ela será o único veículo de revezamento de tripulações da ISS depois que as naves americanas saírem de serviço, em 2010.

O consórcio russo Energuia, o encarregado da construção dos foguetes Soyuz, apontou em 2008 que se o programa espacial russo recebesse o financiamento necessário, já não teria que recorrer ao turismo como fonte de renda.

No entanto, a crise financeira também afetou a pesquisa espacial, motivo pelo qual a Energuia se mostra agora disposta a assumir um novo pedido.

O chefe do programa de voos da Roscosmos, Alexei Krasnov, afirmou - após o acesso, no sábado, de Simonyi à plataforma - que a nova Soyuz para turistas espaciais poderia estar pronta "em 2012 ou 2013", segundo a agência Interfax.

Por sua vez, Lopota estimou que a Energuia poderia construir a nova Soyuz em "dois anos e meio, três anos", mas ponderou este prazo, devido à atual restrição de crédito.

Não em vão, cerca de 30% do dinheiro investido na construção das naves Soyuz e dos cargueiros Progress procede de créditos bancários, acrescentou.

Em qualquer caso, a Roscosmos cogita outras alternativas para os interessados: a compra de uma nave espacial.

"Se um multimilionário russo ou estrangeiro tiver um irresistível desejo de viajar pelo universo e morar por uma semana na ISS, pode adquirir uma Soyuz", assinalou Vitali Davidov, subdiretor da Roscosmos.

Davidov reconheceu que uma Soyuz custaria "muito dinheiro", por isso, além dos turistas, empresas e Governos também poderiam adquirir as naves com o objetivo de desenvolver seus respectivos programas espaciais.

O primeiro turista a viajar à ISS foi o americano Dennis Tito, antigo cientista da Nasa, que visitou a plataforma em maio de 2001, e confessou que não era preciso ser um "super-homem" para "voar pelo espaço".

Segundo uma pesquisa recente, 29% dos russos gostariam de viajar ao espaço como turistas, embora reconheçam que não têm dinheiro para pagar a passagem.

EFE - Agência EFE - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização escrita da Agência EFE S/A.

domingo, 29 de março de 2009

Cientistas questionam danos de sondas na Lua

O Satélite de Observação e Sensoreamento de Crateras da Lua (LCROSS) criará um buraco de 30 metros de diâmetro na superfície da Lua
O Satélite de Observação e Sensoreamento de Crateras da Lua (LCROSS) criará um buraco de 30 metros de diâmetro na superfície da Lua


A poeira levantada pela colisão deliberada entre o veículo orbital lunar chinês Chang'e-1 e a superfície da Lua, em 1° de março, nem bem assentou. Mas cientistas da Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço (Nasa) já estão preparando uma nova sonda que colidirá com o satélite da Terra, na esperança de desalojar a camada de gelo lunar.

A nova missão da Nasa, cujo lançamento está marcado para abril, vai levar adiante uma tradição criada décadas atrás, de perturbar a Lua em nome da ciência - e alguns especialistas estão pedindo mais cautela no futuro.

Conhecida como Satélite de Observação e Sensoreamento de Crateras da Lua (LCROSS), o veículo da Nasa criará um buraco de 30 metros de diâmetro na superfície da Lua, e a colisão deve desalojar 220 toneladas de material.

Impactos violentos como esses não são incomuns - a superfície lunar já está marcada pelos destroços de mais de duas dezenas de veículos orbitais, sondas e veículos lunares lançados desde os anos 60.

Mas à medida que a nova corrida espacial internacional se aquece, surge um crescente movimento cujo objetivo é procurar equilibrar a ambição científica e suas possíveis consequências. "Sempre que você provoca uma colisão, obviamente você destrói alguma área da superfície lunar ao conduzir seu estudo, e isso não é bom", disse Gary Lofgren, curador das amostras lunares da Nasa.

No ano passado, o comitê de pesquisa espacial do Conselho da Ciência impôs novos requerimentos de documentação para manter a credibilidade de futuras descobertas na Lua.

"É necessário compreender que materiais o veículo levou com ele, ante os materiais que foram depositados lá naturalmente", disse Catharine Conley, encarregada de proteção planetária da Nasa.

Simplesmente um ferimento superficial?
O Lunar Reconnaissance Orbiter, uma espaçonave do tamanho de um utilitário, deve ser lançado em 24 de abril, e ao final de sua missão deve enviar o veículo de colisão para se chocar contra a superfície da Lua no começo de agosto. Os telescópios mundiais estarão observando o ponto de impacto para obter imagens dos destroços, e existe uma chance de que os astrônomos amadores consigam ver a nuvem de poeira com seus telescópios caseiros.

Funcionários da Nasa dizem que o LCROSS tem uma função vital para determinar o futuro da exploração lunar. Caso a colisão confirme que existem reservatórios de gelo na Lua, esses recursos de água poderiam servir para sustentar bases que, no futuro, seriam usadas em programas espaciais que podem levar seres humanos a Marte ou mais além.

Quando ao lixo deixado pela colisão, a maior parte do veículo deve ser vaporizada no impacto, disse Grey Hautaluoma, um porta-voz da Nasa, e o combustível do veículo seria ejetado antes do impacto de modo a evitar contaminar os dados obtidos sobre a nuvem de detritos.

Vale o preço?
De acordo com Lofgren, o curador de amostras lunares, quaisquer danos que venham a ser infligidos contra a Lua seriam um preço pequeno a pagar por décadas de resultados propiciados pela ciência lunar.

No momento, restos de naves espaciais ocupam apenas uma pequena porção da superfície da Lua. Além disso, meteoros em geral se chocam com a Lua em velocidade de cerca de 25 quilômetros por segundo, o que causa danos à superfície lunar. Em sua maior parte, os impactos causados por seres humanos atingem a Lua com um décimo dessa velocidade.

"A colisão vai simplesmente espalhar coisas", ele disse. "Não haverá vaporização de materiais. Não haverá derretimento de rochas". E porque a Lua não tem atmosfera ou vento, os detritos não se deslocarão e contaminarão outros locais. "Serão apenas pedaços de metal repousando na superfície", ele disse.

Conley, a encarregada de proteção planetária, apontou que a proteção contra contaminação na Lua - onde nenhuma forma conhecida de vida poderia sobreviver - jamais seria tão severa quanto em planetas potencialmente habitáveis, a exemplo de Marte.

As espaçonaves da Nasa que se dirigem a Marte são meticulosamente esterilizadas, e já estão sendo desenvolvidos planos para quarentena rigorosa de quaisquer amostras marcianas que possam no futuro vir a ser trazidas à Terra.

Tradução: Paulo Migliacci

National Geographic

sábado, 28 de março de 2009

Turista espacial americano já está na ISS

O turista espacial americano, Charles Simonyi, e os demais membros da nave Soyuz subiram a bordo da Estação Espacial Internacional (ISS), depois de um acoplamento manual por causa de uma avaria, anunciou o centro de controle de vôos espaciais (TSOUP).

Os três homens - o astronauta americano Michael Barratt, o russo Guennadi Padalka e Simonyi - entraram às 16h30 GMT na ISS, tendo sido recebidos pelo americano Michael Fincke e o cosmonauta Yuri Lontchakov, segundo as agências russas. Horas antes o foguete Soyuz se acoplou manualmente à ISS, depois de desconectado o piloto automático por um problema em um motor.

"Houve uma falha em um dos motores que o computador de bordo considerou importante e que afastava a Soyuz da ISS à velocidade de um metro por segundo", declarou, citado pela agência Ria Novosti, um dos dirigentes do TSOUP, Vladimir Soloviov.

"O comandante (de voo) estimou que o motor funcionava normalmente e o autorizamos a aproximar-se de forma manual (da ISS), o que fez com sucesso", acrescentou. O turista espacial americano de origen húngara, Charles Simonyi, pagou US$ 35 milhões por passar suas segundas férias a bordo da ISS, depois de uma primeira estada há alguns anos que lhe custou dez milhões de dólares a menos.

Permanecerá a bordo 12 dias e deixará a ISS no dia 7 de abril, junto com Fincke e Lontchakov, para regressar à Terra. Simonyi, Michael Barratt e o comandante de vôo, Guennadi Padalka, decolaram quinta-feira a bordo da nave Soyuz TMA-14 da base espacial russa de Baikonur, no Cazaquistão.

Charles Simonyi é festejado ao chegar à Estação Espacial

Charles Simonyi é festejado ao chegar à Estação Espacial
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Discovery pousa sem problemas na Flórida

Discovery não teve problemas para aterrissar no Centro Espacial Kennedy
Discovery não teve problemas para aterrissar no Centro Espacial Kennedy

O ônibus espacial Discovery pousou com sucesso neste sábado no Centro Espacial Kennedy, na Flórida, Estados Unidos. A nave americana, com tripulação de sete astronautas, não teve problemas ao aterrisar às 19h14 GMT (16h14 de Brasília) na pista de Cabo Canaveral.

A espaçonave encerra, assim, uma missão de 13 dias, nove dos quais esteve atracado à Estação Espacial Internacional (ISS).

Três minutos antes de pousar, o comandante de bordo, Lee Archambault, realizou manualmente um giro de 205 graus para a esquerda, alinhando a nave com a pista.

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Discovery empreende regresso à Terra

O ônibus espacial americano Discovery já saiu de sua órbita terrestre e empreendeu o retorno ao Centro Espacial Kennedy na Flórida (sudeste). O comandante de bordo da nave, Lee Archambault, acionou os pequenos motores orbitais do Discovery para conseguir freá-lo enquanto avança a mais de 26 mil km/h, isto é, 25 vezes a velocidade do som.

A Nasa desistiu, neste sábado, de realizar uma primeira tentativa de retorno do ônibus espacial Discovery à Flórida, com seus sete tripulantes a bordo, devido ao mau tempo que logo se dissipou, segundo comunicações ao vivo entre o centro de controle espacial da agência americana e a nave.

A tripulação deverá começar a sentir os efeitos da entrada na atmosfera meia hora depois da saída orbital, quando a parte inferior da nave, a beirada anterior de suas asas e o nariz comecem a esquentar devido a um atrito à grande velocidade com camadas de ar densas. Em algumas partes, a temperatura pode alcançar 1.500 graus centígrados.

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Nasa atrasa retorno da nave "Discovery" à Terra

A Nasa (agência espacial americana) atrasou em uma hora e meia o retorno da nave "Discovery" à Terra, com sete astronautas a bordo, devido às condições climáticas no Centro Espacial Kennedy, no sul da Flórida.

A presença de nuvens a uma altura maior que a prevista e de fortes ventos fizeram com que o Centro Espacial Johnson, em Houston, Texas, onde o controle da missão opera, indicasse a demora quando faltava meia hora para ligar os motores que diminuem a velocidade da nave.

A "Discovery", que realizou uma missão de 13 dias na Estação Espacial Internacional (ISS), se encontrava na órbita 201 de sua travessia quando os tripulantes receberam a ordem de não ligar os motores.

A nave, que viaja cerca de 27 mil km/h, completará outra órbita cerca de 385 km/h à espera de que a brisa afaste as nuvens em Cabo Canaveral e possa ocorrer a aterrissagem, prevista agora para as 16h14 (de Brasília).

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"Discovery" fecha escotilhas e se prepara para voltar à Terra

Os tripulantes da nave "Discovery" fecharam as escotilhas do ônibus, o que indica que o controle da missão confia em que a nave aterrissará, como está programado, na tarde de hoje, informou a Nasa (agência espacial americana).

O diretor de voo Richard Jones, no Centro Espacial Johnson de Houston, Texas, deu a autorização para que os tripulantes fecharam as escotilhas, às 10h56 (de Brasília).

As comportas estavam abertas desde que a "Discovery" chegou à órbita, em 15 de março, para irradiar o calor da nave no espaço.

Enquanto a "Discovery" fechava suas escotilhas, a Nasa e a agência espacial da Rússia se congratulavam pela bem-sucedida acoplagem de uma nave "Soyuz" às 10h06 (de Brasília) na Estação Espacial Internacional (ISS), que leva o novo comandante da plataforma, Gennady Pedalka.

Quando a "Discovery" entrar na atmosfera terrestre, cerca de 120 mil metros de altura, o atrito rodeará a nave em temperaturas de mil graus Celsius.

O pouso no Centro Espacial Kennedy, do sul da Flórida, está previsto para as 14h39 (de Brasília).

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Nave russa com turista espacial americano se acopla à ISS

A nave "Soyuz TMA-14", que leva a bordo a nova tripulação permanente da Estação Espacial Internacional (ISS) e o magnata da informática Charles Simonyi, que faz turismo espacial, se acoplou neste sábado com sucesso à plataforma orbital.

A nave se acoplou às 16h05 (10h05 de Brasília) em regime manual e aproximadamente dentro de uma hora e meia os astronautas abrirão a escotilha e passarão ao laboratório orbital, informou o Centro de Controle de Voos Espaciais (CCVE) da Rússia.

Ali, serão recebidos pela tripulação que deixa o complexo espacial, formada pelo russo Yuri Lonchakov, o americano Michael Fincke e o astronauta japonês Koichi Wakata, que chegou há poucos dias a bordo da nave americana "Discovery".

A "Soyuz" não conseguiu se acoplar em regime automático, como é habitual, após uma falha no sistema. Por isso, o CCVE ordenou, a partir da Terra, ao comandante da nave, o astronauta russo Gennady Padalka, que fizesse a operação manualmente.

Os novos tripulantes da 19ª expedição são Padalka, Simonyi, que faz sua segunda viagem à ISS e permanecerá dez dias na estação, e o astronauta americano Michael Barratt.

A "Soyuz TMA-14" foi lançada na quinta-feira a partir da base de Baikonur, no Cazaquistão.

Em sua estadia na plataforma orbital, o turista espacial, que viajou à ISS em abril de 2007, deve fazer uma série de experiências científicas, entre elas a de medir a contaminação radioativa da estação espacial através de um dosímetro.

Padalka, Barratt e Wakata ficarão mais seis meses no espaço, o primeiro deles como comandante da plataforma, enquanto seu colega da Nasa (agência espacial americana) atuará como engenheiro da bordo.

Durante a missão, a nova tripulação da ISS fará duas caminhadas, segundo o programa russo, receberá dois cargueiros "Progress" e outras naves pilotadas "Soyuz" e ônibus espaciais, assim como o primeiro aparelho de carga japonês HTV, e realizará 43 experiências científicas.

Aos três integrantes da expedição número 19 se somarão, em maio, outros três astronautas para formar a primeira tripulação ampliada de seis pessoas, o que coloca fim, ao menos por enquanto, à presença de turistas espaciais na plataforma orbital.

Além disso, as naves "Soyuz" serão o único veículo de rodízio de tripulação da ISS depois que as naves americanas foram retiradas de serviço, em 2010.

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Ônibus da Discovery deve voltar à Terra neste sábado

O ônibus Discovery aterrissa, neste sábado, na pista do Centro Espacial Kennedy, na Flórida, depois de finalizar sua missão à Estação Espacial Internacional (ISS), onde completou a instalação de painéis solares e pôs um novo segmento na plataforma.

A Nasa (agência espacial americana) disse que a descida do ônibus ocorrerá depois que o Discovery deixar a órbita terrestre e seus sete tripulantes fecharem as comportas do bagageiro. No bagageiro, o Discovery levou à ISS os painéis solares que duplicarão a capacidade de geração de energia na estação, um projeto de US$ 100 bilhões.

De acordo com o programa da Nasa, às 13h33 (Brasília) serão ligados os motores do Discovery que frearão seu deslocamento de modo que, atraído pela força da gravidade, vá rumo à atmosfera a cerca de 400 km/h.

Quando o Discovery ingressar na atmosfera, a cerca de 120 mil metros de altura, o atrito submeterá a nave a temperaturas de 1 mil graus Celsius e a tripulação ficará incomunicável por quase 30 minutos.

Se tudo der certo, às 14h25 (Brasília) a estação Flórida de rastreamento, na ilha Merritt, captará a nave em suas telas e o Discovery aterrissará no Centro Espacial Kennedy 14 minutos depois.

O serviço meteorológico da Nasa informou que as condições de tempo são aceitáveis para o retorno do ônibus, após uma missão de 13 dias em que foram feitas três caminhadas espaciais.

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sexta-feira, 27 de março de 2009

Voluntários serão presos em experimento por viagem a Marte

A partir da próxima terça-feira seis voluntários vão ser trancados por três meses em contêiners de metal em Moscou, na Rússia, em uma experiência preparatória para eventuais viagens espaciais para Marte. Uma das preocupações das futuras missões é se certificar que os astronautas conseguem suportar longos períodos de confinamento já que, com a tecnologia de hoje, uma viagem para Marte, ida e volta, levaria cerca de 2 anos.

Cerca de seis mil voluntários de 40 países tentaram uma das seis vagas do experimento Mars 500, que paga cerca de US$ 6,5 mil (cerca de R$ 14.750) por mês a cada um. Mas, apesar da boa remuneração, de acordo com Sergei Ryazansky, o comandante do experimento, estes três meses "não vão ser divertidos".

Os voluntários vão ficar com sensores eletrônicos atrelados ao corpo todo o tempo, sem comunicação com o mundo exterior e comendo comida de bebê congelada e barras de cereais. A experiência vai analisar as dificuldades psicológicas do isolamento prolongado.

Entre os voluntários de Rússia, Alemanha e França estão militares e pilotos de avião. Cada um pode levar uma pequena mala com objetos pessoais, livros e DVDs, mas de forma geral, os aposentos são extremamente funcionais, sem janelas, apertados e pouco ventilados. Os poucos objetos de conforto incluem uma TV, uma chaleira e uma geladeira.

Eles vão trabalhar dez horas por dia, conduzindo experimentos científicos e garantindo o bom funcionamento das máquinas. "Você tem que lidar com o ambiente", diz o voluntário francês Cyrille Fournier. Os voluntários podem deixar o experimento a qualquer momento que desejem, mas vão ser desestimulados a fazê-lo, já que uma desistência pode pôr em risco o projeto.

"Todo integrante entende que a meta é chegar ao final", diz Sergei Ryazansky. Se o projeto for bem-sucedido, no ano que vem deve ter início outra experiência similar, mas desta vez os voluntários devem ficar trancados por um tempo maior, 520 dias.

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Tripulação testa sistema de pouso do Discovery para retorno

Os astronautas do ônibus espacial Discovery empacotaram suas coisas e testaram os sistema de pouso da nave na sexta-feira, véspera do pouso previsto para ocorrer na Flórida, após 13 dias de missão. O ônibus foi até a Estação Espacial Internacional (ISS) levar o último conjunto de painéis de energia solar do complexo orbital, que a partir de maio poderá ter seis tripulantes fixos, em vez de três.

O pouso do Discovery está previsto para 13h39 de sábado (14h39 em Brasília) no Centro Espacial Kennedy, na Flórida. A previsão é de tempo bom. "Vamos ficar de dedos cruzados", disse por rádio o comandante do Discovery, Lee Archambault, após ouvir a previsão.

O próximo vôo tripulado da Nasa, com o ônibus Atlantis, está programado para decolar em 12 de maio, com a missão de fazer uma última manutenção no telescópio espacial Hubble. Preparando o pouso, Archambault, o piloto Tony Antonelli e o engenheiro de vôo Steven Swanson testaram os 44 jatos de direcionamento do Discovery e verificaram as superfícies móveis usadas para o controle aerodinâmico.

O astronauta japonês Koichi Wakata, que viajou no ônibus, ficou na estação para um período de quatro meses. A norte-americana Sandra Magnus, que vivia na estação desde novembro, ocupou o lugar dele na volta. Ela passou parte do seu provável último dia no espaço exercitando-se na tentativa de mitigar parte do desconforto provocado pela volta à gravidade da Terra. Quando estão no espaço, os astronautas fazem pelo menos duas horas diárias de atividade física para manter o tônus muscular.

"Amanhã descobrirei se fiz um bom trabalho", disse ela a um grupo de escolar do Havaí, numa conversa por vídeo. No sábado, Wakata ganhará dois novos colegas, que chegarão a bordo da nave russa Soyuz, onde viaja também o turista espacial Charles Simonyi, um bilionário americano de origem húngara.

A chegada da Soyuz à estação está prevista para ocorrer horas depois do pouso do Discovery na Flórida. Simonyi voltará a Terra na Soyuz em 7 de abril, junto com o atual comandante da estação, Mike Fincke, e com o engenheiro de voo Yury Lonchakov.

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quinta-feira, 26 de março de 2009

Astronautas inspecionam cobertura térmica do Discovery

Os astronautas a bordo do ônibus espacial Discovery completaram nesta quinta-feira a primeira fase da inspeção de sua cobertura térmica e iniciaram a observação da proteção do nariz da nave, que volta para a Terra no sábado.

Segundo a Nasa, agência espacial americana, os sete astronautas, os quais decolaram ontem da Estação Espacial Internacional (ISS, em inglês), usaram as câmaras e sensores da nave para inspecionar a ponta da asa direita. Estas inspeções são procedimentos freqüentes para detectar qualquer dano que possa ocorrer nos painéis da cobertura térmica da nave.

O Discovery está no penúltimo dia de uma missão de 13 dias durante a qual os astronautas levaram os painéis solares que instalaram na ISS para completar o equipamento de fornecimento de energia para o complexo. Os astronautas foram informados hoje de manhã sobre o lançamento bem-sucedido da nave russa Soyuz a partir da base de Baikonur, no Cazaquistão.

A Soyuz levará à ISS o milionário americano Charles Simonyi, que pagou US$ 35 milhões por sua segunda viagem turística ao espaço.

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Nave Soyuz parte rumo à ISS com turista a bordo

O foguete espacial Soyuz foi lançado nessa quinta-feira do cosmódromo russo de Baikonur (centro do Cazaquistão). O foguete partiu levando a bordo o americano Charles Simonyi, o primeiro turista a realizar um segundo vôo espacial, seu compatriota, o astronauta Michael Baratt, e o cosmonauta russo Guennadi Padalka.

O lançamento aconteceu às 14h49 de Moscou (8h49 de Brasília) com a ajuda de um foguete portador Soyuz FG a partir da base de Baikonur, no Cazaquistão. Nove minutos depois, a nave se separou com sucesso do foguete e começou seu vôo autônomo de dois dias rumo à plataforma orbital.

Os três tripulantes da nave se encontram bem, disse um porta-voz do Centro de Controle de Vôos Espaciais (CCVE) da Rússia, citado pela agência oficial Itar-Tass. O talismã de Padalka, um boneco de neve pendurado em cima do painel de comando, "sinalizou" o começo da perda de gravidade, ao começar a flutuar.

O acoplamento da Soyuz está previsto para as 16h14 de Moscou (10h14 de Brasília) e será retransmitido ao vivo pela televisão russa, como ocorre desde setembro de 2006, quando a 14ª missão viajou para plataforma orbital com a primeira turista espacial, Anousha Ansari.

Esta viagem é principalmente destinada a substituir alguns dos atuais moradores da Estação Espacial Internacional (ISS). O regresso da Soyuz à Terra está previsto para 6 de abril.

Este vôo será o sétimo realizado por um 'turista espacial', enquanto que Simonyi entrará para a história como o primeiro indivíduo a realizar duas missões desse tipo através do pagamento de uma fortuna.

O foguete foi lançado nessa quinta-feira do cosmódromo russo de Baikonur

O foguete foi lançado nessa quinta-feira do cosmódromo russo de Baikonur

Redação Terra

Cientistas acham meteorito rastreado antes de cair na Terra

Cerca de 50 fragmentos do asteroide 2008 TC3 foram recolhidos do deserto da Núbia
Cerca de 50 fragmentos do asteroide 2008 TC3 foram recolhidos do deserto da Núbia

Cientistas americanos recolheram, pela primeira vez, destroços de um meteorito que havia sido detectado antes de cair na Terra, segundo um estudo publicado na revista científica Nature. Cerca de 50 fragmentos do asteróide 2008 TC3 foram recolhidos do deserto da Núbia, no Sudão, onde caíram em outubro do ano passado.

Cientistas acreditam que a descoberta oferece uma oportunidade única de analisar a rota do asteróide e seus componentes. O meteorito do tamanho de um carro foi detectado por astrônomos da Universidade Estadual do Arizona em outubro do ano passado.

O corpo celeste foi acompanhado por telescópios em volta da Terra até se desintegrar na atmosfera terrestre acima do Sudão. Peter Jenniskens, autor do estudo e cientista no Seti Institute of Califórnia, viajou ao Sudão com uma equipe de pesquisadores para tentar localizar o que havia sobrado do asteróide.

Após uma extensa pesquisa de campo, os pesquisadores localizaram 47 fragmentos do meteorito que juntos pesavam pouco mais de três quilos. "Este asteróide era feito de um material frágil que o fez se desintegrar a 37 km de altura antes de ter sua velocidade reduzida significativamente", disse Jenniskens.

"É um tipo de meteorito diferente dos que integram nossa coleção". O co-autor do estudo, Douglas Rumble, do Carnegie Institution, disse que muitos meteoritos já haviam sido traçados antes de explodir ao entrar na atmosfera terrestre. "Isto vem acontecendo durante anos", disse ele. "Mas ver o objeto antes de entrar na Terra e depois segui-lo é algo único".

Quando meteoritos que caem na Terra são estudados, os pesquisadores raramente têm informações sobre de onde vieram ou de que tipo são. Após comparar informações sobre o asteroide e comparar com os fragmentos encontrados no Sudão, os astrônomos concluíram que o 2008 TC 3 era relativamente jovem, tendo existido por poucos milhões de anos antes de entrar na órbita terrestre.

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quarta-feira, 25 de março de 2009

Nasa e Microsoft fazem parceria para imagens espaciais

A Microsoft e a Nasa anunciaram, na última terça-feira, uma parceria mediante a qual a agência espacial norte-americana fornecerá ao serviço de imagens telescópicas da Microsoft, o WorldWide Telescope, cerca de 100 TB de fotografias espaciais.

» Veja imagens obtidas pelo WorldWide Telescope

Segundo o site TG Daily, entre o material previsto no acordo estão dados obtidos pela sonda Mars Reconnaissance Orbiter, que procura evidências de água em Marte; e também da sonda Lunar Reconnaissance Orbiter, que começará a operar em maio para coletar informações da superfície lunar.

O WorldWide Telescope é um ambiente web que funciona baseado em imagens capturadas por telescópios terrestres e espaciais, permitindo aos seus usuários aproximar e distanciar fotografias, explicou o site Webware.

Esta não é a primeira parceria entre a Microsoft e a Nasa, que já utilizou a ferramenta Photosynth para criar fotos interativas tridimensionais da plataforma de lançamento e outros ambientes da Estação Espacial Kennedy, localizada na Flórida.

O WorldWide Telescope podem ser acessado pelo endereço worldwidetelescope.org.

O aplicativo Worldwide Telescope foi lançado em maio do ano passado e agora receberá mais imagens da Nasa

O aplicativo Worldwide Telescope foi lançado em maio do ano passado e agora receberá mais imagens da Nasa

Geek

Turista espacial americano descansa antes de ir à ISS

Charles Simonyi ganhou o carinho da mulher, Lisa Persdotter, antes de ir descansar
Charles Simonyi ganhou o carinho da mulher, Lisa Persdotter, antes de ir descansar

O magnata da informática americano Charles Simonyi tirou nesta quarta-feira um dia de descanso antes de viajar amanhã, pela segunda vez, à Estação Espacial Internacional (ISS, em inglês) como turista. Simonyi foi dormir às 21h (11h de Brasília), já que, "antes do voo, todos os tripulantes devem descansar tanto física quanto psicologicamente", informou a Roscosmos, agência especial russa.

Amanhã, a esposa do multimilionário, de 60 anos, com que ele se casou após viajar à plataforma orbital em abril de 2007, e vários amigos farão a despedida final de Simonyi na base de Baikonur, no Cazaquistão. Durante os 12 dias de estadia na ISS - em 2007, ficou por 13 dias -, Simonyi traçará um plano da contaminação radioativa da plataforma orbital.

Os resultados das pesquisas do turista americano de origem húngara servirão para melhorar os sistemas de defesa da ISS frente à radiação cósmica. Além disso, entre os experimentos encomendados pelas agências espaciais europeia e russa, Simonyi estudará os efeitos dos voos ao espaço sobre a osteoporose e as dores de costas.

Simonyi também se comunicará com estudantes radioamadores e tirará fotos da Terra. O magnata, que trabalhou na Microsoft desde as origens da empresa e tem uma fortuna estimada em US$ 1 bilhão, pagou cerca de US$ 35 milhões pela segunda viagem à ISS, US$ 10 milhões a mais que há dois anos.

A Space Adventures, agência americana que organiza voos dos turistas espaciais, retirou recentemente de seu site a lista de preços para as viagens à ISS, por isso Simonyi será durante vários anos o último turista a ir à plataforma orbital.

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Ausência de manchas solares intriga cientistas

Na imagem desta terça-feira, feita pelo Observatório Solar Soho, nenhuma mancha é vista no Sol
Na imagem desta terça-feira, feita pelo Observatório Solar Soho, nenhuma mancha é vista no Sol

A ausência de manchas solares, que indicam a atividade magnética na superfície da estrela central do nosso sistema planetário, está surpreendendo os cientistas. Segundo informa o site do jornal espanhol El País, os pesquisadores observam intrigados a calma excessiva dos movimentos no Sol nos últimos meses.

No início de 2008 terminou um ciclo solar (que dura aproximadamente 11 anos) e começou outro. Segundo o astrofísico do Observatório Solar Soho (Solar Heliospheric Observatory) da ESA e Nasa, Luis Duarte Sanchez, o ano de 2008 foi o mais pacífico do Sol desde 1913.

"Nós não esperávamos que houvesse um número tão baixo de pontos no início do novo ciclo porque nos últimos ciclos a atividade havia sido alta", disse Sanchez.

Segundo o Observatório Real da Bélgica, que é considerado fonte oficial do número de manchas solares, em 2008 a média diária foi de apenas 2,8. E no ano de 1913, o número de manchas foi o menor registrado, apenas 1,4. Nos últimos anos, porém, a média diária de manchas solares foi bem mais alta, como no ano de 1987 que foi de 157.

O Sol é um dipolo magnético muito fraco, e a cada 11 anos o Pólo Sul é alterado para o Pólo Norte. Esta mudança de polaridade é detectada através das manchas e isso significa o início de um novo ciclo. No início de 2008 viu-se a primeira mancha do novo ciclo, mas o aumento da atividade não foi como esperado.

"Não existem dois ciclos iguais", explica José Carlos del Toro, físico no Instituto de Astrofísica de Granada (CSIC). "Um mínimo particularmente pronunciado de manchas não é importante, mas influencia a relação entre a estrela e o nosso planeta."

Pesquisas realizadas com satélites com radiômetro comprovaram que a quantidade de energia emitida pelo Sol é muito estável, apesar de que quando há maior número de manchas a energia emitida é ligeiramente mais elevada. Sanchez explica que essa variação é muito pequena, apenas um watt por metro quadrado, e as radiações que estão sendo encontradas nas medições atuais são o padrão para o movimento mínimo de manchas.

Segundo o pesquisador, a calma solar significa, por exemplo, menos tempestades solares e menos partículas enérgicas que atingem a Terra e podem afetar negativamente equipamentos como os satélites de comunicação.

Além disso, os cientistas estão aproveitando a "calma relativa" para avançar no estudo de muitos outros fenômenos que ocorrem no Sol como os modos de vibração e as ejeções de massa da estrela.

Redação Terra

Astronautas da Discovery se preparam para deixar ISS

Os astronautas da nave Discovery concluem, esta manhã, a preparação para soltar as amarras na Estação Espacial Internacional (ISS) e o retorno à Terra ao fim de uma missão de construção do posto orbital.

O Centro Espacial Johnson, em Houston, Texas, onde fica o controle de missão, despertou os astronautas às 7h13 (de Brasília) com a música "Dirty Water", do The Standells, escolhida para o piloto da nave, Dominic Antonelli, por sua esposa Janeen e seus filhos.

A cerimônia de fechamento da escotilha ocorrerá às 13h53 (de Brasília) e as duas naves serão separadas às 16h53. "Bom dia, 'Discovery', e uma saudação especial para Tony", disse no controle de missão o astronauta Terry Virts.

"Bom dia, Houston, e obrigado Janeen, e Michael e Danny", respondeu Antonelli, que pilotará a Discovery na manobra em torno da ISS para que seus ocupantes façam uma inspeção visual da nave antes de seu retorno para atmosfera terrestre.

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Marte pode ter piscinas de água salgada, diz Nasa

A sonda Phoenix mostrou a presença de sais percloratos no solo do planeta
A sonda Phoenix mostrou a presença de sais percloratos no solo do planeta

Cientistas da Nasa, a agência espacial americana, afirmam que Marte pode ter piscinas de água salgada um pouco abaixo de sua superfície.

Anteriormente os pesquisadores acreditavam que a água existiu em Marte na forma de gelo ou vapor, devido às temperaturas baixas e à pressão atmosférica do planeta.

Mas a sonda Phoenix, da Nasa, mostrou a presença de sais percloratos no solo do planeta, que podem manter a água em estado líquido em temperaturas de até 70 graus negativos.

Os pesquisadores apresentaram os primeiros resultados científicos da missão da sonda Phoenix - que chegou às planícies do norte de Marte em 25 de maio de 2008 - na 40ª Conferência de Ciência Planetária e Lunar (LPSC, na sigla em inglês) em Woodlands, Texas.

"Acredito que estas piscinas existam. Mas ainda há mais para descobrir a respeito das propriedades destas soluções de percloratos, como por exemplo, qual a pressão do vapor", disse Mike Hecht, do Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa, em Pasadena, Califórnia.

A sonda Phoenix foi lançada em agosto de 2007 e foi a que pousou mais ao norte de Marte entre todas as missões anteriores. A sonda conduziu operações no solo marciano por mais de cinco meses antes de sucumbir ao frio e à escuridão do inverno de Marte. O robô cavou, perfurou e queimou o solo marciano para analisar se o planeta já abrigou vida.

E se transformou na primeira missão a analisar amostras de água e gelo encontradas centímetros abaixo da superfície do solo. Pedaços de gelo foram vistos vaporizando diante das câmeras da sonda. A sonda Phoenix usou apoios para diminuir o impacto do pouso na superfície de Marte. E estes apoios moveram o solo mais superficial, expondo a água com gelo a apenas alguns centímetros abaixo.

"Aqui estão todos estes sais percloratos, bem abaixo deles, a alguns centímetros, é uma placa (de água com gelo). Não é preciso muita imaginação para afirmar que estes dois materiais vão interagir", disse Hecht.

Na Terra os percloratos, sais derivados do ácido perclórico, são usados em airbags, fogos de artifício e combustível sólido para foguetes. E os cientistas estão apenas começando a entender a importância que estes sais podem ter em Marte.

Para Hecht a formação de bolsões de líquidos em Marte iria necessitar as concentrações corretas de sais percloratos. "Neste caso temos um pouco de perclorato e grandes fatias de gelo, então posso imaginar que temos um excesso de água. Isto significa que você teria que formar uma piscina de água de sal em temperatura baixa, se os dois interagiram", disse.

Outros pesquisadores afirmam que as concentrações destes sais encontrados no local de pouso da Phoenix ainda são componentes pequenos da química geral do solo de Marte e a ideia de Hecht ainda precisa de mais testes.

Mesmo assim, Hecht afirma que a descoberta destes compostos faz com que Marte seja mais parecido com a Terra em vários aspectos. Troy Hudson, outro cientista do Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa, afirmou que os percloratos podem estar controlando a quantidade de vapor de água na atmosfera de Marte.

E a presença destes percloratos também pode explicar a razão de a Phoenix ou a sonda Viking na década de 70, não terem encontrado provas mais concretas da presença de compostos "orgânicos", compostos moleculares que contenham carbono.

Estas moléculas são componentes de importância crucial na busca por vida no planeta vermelho. "Os percloratos, se você os esquentar no forno (da Phoenix), liberam o oxigênio e queimam os (compostos) orgânicos", disse Peter Smith, chefe da missão de cientistas.

Smith afirmou que várias provas apontam para ação de água líquida no passado, no local onde a Phoenix pousou, nas planícies do norte de Marte. Estas provas incluem a presença de minerais aquosos, torrões, solo cimentado e a descoberta de que parte do gelo estava "separado" à medida que derretia.

"É provável que em um clima mais quente e úmido, como quando o eixo de Marte se inclina, isto mude, este pode ser apenas um lugar no qual a água líquida foi encontrada. Não significa que é um lago. Apenas significa que o solo está molhado", afirmou Smith, que é da Universidade do Arizona.

A descoberta de carbonato de cálcio no solo também sugere a ação de água líquida no passado. A substância é encontrada em rochas por toda a Terra. Segundo Peter Smith a substância ocorre em níveis que variam entre 3% e 5% no local do pouso da Phoenix provavelmente se formando enquanto o dióxido de carbono da atmosfera marciana se dissolvia em água líquida, formando um ácido fraco que retirou o cálcio do solo.

Nilton Renno, professor da Universidade de Michigan, apresentou provas de que gotículas de água líquida podem ser vistas em fotos do suporte de uma das pernas de apoio da Phoenix. "Elas se movem, pingam e se fundem", disse. Mike Hecht e Tom Pike, do Imperial College de Londres, acreditam que as gotículas seriam gelo.

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Turista espacial fará segundo vôo rumo à ISS

O americano Charles Simonyi, um pioneiro da informática que fez fortuna na Microsoft, decola nesta quinta-feira de Baikonur a bordo de um foguete Soyuz, convertendo-se assim no primeiro turista a realizar um segundo e caríssimo vôo espacial.

Nesta quinta-feira, às 11H49 GMT (8H49 de Brasília), o foguete partirá levando a bordo Simonyi, seu compatriota, o astronauta Michael Baratt, e o cosmonauta russo Guennadi Padalka.

Esta viagem, que partirá do cosmódromo russo de Baikonur (centro do Cazaquistão), é principalmente destinada a substituir alguns dos atuais moradores da Estação Espacial Internacional (ISS). O regresso da Soyuz à Terra está previsto para 6 de abril.

Os tripulantes chegaram a Baikonur uma semana antes do lançamento, depois de um período de treinamento em Moscou. "Tivemos tempo para descansar, treinar e nos alimentarmos muito bem", afirmou Michael Baratt aos jornalistas.

Este vôo será o sétimo realizado por um 'turista espacial', enquanto que Simonyi entrará para a história como o primeiro indivíduo a realizar duas missões desse tipo através do pagamento de uma fortuna.

O preço aumentou consideravelmente em relação à primeira vez, já que Simonyi admitiu que esta segunda experiência custará a significativa quantia de 35 milhões de dólares, contra US$ 25 milhões da primeira.

O acoplamento da Soyuz à ISS é, para Simonyi, o momento mais memorável. "Você está no meio do nada, longe de tudo, e chega a esse objeto fantástico, criado pelo homem, e que tem um aspecto muito frágil", falou por telefone, dias antes de sua decolagem.

Simonyi, de origem húngara, ficou milionário graças a sua carreira na Microsoft. Apesar de seu fascínio pelas viagens espaciais, prometeu à esposa - uma sueca, com quem casou em novembro passado - que este vôo será o último.

Sua carreira começou em Budapeste como guarda noturno de um laboratório informático. Além de seus preciosos conhecimentos cósmicos, é um experiente piloto de avião e de helicóptero.

Quando era adolescente, seu sonho não era conquistar o espaço e sim sair da Hungria e estudar no Ocidente, conforme explicou antes de seu primeiro vôo. Sua paixão pelo cosmos é mais recente, depois de ter assistido a um lançamento em Cabo Canaveral, o centro espacial americano.

Em 1968, depois de chegar, aos 20 anos, nos Estados Unidos, estudou na prestigiosa Universidade californiana de Berkeley e obteve diploma em engenharia e matemática, seguido de um doutorado em Stanford.

Em 1981 foi contratado por uma então "start-up" da costa ocidental dos Estados Unidos, agora conhecida como Microsoft.

Simonyi obteve a nacionalidade americana e se impôs como um dos artífices dos programas de informática mais utilizados do mundo, o Word e o Excel, e, em 2002, deixou a Microsoft para fundar sua própria empresa, a Intentional Software.

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terça-feira, 24 de março de 2009

Obama realiza videoconferência com astronautas da ISS

Obama conversou durante 30 minutos com os dez astronautas da ISS em uma vídeoconferência
Obama conversou durante 30 minutos com os dez astronautas da ISS em uma vídeoconferência

O presidente Barack Obama deixou de lado por alguns minutos seus inúmeros problemas econômicos e voltou sua atenção para o espaço numa videoconferência que manteve nesta terça-feira com os astronautas que atualmente orbitam a Terra. Durante 30 minutos, o presidente, ladeado por alguns estudantes de Washington, conversou com os dez astronautas da Estação Espacial Internacional (ISS), que se encontra a 350 km de distância.

Curioso, Obama quis saber tudo sobre a vida no espaço e a nova missão do ônibus espacial Discovery. "Estou vendo que vocês estão balançando um pouco aí em cima", afirmou Obama, causando a risada dos alunos que se reuniram com ele no Salão Roosevelt da Casa Branca junto com outros parlamentares, entre eles o ex-astronauta e senador Bill Nelson.

"Vocês estão usando algo para se prender ao chão. Ou vão sair voando por aí?" continuou Obama. "Sr. Presidente, estamos com nossos pés presos, mas a qualquer momento podemos facilmente flutuar", respondeu um dos astronautas.

"Posso fazer uma pergunta?", disse Obama à engenheira de vôo da ISS, Sandra Magnus, cujos cabelos estavam flutuando acima de sua cabeça. "Você já tentou cortar seu cabelo aí em cima? Isso... é divertido com a falta de gravidade?"

Magnus explicou que o melhor era ter cabelos curtos, mas que preferia os seus longos. Obama também fez perguntas sobre os padrões de condicionamento físico para suportar o rigor da vida no espaço e mencionou o filme A coisa certa (The Right Stuff, 1983) sobre as origens do programa espacial americano.

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segunda-feira, 23 de março de 2009

Plataforma emperrada desafia astronautas fora da ISS

Dois astronautas usaram sem sucesso na segunda-feira pés-de-cabra e a força bruta para tentar liberar um equipamento travado no lado de fora da Estação Espacial Internacional. Em seis horas no exterior da estação, eles deveriam prepará-la para a última fase da sua construção.

Os astronautas do ônibus espacial Discovery Richard Arnold e Joseph Acaba afinal amarraram a plataforma de carga emperrada e deixaram o problema para futuras missões.

"Sei que não foi o que queríamos, mas vocês fizeram um ótimo trabalho", disse por rádio o astronauta Steven Swanson, de dentro da cabine do Discovery, aos colegas Arnold e Acaba.

Flutuando 355 quilômetros acima do norte da China, os dois astronautas, ambos ex-professores do ensino médio, deixaram a câmara de ar da estação pouco antes das 13h (hora de Brasília). "Obrigado novamente por saírem hoje", disse o comandante da estação, Mike Fincke, por rádio à dupla. "É provavelmente a última EVA (atividade extraveicular, na sigla em inglês) para esta missão do Discovery. Só queremos dizer para que vocês usem todo o tempo, aproveitem e façam um bom trabalho."

Foi a segunda saída de ambos ao espaço. Cada um deles havia saído uma vez sob o comando de Swanson para realizar melhorias no sistema elétrico da estação, afrouxar conexões de baterias e completar outras tarefas.

Na atividade de segunda-feira, a última das três previstas em oito dias de permanência do Discovery na estação, Arnold e Acaba lutaram contra um anexo da plataforma de cargas que desde sábado se negava a ficar no lugar certo.

O ônibus deve partir de volta à Terra na quarta-feira, e tem chegada prevista para sábado no Centro Espacial Kennedy, na Flórida. A Nasa ainda prevê realizar mais nove viagens à estação e uma missão de manutenção ao telescópio orbital Hubble antes de aposentar os ônibus, em 2010.

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Astronautas concluem 3ª caminhada da missão da "Discovery" na ISS

Os astronautas Joseph Acaba e Richard Arnold finalizaram hoje a terceira e última caminhada da missão da nave "Discovery" à Estação Espacial Internacional (ISS) após lubrificar as extremidades de uma plataforma de carga acoplada no exterior do orbitador.

Acaba e Arnold, após sua segunda caminhada da missão STS-119, retornaram à unidade de despressurização da plataforma espacial que orbita a 27 mil km/h e cerca de 385 quilômetros da Terra, após seis horas e 27 minutos de trabalho, disse o controle da missão no Centro Johnson de Voos Espaciais da Nasa em Houston (Texas).

"Essa lubrificação realizada hoje assegura o funcionamento adequado do sistema" que inclui o braço robótico da ISS, que foi crucial em todas as tarefas de sua construção, disse uma porta-voz da Nasa, a agência espacial americana.

O dia dos astronautas começou às 7h43 (de Brasília), quando, a partir do Centro Espacial Johnson, os programadores tocaram a música "Ain''t Nobody Here but us Chickens", de Louis Jordan.

A lista de tarefas de Acaba e Arnold hoje incluiu o reposicionamento de um pequeno carro que se movimenta sobre barras de metal ao longo da viga da ISS e a reconfiguração de alguns cabos que fornecem energia aos giroscópios da estação.

A "Discovery" deve se desacoplar da ISS na quarta-feira e aterrissará na Terra no sábado.

A próxima tarefa dos sete tripulantes da "Discovery" será desacoplar, na quarta-feira, a nave, e começar o retorno a Terra, previsto para sábado às 14h42 (de Brasília) no Centro Espacial Kennedy, Flórida.

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Astronautas da ISS iniciam 3ª caminhada espacial

Dois tripulantes do Discovery iniciaram nesta segunda-feira a terceira caminhada fora da Estação Espacial Internacional (ISS), onde tentarão anexar uma plataforma de carga em seu exterior. Joseph Acaba e Richard Arnold deixaram a ISS às 12h37 (de Brasília), para várias tarefas que devem ser cumpridas em aproximadamente seis horas e meia.

A lista de tarefas desta segunda inclui ainda a manutenção de um pequeno carro que se movimenta sobre barras de metal ao longo da viga da ISS, a lubrificação do braço robótico da estação, e a reconfiguração de alguns cabos que fornecem energia aos giróscopios da estação.

Esta é a terceira caminha espacial dos astronautas desta missão do "Discovery", e a segunda realizada por Arnold e Acaba. O plano inicial desta missão, que inicialmente duraria 14 dias, incluía quatro caminhadas espaciais, mas a Nasa reduziu o tempo de viagem para 13 dias a fim de completar as tarefas antes da chegada de uma nave russa Soyuz que levará um novo tripulante à ISS. O Discovery deve deixar a ISS na quarta-feira, e aterrissará no sábado na Terra.

O astronauta Joseph Acaba durante caminhada fora da ISS

O astronauta Joseph Acaba durante caminhada fora da ISS

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Estação Internacional manobra para evitar lixo orbital

A órbita da Estação Espacial Internacional (ISS) teve que realizar manobras preventivas na noite de domingo para manter suficientemente afastado o lixo orbital a fim de que os astronautas possam fazer sua saída espacial nesta segunda-feira.

Os motores do ônibus Discovery foram usados durante três horas para reduzir a altitude da ISS em 3,300 metros, explicou Bill Jeffs, um dos porta-vozes do Centro Espacial Johnson em Houston (Texas). Os dejetos, que possuem um pouco mais de 10 centímetros, são oriundos de um foguete chinês lançado em 1999 e que se soltaram em março de 2000.

JB Online

domingo, 22 de março de 2009

Nasa suspende teste de reciclador de urina da ISS

A Nasa suspendeu neste domingo os testes do reciclador de urina da Estação Espacial Internacional, e também reformulou os planos para caminhada espacial de segunda-feira, para o conserto de uma conexão na plataforma de carga.

A caminhada espacial de segunda-feira é a última de três planejadas durante a missão do vôo na estação espacial, que está praticamente finalizada depois de mais de uma década de construção.

Os engenheiros estão tentando descobrir por que um sistema de purificação de água que recicla urina e a condensa em água potável não está funcionando adequadamente. A tripulação do Discovery levou um novo destilador para um equipamento do tipo centrífuga que no sábado foi testado com sucesso sem líquidos.

Os problemas solucionados no primeiro teste apareceram neste domingo, quando foi usada a urina.

A Nasa quer ter o reciclador de urina funcionando antes de ampliar a tripulação de três para seis membros, em maio.

A principal meta do vôo da Discovery era levar e instalar o último conjunto de partes de painéis solares da estação, o que foi efetuado na quinta-feira. A nave partiu do Centro Espacial Kennedy no dia 15 de março para uma missão de 13 dias.

Já que o fim da frota de ônibus espaciais está previsto para o próximo ano, a Nasa espera que os astronautas da Discovery também completem várias tarefas de manutenção que irão aliviar a carga trabalho de futuras tripulações.

A caminhada espacial de segunda-feira já estava com tempo restrito por causa do cancelamento de uma quarta saída dos astronautas da nave. A Nasa reduziu um dia da missão e cancelou a última caminhada depois que a Discovery teve de ser lançada com cinco dias de atraso por causa de um vazamento de combustível de hidrogênio.

O ônibus precisa partir da estação até quarta-feira para evitar um conflito de horários com a cápsula russa Soyuz que leva a próxima tripulação da estação.

A nave é esperada no Centro Espacial Kennedy no sábado.

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Impacto que matou dinossauros não iniciou incêndio mundial

Indícios de incêndios descontrolados podem não ter relação com o violento impacto causado pelo meteorito
Indícios de incêndios descontrolados podem não ter relação com o violento impacto causado pelo meteorito

O impacto de um grande asteróide ou cometa contra a Terra, acontecido no final da era cretácea, 65 milhões de anos atrás, é em geral visto como responsável pelo fim súbito de entre 60% e 80% de todas as espécies então existentes no nosso planeta. Mas novos estudos contestam a idéia comum de que as extinções tenham sido ao menos parcialmente causadas por imensos incêndios de alcance mundial deflagrados pelo violento impacto.

Claire Belcher e seus colegas na Royal Holloway University of London, no condado de Surrey, Reino Unido, afirmam em um estudo publicado na mais recente edição da Proceedings of the National Academy of Sciences USA que os depósitos de fuligem generalizados encontrados em rochas sedimentares formadas mais ou menos no período do suposto impacto não eram, ao contrário do que se imaginava anteriormente, indícios de incêndios descontrolados causados pelo impacto do meteorito.

Eles analisaram as misturas de moléculas com base em carbono chamadas de hidrocarbonos policíclicos aromáticos (PAH), localizadas no material fuliginoso contido nessas rochas, e constataram que as composições das misturas não se equiparam corretamente às produzidas pela queima típica de vegetação. Em lugar disso, parecem se assemelhar mais às misturas formadas quando hidrocarbonetos como o gás natural e o petróleo são queimados.

Questão incandescente
Os pesquisadores acreditam que a fuligem venha da combustão de hidrocarbonetos dentro das rochas no local de impacto em si - supostamente a região em torno de Chicxulub, na costa norte da Península do Yucatán, México, onde uma cratera hoje parcialmente submersa, com cerca de 180km de diâmetro, teve sua formação datada da época da extinção maciça que separa as eras cretácea e terciária.

Uma camada mundial de fuligem em rochas dessa idade foi descoberta no final dos anos 80 e interpretada como demonstração de que o calor do impacto deflagrou incêndios em matas de todo o mundo. De acordo com essa hipótese, vastas porções de plantas terrestres entraram em ignição, e possivelmente causaram a extinção de muitas espécies de animais, entre as quais os dinossauros.

Mas já há diversos anos, Belcher e seus colegas vêm lançando dúvida sobre a idéia de que a Terra passou anos envolta em chamas depois do impacto. Em 2003, eles reportaram que estratos de rochas datados do período de transição entre cretáceo e terciário, localizados na América do Norte, demonstravam poucos traços de presença de carvão, um subproduto esperado da queima de vegetação.

Em lugar disso, especularam eles, a fuligem nessas rochas talvez viesse da combustão de hidrocarbonetos. Agora a equipe alega ter encontrado uma prova que confirma essa suposição: traços químicos da fonte da fuligem, na forma de 21 PAHs diferentes, separados e identificados utilizando técnicas de cromatografia a gás.

Belcher diz que os novos resultados também resolvem as críticas quanto a seus trabalhos anteriores sobre a aparente falta de carvão na fuligem. Alguns outros pesquisadores haviam sugerido que os grandes incêndios nas matas causados pelo impacto poderiam ter sido intensos a ponto de não deixar qualquer carvão. Mas Belcher afirma que os PAHs que vêm encontrando têm estruturas moleculares características de uma formação a temperatura relativamente baixa.

Das cinzas às cinzas
Mesmo assim, a pesquisadora e seus colegas ainda terão de se esforçar para convencer alguns dos observadores mais céticos. Bernt Simoneit, geoquímico orgânico da Universidade Estadual do Oregon, em Corvallis, questiona se as proporções de diferentes PAHs encontradas nos subprodutos da combustão permitem obter assinatura suficientemente precisa quanto à fonte de combustível envolvida.

Ele também diz que as fontes de hidrocarboneto de petróleo existentes em baixa profundidade "são muito escassas agora, e sempre o foram", e que a biomassa de vegetação supera de longe o volume de petróleo presente perto da superfície. Belcher e seus colegas apontam, no entanto, que o local da cratera em Chicxulub fica bem perto do maior reservatório de petróleo do México, o campo de Cantarell.

Não importa qual seja a origem efetiva da fuligem, os estudos realizados até agora parecem deixar bastante claro que imensos volumes de pó foram arremessados à atmosfera pelo impacto, o que bloqueou a luz solar que penetrava até o solo e talvez tenha deflagrado um período de resfriamento global, causando um chamado "inverno de impacto".

"A fuligem mesma sem dúvida teve impacto significativo sobre a vida naquele momento, mas é improvável que represente um traço da prevalência de incêndios violentos em todo o planeta", diz Belcher. Ela afirma que houve sinais claros de que a vida vegetal foi seriamente prejudicada, mas que isso também poderia ter acontecido devido ao calor gerado pela bola de chamas do impacto, e pela escuridão planetária, o frio e o envenenamento causado por produtos tóxicos gerados pela queima de hidrocarbonetos que pode ter surgido a seguir. "Acredito que estamos começando a debelar as chamas, quanto a essa idéia de uma fogueira de alcance mundial".

Tradução: Paulo Migliacci

Nature

Governo britânico divulga arquivos oficiais sobre óvnis

O governo britânico está divulgando o terceiro grupo de arquivos oficiais secretos sobre aparições de Objetos Voadores Não-Identificados (óvnis), que inclui relatos de uma mulher que diz ter conversado com um "alienígena". Os arquivos do Ministério da Defesa, que cobrem o período entre 1987 e 1993, são liberados como parte de um projeto de três anos, e podem ser baixados do site do Arquivo Nacional britânico.

Os documentos contém os relatos de uma mulher que teria visto um objeto brilhante e esférico subir ao céu na cidade de Norwich após encontrar um homem que dizia ter vindo de um planeta similar à Terra. Em novembro de 1989, a mulher "completamente aterrorizada" entrou em contato com a Força Aérea em Suffolk, segundo o documento.

Ela disse que encontrou um homem de cabelos claros com um sotaque parecido com o de países da Escandinávia quando passeava com seu cachorro em um campo de esportes. O homem teria dito a ela que os chamados "círculos ingleses" que aparecem em plantações, haviam sido feitos por outros como ele, que haviam viajado para a Terra de outros planetas, e que o objetivo de sua visita era pacífico.

Ele teria dito então que falou com ela porque achava importante ter contato com humanos, apesar de ter recebido orientações para não falar com ninguém. Quando a mulher, que não foi identificada, corria para casa, ela teria ouvido um forte barulho e, quando se virou, teria visto um grande objeto esférico, com uma luz laranja, subir até desaparecer.

Uma carta da Força Aérea para o ministério descreveu a experiência da mulher como "um dos relatos mais incomuns sobre óvnis que já recebemos". Três anos depois, dois controladores de vôo do aeroporto de Heatrow, em Londres, relataram ter visto um objeto preto, com o formato de um bumerangue invertido. Segundo eles, o objeto estava parado, e depois se moveu lentamente em direção ao sol da manhã.

Uma semana antes, em uma estrada na costa, em Lincolnshire, várias pessoas haviam reportado visões similares de um objeto grande e triangular com três luzes. Muitas das testemunhas teriam parado seus carros para ver melhor o objeto. Outros relatos contidos nos documentos, no entanto, têm explicações mais claras.

Em novembro de 1990, as tripulações de seis jatos militares reportaram ter sido ultrapassadas por um "óvni gigante" quando sobrevoavam a Alemanha. Eles inicialmente pensaram se tratar de um vôo de teste para o então secreto jato americano Stealth.

Mas, o que eles viram foram os destroços em chama de um foguete russo usado para colocar um satélite em órbita. Em 31 de março de 1993, vários relatos de luzes se movendo sobre o sudoeste da Inglaterra e o sul do País de Gales foram também foram ligados a um foguete russo.

"A maioria dos relatos é composta de coisas ordinárias vistas em situações extraordinárias", disse o especialista em óvnis, David Clarke. "Tantas coisas podem ser interpretadas como incomuns, que você precisa eliminar todo esse ruído e ver o que sobra", disse. "Eu não acho que existam evidências sólidas de que fomos visitados por vida inteligente, mas não acho que isso possa ser descartado."

Os mais recentes arquivos divulgados pelo governo são os primeiros que contém informações escritas por funcionários da área de inteligência. Segundo Clarke, esses documentos estavam entre milhares de arquivos secretos que foram contaminados com a substância cancerígena amianto e corriam o risco de ser destruídos. Os arquivos acabaram sendo salvos após uma campanha de historiadores.

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sábado, 21 de março de 2009

Astronautas da ISS fazem segunda caminhada espacial

A caminhada vai preparar a substituição de baterias na estação espacial
A caminhada vai preparar a substituição de baterias na estação espacial

Os astronautas Steve Swanson e Joseph Acaba fizeram neste sábado uma segunda caminhada espacial, desta vez para preparar a substituição de baterias na Estação Espacial Internacional (ISS).

Na caminhada, Swanson e Acaba prepararam o posto Starboard 6 para uma troca de baterias que deverá ser feita na próxima missão da nave espacial, em junho.

Os astronautas tiveram dificuldades para instalar uma plataforma de armazenamento de equipamentos, e foram instruídos pelo controle da missão a passar às tarefas seguintes. Eles instalaram então uma antena GPS no exterior do módulo e fotografaram os radiadores outros setores do posto.

A antena GPS ajudará a guiar um veículo de carga HTV de fabricação japonesa que começará a funcionar este ano, e que fornecerá a um dos laboratórios da estação espacial, o Kibo, alimentos e material científico.

Na caminhada anterior, há dois dias, Swanson e o astronauta Richard Arnold instalaram um novo segmento da viga central da plataforma, que viaja em uma órbita terrestre a quase 400 quilômetros da Terra.

A terceira e última das caminhadas espaciais desta missão está prevista para a segunda-feira.

A nave espacial Discovery deve retornar à Terra no próximo dia 28, dois dias depois de uma nave Soyuz partir à ISS com uma tripulação de três pessoas.

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