segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Estação Espacial será chave para ir a Marte, diz cientista

O envio de humanos a Marte exigirá a realização de pesquisas médicas na Estação Espacial Internacional pelo menos até 2020, um prazo cinco anos além do que prevê o atual orçamento da Nasa, segundo a principal cientista da agência espacial norte-americana para esse programa.

A estação é um projeto de US$ 100 bilhões e 16 países, que está sendo concluído no ano que vem após mais de dez anos de obras. A prorrogação das suas atividades foi uma surpreendente conclusão da comissão da Presidência norte-americana que avalia o programa espacial tripulado dos EUA.

O relatório deve ser entregue nesta semana à Casa Branca, mas só será divulgado publicamente a partir de meados de setembro. A comissão concluiu também que o orçamento anual da Nasa, de US$ 18 bilhões - aproximadamente metade para projetos tripulados -, está cerca de US$ 3 bilhões aquém do que seria necessário para realizar a iniciativa Constellation depois da aposentadoria dos ônibus espaciais e da estação. O objetivo do Constellation é levar o homem de volta à Lua, e de lá para Marte.

"A Nasa precisa da EEI (Estação Espacial Internacional)," disse a cientista Julie Robinson. "Uma permanência de seis meses na estação espacial será a melhor analogia que poderemos fazer para um trânsito de seis meses na microgravidade até Marte no futuro." De acordo com ela, as pesquisas sobre exposição a radiação, perda óssea e outros efeitos das longas viagens espaciais exigem que a estação funcione pelo menos até 2020. Só assim, de acordo com a cientista, será possível concluir que "o próximo passo além da órbita baixa da Terra (será) um passo seguro para a humanidade."

A Nasa pretende gastar cerca de US$ 2,5 bilhões por ano nas operações da estação espacial até 2015. Em audiências públicas recentes, membros da Comissão de Planos para os Voos Espaciais Humanos disseram que o encerramento do projeto apenas cinco anos depois do fim da sua construção criaria atritos com os sócios Rússia, Europa, Japão e Canadá, que investiram muito no programa e esperam recompensas.

A ex-astronauta Sally Ride, presidente dessa subcomissão, disse que o grupo notou um amplo apoio à continuidade e até ampliação do programa da estação espacial em 2016 e além. "Não começamos com essa perspectiva," disse Ride. "Não achamos que tirar a EEI em 2016 faça sentido."

Enquanto a Nasa e a Casa Branca começam a avaliar as recomendações da comissão, os 13 tripulantes da Estação e do ônibus Discovery começam em breve a descarregar mais de 7 t de novos equipamentos de laboratórios, mantimentos e peças de reposição para o complexo orbital.

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Exposição elege o Fotógrafo de Astronomia de 2009

Com ajuda de uma câmera, um telescópio ou mesmo de um telefone celular, eles fizeram a arte e a ciência se encontrarem nas imagens
Com ajuda de uma câmera, um telescópio ou mesmo de um telefone celular, eles fizeram a arte e a ciência se encontrarem nas imagens

O ano de 2009 é o Ano Internacional da Astronomia e marca dois dos aniversários mais importantes na história do espaço. Primeiro, os 400 anos das primeiras observações astronômicas de Galileu Galilei e os 40 anos dos primeiros passos do homem na Lua. Para celebrar, foram planejados muitos eventos pelo mundo todo. O próximo evento que marcará o ano será a inauguração do espaço Photographer of the Year (Fotógrafo do Ano), no Observatório Real de Greenwich, em Londres, Reino Unido, que reúne trabalhos de profissionais e amadores selecionados por especialistas.

Segundo o site Times Online, houve mais de 450 inscrições de fotógrafos amadores dedicados de todo o mundo e até de pessoas realmente iniciantes no assunto. Com ajuda de uma câmera, um telescópio ou mesmo de um telefone celular, eles fizeram a arte e a ciência se encontrarem nas imagens.

Os vencedores serão anunciados no dia 9 de setembro. No dia seguinte, as imagens vencedoras serão apresentadas na exposição do Observatório Real, que se estenderá por quatro meses.

"Queremos mostrar às pessoas como é belo o Universo, para incentivá-las a olhar para as estrelas e pensar no seu lugar nele", diz o Dr. Marek Kukula, astrônomo do Observatório Real de Greenwich e um dos juízes da competição, em entrevista ao site.

O concurso serve também para mostrar quão longe chegou a fotografia na astronomia. "Volte alguns anos e você perceberá que a fotografia na astronomia era bastante difícil", diz o Dr. Kukula. "Antes, era o domínio de alguns amadores dedicados a astronomia. Agora, a tecnologia de telescópios e câmeras digitais alcançou o ponto em que é acessível a muitas e muitas pessoas. Concorrendo, tivemos até uma ou duas fotos da Lua tiradas com telefones celulares", afirmou.

"O grande avanço é a maneira como se desenvolveu a tecnologia das câmeras, tornando muito mais fácil para tirar fotografias do espaço. As câmeras digitais podem ter uma interface com telescópios e agora também é possível comprar um telescópio realmente digno com algumas centenas de libras", disse o astrônomo.

Categorias
O concurso tem três categorias - além da categoria especial para jovens aprendizes. A primeira é a 'Espaço Profundo', fotos de nebulosas (nuvens de gás brilhante) e galáxias, que são o mais difícil de fotografar. "Você não pode vê-las sem um telescópio poderoso", explica o Dr. Kukula. A 'Terra e o Espaço' é a segunda categoria e possui imagens que incluem um elemento da Terra, como a aurora boreal, para o qual não é necessário o uso de telescópios. A terceira categoria é a 'Sistema Solar', que inclui o Sol e sua família de planetas, luas, asteróides e cometas, imagens que podem ser captadas com um pequeno telescópio.

A exposição Fotógrafo de Astronomia do Ano acontecerá no Observatório Real de Greenwich, Londres, de 10 de setembro a 10 de Janeiro de 2010. Mais informações, pelo site do Museu Marítimo Nacional: www.nmm.ac.uk.

Redação Terra

Índia abandona sua primeira missão à Lua

A agência espacial da Índia abandonou sua missão inaugural à Lua um dia após cientistas do país terem perdido comunicação com a sonda em órbita Chandrayaan-1. "Nós não temos contato (...) e tivemos de encerrar (...)", disse o chefe da Isro (Indian Space Research Organisation), a organização de pesquisas espaciais da Índia.

A nave não tripulada foi lançada em outubro do ano passado em uma missão de exploração de dois anos. O lançamento foi visto como uma grande conquista para a Índia, que tenta acompanhar o passo de outras nações asiáticas com programas espaciais.

Apesar do encerramento da missão, o chefe da Isro, G. Madhavan Nair, disse a jornalistas que o projeto tinha sido um sucesso e que 95% dos seus objetivos haviam sido atingidos. "Conseguimos coletar um grande volume de informações, incluindo 70 mil imagens da Lua", ele acrescentou.

Os cientistas da Isro disseram que a agência estava conversando com os Estados Unidos e Rússia para tentar localizar a nave, que estava em órbita cerca de 200 km acima da superfície da Lua. Após o lançamento no Estado de Andhra Pradesh, no sul do país, em outubro, esperava-se que a sonda ficasse em órbita na Lua, fizesse um atlas tri-dimensional da superfície lunar e mapeasse a distribuição de elementos e minerais no satélite.

Críticas
No mês passado, a nave apresentou problemas técnicos por causa de um sensor defeituoso. Um porta-voz da Isro disse na época que informações úteis já haviam sido obtidas a partir de imagens transmitidas para a Terra pela sonda, embora a qualidade das fotos tenha sido afetada pelo problema.

Movida por um único painel solar que gera cerca de 700 watts, a sonda leva cinco instrumentos de fabricação indiana e seis construídos em outros países, entre eles os Estados Unidos, a Grã-Bretanha e a Alemanha. Os custos da missão foram estimados em torno de US$ 78 milhões, consideravelmente menos do que o dinheiro gasto com as sondas japonesa e chinesa, enviadas à Lua no ano passado.

Mas nem todos aprovam o programa espacial indiano. Alguns críticos consideram a iniciativa um desperdício de recursos em um país onde milhões não têm acesso a serviços básicos.

A agência espacial indiana perdeu a comunicação com a sonda Chandrayaan-1

A agência espacial indiana perdeu a comunicação com a sonda Chandrayaan-1

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Discovery consegue acoplamento com ISS

A nave Discovery, com sete tripulantes a bordo, conseguiu se acoplar à Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês), para onde transferiu cerca de oito toneladas de equipamentos e experimentos científicos, incluindo um com seis ratos geneticamente manipulados.

O acoplamento, a cargo de Rick Struckow, ocorreu minutos antes de 22h de Brasília, a mais de 321 quilômetros sobre o Atlântico, e foi motivo de comemoração para os tripulantes da nave que decolou de Cabo Canaveral na sexta-feira.

Também houve outro motivo de celebração: o centro de controles da Nasa (agência espacila americana) felicitou Struckow - em sua quarta viagem à ISS - por realizar uma manobra de acoplamento arriscada, justamente no 25º aniversário do primeiro voo da Discovery.

As imagens da Nasa, colocadas em sua página de internet, mostraram a "cerimônia tradicional" na qual as equipes da nave e da ISS trocavam abraços e apertos de mão. Ambas as equipes realizarão operações conjuntas durante oito dias, e se trata da segunda vez na história que 13 pessoas se juntam para operações deste tipo, segundo a Nasa. A primeira vez aconteceu após a chegada da Endeavour em julho.

Está previsto que os astronautas realizem três caminhadas espaciais para substituir um tanque de refrigeração de gás amoníaco e outras tarefas de manutenção no exterior, e a primeira está programada para a noite de terça-feira. Esta noite, os astronautas usarão um braço robótico para transferir os materiais à ISS.

Os astronautas também farão fotos que serão inspecionadas em seu retorno aos Estados Unidos para analisar o dano que pôde haver sofrido a nave na decolagem, embora o encarregado desta missão, Leroy Cain, tenha dito que por enquanto a nave não parece ter grandes danos.

A análise de fotos já faz parte da revisão de rotina que a Nasa realiza na cobertura térmica das naves, desde o acidente de 2003 da Columbia que explodiu e causou a morte de seus sete tripulantes. Nesta missão viajam, pela primeira vez, dois tripulantes hispânicos, os especialistas John "Danny" Olivas e José Hernández, ambos de origem mexicana, que responderão em espanhol às perguntas de um grupo de estudantes em uma conexão com a Terra.

Trata-se da visita número 30 de uma nave americana à ISS, para a qual leva uma nova moradora, a astronauta Nicole Stott, que ficará ali três meses. Durante sua visita ao complexo orbital, o módulo Leonardo de carga da nave leva dois equipamentos para realizar experimentos com metais, vidros e cerâmica, um congelador para preservar mostras científicas, um aparelho para a purificação do ar e um compartimento para dormir.

A nave também leva uma máquina para exercícios, avaliada em cerca de US$ 5 milhões, que leva o nome de Colbert, em honra ao comediante americano Stephen Colbert. Segundo a Nasa, os astronautas não terão tempo para armar e estrear a máquina, que consta de mais de uma centena de peças, até meados do mês próximo, quando chegar à ISS uma nave japonesa, não tripulada, com mais cargas.

Depois desta missão, a Discovery realizará outros seis voos à estação orbital, e se prevê que a Nasa abandone o uso das naves no ano que vem. Para então terá concluído a construção da ISS e os EUA enviarão para lá astronautas nas naves Soyuz russas ou em foguetes fabricados por empresas privadas, até que tenha sua nova geração de engenhos espaciais pronta.

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domingo, 30 de agosto de 2009

Astronautas do Discovery preparam acoplamento à ISS

A Nasa informou que os astronautas do ônibus espacial Discovery finalizam neste domingo os preparativos para o acoplamento da nave à Estação Espacial Internacional (ISS).

A agência disse em comunicado que, durante toda a manhã, os sete astronautas a bordo do Discovery, que decolou antes de 0h de sexta-feira de Cabo Canaveral (Flórida), finalizavam os preparativos para o acoplamento, previsto a partir das 22h (horário de Brasília).

"Pela segunda vez na história, 13 pessoas se juntarão para oito dias de operações conjuntas" na ISS, disse a Nasa. Os tripulantes do Discovery, liderados por Rick Sturckow, passaram parte da manhã inspecionando a nave, e tirarão fotos dela esta noite em busca de qualquer dano que pudesse ter sofrido após seu lançamento, segundos antes da 0h de sexta-feira.

Durante a visita ao complexo orbital, os astronautas do Discovery substituirão um tanque de refrigeração de gás amoníaco em duas caminhadas espaciais e trarão à Terra o antigo.

Além disso, o módulo Leonardo de carga da nave leva dois equipamentos para fazer experiências com metais, cristais e cerâmica, um congelador para preservar amostras científicas, um aparelho para a purificação do ar e um compartimento para dormir.

O ônibus espacial decolou antes de 0h desta sexta-feira de Cabo Canaveral, na Flórida)

O ônibus espacial decolou antes de 0h desta sexta-feira de Cabo Canaveral, na Flórida)

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China e EUA negociam cooperar no maior telescópio do mundo

Astrônomos da China e dos Estados Unidos se reuniram esta semana no país asiático para analisar uma possível cooperação para desenvolver o maior telescópio do mundo, o Thirty Meter Telescope (TMT), que está sendo construído atualmente na Califórnia, informou a imprensa oficial chinesa.

O presidente do Instituto Tecnológico da Califórnia, que desenvolve o aparelho, Jen-Lou Chameau, se reuniu com cientistas chineses para falar sobre uma futura colaboração, tanto financeira quanto tecnológica, destacou a agência chinesa "Xinhua".

O TMT "é um grande passo adiante que definirá o futuro da astronomia e da astrofísica para os próximos 60 ou 70 anos, por isso, é preciso envolver nele uma boa parte da comunidade internacional", destacou Chameau à "Xinhua".

Países como Japão e Canadá já prometeram ajuda financeira ao projeto, do qual também participa a Universidade da Califórnia e que requer um investimento estimado em US$ 1 bilhão.

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sábado, 29 de agosto de 2009

Índia perde contato com sonda lunar "Chandrayaan-1"

A Organização Indiana de Pesquisa Espacial (ISRO) perdeu hoje o contato por rádio com a sonda lunar "Chandrayaan-1", lançada em outubro do ano passado da baía de Bengala para traçar um mapa tridimensional da lua e estudar seus minerais.

"Perdemos a comunicação com a nave no início do sábado. As tentativas de restabelecer contato foram inúteis. A missão pode ser dada por perdida", disse o diretor da agência espacial, S. Satish, citado pela agência "Ians".

Satish disse que a antena da "Chandrayaan-1" parou de funcionar e que os cientistas do ISRO, com sede na cidade indiana de Bangalore, não conseguem estabelecer contato nem obter resposta.

"Talvez tenhamos que abandonar a nave se não formos capazes de estabelecer contato por rádio de novo. Continuará em órbita ao redor da lua a 200 quilômetros. Se não for controlada, pode cair contra a superfície lunar", acrescentou Satish.

Horas antes das declarações do diretor da ISRO, um comunicado da organização espacial, divulgado pela agência indiana "Ians", informou que o último contato com a sonda foi estabelecido às 1h30 local (17h de Brasília da sexta-feira) e os últimos dados foram recebidos uma hora antes.

Os cientistas estão revisando os dados telemétricos para determinar o estado dos subssistemas da nave.

"A nave espacial completou 312 dias em órbita, realizou 3,4 mil órbitas ao redor da lua e ofereceu um amplo volume de dados de sofisticados sensores", assegurou a ISRO na nota, na qual acrescentou que se cumpriu a maioria dos objetivos para os quais foi lançada.

"Em termos simples, a nave espacial ficou muda. Não pode falar", disse à agência "PTI" uma fonte do ISRO que não pediu para não ser identificada.

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Índia perde contato com primeira missão do país à Lua

A Índia perdeu contato com a primeira missão lunar do país, informou a agência espacial indiana neste sábado. A comunicação com o Chandrayan-1 caiu na manhã deste sábado. "É um problema sério. Se nós não restabelecermos o contato, nós vamos perder a espaçonave", disse S. Satish, porta-voz da Organização Indiana de Pesquisa Espacial.

A missão de 79 milhões de dólares foi lançada em clima de euforia nacional em outubro passado, colocando a Índia na corrida espacial asiática junto com a China. Uma sonda pousou na Lua um mês depois e enviou imagens da superfície lunar. Mas o mal funcionamento em julho de um sensor na nave principal, que orbita a Lua, provocou o temor de que a missão de dois anos tivesse que ser encurtada.

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Discovery parte para Estação Espacial após vários adiamentos

Discovery decola na Flórida
Discovery decola na Flórida


A nave Discovery decolou de Cabo Canaveral (Flórida, EUA) com destino à Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês) com sete astronautas a bordo, após várias tentativas abortadas de lançamento.

A nave partiu segundos antes da meia-noite, hora local (00h59 de Brasília), iniciando uma missão de 13 dias no espaço. "Todos os sistemas da Discovery funcionam corretamente", disse o centro de controle pouco antes que os dois foguetes externos que ajudaram a nave escapar da gravidade terrestre se desprendessem.

Oito minutos e meio após a decolagem a nave chegou a sua órbita preliminar, que a levará no domingo a se acoplar na Estação Espacial.

Na terça-feira a Nasa cancelou o primeiro lançamento devido ao mau tempo e uma segunda ocasião por um problema em uma válvula em um tanque de combustível.

A agência poderia ter acendido os motores da nave nesta sexta-feira de manhã, hora local, mas decidiu dar um tempo adicional e esperar a noite para se assegurar que não havia problemas com a válvula.

Nesta missão viajam, pela primeira vez, dois tripulantes hispânicos, os especialistas John "Danny" Olivas e José Hernández, ambos de origem mexicana, que em uma conexão com a Terra responderão em espanhol às perguntas de um grupo de estudantes.

Trata-se da visita número 30 de uma nave americana à Estação Espacial, à qual levará um novo residente, Nicole Stott, e quase oito toneladas de material e provisões.

http://noticias.terra.com.br/ciencia/interna/0,,OI3947524-EI238-ABG,00.html

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sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Cientistas fotografam estrutura de molécula pela 1ª vez

Novo método permite observar a anatomia da molécula, ou seja, as ligações químicas em seu interior
Novo método permite observar a "anatomia" da molécula, ou seja, as ligações químicas em seu interior


Cientistas conseguiram obter, pela primeira vez, imagens detalhadas das estruturas químicas de uma molécula, em um estudo que pode auxiliar no desenvolvimento de produtos eletrônicos e até mesmo de remédios em escala molecular. A pesquisa foi conduzida por cientistas da empresa de computadores IBM em Zurique, na Suíça, e publicada na edição desta sexta-feira da revista científica Science.

O novo método desenvolvido permite que eles observem a "anatomia" da molécula, ou seja, as ligações químicas em seu interior. Há cerca de dois meses, os mesmo pesquisadores utilizaram uma técnica similar para medir a carga de um único átomo. Nas duas pesquisas foi utilizado um aparelho chamado de microscópio de força atômica, conhecido pela sigla inglesa AFM.

"Para fazer uma comparação não muito exata, se um médico usa um aparelho de raios-X para visualizar os ossos e os órgãos dentro do corpo humano, estamos usando o microscópio de energia atômica para visualizar as estruturas atômicas que são as 'espinhas dorsais' das moléculas individualmente", diz Gerhard Meyer, um dos autores do estudo.

Tecnologia
O aparelho usado na pesquisa funciona como um minúsculo diapasão. Durante o experimento, um dos "dentes" do diapasão passa a uma distância mínima da amostra de molécula estudada, enquanto o outro "dente" passa um pouco mais longe. Quando o "diapasão" vibra, o "dente" que está mais próximo da amostra vai sofrer uma minúscula alteração em sua frequência, simplesmente porque está se aproximando da molécula.

Comparando a freqüência dos dois "dentes", os cientistas conseguem mapear a estrutura da molécula. Para realizar este tipo de medição é necessária uma precisão extrema. Para evitar que moléculas de gás desgarradas interfiram, assim como outros fatores, o experimento precisa ser realizado no vácuo e sob temperaturas extremamente frias.

O problema encontrado em pesquisas similares anteriores, no entanto, é que a ponta do "dente" do AFM não é fina o necessário em escala atômica, e acabava interagindo com a amostra e comprometendo a obtenção da imagem. Para resolver a questão, os pesquisadores colocaram uma pequena molécula formada por átomos de carbono e oxigênio na ponta do microscópio, tornando-a o mais fina possível.

A amostra usada para ser "fotografada" foi de uma molécula orgânica chamada pentaceno, formada por 22 átomos de carbono, 14 de hidrogênio e que mede 1,4 nanômetros (10-9 m) de comprimento. As informações sobre as interações entre os átomos são então "interpretadas" pelo microscópio, que desenvolve a "imagem" da "anatomia da molécula".

Ponta do iceberg
O líder da pesquisa, Leo Gross, afirmou que os cientistas pretendem agora combinar o método para mensurar as cargas individuais dos átomos desenvolvido por eles com a nova técnica, o que pode permitir que eles descrevam moléculas em um grau de detalhamento sem precedentes. Estas pesquisas devem ajudar particularmente no campo da "eletrônica molecular", auxiliando, no futuro, na criação de estruturas formadas por moléculas individuais que possam funcionar como interruptores e transistores.

Embora a técnica possa traçar as ligações que conectam os átomos, ela não é capaz de distinguir átomos de diferentes tipos. A equipe de pesquisadores pretende agora testar a nova técnica com uma similar chamada de STM (Scanning Tunneling Microscope) para determinar se a combinação dos dois métodos pode descobrir a natureza de cada átomo nas imagens do ATM. Isto poderia ajudar ramos inteiros da química, em particular, a química sintética, usada para a produção de remédios.

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Nasa autoriza abastecimento do tanque externo do Discovery

A agência espacial Nasa anunciou nesta sexta-feira que deu luz verde para o início do abastecimento do ônibus espacial Discovery, cujo lançamento está previsto para a meia-noite.

O abastecimento de quase dois milhõs de litros de hidrogênio líquido e oxigênio começou às 18h30 GMT. Na quinta, a Nasa adiou por 24 horas o lançamento previsto para sexta-feira do ônibus espacial para a Estação Espacial Internacional (ISS), onde os astronautas terão uma missão de abastecimento e reparos que vai durar 13 dias.

A Nasa afirmou que o adiamento proporcionaria o tempo necessário para avaliar os resultados dos testes de abastecimento dos tanques de combustível.

O lançamento está previsto para a meia-noite de hoje no Centro Espacial Kennedy, Flórida

O lançamento está previsto para a meia-noite de hoje no Centro Espacial Kennedy, Flórida

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China e EUA construirão juntos maior telescópio do mundo

Astrônomos da China e dos Estados Unidos deverão trabalhar juntos na construção do maior telescópio do mundo, projetado para proporcionar uma observação melhor dos primeiros estágios do universo, informou a agência de notícias Xinhua na sexta-feira.

O Telescópio de Trinta Metros, desenvolvido pela Universidade da Califórnia e pelo Instituto de Tecnologia da Califórnia (Caltech, na sigla em inglês), deve ser concluído em 2019, disse a agência de notícias oficial chinesa. "É um grande empreendimento e ele definirá o futuro da astronomia e da astrofísica por cerca de 60 ou 70 anos", disse o presidente do Caltech, Jean-Lou Chameau, numa entrevista à Xinhua.

A agência de notícias disse que a universidade e a Caltech estão conversando com astrônomos e cientistas sobre cooperação no financiamento e na tecnologia, embora nenhuma decisão final tenha sido tomada. Canadá e Japão ligaram-se ao projeto, que necessita de um financiamento total de US$ 1 bilhão, disse a Xinhua.

O telescópio, que contará com um espelho de 30 m de diâmetro, propiciará a imagem mais nítida possível do universo e captará imagens de galáxias e estrelas formando-se a 13 bilhões de anos-luz. O instrumento ficará no topo de Mauna Kea, no Havaí.

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Estudo: nebulosa favorita dos cientistas é "fábrica estelar"

Uma nova imagem da nebulosa Trífida, divulgada pelo Observatório Europeu do Sul (ESO, na sigla em inglês), confirma porque este corpo cósmico é considerado o favorito para observações entre os astrônomos. Trífida é chamada pelos especialistas de "fábrica de estrelas massivas" devido à quantidade de estrelas densas que se formam em seu interior. As informações são do site Science Daily.

Além disso, ela é composta por uma rara combinação de três formas diferentes de nebulosas que intriga os cientistas: nebulosa de emissão, nebulosa de reflexão e nebulosa escura. O nome Trífida deriva do latim "trifidus", que significa "dividido em três - uma referência aos três lóbulos que compõem a nuvem gigante.

Trífida possui um diâmetro de quase 25 anos-luz e está localizada a milhares de anos-luz de distância da Terra, na constelação de Sagitário. A nebulosa apresenta de forma convincente as primeiras fases da vida de uma estrela, desde a gestação até o nascimento.

Trífida foi observada pela primeira vez pelo francês Charles Messier em junho de 1764. Porém, o nome atual foi dado pelo astrônomo inglês John Herschel 60 anos depois, quando ele observou que faixas de poeira cósmica parecem dividir a nebulosa em três lóbulos.

Nova imagem da nebulosa Trífida, berço de formação de estrelas massivas, foi divulgada pelo Observatório Europeu do Sul

Nova imagem da nebulosa Trífida, berço de formação de estrelas massivas, foi divulgada pelo Observatório Europeu do Sul

Redação Terra

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Falha mecânica força Nasa a adiar teste com foguete

A Nasa (agência espacial americana) adiou nesta quinta-feira por uma falha mecânica o primeiro teste com o motor do foguete impulsor "Ares I", que futuramente levará astronautas ao espaço nas naves "Orion", que substituirão os ônibus espaciais atuais.

A agência americana informou em comunicado que o teste foi suspenso quando faltavam apenas 20 segundos para ser iniciado. A prova duraria apenas dois minutos e aconteceria no deserto de Utah (EUA). A Nasa explicou que uma segunda tentativa só será feita na terça-feira, 1º de setembro, para que a equipe de engenheiros tenha tempo de investigar as causas e preparar novamente o motor.

O teste está inserido no programa Constellation, que, com as naves "Orion", substituirá os ônibus espaciais que serão retirados em 2010, uma vez concluída a construção da Estação Espacial Internacional (ISS).

A Nasa prevê fazer em 2015 o primeiro lançamento de teste com astronautas e, em 2020, voltará a levar um homem à Lua, visando a ir nas décadas seguintes a Marte.

EFE - Agência EFE - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização escrita da Agência EFE S/A.

Nasa adia por 24 horas o lançamento do Discovery

A Nasa adiou nesta quinta-feira por 24 horas o lançamento previsto para sexta-feira do ônibus espacial Discovery para a Estação Espacial Internacional (ISS), onde os astronautas terão uma missão de abastecimento e reparos que vai durar 13 dias.

A Nasa afirmou que o adiamento proporcionará o tempo necessário para avaliar os resultados dos testes de abastecimento dos tanques de combustível.

A Nasa chegou a iniciar a contagem regressiva para o lançamento, pois estava otimista com os resultados dos testes de uma válvula do sistema de propulsão do Discovery, cuja falha obrigou o adiamento do lançamento programado para quarta-feira.

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Nasa inicia contagem regressiva para lançamento do Discovery

A Nasa iniciou nesta quinta-feira a contagem regressiva para o lançamento na sexta-feira do Discovery para a Estação Espacial Internacional (ISS), onde os astronautas terão uma missão de abastecimento e reparos que vai durar 13 dias.

No caso de aprovação, as operações de abastecimento do tanque de combustíveis serão iniciadas às 15h00 locais (16h00 de Brasília), para um lançamento às 00h22 (01h22 de Brasília).

A Nasa está otimista com os resultados dos testes de uma válvula do sistema de propulsão do Discovery, cuja falha obrigou o adiamento do lançamento programado para quarta-feira.

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Nasa não tem previsão para nova missão tripulada à Lua

Passados 40 anos da primeira missão tripulada a pousar na Lua, a Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço (Nasa) dos Estados Unidos parece ter pouca chance de repetir essa realização antes do 50° aniversário da Apollo 11. E talvez nem mesmo pela altura do 60°.

Cinco anos depois que a Nasa recebeu como objetivo preparar um retorno do homem à Lua em 2020, a agência está chegando a uma conclusão desagradável: a de que o novo programa de voos espaciais tripulados dos Estados Unidos talvez não venha a realizar grande coisa, pelo menos em prazo previsível.

"A menos que o presidente esteja disposto a se comprometer e a dar um passo audacioso, como fez o presidente Kennedy, o programa de voo espacial tripulado terminará abandonado", afirmou o senador Bill Nelson, democrata da Flórida. O plano atual da Nasa é aposentar a frota de ônibus espaciais em setembro do ano que vem, depois que a construção da Estação Espacial Internacional (ISS) for concluída, e depois disso recorrer a foguetes russos para missões de reabastecimento até que o foguete norte-americano de nova geração, o Ares I, esteja pronto para operar, em março de 2015.

A agência então aposentaria a estação espacial e a desmontaria até 2016, e utilizaria o dinheiro assim liberado para desenvolver o foguete Ares V, com capacidade de carga ampliada, bem como um módulo de pouso lunar e a tecnologia necessária a construir uma colônia humana na Lua. O plano nasceu de uma "visão para a exploração espacial" delineada pelo presidente George W. Bush em janeiro de 2004, um ano depois da perda do ônibus espacial Columbia e de seus sete astronautas.

Mas em suas solicitações de verbas orçamentárias, Bush jamais incorporou o dinheiro necessário para atingir o objetivo de voltar à Lua, e o Congresso, a despeito de expressões bipartidárias de apoio ao programa, tampouco ofereceu dinheiro. A solicitação orçamentária do presidente Barack Obama para o novo ano fiscal, que se inicia em outubro de 2010, delineia novos cortes nas verbas da Nasa para 2011 e nos anos seguintes.

Nos dois últimos meses, uma comissão de especialistas formada a pedido do governo Obama chegou a dois pontos de amplo consenso. O primeiro é o de que faz pouco sentido dedicar 10 anos à construção de uma estação espacial e depois desmantelá-la ao final de apenas cinco anos de operação em plena capacidade. O segundo é que, com base nos atuais níveis de orçamento, de cerca de US$ 100 bilhões para os programas espaciais tripulados nos 10 anos entre 2010 e 2020, as metas propostas no momento "não são executáveis", na palavra da comissão.

De fato, existe a possibilidade de que a Nasa não retorne à superfície da Lua nem mesmo antes de 2030, concluiu a comissão. Prorrogar as operações da missão espacial desviaria ainda mais dinheiro do novo programa lunar. E atingir o atual objetivo de retornar à Lua até 2020 poderia requerer verbas adicionais da ordem de US$ 50 bilhões.

A comissão concluiu, além disso, que nenhuma das propostas alternativas poderia ser conduzida com base nos orçamentos vigentes. "Nossa posição é de que será difícil, com o orçamento atual, fazer qualquer coisa de especialmente inspirador no campo do voo espacial humano", disse Norman Augustine, antigo presidente-executivo do grupo Lockheed Martin de defesa e presidente da comissão, durante sua última sessão pública, em 12 de agosto.

Agora, quase todos os aspectos dos planos da Nasa para voos espaciais tripulados estão de novo em questão - os foguetes, o orçamento, o cronograma e o destino das missões - e todo o projeto pode passar por ainda outra reformulação.

As mudanças poderiam ser radicais: eliminar o programa do foguete Ares I, em cujo desenvolvimento a Nasa já investiu US$ 3 bilhões nos últimos quatro anos, e transferir as tarefas de transporte espacial no todo ou ao menos parcialmente para empresas privadas. No entanto, os resultados da revisão atraíram pouca atenção a não ser entre os entusiastas da exploração espacial e políticos cujas preocupações talvez sejam acima de tudo eleitoreiras - a Nasa provê milhares de empregos na Flórida, por exemplo, um Estado que costuma ter papel decisivo nas eleições norte-americanas.

"Acredito que muita gente se preocupe ao menos um pouquinho com a questão da exploração espacial", disse Bob Werb, presidente da Space Frontier Foundation, uma organização que advoga a colonização humana do espaço. "Mas ela só é uma questão crucial para uma pequena porcentagem da população. Há quem diga que o apoio ao programa espacial é muito largo mas nada profundo, e com certeza há muito de verdade nessa afirmação".

Um site estabelecido pela comissão só recebeu 1,5 mil comentários até o final de julho. Uma pergunta sobre "o que você considera mais importante nas atividades de voos espaciais da Nasa, e por que", gerou apenas 147 respostas. "O povo dos Estados Unidos não faz ideia do que está acontecendo", disse a deputada Gabrielle Giffards, democrata do Arizona e presidente do subcomitê de aeronáutica e espaço da Câmara dos Deputados. "O norte-americano médio não sabe que os ônibus espaciais serão retirados de operação no final de 2010".

Até o momento, o abandono completo das missões espaciais tripuladas não parece ser uma hipótese que esteja em consideração. Quando candidato à presidência, no ano passado, Obama declarou que apoiava o objetivo de retornar à Lua em missões tripuladas até 2020. Depois que assumiu a presidência, ele declarou repetidas vezes que deseja que a Nasa sirva como inspiração, mas não definiu o que ele consideraria como uma missão inspiradora.

Com a divulgação do relatório final da comissão, que agora está prevista para a metade de setembro, Obama terá de tomar algumas importantes decisões e descrever qual é sua visão quanto ao futuro da Nasa. A primeira decisão que terá de ser tomada é bastante desagradável: ampliar as verbas do programa espacial tripulado para pelo menos US$ 130 bilhões ao longo dos próximos 10 anos, o montante que a comissão determinou seria necessário, ou abandonar as ambições mais grandiosas e manter os astronautas operando apenas em órbita baixa da Terra por mais duas décadas. "Não se trata de uma escolha que a Casa Branca desejasse fazer", disse Gifford.

Tal como solicitada quando de sua constituição, a comissão oferecerá diversas opções para que o governo considere, e não uma recomendação única, e todas as opções incluiriam soluções de compromisso tais como deixar de lado as novas missões lunares e concentrar as atividades em voos espaciais de longa duração, pelo menos em um estágio inicial. Isso permitiria economizar os custos necessários a desenvolver um veículo de pouso e habitat lunar, mas Giffords, entre outros, afirma não considerar que essa ideia entusiasme, e duvida que seus eleitores venham a apreciá-la.

Além de decidir para onde as missões irão, o governo também terá de decidir como chegar lá. A opção mais simples seria continuar o programa atual, mas em ritmo mais lento, de maneira a enquadrá-lo às disponibilidades orçamentárias do momento, o que permitiria atingir a Lua por volta de 2025.

Ou Obama poderia decidir que chegou o momento de estimular o crescimento das operações espaciais comerciais, que estão em estágio incipiente. A Nasa já está planejando usar empresas privadas para transportar carga à Estação Espacial Internacional depois que os ônibus espaciais forem aposentados, mas outra possibilidade seria cancelar o Ares I e transferir ao setor privado todas as missões de transporte em órbita baixa da Terra.

Mas tampouco é claro que o Congresso esteja disposto a aprovar mudanças muito amplas. Giffords afirma que continua a apoiar o programa que a Nasa tem em vigor e que relutaria em abandonar todo o trabalho já realizado. Um disparo de teste do primeiro estágio de um propulsor Ares I será realizado esta semana no Utah, e um voo de teste do protótipo está marcado para este ano.

"O custo será mais alto", ela disse. "E será preciso mais tempo caso decidamos mudar de rumo agora e utilizar outro veículo".

Tradução: Paulo Migliacci ME

The New York Times

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

EUA fabricam espelho gigante para telescópio no México

Astrônomos do México e Estados Unidos visitaram nesta quarta a Universidade do estado americano do Arizona (UA) com o objetivo de observar o processo final de fabricação de um espelho gigante para um telescópio infravermelho que será instalado no observatório San Pedro Mártir, no México.

O espelho, de 6,5 metros de diâmetro, permitirá que os cientistas observem todo o céu visível desde a parte norte da Terra, o que abre as portas para novas descobertas.

"Este vai ser um telescópio único no mundo, algo que porá ao México na mira da comunidade científica", afirmou à Agência Efe José Antonio Mena, diretor adjunto de desenvolvimento científico e acadêmico do Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia mexicano, que faz parte da iniciativa.

O projeto começou há dez anos e espera-se que o telescópio esteja em funcionamento dentro até 2019.

O espelho foi fabricado na UA, custou aproximadamente US$ 40 milhões e pesa mais de dez toneladas. A universidade americana é conhecida em nível mundial por ser a única instituição que desenvolveu a tecnologia para fundir, moldar e polir espelhos gigantes.

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Cientistas descobrem planeta que desafia leis da astronomia

Uma equipe de cientistas britânicos descobriu um planeta com um volume dez vezes superior ao de Júpiter, que orbita tão próximo a sua estrela matriz que as correntes estelares já deveriam ter causado sua colisão com o astro e sua destruição.

Em um estudo publicado nesta quarta-feira pela revista científica Nature, um grupo de astrônomos da Universidade de Keele, no Reino Unido, assegura que o planeta batizado como WASP-18b é uma raridade no mundo da astronomia e que a probabilidade de observar um fenômeno semelhante é de uma entre mil.

Trata-se de um planeta do grupo dos "Júpiter Quentes", ou seja, aqueles que se formam longe da estrela em torno da qual orbitam e que se aproximam da mesma ao longo dos anos, com ajuda das correntes estelares. No entanto, o WASP-18b é tão grande e se encontra atualmente tão próximo de sua estrela matriz que as correntes já deveriam ter conduzido um impacto entre o planeta e o astro.

De fato, a sobrevivência deste tipo de planeta não costuma ser superior a um milhão de anos, uma marca batida amplamente pelo WASP-18b. Como possíveis causas, os cientistas apontam que as correntes estelares desse sistema são menos fortes que as do nosso, o que explicaria a longevidade do WASP-18b.

Outra possibilidade seria que outro elemento exógeno ainda não identificado evite a colisão do planeta com sua estrela e sua destruição.

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Nasa propõe à Rússia expedição tripulada conjunta a Marte

A Nasa (agência espacial americana) propôs nesta quarta-feira à Rússia realizar uma expedição tripulada conjunta a Marte, aproveitando a experiência acumulada na Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês). "Um voo pilotado a Marte deve estar a cargo de uma tripulação internacional, utilizando as conquistas científicas alcançadas no projeto da ISS", declarou o representante da Nasa na Rússia, Mark Bowman, citado pela agência oficial RIA Novosti.

Bowman afirmou que a possível expedição conjunta seria dirigida pela Nasa e pela agência espacial russa, Roscosmos, e contaria, além disso, com uma participação mais ativa da Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês) e de outros países que colaboraram no projeto multilateral da ISS. "Estou convencido de que a tripulação deve ser formada por representantes de muitos países", disse Bowman, que insistiu que uma viagem a Marte, que a Nasa não acredita ser possível antes de 2035, requer esforços de vários países para ter sucesso.

O representante da Nasa ressaltou que, antes de empreender a viagem a Marte, é preciso completar o projeto da ISS e realizar novos voos tripulados à Lua, para acumular mais experiência e material científico e técnico. Até agora, a Rússia planejava realizar por sua conta voos a Marte, com o objetivo de enviar naves automáticas em 2015 e tripuladas vários anos mais tarde, mas a crise mundial parece ter adiado os projetos.

No entanto, diretores da Roscosmos admitem ultimamente que um país não pode enfrentar sozinho o ambicioso projeto de um voo interplanetário, que requer experiência, tecnologia e financiamento de muitas nações. A Rússia, que possui grande experiência de voos tripulados de longa duração, já realiza junto com a ESA simulações de viagens a Marte para testar a compatibilidade psicológica e a tolerância dos expedicionários em condições de isolamento tão longo.

Bowman lembrou que a Nasa já aprovou seu programa de exploração, que prevê completar em 2015 os voos de suas naves rumo à ISS, lançar a nova nave tripulada Orion, no mesmo ano, e efetuar, em 2020, outra viagem à Lua, com participação de outros países e organismos. Como outra prova de sua disposição, dirigentes da Nasa declararam que receberiam com boa vontade e estudariam com toda seriedade uma eventual proposta russa de empreender um desembarque conjunto de astronautas na Lua.

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Discovery deve ser lançado nesta sexta-feira, diz Nasa

A Nasa, agência espacial americana, comunicou nesta quarta-feira que o novo prazo para o lançamento do ônibus espacial Discovery ocorre na sexta-feira, às 12h22 locais, no Centro Espacial Kennedy, Flórida. O Discovery deveria ter sido lançado na manhã desta quarta, mas o procedimento foi adiado pela segunda vez devido a um problema com uma válvula no tanque de combustível.

Foi o segundo atraso consecutivo, após o lançamento ter sido adiado na terça-feira de manhã devido ao mau tempo. Os sete membros da tripulação do Discovery estavam se preparando para uma missão de 13 dias para abastecer a Estação Espacial Internacional (ISS).

O problema com a válvula foi descoberto após os técnicos terem começado a abastecer o ônibus espacial com combustível para o lançamento, que estava marcado para as 5h10 a.m. GMT. Os sete astronautas do Discovery iriam levar equipamentos de laboratórios, suprimentos e peças para a estação espacial.

A missão está entre as últimas cinco ou seis viagens para reabastecer a estação espacial, que é um projeto conjunto entre 16 nações, de US$ 100 bilhões, que está perto de ser concluído após mais de uma década de construção, a 350 km da Terra.

Redação Terra

Nasa divulga fotos inéditas da maior Lua de Netuno

Para comemorar os 20 anos de atividades da missão Voyager, Nasa divulgou imagens inéditas das planícies vulcânicas de Triton
Para comemorar os 20 anos de atividades da missão Voyager, Nasa divulgou imagens inéditas das planícies vulcânicas de Triton

A Nasa, agência espacial americana, divulgou imagens inéditas da superfície de Triton, maior das 12 luas de Netuno, para comemorar os 20 anos do lançamento das sondas espaciais Voyager. A missão descobriu que Triton é um dos corpos celestes mais gelados do Sistema Solar, com temperaturas em torno de -235°C, além de abrigar gêiseres ativos.

Os cientistas detectaram que a grande lua tem baixa densidade e uma superfície lisa com planícies vulcânicas, montes e crateras arredondadas formadas por fluxos de lava gelada. Triton foi o último objeto sólido visitado pela Voyager 2.

Agora, a nave se dirige para as bordas do Sistema Solar, onde fará novas explorações. As sondas Voyager são os equipamentos feitos pelo homem que alcançaram a maior distância da Terra. A Voyager 1 está a 16,6 bilhões de km enquanto a Voyager 2 encontra-se a 13,5 bilhões de km - respectivamente cerca de 111 e 90 unidades astronômicas do Sol.

De acordo com a Nasa, ambos os telescópios devem atingir o espaço interestelar dentro de 5 a 8 anos, entre 2014 e 2017.

http://noticias.terra.com.br/ciencia/interna/0,,OI3941901-EI238-ABG,00.html

Redação Terra

Satélite sul-coreano pegou fogo na atmosfera

Os engenheiros do Instituto de Pesquisa Aeroespacial da Coreia do Sul anunciaram nesta quarta-feira que o satélite colocado em órbita errada na terça-feira pelo primeiro foguete sul-coreano foi destruído ao cair na Terra.

"O satélite caiu na Terra e pegou fogo na atmosfera antes de desaparecer", afirma um comunicado do ministério da Ciência e Tecnologia. O satélite científico, projetado na Coreia do Sul, deveria ser colocado em órbita baixa por um foguete KSLV-1 (Korea Space Launch Vehicle-1).

No entanto, o foguete não conseguiu colocar o satélite na órbita prevista. Os engenheiros sul-coreanos investigam agora a causa exata do problema.

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Satélite sul-coreano se perdeu por não atingir velocidade ideal

O satélite científico lançado nesta terça-feira pelo primeiro foguete espacial da Coreia do Sul não atingiu a velocidade necessária e por isso não entrou em órbita, informou nesta quarta o governo de Seul.

O Ministério da Educação sul-coreano disse que nenhum dos revestimentos que isolavam o satélite se separou a tempo, o que acrescentou um peso extra à última fase da missão que acabou o impedindo de chegar a orbitar, segundo a agência de notícias Yonhap. "A segunda fase do foguete não gerou o impulso necessário para manter o satélite em órbita pelo peso extra do revestimento", detalhou à imprensa o vice-ministro de Ciência e Tecnologia sul-coreano, Kim Jung-hyun.

O problema fez com que a estabilização e a navegação da última fase falhassem, o que modificou a trajetória do foguete e fez com que este liberasse o satélite a 387 quilômetros de altitude, em vez dos 302 quilômetros planejados.

A velocidade do satélite foi, então, para 6,6 quilômetros por segundo, abaixo dos 8 quilômetros por segundo necessários para entrar em órbita. Por isso, acredita-se que tenha caído em direção à Terra e se desintegrado na atmosfera.

No entanto, o Ministério sul-coreano ressaltou que as duas fases do foguete lançado ontem do centro espacial Naro, na província de Jeolla, na Coreia o Sul, se separaram com sucesso e no momento previsto.

Com o lançamento de seu primeiro foguete, o KSLV-1, fabricado com colaboração russa, a Coreia do Sul busca o início de um programa que a tornará a décima potência espacial do mundo, junto a outros países asiáticos como China, Japão e Índia.

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terça-feira, 25 de agosto de 2009

Cariocas terão telecóspios para observação gratuita em praça

Neste domingo, 30 de agosto, às 18h, quem estiver na Tijuca vai poder olhar estrelas, galáxias e planetas de perto por meio de telescópios, que estarão disponíveis no Espaço Ciência Viva - Avenida Heitor Beltrão, 321, Praça Saens Peña. As sessões de observação do céu são gratuitas e todos podem participar. No entanto, em caso de chuva ou céu nublado, o evento será cancelado.

A atividade - que tem sido realizada ao longo de 2009 em diversos locais da região metropolitana do Rio de Janeiro - integra o calendário de sessões gratuitas de observação celeste através de telescópios e faz parte das comemorações referentes ao Ano Internacional de Astronomia (AIA 2009 - www.astronomia2009.org.br).

A observação do céu no Grande Rio é organizada pelo Museu de Astronomia e Ciências Afins (MAST) em parceria com o Observatório Nacional, a Fundação Planetário do Rio de Janeiro, o Observatório do Valongo e o Grupo de Astronomia NGC-51.

Quem perder a atividade no dia 30, pode fazê-la em outras ocasiões. Todas as quartas-feiras e sábados, a partir das 17h30, o MAST oferece sessões de observação celeste no campus do Museu, em São Cristóvão - Rua General Bruce, 586. Às 17h30, há exibição de um vídeo sobre Astronomia, seguida por uma palestra sobre "O Céu do Mês" às 18h. Finalmente, às 18h30, inicia-se a observação do céu, com a utilização telescópios, dentre eles a Luneta Equatorial de 21cm, construída no início do século XX.

JB Online

Satélite sul-coreano não entrou em órbita prevista

O primeiro foguete espacial sul-coreano decolou nesta terça-feira do centro espacial de Goheung, 475 km ao sul de Seul, mas fracassou em sua missão de colocar em órbita o satélite de pesquisa que transporta, informaram dirigentes sul-coreanos.

As imagens da televisão mostraram o primeiro módulo do lançador KSLV-1 (Korea Space Launch Vehicle-1) se soltando do segundo menos de cinco minutos depois do lançamento do foguete às 17h00 (5h00 de Brasília).

O foguete depois colocou em órbita um satélite científico de 100 kg de fabricação sul-coreana, anunciou o diretor do instituto coreano de pesquisa aeroespacial, Lee Joo-jin. Mas o artefato não entrou na órbita prevista, impedindo a comunicação com as equipes de controle em terra.

"Todos os aspectos do lançamento foram normais, mas o satélite foi além da órbita prevista e alcançou uma altitude de 360 km", declarou Ahn Byong-man, ministro da Ciência e Tecnologia.

O lançamento do KSLV-1, que inicialmente devia ter acontecido na semana passada, foi cancelado por problemas nos computadores.

A Coreia do Sul já lançou 10 satélites, todos colocados em órbia por foguetes estrangeiros.

AFP - Todos os direitos de reprodução e representação reservados. Clique aqui para limitações e restrições ao uso.

Jornal noticia suposto aparecimento de óvnis na China

Várias pessoas disseram ter visto objetos voadores não identificados (óvnis) nos céus da província de Shandong, no leste da China, informou nesta terça o jornal China Daily.

Os objetos, luminosos e com a forma de um prato, foram vistos nas localidades de Binzhou e Shouguang, situadas a aproximadamente cem quilômetros uma da outra.

Esta foi uma das poucas vezes em que a imprensa oficial publicou notícias e fotos sobre supostos óvnis, embora, em maio, o Diário do Povo, porta-voz do Partido Comunista da China (PCCh), também tenha relatado um fato similar.

Pesquisas publicadas em 2003 pela não governamental Sociedade de Ufologia da China revelaram que um em cada cinco casos de contato visual com óvnis no mundo acontece em território chinês, onde metade da população acredita na existência de discos voadores.

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Coreia do Sul lança seu 1º foguete espacial

A Coreia do Sul lançou nesta terça, pela primeira vez em sua história, um foguete espacial, às 17h (5h, Brasília). Após o lançamento o país colocou em órbita um satélite científico. O país se torna, assim, a décima potência espacial do mundo, após o lançamento dos 33 metros e 140 toneladas do Naro-1, desenvolvido com ajuda técnica da Rússia.

O foguete, também conhecido como KSLV-1, subiu ao céu da província de Jeolla - 485 quilômetros ao sul de Seul - na hora prevista e, segundo a agência de notícias Yonhap, completou as duas fases com sucesso e pôs o satélite na órbita terrestre.

O trajeto do veículo espacial foi acompanhado pelo olhar atento dos cientistas da agência espacial sul-coreana (Kari), por especialistas russos e pelo primeiro-ministro Han Seung-soo. Apesar dos contínuos atrasos, o último na quarta-feira passada a menos de oito minutos de acionar os propulsores, a Coreia do Sul conseguiu iniciar sua corrida espacial sem que se tenha detectado problemas durante os primeiros momentos da missão.

Segundo Lee Joo-jin, presidente da Kari, o sucesso do lançamento ajudará a Coreia do Sul a se tornar independente em matéria aeroespacial e contribuirá para o desenvolvimento de tecnologias de vanguarda.

O lançamento, motivo de orgulho nacional e seguido por milhares de pessoas das praias próximas, procura o reconhecimento internacional e o início de um programa espacial inteiramente sul-coreano. Apesar de a Coreia do Sul já ter lançado 11 satélites próprios, é a primeira vez que o faz com um foguete desenvolvido por seus cientistas, ainda que com ajuda russa.

A Coreia do Sul investiu 284 milhões de euros em seu primeiro foguete espacial e cerca de 200 milhões de euros no centro espacial de onde se realizou o lançamento.

 O foguete KSLV-1 sube ao céu da província de Jeolla

O foguete KSLV-1 sube ao céu da província de Jeolla

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Nasa adia lançamento do Discovery por mau tempo

A Nasa (agência espacial americana) decidiu cancelar, devido ao mau tempo, o lançamento da nave Discovery na madrugada desta terça-feira.

A partida da nave estava prevista para esta terça, com destino à Estação Espacial Internacional (ISS) em uma missão de 13 dias. A Discovery mandaria para a ISS cerca de 7 toneladas de suprimentos.

A agência americana voltará a tentar o lançamento do ônibus espacial amanhã às 2h10 (Brasília).

"A tentativa de lançamento da nave Discovery foi suspensa na madrugada de terça-feira devido ao mau tempo na área", afirmou a Nasa em breve comunicado.

O Discovery tem como missão entregar quase sete toneladas de provisões e equipamento, além de seis ratos para fazer experimentos sobre perda de massa óssea.

A missão de 13 dias, que incluirá três caminhadas espaciais de seis horas e meia cada, conta pela primeira vez com dois astronautas hispânicos, os especialistas John Olivas e José Hernández, ambos de origem mexicana.

Hernández, 47 anos, deve enviar atualizações bilíngues de sua primeira viagem espacial através do Twitter. Os outros tripulantes são o especialista sueco Christer Fuglesang, da Agência Espacial Europeia (ESA), e os também especialistas americanos Patrick Forrester e Nicole Stott.

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segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Nasa dá sinal verde para lançamento do Discovery

A Nasa autorizou nesta segunda-feira o abastecimento do tanque externo do ônibus espacial Discovery para seu lançamento nas primeiras horas desta terça-feira, em direção à Estação Espacial Internacional (ISS), informou um porta-voz do Centro Espacial Kennedy.

O abastecimento começou às 16h11 local (17h11 Brasília) desta terça-feira, diante de 80% de probabilidade de condições meteorológicas favoráveis para a decolagem.

O lançamento do Discovery, com sete astronautas a bordo, está previsto para a 01h36 local desta terça (02h36 Brasília) da plataforma 39A do Centro Espacial Kennedy, em Cabo Canaveral (Flórida).

São abastecidos com hidrogênio e oxigênio líquido os três motores criogênicos do ônibus espacial, que durante os dois primeiros minutos garantirão 80% do impulso, antes de serem descartados e caírem no oceano.

A missão do Discovery, de 13 dias, tem por objetivo entregar alimentos e materiais à ISS, além de transportar um novo alojamento, uma esteira de exercícios e equipamento para estudos científicos.

O diretor de lançamento, Pete Nickolenko, precisou que a Nasa tem quatro janelas de lançamento para o Discovery, entre 25 e 30 de agosto.

Este será o quarto voo do Discovery em 2009, de cinco previstos. É ainda o voo 128 de um ônibus espacial e o 30º destinado à construção da ISS.

Após esta missão, serão realizados apenas mais seis voos de ônibus espacial antes da retirada das três naves (Endeavour, Discovery e Atlantis) de operação, em setembro de 2010.

O Discovery levará à ISS a astronauta americana Nicole Stott, que substituirá na Estação Espacial seu compatriota Tim Kopra, que voltará à Terra.

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Cientistas fotografam raio subindo de tempestade ao espaço

Cientistas americanos capturaram a imagem de um raio com mais de 64 km de comprimento subindo de uma tempestade em direção ao espaço. A foto foi um golpe de sorte, já que a imagem durou apenas um segundo.

Esses eventos meteorológicos, subindo em direção às camadas inferiores do espaço, são vistos muito raramente e costumam ser chamados, em inglês, de gigantic jets, ou jatos gigantes, em tradução literal. Embora não ocorram toda vez que há um raio, tendem a ser muito mais longos do que os raios descendentes.

"Apesar de condições de visibilidade ruins resultantes de lua cheia e neblina na atmosfera, fomos capazes de capturar o jato gigante", disse o líder do estudo, Steven Cummer, da Duke University, na Carolina do Norte. O estudo de Cummers foi publicado esta semana na revista científica Nature Geoscience.

Revelações
Imagens de jatos gigantes só foram registradas cinco vezes desde 2001. A imagem do raio e as medidas do campo magnético obtidas pelos pesquisadores da Duke University estão permitindo que os cientistas tenham uma compreensão melhor desses raros eventos.

"Esta confirmação das descargas elétricas visíveis se estendendo a partir do topo da tempestade em direção à borda da ionosfera (região da atmosfera situada acima de 50 km de altitude) oferece importantes revelações sobre processos que ocorrem no circuito elétrico global da Terra", disse Brad Smull, diretor da National Science Foundation, entidade que financiou o estudo.

"Nossas medições mostram que jatos gigantes são capazes de transferir descargas elétricas significativas para as camadas inferiores da ionosfera", disse Cummer. "O que nos surpreendeu foi o tamanho do evento", acrescentou.

Segundo Cummer, as medições feitas por sua equipe sugerem que as descargas de eletricidade produzidas por raios descendentes e ascendentes sejam semelhantes. Entretanto, os jatos gigantes viajam mais longe e mais rápido do que os raios convencionais, porque o ar mais rarefeito entre as nuvens e a ionosfera oferece menor resistência. Os cientistas não sabem que condições meteorológicas ou tipos de tempestades favorecem a ocorrência de jatos gigantes.

Imagens raras
Especialistas têm dificuldade de obter imagens dos raios ascendentes porque, além de raros, têm duração tão curta que as câmeras precisam estar apontadas para eles no momento preciso em que ocorrem. Cummer capturou a imagem do jato gigante quase por acidente. Ele mantém uma câmera de vídeo apontada para o céu e programada para começar a filmar quando condições meteorológicas específicas ocorrem.

Simultaneamente, um outro aparelho mede constantemente emissões de rádio na mesma região para capturar eventos elétricos. Um sistema de navegação por satélite garante que todas as leituras dos aparelhos sejam sincronizadas. O equipamento, no entanto, tinha sido ajustado para fotografar um outro fenômeno.

Agora, o pesquisador planeja instalar uma câmera de luz baixa e alta velocidade para capturar imagens de jatos gigantes em cor, o que pode oferecer informações adicionais sobre os processos químicos e as temperaturas associadas ao fenômeno envolve.

O raio, com mais de 64 km de comprimento, foi fotografado durante estudo de Steven Cummer, da Duke University, na Carolina do Norte

O raio, com mais de 64 km de comprimento, foi fotografado durante estudo de Steven Cummer, da Duke University, na Carolina do Norte

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Satélite fotografa vestígios deixados por astronautas na Lua

Imagens captadas pelo satélite Lunar Reconnaissance Orbiter (LRO) mostra os vestígios deixados por astronautas em uma das missões Apollo. As pegadas são de Alan Shepard e Edgar Mitchell, que fizeram a alunissagem há 38 anos.

Os dois deveriam se aproximar de uma cratera chamada Cone, na região lunar de Fra Mauro, mas não obtiveram êxito.

Shepard e Mitchell chegaram ao satélite em 1971 durante a missão Apollo 14. Quando pousaram com o módulo Antares, a cratera estava a uma distância de 1,4 km em um caminho acidentado que fez os astronautas desistirem.

A Apollo 14 foi a terceira das seis missões que aterrissaram na Lua entre 1969 e 1972. Na fotografia original, segundo o jornal espanhol El Mundo, também podem ser vistos o módulo Antares e um experimento científico que os astronautas realizaram.

Astronautas Alan Shepard e Edgar Mitchell pousaram na região de Fra Mauro durante missão Apollo 14 em 1971

Astronautas Alan Shepard e Edgar Mitchell pousaram na região de Fra Mauro durante missão Apollo 14 em 1971

Terra Chile

sábado, 22 de agosto de 2009

Calderón felicita astronauta mexicano que viajará em missão da Nasa

O presidente do México, Felipe Calderón, conversou hoje por telefone e felicitou o engenheiro mexicano José Hernández pela conquista que representa para o astronauta a viagem ao espaço que começará na próxima terça-feira em uma nova missão da Nasa (agência espacial americana).

O presidente disse a seu compatriota que está "muito orgulhoso", "contente" e "emocionado" que ele vá colocar "literalmente muito, muito alto" o nome de seu país, segundo uma transcrição do diálogo divulgada pela Presidência do México.

Hernández será o engenheiro de voo da missão que a nave Discovery da Nasa começará na madrugada da próxima terça-feira, que tem como destino a Estação Espacial Internacional (ISS).

Em nome de todos os mexicanos Calderón lhe enviou uma "enorme felicitação" e manifestou sua admiração pelo fato de que um mexicano viaje ao espaço com a Nasa.

EFE - Agência EFE - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização escrita da Agência EFE S/A.

Estudo desvenda origem de fluxo misterioso no espaço

Um misterioso fluxo de partículas detectado no universo fez nascer a esperança entre os astrônomos de que esta seja a primeira observação de componentes que podem ter originado a matéria escura - uma das questões ainda obscuras da astrofísica. No entanto, uma equipe de cientistas da Universidade de Gotemburgo, na Suécia, acreditam que exista uma outra explicação para a existência do fluxo.

Estudos independentes descobriram recentemente que a matéria misteriosa era constituída de elétrons e pósitrons. Após a apresentação de diversas teorias sobre sua composição, os especialistas sugeriram que essas partículas resultaram da decomposição de matéria escura - o material hipotético que se acredita influenciar na rotação das galáxias. Porém, outros resultados publicados pelos pesquisadores suecos indicaram que o fluxo misterioso pode haver surgido, na realidade, da explosão de estrelas, conhecidas como supernovas.

Supernova remanescente
Segundo Julia Becker, do Departamento de Física da Universidade de Gotemburgo, o conteúdo misterioso é remanescente de uma supernova 15 vezes mais massiva que o Sol, provocada pela morte de uma estrela que explodiu na Via Láctea. Um artigo escrito por Becker e seus colegas também foi publicado na revista científica Physical Review Letters.

Segundo os cientistas, quando uma estrela desse porte explode, a maior parte do material em sua composição é ejetada pelo universo por meio do vento estelar - este gerado no início do processo de morte, quando a estrela perde parte da massa original.

Onda de choque no espaço
Elétrons e pósitrons são acelerados durante o processo, criando uma onda de choque semelhante à que se forma quando um avião ultrapassa a barreira do som.

Para Julia Becker e seus colegas, esta grande onda de choque foi a responsável por criar o fluxo de partículas que os cientistas observaram atônitos. "Isso significa que tenho receio que os cientistas tenham que encontrar outro método de identificação da matéria escura", completou.

A V838 Monocerotis, uma das estrelas mais brilhantes da Via Láctea; cientistas acreditam que fluxo misterioso venha de estrelas que morreram

A V838 Monocerotis, uma das estrelas mais brilhantes da Via Láctea; cientistas acreditam que fluxo misterioso venha de estrelas que morreram

Redação Terra

Nasa inicia contagem para lançamento do Discovery

Os engenheiros da Nasa (agência espacial americana) iniciaram nesta sexta-feira a contagem regressiva para a partida do "Discovery" em missão à Estação Espacial Internacional (ISS), que pela primeira vez na história terá dois tripulantes hispânicos.

A conta regressiva começou às 23h (meia-noite, Brasília) e as previsões apontam boas condições de tempo para o lançamento, previsto para as 02h36 (Brasília) de terça-feira.

"Os sistemas estão funcionando e não temos problemas até agora", afirmou o diretor de testes da Nasa, Steve Payne, pouco antes de começar a contagem regressiva para a missão STS-128.

"A tripulação, o veículo e a equipe de lançamento estão prontos para a partida", explicou a jornalistas no Centro Espacial Kennedy, na Flórida. Segundo informou Kathy Winters, do serviço meteorológico da Nasa, existem 70% de chances de haver bom tempo tanto no momento do lançamento como na hora do abastecimento com combustível.

A missão de 13 dias, que incluirá três caminhadas espaciais, inclui pela primeira vez dois astronautas hispânicos, os especialistas John Olivas e José Hernández, ambos de origem mexicana.

Os outros tripulantes são o especialista sueco Christer Fuglesang, da Agência Espacial Europeia (ESA), e os também especialistas americanos Patrick Forrester e Nicole Stott.

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sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Arianespace lança mais 2 satélites ao espaço

O consórcio espacial europeu Arianespace lançará nesta sexta-feira ao espaço o satélite de telecomunicações JCSAT, do grupo japonês SKY Perfect JSAT, e o australiano OPTUS D3, da operadora OPDUS.

A previsão é que o foguete "Ariane 5", com os dois satélites, decole da base de Kuru, na Guiana Francesa, entre as 19h09 e as 20h09 de Brasília, informou a Arianespace.

O JCSAT, de quatro toneladas e construído pela empresa americana Lockheed Martin, oferecerá serviços de telecomunicações ao Japão, à região Ásia-Pacífico, à Oceania e ao Havaí por pelo menos 15 anos, que é o tempo estimado de sua vida útil.

Já o satélite geoestacionário OPTUS D3 transmitirá sinais de TV à Austrália e à Nova Zelândia. Desenvolvido pela Orbital Sciences, o instrumento, de 2,5 toneladas, também tem uma vida útil de 15 anos.

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Coreia do Sul remarca para dia 25 lançamento de foguete

A Coreia do Sul fixou hoje o próximo dia 25, terça-feira, como a data do lançamento de seu primeiro foguete espacial, que chegou a ser cancelado na quarta passada já com a contagem regressiva aberta.

O Ministério da Educação, Ciência e Tecnologia informou que a nova data foi fixada levando em conta as condições meteorológicas.

O lançamento do "KSLV-1 ("Naro-1), que levará a bordo um satélite científico, estava previsto para quarta-feira no centro espacial de Naro, no sul do país, mas foi adiado 7 minutos e 56 segundos antes do fim da contagem regressiva por um problema técnico.

É o primeiro passo da corrida espacial da Coreia do Sul, que aspira ser a décima potência mundial na área graças a esse foguete, construído com colaboração russa.

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quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Físico espera desenvolver capa de invisibilidade em 2 anos

Um físico da Escócia que vem trabalhando no desenvolvimento de um manto de invisibilidade disse esperar conseguir fazer grandes avanços no projeto dentro dos próximos dois anos. Ulf Leonhardt, professor da Universidade St. Andrews, pretende utilizar os chamados metamateriais - ou "átomos projetados especialmente" - para criar um equipamento que torne um objeto invisível usando as leis da refração.

Segundo ele, ao "dobrar" a luz, materiais transparentes como o vidro ou a água parecem distorcer a geometria espacial, o que é a causa de muitas ilusões de óptica, inclusive a invisibilidade. "A ideia da invisibilidade fascina as pessoas há milênios, tendo inspirado muitas fábulas, romances e filmes", disse.

Inspiração
Leonhardt conta ter se inspirado nas aventuras da Mulher Invisível e do mago Harry Potter para o protótipo que ele está criando. O cientista faz pesquisas sobre invisibilidade desde 2006.

Ele reconhece que é difícil prever quais seriam as possíveis aplicações de seu manto, mas sugere que esse tipo de pesquisa poderia ser utilizada para melhorar a visibilidade, levando ao desenvolvimento de melhores retrorefletores, microscópios e lentes. "O mais importante é entender as bases e conseguir algo novo, ou levar a extremos uma ideia já existente, usando uma tecnologia que não podemos nem imaginar que exisitia", disse.

No último mês de maio, cientistas americanos das universidades de Cornell e Berkley conseguiram criar uma nova versão de uma espécie de capa, que torna objetos tridimensionais invisíveis sob luz infra-vermelha. Em 2006, uma equipe de cientistas britânicos e americanos testou uma versão anterior da capa em laboratório. O manto - na verdade um equipamento circular, feito com dez anéis de fibra de vidro cobertos com materiais à base de cobre - fez com que as ondas emitidas pelo radar se desviassem do objeto e se reencontrassem do outro lado, como se tivessem passado por um espaço vazio.

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