quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Nasa confirma lançamento da nave "Atlantis" para novembro

A Nasa (agência espacial americana) confirmou hoje 16 de novembro como data para o lançamento da nave "Atlantis" em uma missão de abastecimento à Estação Espacial Internacional (ISS).

A partida do ônibus espacial em uma missão de 11 dias será às 17h28 (Brasília) a partir do Centro Espacial Kennedy, em Cabo Canaveral (Flórida).

O anúncio foi feito após uma reunião de engenheiros e técnicos da Nasa em que ficou determinado que todos os sistemas e equipamentos já estão prontos para a missão.

O ônibus "Atlantis" terá como objetivo instalar equipamentos na parte exterior da estação e, dentro da missão, estão incluídas três caminhadas para a colocação de duas plataformas na viga central do complexo.

As plataformas serão utilizadas para o armazenamento de peças que servirão às operações da ISS depois da retirada da frota de naves dos EUA, no final de 2010.

Em seu retorno, a nave "Atlantis" trará a bordo a astronauta Nicole Stott, que esteve na estação espacial nos últimos dois meses.

EFE
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Foguete Ariane-5 coloca dois satélites de televisão em órbita

Um foguete Ariane-5 colocou dois satélites de televisão em órbita depois de decolar da Guiana Francesa nesta quinta-feira, disseram autoridades espaciais.

O foguete decolou do centro de lançamento da Agência Espacial Europeia em Kourou às 17h (18h em Brasília).

Vinte e sete minutos depois, o foguete liberou o satélite NSS-12 da operadora de telecomunicações sediada em Luxemburgo SES Global.

O NSS-12 vai fornecer televisão e telecomunicações para a Europa, África, Oriente Médio, Ásia e Austrália. Foi construído nos EUA pela Space Systems/Loral.

Cinco minutos depois do primeiro lançamento, o Thor-6 da operadora norueguesa Telenor se separou do foguete.

O Thor vai transmitir imagens de televisão para a Escandinávia e para o leste da Europa.

O Thor foi construído pela fábrica de satélites franco-italiana Thales Alenia Space.

Reuters
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Nasa divulga imagem com mapeamento da energia do universo

Mapa mostra detecção de raios gama do universo extremo feita pelo satélite espacial Glast Foto: Nasa/DOE/Fermi LAT Collaboration/Divulgação

Mapa mostra detecção de raios gama do universo extremo feita pelo satélite espacial Glast

A Nasa, agência espacial americana, divulgou nesta quarta-feira um mapa do universo distante construído a partir de um ano de observações de raios gama realizadas pelo satélite Glast (também conhecido como Fermi), que explora a energia que compõe o espaço. O mapa mostra a taxa na qual o observatório detecta os raios gama com energia acima dos 300 milhões de elétrons-volts - que equivalem a 120 milhões de vezes a energia da luz visível - em diferentes direções do céu.

Segundo a Nasa, durante seu primeiro ano de operações, o telescópio mapeou o céu distante com resolução sem precedentes e alta sensibilidade. O Glast identificou mais de mil fontes de raios gama, ajudando os cientistas a compreender melhor a estrutura de espaço e de tempo do universo.

As medições feitas pelo satélite levaram a Nasa a continuar acreditando nas previsões de Albert Einstein em que a radiação eletromagnética viaja no vácuo com a mesma velocidade. Por enquanto, a agência descartou a criação de novas teorias para o espaço-tempo.

O Glast foi lançado em 11 de Junho de 2008 em uma missão para estudar fenômenos astrofísicos e cosmológicos nos núcleos das galáxias, pulsares, matéria escura, além de outras fontes de alta energia.

Arianespace lançará 2 satélites para TV ao vivo

O consórcio espacial europeu Arianespace lançará nesta quinta-feira os satélites de telecomunicações NSS-12 e Thor-6, que oferecerão serviços de televisão ao vivo na Europa, Oriente Médio, África, Ásia e Austrália.

Os dois satélites, que serão colocados em órbita por um foguete Ariane-5 de mais de 50 m de altura a partir da base de Kuru, na Guiana francesa, terão uma vida útil mínima de 15 anos. O NSS-12 pertence ao operador Ses World Skies, uma filial do grupo Euronext.

O satélite estará equipado com 48 receptores de banda Ku e 40 de banda C, para oferecer televisão ao vivo na Europa, Oriente Médio, África, Ásia e Austrália. O outro satélite do Ariane-5, o Thor-6, é de propriedade da Telenor Satellite Broadcasting, filial do operador norueguês Telenor.

Com a missão de oferecer também serviços de televisão ao vivo nos países nórdicos e na Europa Central, o Thor-6 levará a bordo 36 receptores de banda Ku.

EFE
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quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Rússia desenvolverá naves espaciais movidas a energia nuclear

A Roscosmos, agência espacial russa, anunciou nesta quarta que planeja desenvolver naves espaciais movidas a energia nuclear a fim de manter a liderança na conquista do espaço.

"O projeto ajudará a impulsionar a indústria astronáutica nacional e a tecnologia espacial a um nível completamente novo, ultrapassando as descobertas de outros países", afirmou Anatoli Perminov, chefe da Roscosmos, segundo a agência Interfax.

Perminov explicou que as novas naves tripuladas permitirão pôr em prática ambiciosos programas espaciais, agora considerados inalcançáveis, como a prospecção da Lua e de Marte.

O desenho do novo foguete equipado com reatores de geração de energia atômica ficará pronto em 2012, previu Perminov, ao estimar em US$ 580 milhões o investimento necessário para o financiamento do projeto durante os próximos nove anos.

"É um projeto único", ressaltou Perminov, explicando que os reatores utilizados serão muito mais potentes do que os dos satélites soviéticos, que tinham autonomia de um ano.

Especialistas russos em cosmonáutica sustentam que a prospecção de Marte e a instalação de uma base permanente na Lua não será possível para a indústria espacial russa até que esta desenvolva um novo sistema de propulsão e de fornecimento de energia. O presidente russo, Dmitri Medvedev, disse hoje que "o projeto é muito sério" e pediu para que o Governo "encontre fundos" para financiá-lo.

A partir do momento em que os Estados Unidos aposentarem sua última nave espacial, o que está previsto para 2010, as naves russas Soyuz serão as únicas nas quais será possível viajar para a Estação Espacial Internacional.

Em princípio, a Nasa, agência espacial americana, deve concluir o desenvolvimento de sua nova nave para o final da próxima década.

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Detectada estrela mais distante e antiga do universo

Reconstrução artística da explosão gerada pela estrela gigante; ela morreu há 13 milhões de anos, mas seu último raio de luz chegou à Terra há seis ... Foto: Divulgação/Nasa/EFE

Reconstrução artística da explosão gerada pela estrela gigante; ela morreu há 13 milhões de anos, mas seu último raio de luz chegou à Terra há seis meses

Um grupo internacional de cientistas detectou a estrela mais distante e antiga encontrada até agora, confirmando que os corpos celestes já existiam quando o universo era apenas um jovem de 600 milhões de anos. Esta estrela supermassiva, centenas de vezes maior que o Sol, explodiu há 13 milhões de anos, gerando uma imensa radiação cujo último raio de luz chegou à Terra apenas seis meses atrás. As informações são da agência EFE.

A descoberta mostra que estrelas maciças começaram a se formar somente 630 milhões de anos depois do Big Bang - o instante do nascimento do Universo há 13,7 bilhões de anos. Uma forte emissão de raios gamas, o fenômeno mais violento e luminoso do universo, gerado por uma estrela ao final de sua vida, foi detectado pelo satélite americano Swift, da Nasa (agência espacial americana) e por telescópios terrestres, em abril passado.

Os responsáveis pela descoberta são os astrofísicos Javier Gorosabel e Alberto Castro-Tirado, do Instituto de Astrofísica de Andalucía, do Conselho Superior de Investigações Científicas (CSIC, na sigla em espanhol), e Alberto Fernández Soto, do Instituto de Física da Cantabria. A equipe publicou um estudo na revista científica britânica Nature com as conclusões da observação espacial.

Outras duas equipes de astrônomos, dirigidas respectivamente por Nial Tanvir (Universidade de Leicester, Reino Unido) e Ruben Salvaterra (Instituto Nacional de Astromia, Itália) conseguiram medir a defasagem do espectro do violeta ao vermelho para calcular a extensão das ondas de raios luminosos.

Essa forte defasagem, que os astrônomos designam pelo termo em inglês "redshift", alcançou 8,2 nessa emissão gama (chamada "GRB 090423"), um recorde jamais registrado até então. O "redshift" foi se incrementando em função da viagem dos fótons antes de alcançar a Terra, uma vez que enquanto a luz se deslocava no espaço-tempo, a expansão do universo prosseguia.

Essa emissão de raios gama "aconteceu quando o universo era nove vezes menor que agora", explica o astrônomo Bing Zhang, da Universidade de Nevada, nos Estados Unidos. Até agora, o objeto astronômico mais velho detectado era uma galáxia com um "redshift" de 6,96, isto é, originada 150 milhões de anos depois que a emissão de raios gama começasse sua longa viagem para marcar um novo recorde.

Com informações do jornal espanhol El Mundo e da agência AFP

Nasa realiza teste "bem-sucedido" de protótipo de foguete

A Nasa (agência espacial americana) qualificou nesta quarta-feira como bem-sucedida a prova do protótipo do foguete Ares I, que alcançou uma altura de 45,6 metros em seis minutos de teste, com um custo de US$ 445 milhões.

O lançamento de Ares I-X, com quase 100 metros de comprimento, foi realizado às 13h30 (horário de Brasília) da rampa 39B do Centro Espacial Kennedy, no sul da Flórida, e subiu rumo à direção leste até que alcançou uma velocidade 4,6 vezes maior que a do som.

Dois minutos depois do lançamento e quando o aparelho estava a quase 42 mil metros sobre a superfície do mar, o tanque de combustível sólido se separou, acionou seus paraquedas e desceu no Oceano Atlântico, a 240 quilômetros a leste da Flórida, onde será recuperado por navios americanos para inspeção.

O segundo segmento do protótipo - que no foguete real também estará carregado de combustível - e uma seção que simulou a cabine na qual viajarão astronautas continuaram em trajetória parabólica até 45 mil metros de altura, mas não serão recuperados após sua queda perto de uma região a cerca de 250 quilômetros a leste da Flórida, também no mar.

"Este foi um passo enorme rumo às metas de prospecção da Nasa", disse o diretor de sistemas de missão da agência, Douglas Cooke. "A prova do Ares I-X proporciona à Nasa uma grande quantidade de dados que serão usados para melhorar o desenho e a segurança da próxima geração de veículos espaciais americanos, que poderão levar os seres humanos novamente além das órbitas baixas da Terra", disse Cooke.

O Ares I, que é o segundo foguete mais alto fabricado pelos Estados Unidos desde o Saturn V, que levaram as cápsulas tripuladas do programa Apolo na exploração da Lua há quatro décadas, é crucial para os planos de prospecção da Nasa.

A agência retirará de serviço em 2010 o restante de sua frota de naves espaciais que estiveram à frente das missões orbitais nas últimas décadas, e a Nasa retornará ao sistema de lançamento de cápsulas com foguetes descartáveis.

A princípio, o Ares I colocará em órbita as cápsulas "Orion" em missões de órbita baixa da Terra e visitas à Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês), um complexo de mais de US$ 100 bilhões no qual participam 16 nações.

O Ares I também faz parte dos planos da Nasa para retomar a prospecção humana na Lua para o ano 2020.

A prova do protótipo Ares I-X foi efetuada com um dia de atraso, já que a Nasa precisava de boas condições de visibilidade para que os técnicos fotografassem e filmassem todos os detalhes do lançamento e trajetória do foguete. Durante dois dias as condições meteorológicas foram instáveis.

O lançamento foi adiado seis vezes no primeiro dia, e outras cinco no segundo, até que os meteorologistas encontraram um período propício, de alta visibilidade e de baixos ventos.

A presença de nuvens altas também era causa de preocupação da Nasa, já que quando um foguete atravessa esse tipo de formação pode causar um fenômeno no qual a eletricidade estática pode danificar os instrumentos a bordo.

Depois do teste bem-sucedido, a Nasa ainda aguardará as decisões do Congresso e do Governo do presidente Barack Obama sobre o futuro da prospecção americana no espaço.

Alguns críticos da agência sustentam que a Nasa deveria dar por terminado todo o programa "Ares" e buscar foguetes propulsores no setor privado.

EFE
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Nasa lança com sucesso foguete experimental Ares 1-X

Veja lançamento do foguete Ares 1-X

A Nasa, agência espacial americana, lançou com sucesso o protótipo do foguete experimental Ares 1-X às 13h30 (hora de Brasília) do Centro Espacial Kennedy, no sul da Flórida, Estados Unidos. O foguete é crucial para os planos de prospecção espacial da Nasa porque substituirá os ônibus espaciais que serão retirados de serviço no próximo ano.

O voo de apenas dois minutos e meio permitirá aos cientistas ter uma primeira ideia sobre a estabilidade e a segurança do lançador. Apenas o primeiro módulo do Ares 1-X (X significa experimental), derivado dos dois foguetes de apoio, será testado; o segundo módulo e a carga útil são réplicas que cairão no oceano Atlântico após o lançamento.

Os dados que interessam à Nasa serão coletados por mais de 700 captores espalhados por todo o Ares 1-X, que tem 99,6 m de altura. Serão necessários meses de análises para chegar a uma conclusão concreta.

Com informações da agência AFP e EFE

Nasa se prepara para 2ª tentativa de lançamento do Ares 1-X

Veja como foi construído o foguete Ares 1-X

A Nasa, agência espacial americana, completou a remoção do andaime rotatório em torno do protótipo de foguete Ares 1-X, que ficou pronto para uma segunda tentativa de lançamento em um teste de dois minutos que custará mais de US$ 435 milhões.

Os meteorologistas da Nasa previram que haverá apenas 40% de probabilidades de condições favoráveis ao lançamento, que foi marcado para as 11h08 de Brasília, no Centro Espacial Kennedy, no sul da Flórida.

O período favorável para o lançamento do Ares 1-X se estende até as 14h de Brasília. Os técnicos revisaram todos os sistemas do protótipo de foguete, após uma noite de tempestades na região que incluiu pelo menos 154 raios em um raio de cerca de oito quilômetros da rampa 39B de Cabo Canaveral.

O foguete Ares é crucial para os planos de prospecção espacial da Nasa e substituirá as naves que serão retiradas de serviço no próximo ano. A principal preocupação - e causa das demoras e adiamento do lançamento ontem - continua sendo as condições meteorológicas. Esta manhã, havia sobre o Centro Espacial Kennedy muitas nuvens.

As normas da Nasa proíbem os lançamentos de foguetes nessas condições, já que a passagem do foguete através do manto de nuvens pode causar a criação de eletricidade estática, o que pode danificar os instrumentos do míssil.

EFE
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terça-feira, 27 de outubro de 2009

Asteroide explode sobre a Indonésia, diz Nasa

Um asteroide de 5 a 10 m de diâmetro explodiu na atmosfera sobre o território da Indonésia com uma potência de 50 quilotons, três vezes maior que a da bomba atômica lançada sobre Hiroshima, informou nesta terça-feira a Nasa, agência espacial americana).

O asteroide impactou a atmosfera com uma velocidade de 65 mil km/h e a uma altura de 15 a 20 km. A explosão, que aconteceu no dia 8 de outubro, causou pânico na população da região indonésia de Bone, em Sulawesi do Sul, acrescentou a Nasa. "A geolocalização por infrassom não é suficientemente precisa para determinar se o corpo explodiu sobre água ou terra, mas foi relativamente perto do litoral", segundo a agência.

A imprensa indonésia informou no dia 8 de outubro sobre "um poderoso estampido perto das 11h locais", e outros relatórios posteriores sugeriram que poderia se tratar de um meteorito. Os meios de comunicação locais identificaram com mais detalhe o meteoro ígneo brilhante, acompanhado por uma explosão e uma nuvem de pó, e "finalmente apareceu no YouTube um vídeo que mostra uma grande nuvem que corresponde a um corpo brilhante", continuou o relatório da Nasa.

Posteriormente, todas as estações de infrassom do Sistema Internacional de Vigilância (IMS, na sigla em inglês), que fazem parte do Tratado para a Proibição Completa dos Testes Nucleares, examinaram a informação científica disponível. Onze estações mostraram "sinais prováveis de uma poderosa explosão perto da latitude 4,5 sul, 120 leste, com uma hora de origem aproximadamente às 1h (no horário de Brasília) de 8 de outubro".

A Nasa apontou que era notável que muitas estações do IMS, incluindo cinco que estão a mais de 10 mil km do local e uma a quase 18 mil km, tenham detectado o fenômeno. Estas observações "indicam que a fonte da explosão foi de uma energia total muito alta", acrescentou. Os especialistas calcularam depois que a potência da explosão foi de cerca de 50 quilotons, ou seja, três vezes maior que a energia liberada pela bomba atômica lançada sobre Hiroshima (Japão), em 1945.

EFE
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Nasa adia lançamento do foguete Ares 1-X para quarta

Veja como foi construído o foguete Ares 1-X

A Nasa (agência espacial americana) adiou para quarta-feira o lançamento do protótipo de foguete Ares 1-X, devido a problemas técnicos menores e a condições meteorológicas pouco favoráveis. Antes do cancelamento de hoje, a Nasa teve que adiar várias vezes o lançamento a partir do Centro Espacial Kennedy, que serviria como um teste de um futuro propulsor de naves.

O período propício para o lançamento começou às 10h de Brasília e, quase três horas e meia depois, os técnicos e diretores de missão decidiram deixar a operação para amanhã, quando deve haver melhores condições meteorológicas.

O foguete, de 100 metros de altura e pronto para um teste que custará US$ 445 milhões, consiste em dois segmentos, um real e com combustível sólido e outro oco para configurar o tamanho e peso do Ares I real, no qual a Nasa coloca suas esperanças para o transporte de astronautas em baixas órbitas depois da era das naves.

O adiamento de hoje foi devido, em parte, às condições meteorológicas em transformação na área da Flórida onde fica o centro Kennedy, com ventos fortes e nuvens altas. A passagem de um foguete deste tipo através das nuvens pode causar transtornos elétricos que prejudicam os instrumentos a bordo.

Também houve dificuldades para rasgar a cobertura plástica no teto do foguete, o propulsor mais longo do mundo, apesar dos repetidos puxões com uma corda que, finalmente, arrebentou. A princípio, o lançamento de amanhã acontecerá a partir das 10h de Brasília.

EFE
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Lançamento do foguete Ares 1-X é atrasado por mau tempo

O primeiro lançamento nesta terça-feira do protótipo do foguete experimental americano 1-X foi atrasado 29 minutos devido ao mau tempo, anunciou a Nasa. As previsões meteorológicas anunciavam 40% de possibilidades de que as condições meteorológicas eram boas.

O lançamento do foguete, de 99,6 metros de altura, estava previsto para as 12h00 GMT da plataforma 39B do Centro Espacial Kennedy, perto de Cabo Canaveral (Flórida, sudeste).

Apenas o primeiro módulo do Ares 1-X (X significa experimental), derivado dos dois foguetes de apoio do ônibus espacial, será testado; o segundo módulo e a carga útil são réplicas que cairão no oceano Atlântico após o lançamento.

O voo de apenas dois minutos e meio permitirá aos cientistas ter uma primeira ideia sobre a estabilidade e a segurança do lançador. Os dados que interessam à agência serão coletados por mais de 700 captores espalhados por todo o Ares 1-X. Serão necessários meses de análises para chegar a uma conclusão concreta.

AFP
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Nasa se prepara para teste do foguete Ares 1 nesta terça

Veja como foi construído o foguete Ares 1-X

A Nasa fará o primeiro voo de teste do foguete Ares 1, que até 2015 será usado para levar ao espaço a cápsula Orion, sucessora do ônibus espacial, num momento de incertezas sobre que rumo tomará o programa espacial tripulado americano. O lançamento do foguete, de 99,6 metros de altura, está previsto para terça-feira às 12h00 GMT da plataforma 39B do Centro Espacial Kennedy, perto de Cabo Canaveral (Flórida, sudeste).

Apenas o primeiro módulo do Ares 1-X (X significa experimental), derivado dos dois foguetes de apoio do ônibus espacial, será testado; o segundo módulo e a carga útil são réplicas que cairão no oceano Atlântico após o lançamento.

O voo de apenas dois minutos e meio permitirá aos cientistas ter uma primeira ideia sobre a estabilidade e a segurança do lançador. Os dados que interessam à agência serão coletados por mais de 700 captores espalhados por todo o Ares 1-X. Serão necessários meses de análises para chegar a uma conclusão concreta.

"O lançador está em perfeito estado, não há nenhum problema técnico", indicou na sexta-feira Bob Ess, coordenador do programa Ares 1-X, explicando que as equipes da Nasa trabalham há três anos neste projeto. A meteorologia, no entanto, pode comprometer o teste de terça-feira, provocando um adiamento.

Mas o céu não é responsável pela única incerteza que ronda o Ares 1 e o programa Constellation, lançado em 2004 pelo então presidente George W. Bush após a catástrofe do ônibus espacial Columbia em 2003. A comissão de especialistas criada pelo presidente americano, Barack Obama, pouco depois de sua posse, enviou na última quinta-feira seu relatório final à Casa Branca, que deve agora decidir se dará continuidade ao programa.

Um resumo das principais conclusões e das cinco grandes opções propostas pela comissão já haviam sido divulgadas em agosto e debatidas no Congresso.

A principal constatação é que o orçamento dedicado à Nasa para o Constellation não é suficiente. A comissão estima que a agência espacial precisa de pelo menos mais três bilhões de dólares por ano para realizar missões tripuladas além da órbita terrestre, onde se concentrou nos últimos 30 anos com a construção da Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês).

O projeto Constellation prevê o retorno dos americanos à Lua em 2020 e missões tripuladas para Marte. Para isso, está prevista a construção da cápsula Orion, o foguete Ares 1 para levá-la e um lançador mais potente, o Ares 5, para colocar em órbita equipamentos pesados destinados a missões na Lua, como um aterrissador lunar.

Os membros da comissão sugerem ainda um cenário alternativo, chamado de "flexible path" (caminho flexível, numa tradução livre) que, ao invés de chegar ao solo lunar, propõe voos tripulados até asteróides e sobrevoos próximos à Lua e Marte que não precisem de aterrissagens complicadas.

AFP
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segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Cratera de meteorito na Letônia é armação, confirmam geólogos

Segundo os geólogos, a suposta queda de um meteorito foi uma armação protagonizada por um grupo que desejava atrair turistas com o fato Foto: AFP

Segundo os geólogos, a suposta queda de um meteorito foi uma armação protagonizada por um grupo que desejava atrair turistas com o fato

Geólogos da Letônia confirmaram nesta segunda-feira que a suposta queda de um meteorito ontem à noite em um fazenda foi uma armação protagonizada por um grupo que desejava atrair turistas com o fato. "Nos limites da cratera, é possível ver rastros de pás e que recentemente ervas daninhas foram arrancadas. Esta é a versão oficial a que chegamos", assegurou Girts Stinkulis, chefe do departamento de geologia da Faculdade de Geografia da Universidade da Letônia, à agência Baltic News Service (BNS).

O especialista acrescentou que "as dimensões da cratera não correspondem com as que costumam deixar os meteoritos". "O diâmetro e a profundidade são muito maiores", disse o geólogo, que acrescentou que sua opinião é unânime entre os experientes em meteoritos. Stinkulis opinou que o objeto incandescente que aparece nas imagens e fotografias reproduzidas pela imprensa pode ser pó de alumínio.

Quanto aos protagonistas, o professor universitário cogitou "que possivelmente tivessem a intenção de criar um escândalo ou outra coisa parecida". Com relação ao episódio, a ministra do Interior da Letônia, Linda Murnietse, afirmou à agência oficial russa Itar-Tass que os responsáveis pela piada de mau gosto devem ser castigados e terão de pagar uma grande multa.

"Se ficar provado que foi uma brincadeira terá que pagar e muito, já que por causa do incidente polícia, equipes de salvamentos e cientistas foram mobilizados, além de outras estruturas e da utilização de equipamentos muito caros", assinalou. A agência oficial russa RIA Novosti e diversos canais de televisão informaram nesta segunda-feira sobre a suposta queda meteorito ontem à noite no norte da Letônia, próximo da fronteira com a Estônia.

O meteorito teria caído em uma fazenda nos arredores da localidade de Mazsalaca e gerado uma cratera de 20 m de diâmetro. As autoridades locais, que no primeiro momento não puderam afirmar se de fato era um meteorito ou um fragmento de um satélite artificial, isolaram o local.

O russo Vladimir Svetsov, cientista do Instituto de Dinâmica de Geosferas da Academia de Ciência da Rússia, explicou hoje que os meteoritos de rocha em regra não chegam à superfície da Terra, normalmente se dissipam antes da chegada à atmosfera. Ele destacou que os meteoritos de um 1 m de diâmetro colidem com a Terra uma vez ao ano.

Svetsov detalhou que cerca de 10% do total dos meteoritos são de ferro e lembrou que há dez anos um corpo desse tipo caiu na república russa de Baskortostán, junto à localidade de Sterlimatak, e deixou uma cratera de dez metros de diâmetro.

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Nasa se prepara para voo de teste de foguete Ares 1

A Nasa fará o primeiro voo de teste de seu novo lançador de foguetes Ares 1, que até 2015 será usado para levar ao espaço a cápsula Orion, sucessora do ônibus espacial, num momento de incertezas sobre que rumo tomará o programa espacial tripulado americano. O lançamento do foguete, de 99,6 metros de altura, está previsto para terça-feira às 12h00 GMT da plataforma 39B do Centro Espacial Kennedy, perto de Cabo Canaveral (Flórida, sudeste).

Apenas o primeiro módulo do Ares 1-X (X significa experimental), derivado dos dois foguetes de apoio do ônibus espacial, será testado; o segundo módulo e a carga útil são réplicas que cairão no oceano Atlântico após o lançamento.

voo de apenas dois minutos e meio permitirá aos cientistas ter uma primeira ideia sobre a estabilidade e a segurança do lançador. Os dados que interessam à agência serão coletados por mais de 700 captores espalhados por todo o Ares 1-X. Serão necessários meses de análises para chegar a uma conclusão concreta.

"O lançador está em perfeito estado, não há nenhum problema técnico", indicou na sexta-feira Bob Ess, coordenador do programa Ares 1-X, explicando que as equipes da Nasa trabalham há três anos neste projeto. A meteorologia, no entanto, pode comprometer o teste de terça-feira, provocando um adiamento.

Mas o céu não é responsável pela única incerteza que ronda o Ares 1 e o programa Constellation, lançado em 2004 pelo então presidente George W. Bush após a catástrofe do ônibus espacial Columbia em 2003. A comissão de especialistas criada pelo presidente americano, Barack Obama, pouco depois de sua posse, enviou na última quinta-feira seu relatório final à Casa Branca, que deve agora decidir se dará continuidade ao programa.

Um resumo das principais conclusões e das cinco grandes opções propostas pela comissão já haviam sido divulgadas em agosto e debatidas no Congresso.

A principal constatação é que o orçamento dedicado à Nasa para o Constellation não é suficiente. A comissão estima que a agência espacial precisa de pelo menos mais três bilhões de dólares por ano para realizar missões tripuladas além da órbita terrestre, onde se concentrou nos últimos 30 anos com a construção da Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês).

O projeto Constellation prevê o retorno dos americanos à Lua em 2020 e missões tripuladas para Marte. Para isso, está prevista a construção da cápsula Orion, o foguete Ares 1 para levá-la e um lançador mais potente, o Ares 5, para colocar em órbita equipamentos pesados destinados a missões na Lua, como um aterrissador lunar.

Os membros da comissão sugerem ainda um cenário alternativo, chamado de "flexible path" (caminho flexível, numa tradução livre) que, ao invés de chegar ao solo lunar, propõe voos tripulados até asteróides e sobrevoos próximos à Lua e Marte que não precisem de aterrissagens complicadas.

AFP
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Redemoinhos de poeira "tatuam" superfície vermelha de Marte

Os redemoinhos escurecem o solo por onde passam, criando desenhos de vários formatos que contrastam com a poeira vermelha do planeta Foto: Nasa, Hirise, MRO, LPL (U. Arizona)/Divulgação

Os redemoinhos escurecem o solo por onde passam, criando "desenhos" de vários formatos que contrastam com a poeira vermelha do planeta

A Nasa, agência espacial americana, divulgou nesta segunda-feira a imagem de um curioso fenômeno que ocorre na superfície de Marte: os redemoinhos de poeira, também conhecidos como diabos de poeira (dust devil, em inglês). Estes ventos em espiral formados pela convecção do ar em dias quentes escurecem o solo por onde passam, criando "desenhos" de vários formatos que contrastam com a poeira vermelha do planeta.

Segundo a Nasa, o fenômeno não é uma exclusividade de Marte e redemoinhos semelhantes também acontecem em áreas secas e desérticas da Terra. Normalmente, os diabos de poeira duram apenas alguns minutos e se tornam visíveis quando escurecem o terreno, deixando a areia abaixo do solo mais intacta.

A foto foi captada pelas câmeras em alta resolução da sonda espacial Mars Reconnaissance Orbiter.

Cratera na Letônia pode ser uma brincadeira, diz cientista

A cratera de 20 m de diâmetro teria sido aberta com a queda de um meteorito Foto: AFP

A cratera de 20 m de diâmetro teria sido aberta com a queda de um meteorito

Cientistas que investigam a grande cratera que teria sido formada pela queda de um meteorito no norte da Letônia, afirmam que é provável que ela tenha sido criada por mãos humanas e que "não passe de uma brincadeira". Após relatos de que um objeto teria caído na noite de domingo em um pasto na região de Mazsalaca, especialistas correram para o local para estudar o fenômeno. As informações são da agência AP.

Peritos afirmam que seria bastante incomum que um grande meteorito tivesse de fato atingido a Terra. Segundo os pesquisadores, o planeta é bombardeado constantemente com milhares de objetos do espaço, mas a maioria queima na atmosfera e não chegam à superfície.

O cientista Uldis Nulle, especialista em Geologia do Centro de Meteorologia do país, diz que sua primeira impressão depois de observar o local na noite de domingo foi que a cratera de vinte metros de largura e nove metros de profundidade havia sido causada por um meteorito. Segundo o cientista, ainda havia fumaça saindo do buraco quando ele chegou.

No entanto, o pesquisador Dainis Ozols, que examinou o buraco à luz do dia na segunda-feira, disse que parecia ser uma brincadeira. Ozols disse que acredita que alguém cavou o buraco e tentou fazer com que ele parecesse uma cratera de meteorito criando uma fogueira na parte inferior dele.

Os pesquisadores são unânimes em afirmar que apenas os resultados das análises das amostras de material retiradas do local poderão resolver a questão.

Incidente
Na noite de domingo, o corpo de bombeiros da cidade recebeu uma ligação na qual uma pessoa afirmava ser testemunha ocular da queda do suposto meteorito. Uma unidade militar foi enviada ao local e constatou que os níveis de radiação eram normais. Não houve feridos.

Cratera de 20 m na Letônia pode ter sido feita por meteorito

Uma cratera de 20 m de diâmetro e dez de profundidade foi aberta com a queda de um meteorito na Letônia Foto: AFP

Uma cratera de 20 m de diâmetro e dez de profundidade foi aberta com a queda de um meteorito na Letônia

A agência oficial de notícias russa RIA Novosti afirmou nesta segunda-feira que um meteorito caiu na noite deste domingo no norte da Letônia, abrindo uma cratera de 20 m de diâmetro e dez de profundidade. Segundo informações das autoridades locais, o meteorito caiu em uma fazenda no arredores da localidade de Mazsalaca, junto à fronteira com a Estônia. Ninguém ficou ferido.

As autoridades locais, que inicialmente não sabiam se a cratera havia sido aberta por um meteorito ou pelo pedaço de um satélite artificial, isolaram o lugar em que o corpo celeste caiu.

"O mais provável é que se trate de um meteorito de ferro com um um diâmetro de aproximadamente um metro e uma massa de várias toneladas", disse à RIA Novosti Vladimir Svetsov, do Instituto de Dinâmica de Geosferas da Academia de Ciências da Rússia.

O cientista explicou que os meteoritos de rocha não chegam à superfície da Terra, já que se desintegram no contato com a atmosfera. "Se o corpo celeste (que caiu na Letônia) fosse um satélite (artificial), este teria que ser de extrema solidez. Do contrário, teria se destruído no ar", acrescentou o especialista. Svetsov destacou que meteoritos de um metro de diâmetro colidem com a Terra uma vez ao ano.

EFE
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sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Nasa: foguete Ares 1-X está pronto para lançamento

O foguete Ares 1-X está pronto para seu primeiro voo de teste, na próxima terça-feira, a partir do Centro Espacial Kennedy, em Cabo Cañaveral (Flórida), informaram nesta sexta os responsáveis da missão.

Ares 1-X deve levar ao espaço a Orion, a cápsula que substituirá o ônibus espacial no transporte dos astronautas americanos a partir de 2015-2017, como parte do programa Constellation.

O Constellation, que prevê a volta dos americanos à Lua até 2020, antes de missões tripuladas para Marte, é objeto de uma reavaliação por parte de uma comissão de especialistas, nomeada pelo presidente Barack Obama, que na véspera manifestou dúvidas sobre o futuro do programa.

"O propulsor está em perfeito estado, não há qualquer problema técnico", disse Bob Ess, diretor do programa Ares 1-X, durante entrevista coletiva, na qual destacou que as equipes da Nasa trabalham há três anos no projeto.

"Estaremos prontos para voar na terça", disse Ed Mango, diretor do lançamento, previsto para as 12h GMT (10h Brasília).

AFP
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quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Michael Green substituirá Hawking em cadeira de matemática

O físico britânico Michael Green, um dos arquitetos da teoria das cordas, será o substituto do cientista Stephen Hawking como titular da chamada cadeira lucasiana de matemática da Universidade de Cambridge, na Inglaterra, um dos postos acadêmicos mais prestigiados do mundo.

Hawking, que tem uma enfermidade neurodegenerativa, deixou o cargo que havia ocupado desde 1980 no último dia 30 de setemebro, para passar a ser diretor de investigação no centro educativo.

Green, que será o 18º professor lucasiano em 1º de novembro, é um dos pioneiros da teoria das cordas na física, um esquema teórico que explica as partículas e forças fundamentais da natureza como vibrações de cordas finas. O acadêmico ocupa também na mesma universidade a cadeira John Humphrey Plummer de física teórica.

Com informações do jornal espanhol El Mundo e da BBC

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Ex-cientista da Nasa é julgado por tentativa de espionagem

Um ex-cientista da Nasa (agência espacial americana) e do Departamento de Defesa compareceu hoje diante do tribunal federal de Washington para ser julgado por acusações de tentativa de espionagem a favor de Israel, informaram fontes judiciais.

Stewart David Nozette, que contava com uma autorização de segurança do mais alto nível no Governo, foi detido na segunda-feira no estado de Maryland quando negociava serviços de espionagem para Israel.

As acusações, que poderiam resultar em uma condenação a prisão perpétua caso seja declarado culpado, não envolvem Israel, disseram as fontes.

Segundo documentos judiciais, Nozette é um formado em Ciências Planetárias pelo Instituto Tecnológico de Massachusetts (MIT, na sigla em inglês), trabalhou no Laboratório Nacional Lawrence Livermore do Departamento de Energia e no Centro de Voos Espaciais Goddard, da Nasa.

De 1989 a 2006 contou com uma autorização de segurança de alto nível e acesso frequente a informações e documentos ligados à segurança nacional, afirmou o FBI.

Segundo as acusações, no dia 2 de setembro, Nozette foi contatado por telefone por um indivíduo que disse ser agente da Inteligência israelense. O cientista aceitou reunir-se com ele no mesmo dia e, durante o encontro, apontou sua disposição a realizar seviões de espionagem para Israel.

Também pediu um passaporte israelense e prometeu proporcionar informação regularmente, além de dados sobre armas nucleares, naves ou satélites militares, revelou o FBI.

EFE
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Estudo: novo exoplaneta pode ajudar Nasa a descobrir vida

Concepção artística mostra o HD 209458b, um exoplaneta composto por moléculas de dióxido de carbono, metano e vapor d'água Foto: Nasa/Divulgação

Concepção artística mostra o HD 209458b, um exoplaneta composto por moléculas de dióxido de carbono, metano e vapor d'água

Cientistas detectaram a presença de um exoplaneta gasoso quente na constelação de Pégaso, a 150 anos-luz da Terra, que teria uma química de base com condições para existir vida, segundo informações divulgadas pela Nasa, agência espacial americana, nesta terça-feira. Análises realizadas pelos observatórios espaciais Hubble e Spitzer registraram que o HD 209458b, maior que Júpiter, possui moléculas de dióxido de carbono, metano e vapor d'água em sua superfície.

A análise da composição química do HD 209458b e de um outro exoplaneta gigante, chamado HD 189733b - que também possui as mesmas moléculas do primeiro -, poderia aumentar a capacidade da Nasa de encontrar planetas que teriam condições de abrigar vida.

O HD 209458b orbita uma estrela semelhante ao Sol e demora cerca de 3,5 dias para dar uma volta ao redor dela. Os exoplanetas são chamados assim por serem planetas extra-solares e pertencerem a um sistema planetário distinto do qual a Terra faz parte.

No entanto, a agência espacial informou que nenhum dos planetas estudados é habitável, mas eles são compostos pelas mesmas moléculas que, se descobertas em um planeta rochoso futuramente, poderiam indicar a presença de vida.

Agências espaciais e Google querem proteger florestas

Agências espaciais e o Google estão colaborando com um projeto internacional de monitoramento via satélite das florestas a fim de combater o aquecimento global, afirmou José Achache, diretor do Grupo de Observação da Terra (GEO). Os desmatamentos, do Brasil à Indonésia, são responsabilizados pela emissão de cerca de um quinto de todos os gases do efeito estufa oriundos da atividade humana - as plantas absorvem carbono enquanto crescem e o liberam quando são queimadas ou apodrecem.

"A única forma de medir as florestas com eficiência é do espaço", disse Achache, do GEO, que reúne governos, agências espaciais como a Nasa e outros numa nova parceria para medir as florestas. O sistema terá como objetivo fazer avaliações anuais dos estoques de carbono das florestas, em comparação com o atual ciclo de cinco anos.

O Google, que fornece imagens de satélite por meio do site Google Earth, contribuiria em um projeto relacionado, disse Achache numa entrevista por telefone desde Londres. Os detalhes do envolvimento da empresa serão divulgados em novembro.

Um pacto climático patrocinado pela Organização das Nações Unidas (ONU), reunindo 190 países e a ser selado em Copenhague em dezembro, provavelmente aprovará um plano para diminuir o desmatamento em países tropicais. Ele poderá incluir o estabelecimento de um preço para o carbono estocado nas árvores como parte de um mercado novo.

"Os investidores vão querer algum tipo de garantia de que, quando estão colocando dinheiro em florestas, elas permanecerão ali em boas condições", afirmou Achache. A Nasa, dos Estados Unidos, a Agência Espacial Europeia (ESA) e as agências espaciais nacionais do Brasil, do Japão, da Alemanha, da Itália e da Índia estão entre as que participarão do mapeamento de florestas.

Os custos serão baixos, afirmou Achache, pois os dados de satélite já são coletados para outras finalidades. O GEO inclui entre seus membros 80 governos e organizações da ONU. Sete países funcionariam como projetos piloto em 2009-2010 - Brasil, Austrália, Camarões, Guiana, Indonésia, México e Tanzânia -, com base em imagens de satélite feitas nos últimos meses.

As imagens de satélite fornecidas pela norte-americana Landsat remontam a 1972 - permitindo que o mundo trabalhe com as taxas de desmatamento comparando as imagens com fotos das florestas atuais. É possível que 1990 seja usado como ano-base, como faz o Protocolo de Kyoto para os cortes das emissões industriais.

Pelo projeto dos satélites, uma primeira fase deveria mostrar o quanto cada país tem de florestas. Uma segunda fase seria verificar a quantidade de carbono armazenada em cada tipo de floresta. Stephen Briggs, diretor da unidade de Ciência, Aplicações e Tecnologias Futuras na Observação da Terra, da ESA, disse que imagens de radar das florestas são capazes de medir o carbono acima do solo, pois as microondas são dispersadas ao passar pela vegetação.

"Precisamos de alguma forma de mecanismo válido e garantido", afirmou ele. A avaliação dos estoques de carbono a partir do espaço precisa ser ajustada com medições feitas no terreno. David Singh, diretor da Conservação Internacional na Guiana, disse que os créditos florestais poderiam ajudar o país sul-americano.

"Até agora temos baixas taxas de desmatamento. Mas há uma estrada em construção unindo o norte do Brasil à costa da Guiana. Isso tem a possibilidade de abrir a região", afirmou ele.


Reuters
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Novo observatório espacial estudará formação das galáxias

Esta imagem artística mostra o telescópio espacial James Webb que será lançado em 2014. Ele será equipado com o Near-Infrared Spectrograph NIRSpec, ... Foto: AFP

Esta imagem artística mostra o telescópio espacial James Webb que será lançado em 2014. Ele será equipado com o Near-Infrared Spectrograph NIRSpec, que é capaz de observar o nascimento de estrelas

Um instrumento europeu capaz de observar o nascimento das estrelas e de remontar o espaço-tempo até a formação das primeiras galáxias será entregue à Nasa para equipar o futuro telescópio espacial James Webb, cujo lançamento está previsto para 2014.

Um exemplar do espectômetro NIRSpec, idêntico ao que será mandado ao espaço, foi recebido pela agência espacial americana na semana passada nas instalações da EADS-Astrium em Ottobrunn, subúrbio de Munique. Para desenvolvê-lo, foram cinco anos de um trabalho de alta precisão no qual participaram 25 empresas terceirizadas.

Uma vez a bordo do Telescópio Espacial James Webb (JWST) e colocado em órbita no ponto de Lagrange, a 1,5 milhão de quilômetros da Terra, onde as condições de observação são ideais, o NIRSpec poderá estudar até 100 galáxias simultaneamente no infravermelho próximo, entre 0,6 e 5 microns (milésimos de milímetros).

Neste espectro luminoso, será possível retroceder muito mais longe no espaço-tempo que o observatório Herschel, captando a luz extremamente tênue, emitida há mais de 13 bilhões de anos, que chega até nós a partir de galáxias situadas nos confins do universo visível.

"Estas longitudes de onda são mais curtas que as do instrumento de Herschel", lançado em maio deste ano, explicou Burkhard Fladt, diretor de desenvolvimento dos instrumentos em Astrium. "Quanto mais curtas as longitudes de onda, mais sensíveis são os instrumentos ópticos às imprecisões", acrescentou Fladt. O espectro do NIRSpec precisou ser polido com extrema precisão, e seu revestimento protetor foi objeto de grande atenção.

Para conseguir detectar variações muito pequenas de temperatura, o instrumento será resfriado a -238° centígrados. A armação do NIRSpec foi construída com cerâmicas especiais, que Astrium já havia testado a temperaturas menos frias com o Herschel, e são "necessárias para que o instrumento seja insensível às mudanças de temperatura", indicou Evert Dudok, presidente do departamento de Satélites da empresa.

O NIRSpec, cuja construção foi confiada à Agência Espacial Europeia (ESA), é um dos instrumentos mais importantes do JWST junto com o Mid-Infrared Instrument (MIRI), fruto de uma colaboração entre europeus e americanos.

As outras duas equipes do JWST, cujo escudo solar terá o tamanho de uma quadra de tênis, são uma câmara infravermelha de fabricação americana e um sensor canadense que permitirá ao telescópio se orientar com enorme precisão.

A montagem do JWST, cujo espelho primário medirá 6,5 metros de diâmetro (como comparação, o espelho primário do telescópio espacial Hubble mede 2,4 metros), é um verdadeiro desafio, destacou Phil Sabelhaus, coordenador do projeto para a Nasa. "Nós montamos o telescópio a temperatura ambiente. Depois temos que resfriar 4 mil quilos a -238°C, o que levará aproximadamente um mês. Se você encontrar um defeito no isolamento térmico, por exemplo, será preciso aquecer à temperatura ambiente, fazer o conserto e então resfriar tudo de novo", relatou o cientista.

Sabelhaus ressaltou também a dificuldade de testar na Terra instrumentos ópticos ultraprecisos. Neste grau de precisão, qualquer vibração dentro de um edifício, por infinitesimal que seja, pode perturbar o sinal e deve ser previamente medida e isolada.

AFP
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Nasa prepara lançamento de foguete Ares 1-X de olho na Lua

Protótipo Ares 1-X será o teste para o Ares 1, que transportará os astronautas para o espaço, substituindo os ônibus espaciais Foto: AP

Protótipo Ares 1-X será o teste para o Ares 1, que transportará os astronautas para o espaço, substituindo os ônibus espaciais

A Nasa, agência espacial americana, deu início nesta terça-feira aos preparativos para o lançamento do Ares 1-X, um foguete de testes que vai substituir os já desgastados ônibus espaciais. Segundo a Nasa, os cientistas irão analisar as condições de performance e capacidade estrutural do foguete, com o objetivo de levar os astronautas ao espaço - possivelmente para a Lua ou Marte. As informações são do jornal britânico Times.

O foguete, com 100 m de altura, é a primeira nave espacial do gênero desenvolvida pela agência espacial americana nos últimos 30 anos. O lançamento do Ares 1-X está programado, de acordo com a Nasa, para o próximo dia 27 de outubro. O foguete, que terá o funcionamento analisado por sensores durante a subida, deve alcançar 40 km de altura em um voo de dois minutos antes de cair no Oceano Atlântico.

O teste com o Ares 1-X possibilitará o desenvolvimento de sua versão final, o Ares 1, que deverá transportar a cápsula Orion, sucessora dos ônibus espaciais a partir de 2015.

http://noticias.terra.com.br/ciencia/noticias/0,,OI4052102-EI238,00-Nasa+prepara+lancamento+de+foguete+Ares+X+de+olho+na+Lua.html#tphotos

Nasa adia lançamento do ônibus espacial Atlantis

A decisão de adiar para 16 de novembro o lançamento do Atlantis busca otimizar as capacidades da Nasa Foto: AFP

A decisão de adiar para 16 de novembro o lançamento do Atlantis busca otimizar as capacidades da Nasa

A Nasa adiou em quatro dias, para 16 de novembro, o lançamento do ônibus espacial Atlantis com seis astronautas a bordo rumo à Estação Espacial Internacional (ISS). A data ainda será confirmada oficialmente pelos coordenadores da missão em uma reunião nesta terça-feira para avaliar os preparativos.

A decisão de adiar para 16 de novembro o lançamento do Atlantis busca otimizar as capacidades da Nasa para lançar a nave e realizar o primeiro voo experimental do foguete Ares 1-X até o fim do ano, segundo um comunicado da agência. O primeiro lançamento do Ares 1-X, foguete que deverá transportar a cápsula Orion, sucessora do ônibus espacial a partir de 2015, está programado para 27 de outubro.

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segunda-feira, 19 de outubro de 2009

ESO divulga descoberta de 32 exoplanetas

Representação artística de um dos exoplanetas descobertos, cuja massa é equivalente a seis vezes a da Terra. Ele orbita em torno da estrela de baixa ... Foto: ESO/Divulgação

Representação artística de um dos exoplanetas descobertos, cuja massa é equivalente a seis vezes a da Terra. Ele orbita em torno da estrela de baixa massa Gliese 667 C a uma distância de apenas 1/20 da existente entre a Terra e o Sol. A Gliese 667 C é acompanhada por outras duas estrelas de pequena massa, que são representadas como duas luzes à esquerda do exoplaneta

A Organização Europeia para Pesquisa Astronômica no Hemisfério Sul (ESO) divulgou nesta segunda-feira na Conferência sobre Exoplanetas realizada na cidade do Porto, em Portugal, a descoberta de 32 novos exoplanetas, ou planetas fora do Sistema Solar. A descoberta foi feita pelo Harps, espectógrafo do telescópio da ESO.

Segundo a ESO, o resultado faz com que o Harps, um telescópio de 3,6 metros, se estabeleça como o maior 'caçador' de exoplanetas do mundo. Nos últimos cinco anos o Harps detectou 75 dos cerca de 400 exoplanetas conhecidos.

O resultado também aumenta em 30% o número de planetas de pequena massa conhecidos.

Nasa divulga imagens de colisão proposital gerada na Lua

Imagem registrou a superfície da Lua 15 segundos após a colisão Foto: AP

Imagem registrou a superfície da Lua 15 segundos após a colisão

A Nasa divulgou a primeira imagem da projeção de destroços causados pelo choque de um de seus aparelhos que se precipitou à grande velocidade, no dia 9 outubro, formando uma cratera no polo sul da Lua durante missão para investigar a presença de água. A foto de má qualidade, revelada neste final de semana, foi captada pelas câmeras da sonda LCROSS (Lunar Crater Observation and Sensing Satellite) que acompanhava o aparelho e também caiu quatro minutos após, na mesma cratera.

A imagem, registrada 15 s após o impacto, mostra uma faixa com muito brilho e de cerca de 6 a 8 km, precisa a Nasa. "Há indicações nítidas de uma ejeção de vapor e de finos fragmentos", precisa Anthony Colaprete, o diretor científico do projeto LCROSS, em communicado publicado no site da agência espacial americana.

"Uma equipe de cientistas analisa os dados obtidos", acrescenta ele, sem fazer nenhuma indicação sobre a presença ou não de água. A equipe científica da LCROSS vai continuar a analisar e a verificar os dados recolhidos para determinar se a cratera contém ou não gelo ou água, prosseguiu. O processo poderia levar várias semanas.

Outras imagens transmitidas pela LCROSS indicam que a cratera, que resultou do choque do projetil de 2,3 t, é de cerca de 28 m de comprimento.

AFP
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Brasil lança foguetes de treinamento nos próximos dois dias

A Agência Espacial Brasileira (AEB) realiza nesta terça e quarta-feira a segunda fase da operação Fogtrein em que serão lançados dois Foguetes de Treinamento Básico (FTB). Os lançamentos ocorrem às 17h no Centro de Lançamento da Barreira do Inferno (CBLI), em Parnamirim (RN).

A Fogtrein II busca treinar os recursos humanos, operacionais e equipamentos do CLBI e do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), no Maranhão. A operação também tem o objetivo de certificar foguetes instrumentados para o aprimoramento e a manutenção da capacidade operacional dos centros, previstas no Programa Nacional de Atividades Espaciais (Pnae).

O FTB é um foguete mono-estágio, não guiado, com 3,05 m de comprimento e 67,8 kg. O motor propulsor é composto de combustível sólido e tem apenas uma fase de queima de 4 s, alcançando mais de 30 km de altura e caindo em alto mar a mais de 16 km da costa. Durante o voo, os foguetes estão preparados para disponibilizar 5 kg de carga útil para experimentos tecnológicos, bem como instrumentos de acompanhamento das estações de telemedidas.

A primeira fase da Fogtrein ocorreu em agosto deste ano, no CLA. Na ocasião, dois foguetes foram lançados com sucesso.

Com informações do site da Agência Espacial Brasileira

Nasa capta imagem ultravioleta de galáxia Andrômeda

A Agência Espacial Americana, Nasa, divulgou imagens realizadas com ultravioleta da maior e mais próxima galáxia da Via Láctea. Segundo informações da Nasa, a Andrômeda, também conhecida como M31, foi fotografada pelo satélite espacial Swift, lançado pela agência em 2005 para registrar explosões cósmicas distantes.

A Andrômeda é classificada como uma galáxia gigante, com cerca de 220 mil anos-luz de diâmetro, mais do dobro do diâmetro da Via Láctea, e está localizada a 2,5 milhões de anos-luz da nossa galáxia.

As galáxias são conhecidas como grandes aglomerados contendo bilhões de estrelas e outros objetos astronômicos unidos por forças gravitacionais que giram em torno de um centro de massa comum.

As imagens foram captadas pelo satélite espacial Swift Foto: Nasa/Divulgação

As imagens foram captadas pelo satélite espacial Swift

sábado, 17 de outubro de 2009

Nave russa chega com provisões e equipamento à ISS

A nave robótica russa Progress 35 se acoplou hoje com sucesso à Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês) com uma carga de alimentos, combustíveis e equipamentos para o complexo que aloja seis ocupantes.

A manobra foi realizada sem dificuldades às um minuto antes do previsto, informou o Centro Espacial Johnson da Nasa em Houston (Texas). "O acoplamento foi impecável e a nave permanecerá duas semanas acoplada à Estação Espacial Internacional", informou a transmissão.

Durante esse tempo os ocupantes da ISS descarregarão a nave e posteriormente levarão os resíduos, lixo e equipamentos que já não são utilizados.

O encontro aconteceu no momento em que o complexo espacial e a nave russa não tripulada sobrevoava o território do Uruguai, após deslocar-se sobre o do Chile e da Argentina, na América do Sul, e a quase 400 km da superfície terrestre.

A manobra foi estreitamente observada do interior pelos seis membros da Expedição 21 da ISS, comandados pelo astronauta americano Frank De Winne. Os outros tripulantes do complexo são os astronautas americanos Jeff Williams, Nicole Stott e Bob Thirks, acompanhados pelos cosmonautas russos Max Suraev e Roman Romanenko.

A Progress 35, com mais de duas toneladas de provisões e equipamentos, tinha partido na quarta-feira passada da base de Baikonur, no Cazaquistão. O veículo espacial russo de carga é uma versão automatizada e sem tripulação da nave Soyuz que tem a capacidade de ser utilizado para controlar a orientação da ISS mediante seus motores de propulsão.

EFE
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quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Colisão com a Lua frustrou expectativas, dizem cientistas

O veículo de observação Lunar Crater Remote Observation and Sensing Satellite (LCROSS) colidiu com a Lua perto de seu polo sul, como planejado, mas o ... Foto: Nature

O veículo de observação Lunar Crater Remote Observation and Sensing Satellite (LCROSS) colidiu com a Lua perto de seu polo sul, como planejado, mas o choque não resultou em um jato brilhante de detritos, como eles esperavam

Para muitos astrônomos, o ataque frontal da Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço (Nasa) à Lua terminou de maneira chocha na última sexta-feira. O veículo de observação Lunar Crater Remote Observation and Sensing Satellite (LCROSS) colidiu com a Lua perto de seu polo sul, como planejado, mas o choque não resultou em um jato brilhante de detritos, como eles esperavam.

No entanto, os cientistas que controlam a missão afirmam que um clarão térmico foi avistado, bem como uma cratera, de cerca de 20 metros de diâmetro, aparentemente causada pelo impacto. Eles se entusiasmaram mais com uma pequena alteração de brilho registrada por um espectrômetro, a qual poderia sinalizar a presença de água, que alguns cientistas acreditam possa existir em forma de gelo no fundo da cratera que foi o alvo da colisão.

"Quando vi o espectro luminoso gerado pela colisão eu logo percebi que havia alguma coisa ali", disse Anthony Colaprete, o diretor científico da missão LCROSS, em entrevista coletiva concedida horas depois do impacto.

A missão consistia de dois elementos: o estágio superior vazio de um foguete Atlas V Centaur, com peso de 2,3 mil quilos, e uma "espaçonave de acompanhamento" carregada de câmeras de sensores, que seguiu o estágio do Centaur a uma distância de quatro minutos, em sua rota de colisão.

O alvo era a cratera de Cabeus, que os cientistas esperam contenha alto teor de gelo em estado de profundo congelamento em uma área que fica em sombra permanente. Duas semanas atrás, Colaprete decidiu ordenar uma mudança de rota de último minuto, e Cabeus foi escolhida como alvo para a colisão, depois que o Lunar Reconnaissance Orbiter (LRO), um veículo orbital da Nasa que tinha missão complementar à do LCROSS, detectou indícios de presença ampliada de hidrogênio no interior da cratera.

A sequência de impacto foi acompanhada não apenas por meio de telescópios posicionados no espaço, tais como os do LRO e o Telescópio Espacial Hubble, mas também por centenas de telescópios profissionais e amadores posicionados na América do Norte, onde as condições celestes eram em geral propícias. Mas nenhum dos observatórios envolvidos, nem mesmo os telescópios de 10 metros do W. M. Keck Observatory, no Havaí, reportaram ter observado de imediato um jato de destroços.

Colaprete afirma que a aparente ausência desse fato de destroços talvez se relacione ao ângulo com que o LCROSS atingiu a superfície ou à rigidez do material que compõe a crosta lunar na área, que pode tanto ser solo lunar macio como uma porção rochosa sólida da superfície. Mas ele informou que o LCROSS claramente colidiu com alguma coisa.

"Nós vimos uma cratera, nós vimos um clarão, e com certeza alguma coisa deve ter acontecido para causar essas duas coisas", ele disse. "Não estou convencido de que não tenhamos registrado imagens de fato de detritos ejetados".

Em Washington, centenas de pessoas - uma mistura de funcionários da Nasa, assessores do Congresso e pais acompanhados de seus filhos - estavam reunidos no saguão do museu de mídia Newseum para assistir a uma transmissão ao vivo do impacto, em um telão de 10 metros de largura. Buzz Aldrin, um dos tripulantes da missão Apollo 11, a primeira a levar um homem à Lua, assistia sentado e em silêncio, enquanto um menino vestido em um macacão alaranjado da Nasa dobrava o seu panfleto, intitulado "vamos levantar poeira na Lua", para fazer um aviãozinho de papel. Charles Bolden, o administrador da Nasa, apanhou uma xícara de café e subiu ao balcão, para conseguir visão melhor do telão.

Enquanto o momento do impacto se aproximava, a plateia se mantinha silenciosa, sem saber exatamente o que deveria observar, e em que porção da tela. Um clarão branco ocupou a tela por um instante, e a imagem em seguida passou a ser um panorama colorido de baixa definição, obtido por uma câmara infravermelha.

"Bacana", comentou Bolden, ainda que ele não soubesse ao certo o que havia acabado de ver. Talvez fosse o impacto em uma imagem infravermelha? "Havia um grande ponto vermelho", ele disse.

E, com isso, a festa do LCROSS acabou. A plateia aplaudiu e deixou o museu em silêncio. Alguém perguntou a Bolden se era importante para o sucesso de missões científicas que elas apresentassem um componente dramático.

"Precisamos preparar o público, de maneira a que eles saibam o que devem esperar", respondeu. "É preciso administrar as expectativas".

Tradução: Paulo Migliacci ME

National Geographic
National Geographic

Cientista: falhar é o "destino" do acelerador de partículas

Mais de um ano depois que uma explosão de fagulhas, fuligem e hélio gélido forçou seu fechamento, a maior e mais dispendiosa experiência de física que o mundo já realizou, conhecida como Large Hadron Collider (LHC) está pronta a reiniciar suas atividades. Em dezembro, se tudo correr bem, vão começar as colisões de prótons em um circuito fechado subterrâneo nas cercanias de Genebra, em busca de forças e partículas que imperaram no primeiro trilionésimo de segundo do Big Bang.

Então chegará a hora de testar uma das mais bizarras e revolucionárias das teorias científicas. Não estou falando de novas dimensões de espaço-tempo, matéria escura e nem mesmo de buracos negros capazes de devorar a Terra. Não, estou falando da teoria de que o problemático acelerador de partículas talvez esteja sendo sabotado pelo seu próprio futuro.

Uma dupla de cientistas em geral respeitados sugeriu que o bóson de Higgs, uma partícula hipotética que os físicos esperam ser capazes de produzir com a ajuda do LHC, pode ser tão repulsiva para a natureza que sua criação cria uma distorção temporal e impede que o acelerador a crie, mais ou menos como um viajante do tempo que retornasse ao passado para assassinar seu bisavô.

Holger Bech Nielsen, do Instituto Niels Bohr, em Copenhagen, e Masao Ninomiya, do Instituto Yukawa de Física Teórica, em Quioto, Japão, apresentaram essa ideia em uma série de estudos com títulos como "Teste sobre o Efeito do Futuro sobre o LHC: Uma Proposta" e "Busca de Influência Futura sobre o LHC", publicados no site científico arXiv.org ao longo dos últimos 18 meses.

De acordo com o chamado Modelo Padrão, que governa quase toda a Física, o bóson de Higgs é responsável por dotar as demais partículas elementares de massa. "Nossa previsão deve ser a de que todas as máquinas produtoras do bóson de Higgs terão má sorte", afirmou Nielsen em mensagem de e-mail.

Em um ensaio não publicado, ele declarou, sobre sua teoria, que "bem, seria quase possível dizer que temos um modelo para Deus". O palpite da dupla, ele prossegue, é o de que "Ele odeia as partículas de Higgs e tenta evitá-las".

Essa influência maligna vinda do futuro, argumentam, poderia explicar porque o Superconducting Supercollider dos Estados Unidos, igualmente projetado para gerar o bóson de Higgs, teve sua construção cancelada em 1993 depois de investimentos de bilhões de dólares, um acontecimento tão improvável que Nielsen o define como "um antimilagre".

Seria admissível pensar que o surgimento dessa teoria é prova de que as pessoas têm tempo ¿talvez tempo demais- para pensar sobre o que o acelerador, cuja construção demorou 15 anos e custou US$ 9 bilhões, pode produzir. Ele foi criado pelo Centro Europeu de Pesquisa Nuclear (CERN), com o objetivo de acelerar prótons a energias de sete trilhões de elétron-volts, por um percurso em anel de 27 quilômetros de comprimento, e depois forçá-los a colidir em explosões primevas.

O plano, pelo menos na forma anunciada na metade de setembro pelos engenheiros do CERN, é começar a promover colisões de prótons à chamada energia de injeção de 450 bilhões de elétron-volts, em dezembro, e depois elevar a energia até que os prótons tenham energia da ordem de 3,5 bilhões de elétron-volts cada; em seguida, depois de uma curta pausa natalina, a Física real poderia começar.

Talvez
Nielsen e Ninomiya começaram a defender sua teoria pessimista no segundo trimestre de 2008. O acelerador de partículas do CERN só foi ligado alguns meses mais tarde, mas uma conexão entre dois eletroímãs se vaporizou, causando uma paralisação de atividades que já dura mais de um ano.

Nielsen classificou o incidente de "algo engraçado que poderia nos levar a acreditar naquela nossa teoria". Ele concorda em que ceticismo viria a calhar. Afinal, a maior parte dos grandes projetos científicos, entre os quais o Telescópio Espacial Hubble, passam por períodos em que parecem estar sob o efeito de alguma maldição. No CERN, as complicações continuam: no final de semana passado, a polícia francesa deteve um físico de partículas que trabalha em uma das experiências com o acelerador, por suspeita de conspiração com a ala norte-africana da organização terrorista Al Qaeda.

Nielsen e Ninomiya propuseram uma espécie de teste: que o CERN se envolva em um jogo de azar, um exercício aleatório, talvez com a ajuda de um gerador de números aleatórios, para ajudar a discernir entre má sorte e ação do futuro. Se o desfecho fosse suficientemente improvável, por exemplo, se uma carta escolhida ao acaso fosse a única carta de espadas em um maço com 100 milhões de cartas de copas, a máquina ou não funcionaria ou o faria mas apenas em nível de energia insuficiente para produzir o bóson de Higgs.

É claro que tudo isso é uma maluquice e o CERN certamente não deveria determinar o destino de seu maior investimento por meio de uma aposta. Alguns blogs compararam a teoria a algo digno de Harry Potter. Mas maluquices têm uma longa tradição na Física, uma disciplina que discute sobre gatos que estão vivos e mortos ao mesmo tempo e sobre uma antigravidade que inflaria o universo.

Como disse Niels Bohr, compatriota de Nielsen e um dos criadores da mecânica quântica, a um colega, certa vez, "todos concordamos em que sua teoria é uma loucura. O que nos divide é determinar se é louca o bastante para estar correta".

Nielsen está bem qualificado, no que tange a essa tradição. Ele é conhecido na Física como um dos proponentes da teoria das supercordas e como um pensador profundo e original, "uma daquelas pessoas extremamente inteligentes que se dispõem a trabalhar com ideias malucas e levá-las aos seus limites", nas palavras de Sean Carroll, físico do Instituto de Tecnologia da Califórnia e autor de um livro sobre o tempo, no prelo, cujo título será "Da Eternidade até Aqui".

Outro dos projetos de Nielsen é um esforço para demonstrar de que maneira o universo tal qual o conhecemos, apesar de toda sua aparente regularidade, poderia derivar de uma pura aleatoriedade, um tema que ele designa "dinâmica aleatória".

Nielsen admite que a teoria que desenvolveu com Ninomiya deve alguma coisa ao conceito de viagem no tempo, algo que o interessa há muito e se tornou tema respeitável de pesquisa nos últimos anos. Embora voltar no tempo e assassinar o próprio avô seja um paradoxo, os físicos concordam em que não existe paradoxo se alguém voltar no tempo para evitar que seu avô seja atropelado por um ônibus.

No caso do bóson de Higgs e do LHC, é como se algo viajasse ao passado para impedir que o universo seja atropelado por um ônibus, embora não seja claro por que, exatamente, gerar um bóson de Higgs seria catastrófico. Se soubéssemos, seria presumível que não estivéssemos tentando produzi-lo.

Sempre presumimos que o passado influencia o futuro. Mas isso não é necessariamente verdade na física de Newton e Einstein. De acordo com os físicos, tudo que se precisa conhecer, matematicamente sobre o que acontece a uma maçã ou aos 100 bilhões de galáxias do universo, ao longo do tempo, são as leis que descrevem como as coisas mudam, e uma declaração sobre sua situação inicial. Esse último fator é a chamada "condição de limite" - a maçã pendente sobre a cabeça de alguém a 1,5 metro de altura, ou o Big Bang.

As equações funcionam igualmente bem, apontam Nielsen e outros, caso as condições de limite envolvam o futuro em lugar do passado, desde que as leis fundamentais da Física sejam reversíveis ¿algo que a maioria dos físicos acredita sejam. "Para aqueles de nós que acreditam na Física", Einstein escreveu a um amigo certa vez, "a separação entre passado, presente e futuro é apenas uma ilusão".

Em "Sirens of Titan", um romance de Kurt Vonnegut, toda a história humana acontece apenas para que seja possível entregar uma peça metálica do tamanho de um abridor de latas a um alienígena encalhado em uma lua de Saturno, para que ele possa consertar sua espaçonave e voltar para casa. Determinar se o LHC terá um destino assim nobre, ou humilde - ou, aliás, qualquer destino - é algo que ficará para o futuro. Mas, como torcedor do Boston Red Sox durante toda minha vida adulta, eu posso dizer que sou especialista em maldições.

Tradução: Paulo Migliacci ME

A maior experiência de física que o mundo já realizou, conhecida como LHC está pronta para reiniciar suas atividades Foto: Nature

A maior experiência de física que o mundo já realizou, conhecida como LHC está pronta para reiniciar suas atividades

The New York Times
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'Ex-herético' Galileu é homenageado com exposição no Vaticano

Uma exposição marcando o quatrocentésimo aniversário de um telescópio inventado por Galileu será aberta nesta sexta-feira no Vaticano. Em 1609, o matemático, físico e filósofo italiano Galileu Galilei apresentou às autoridades de Veneza uma versão aperfeiçoada do telescópio - inventado no ano anterior por um holandês.

Cerca de 20 anos mais tarde, a Igreja Católica julgou e condenou o cientista, hoje tido como fundador da Astronomia moderna, por heresia.

Ele foi julgado por questionar a teoria, tida como correta na época, de que o Sol girava em torno da Terra. Embora os fundamentos da teoria Heliocêntrica - segundo a qual o Sol estaria no centro do sistema solar - tenham sido estabelecidos previamente pelo polonês Nicolau Copérnico, foram os instrumentos e observações de Galileu que permitiram provar a teoria.

Em 1633, Galileu foi forçado a desmentir a teoria e condenado à prisão domiciliar. Ele morreu em 1642. Foi apenas em 1992 que o Papa João Paulo Segundo declarou que a decisão da Igreja Católica foi um erro e que os católicos não são hostis à ciência.

Agora, uma seleção dos instrumentos de Galileu - assim como outros, criados por importantes nomes da Astronomia - estão expostos no Vaticano. Também foram incluídos alguns dos documentos originais de Galileu, onde ele relata, animado, algumas de suas primeiras descobertas. A exposição continua até Janeiro.

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Rússia lança cargueiro rumo à Estação Espacial Internacional

A nave de carga russa Progress M-03M foi lançada nesta quinta com sucesso a partir da base de Baikonur (Cazaquistão) com destino à Estação Espacial Internacional (ISS).

O lançamento do foguete Soyuz-U, que pôs em órbita o cargueiro, aconteceu às 05h14 no horário de Moscou (22h14 de quarta-feira de Brasília), informou um porta-voz do Centro de Controle de Voos Espaciais (CCVE) da Rússia.

Nove minutos mais tarde, a uma altura de 200 quilômetros, a Progress entrou em órbita e iniciou seu voo autônomo rumo à plataforma orbital. A nave, que transporta 2,5 toneladas de carga entre alimentos, água, oxigênio, combustível e equipamento científico, voará dois dias rumo à ISS e seu acoplamento está previsto para às 22h41 da próxima sexta-feira.

A Progress M-03M será recebida pela tripulação da ISS, atualmente integrada pelos russos Roman Romanenko, Maxim Surayev, os americanos Nicole Stott e Jefrey Williams, o belga Frank de Winne e o canadense Robert Thirsk.

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