quarta-feira, 30 de junho de 2010

Nave com carga vital e presentes parte rumo à ISS

A Rússia lançou nesta quarta-feira a partir da base cazaque de Baikonur a nave Progress M-06M com carga vital e presentes para os tripulantes da Estação Espacial Internacional (ISS), afirmou o Centro de Controle de Voos Espaciais (CCVE) russo.

O cargueiro foi lançado às 15h35 GMT (12h35, em Brasília), nove minutos mais tarde se separou do foguete portador Soyuz-U, foi colocado na órbita prevista e empreendeu o voo autônomo para a plataforma orbital, à qual deve se acoplar às 16h55 GMT (11h55, Brasília) da próxima sexta-feira.

A Progress leva 2,6 t de reservas de combustível, água, oxigênio, alimentos, roupa e diversos equipamentos, como cortinas destinadas a reforçar a proteção dos astronautas da irradiação, disse um porta-voz do CCVE à agência Interfax.

A nave também transporta presentes dos familiares para os tripulantes da ISS, principalmente doces e desenhos de crianças, assim como chocolates e frutas, segundo o Instituto de Problemas Biomédicos (IPBM) da Academia de Ciências da Rússia.

Além disso, a pedido dos cosmonautas a bordo da Progress, viajaram ao espaço vários filmes, programas de televisão sobre pesca e revistas de viagens, carros e também de pesca.

"Os cosmonautas estão rodeados de metal, por isso decidimos surpreende-los e enviar, além disso, reproduções de quadros com paisagens, para que se sintam mais próximos da natureza", como disse à imprensa Olga Kozerenko, chefe do grupo de apoio psicológico do IPBM.

Este é o terceiro dos seis lançamentos de naves de carga da série Progress que a Rússia deve efetuar este ano. A tripulação atual da Estação Espacial é integrada pelos cosmonautas russos Fiôdor Yurchikhin, Alexander Skvortsov e Mikhail Kornienko e seus colegas da Nasa americana Doug Wheelock, Shannon Walker e Tracy Caldwell.

EFE
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Após 3 anos, cientistas identificam "coisa verde" no espaço

Cientistas desenvolveram uma possível explicação para uma estranha e monstruosa concentração de gás verde brilhante no espaço entre galáxias. A "coisa" foi descoberta em 2007 pela professora escolar holandesa Hanny van Arkel quando combinava imagens do projeto Galaxy Zoo. As informações são do Discovery News.

O Voorwerp ("objeto", em holandês) de Hanny - como é chamado - é uma gigantesca mancha verde com um enorme buraco de 16 mil anos-luz de largura no seu centro e que fica próximo à galáxia IC 2497, a 700 milhões de anos-luz da Terra. Segundo os cientistas, o Voorwerp obviamente não é uma galáxia (já que não tem estrelas). Observações confirmaram que se trata de uma nuvem de gás.

Contudo, o que deixava os astrônomos mais curiosos era o inexplicável brilho verde que o objeto emite. De acordo com a reportagem, algumas teorias já foram propostas sobre o que é o Voorwerp, mas sem muita aceitação. Agora, cientistas do Instituto Joint, na Holanda, dizem que medições em diversos comprimentos de ondas indicam que, assim como muitas galáxias, a IC 2497 tem um buraco negro supermassivo em seu centro.

A pesquisa holandesa indica que a absorção de matéria pelo buraco negro gera um cone de radiação que está ionizando o Voorwerp de Hanny e causando o brilho verde. O astrofísico Darren Croton, da Universidade Swinburne, de Melbourne, na Austrália, afirmou à reportagem que objetos como o Voorwerp são muito raros, já que os cones de radiação dificilmente atingem uma nuvem de gás.

O astrofísico diz que o estudo holandês ainda indica que existe uma grande quantidade de gás no espaço intergaláctico, "é apenas difícil de vê-lo". "Mas, graças a esse núcleo galáctico ativo próximo (à nuvem de gás), nós podemos ver que (o gás) está ali", diz o cientista.

terça-feira, 29 de junho de 2010

Satélite argentino passará por testes no Brasil antes de lançamento

Um satélite fabricado na Argentina foi levado para um laboratório do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), em São José dos Campos, São Paulo, onde será submetido a uma última etapa de testes antes de seu lançamento nos Estados Unidos em abril, informaram hoje fontes oficiais.

As operações para transportar o satélite SAC-D começaram na sexta-feira, em Bariloche, onde foi desenvolvido, rumo ao Laboratório de Integração e Testes (LIT) do Inpe, em São José dos Campos, afirmou um comunicado da Chancelaria argentina.

O transporte do satélite "saiu perfeitamente", afirmou hoje Claudio Corigliano, da Comissão Nacional de Atividades Espaciais da Argentina (CONAE), encarregado do desenvolvimento do equipamento.

O satélite foi transportado em um caminhão do Instituto Nacional de Pesquisas Aplicadas (INVAP), em Bariloche, a 1.600 quilômetros ao sul de Buenos Aires, até o aeroporto local, de onde foi levado para o Brasil em um avião da Força Aérea americana.

Durante oito meses, o satélite passará "por testes rigorosos para verificar o correto funcionamento de seus sistemas eletrônicos e de comando em um ambiente que recria as condições que terá que enfrentar no espaço quando estiver em órbita", afirma a nota.

Depois, o satélite argentino será enviado para os EUA, onde a Nasa (agência espacial americana) o preparará para seu lançamento no dia 1º de abril de 2011, da base Vandenberg, na Califórnia, a bordo do foguete Delta II.

O objetivo do satélite SAC-D, de 1.400 quilos, será medir a umidade do solo e a salinidade de mares e oceanos em escala global para elaborar alertas antecipados de inundações e modelos climáticos em longo prazo, informou o comunicado.

O projeto para o lançamento do satélite conta com a participação da CONAE em associação com a Nasa e as agências espaciais de Brasil, França, Canadá e Itália.

Em janeiro de 2011, o equipamento será transportado para os EUA, de onde será lançado para orbitar a uma distância aproximada de 657 quilômetros da Terra.

EFE
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Cientistas fazem "mapa da gravidade" da Terra

Cientistas criaram um mapa da gravidade terrestre, mostrando as diferentes influências desta força física ao redor do planeta Foto: BBC Brasil

Recurso pode ser usado em modelos climáticos para esclarecer como os oceanos movem calor

Cientistas criaram um "mapa da gravidade" terrestre, mostrando as diferentes influências desta força física ao redor do planeta. O modelo, conhecido como geoide, define onde estão os níveis da superfície terrestre, esclarecendo se o sentido é "para cima" ou "para baixo".

Os cientistas afirmam que os dados podem ser usados em inúmeras aplicações, entre elas nos estudos de mudança climática para ajudar a entender como a grande massa de oceanos move calor ao redor da Terra.

O novo mapa foi apresentado em um simpósio sobre observação terrestre em Bergen, na Noruega, onde também estão sendo apresentados dados recolhidos por outras missões da Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês).

Antes do fim da década, cerca de 20 missões da ESA, totalizando cerca de 8 bilhões de euros, serão lançadas para observar o espaço através de sondas.

Parâmetros
O mapa foi desenhado a partir de medições precisas realizadas pelo satélite europeu Goce, sigla formada a partir das iniciais da sonda exploradora de campo gravitacional e equilíbrio estacionário que circula na órbita terrestre a uma altitude de pouco mais de 250 km da superfície - a órbita mais baixa de um satélite de pesquisa em operação.

A Goce carrega três pares de blocos de platina dentro de seu gradiômetro - o aparelho que mede o campo magnético da Terra - capazes de perceber acelerações leves da gravidade sentida na superfície.

Em dois meses de observação, o satélite mapeou diferenças quase imperceptíveis na força exercida pela massa planetária em diferentes pontos do globo.

O mapa define, em um determinado ponto, a superfície horizontal na qual a força da gravidade ocorre de maneira perpendicular. Estas inclinações podem ser vistas em cores que marcam como os níveis divergem da forma elíptica da Terra. No Atlântico Norte, perto da Islândia, o nível se situa a cerca de 80 metros sobre a superfície da elipsoide. No Oceano Índico, esse nível está 100 metros abaixo.

Os cientistas dizem que o mapa permitirá aos oceanógrafos definir como seria a forma dos oceanos se não houvesses marés, ventos e correntes marítimas. Subtraindo a forma do modelo, ficam evidentes estas outras influências. Esta informação é crucial para criar modelos climáticos que levam em conta como os oceanos transferem energia ao redor do planeta.

Usos
Há outros usos para o geoide. O modelo fornece um sistema universal para comparar altitudes em diferentes partes da Terra, à semelhança dos aparelhos de nivelamento que, na construção, revelam aos engenheiros para onde um determinado fluido corre naturalmente dentro de um tubo ou cano.

Cientistas geofísicos também podem usar os dados da sonda para investigar o que ocorre nas entranhas profundas da Terra, especialmente naqueles pontos susceptíveis a terremotos e erupções vulcânicas.

"Os dados da Goce estão mostrando novas informações no Himalaia, na África Central, nos Andes e na Antártida", explica o coordenador da missão da ESA, Rune Floberghagen.

"São lugares bem inacessíveis. Não é fácil medir variações de alta frequência no campo gravitacional da Antártida com um avião, porque há poucos campos aéreos a partir dos quais operar."

A altitude extremamente baixa da Goce deveria limitar a utilização da sonda por no máximo mais dois anos. Entretanto, níveis relativamente baixos de atividade solar produziram condições atmosféricas calmas, fazendo o satélite consumir menos combustível que o estimado.

A equipe acredita que a sonda poderia ser utilizada até 2014, quando a falta de combustível desaceleraria a missão, obrigando-a a sair de órbita.

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segunda-feira, 28 de junho de 2010

Stephen Hawking publica novo livro em setembro, diz editora

O cientista britânico Stephen Hawking publica seu novo livro, intitulado The Grand Design, sobre sua teoria para descrever a natureza, no próximo dia 7 de setembro, disse a editora Bantam Dell. Trata-se da primeira grande obra do físico e cosmólogo britânico em vários anos. O livro foi escrito ao lado do também cientista Leonard Mlodinow, que já foi co-autor de outras publicações como Brevíssima História do Tempo.

No livro, Hawking e Mlodinow examinam uma teoria para "descrever e explicar as forças da natureza". Hawking, que sofre de esclerose lateral amiotrófica, também conhecida como doença de Lou Gehrig, foi honrado com 12 doutorados honoris causa e agraciado com o prêmio Príncipe de Astúrias da Concórdia em 1989.

Ele também é conhecido por suas teorias sobre os buracos negros e a formação do universo. Hawking, foi condecorado com a Ordem do Império Britânico em 1982 e com a Medalla Copley em 2006, é autor de outros livros científicos de grande sucesso como Buracos negros e pequenos universos e outros ensaios e O universo em uma casca de noz.

Com Mlodinow, que é professor no Instituto de Tecnologia da Califórnia, escreveu em 2005 Brevíssima História do Tempo, uma versão de seu primeiro best-seller dirigido para o grande público e que versa sobre astrofísica e física teórica.

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Nave Soyuz é transferida de porto com sucesso na ISS

A nave russa Soyuz TMA-19 se separou hoje do porto do módulo de serviço Zvezda da Estação Espacial Internacional (ISS) e se acoplou ao do segmento científico Rassvet, informou o Centro de Controle de Voos Espaciais (CCVE) da Rússia.

A operação, inicialmente prevista para as 17h55 GMT (14h55, Brasília) e de cerca de 25 minutos de duração, teve que ser adiada e começou às 19h12 GMT (16h12, Brasília) devido a um problema com a colocação das baterias solares da ISS na posição necessária para este tipo de manobra, explicou um porta-voz do CCVE à agência "Interfax".

A mudança da Soyuz foi realizada em regime manual pelo cosmonauta russo Fiôdor Yurchikhin, que se encontrava no interior da nave junto aos astronautas americanos Doug Wheelock e Shannon Walker, com os quais na sexta-feira realizou um treinamento de três horas para preparar a manobra de reacoplamento.

A nave se separou da ISS a uma distância de entre 30 e 40 metros, deu uma volta na plataforma orbital e, por ordem do CCVE, se acoplou ao novo porto de engate.

Graças a esta manobra, o porto do módulo Zvezda fica livre para o acoplamento da nave de carga Progress M-06M, que será lançada rumo à ISS a partir da base cazaque de Baikonur amanhã e se enganchará à plataforma orbital na próxima sexta-feira.

Esta é a 15ª operação de mudança de porto de uma nave na história da ISS e a primeira à que a nave atraca no módulo Rassvet, que chegou à órbita em maio a bordo da nave americana Atlantis.

A Soyuz TMA-19 foi lançada ao espaço desde Baikonur no dia 15 de junho e se acoplou à plataforma orbital três dias mais tarde.

A tripulação da ISS é integrada, além disso, pelos russos Alexander Skvortsov e Mikhail Kornienko e a astronauta da Nasa Tracy Caldwell, que supervisionaram a manobra de reacoplamento do interior da plataforma orbital.

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Arianespace lançará em 2012 satélite argentino Arsat-1

A empresa europeia Arianespace porá em órbita em meados de 2012 o satélite argentino Arsat-1, que oferecerá um amplo serviço de telecomunicações de televisão, telefonia, internet e transmissão de dados para a Argentina, Chile, Uruguai e Paraguai, informou hoje o consórcio aeroespacial.

Do centro espacial de Kuru, na Guiana francesa, um foguete Ariane 5 ou Soyuz colocará em órbita geoestacionária (com um período de rotação igual ao da Terra) o satélite, o primeiro destas características construído na Argentina.

O equipamento, com uma vida útil que rondará os 15 anos, pesará 2.900 quilos na decolagem, será equipado com 24 repetidores de banda KU e será desenvolvido pela empresa argentina INVAP, abastecida pelas europeias Astrium e Thales Alenia Space.

O Arsat-1, que pertence à Empresa Argentina de Soluções Satélites Sociedade Anônima (ARSAT), firma de capital estatal que opera desde 2006, será o segundo satélite desse país que a Arianespace levará ao espaço, após o lançamento em 1997 do Nahuel 1A.

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sexta-feira, 25 de junho de 2010

Astrônomos dizem ter achado as estrelas mais frias conhecidas

O objeto vermelho no centro da imagem é a estrela chamada de SDWFS J143524.44+335334.6, uma das 14 anãs marrons encontradas pelo Spitzer em registros ... Foto: Divulgação

O objeto vermelho no centro da imagem é a estrela chamada de SDWFS J143524.44 335334.6, uma das 14 anãs marrons encontradas pelo Spitzer em registros em infravermelho

Astrônomos do telescópio espacial Spitzer - administrado pela Nasa e pelo Instituto de Tecnologia da Califórnia, nos Estados Unidos - afirmam ter descoberto 14 das mais frias estrelas conhecidas no universo. Esses astros, chamados de anãs marrons, são tão frios se comparados com suas irmãs que é impossível vê-los em telescópios comuns. Contudo, o infravermelho do Spitzer conseguiu registrá-las.

As estrelas descobertas estão em uma categoria chamada de anãs T, com temperaturas abaixo de 1227 °C. Uma delas, inclusive, é tão fria que os astrônomos propõem colocá-la em uma nova classe - já teorizada anteriormente -, a de anãs Y. Há várias classificações para estrelas conforme sua temperatura, supermassivas, por exemplo, são chamadas de O, enquanto o nosso Sol é uma estrela G.

Segundo a administração do telescópio, as estrelas descobertas têm temperaturas entre 176°C e 327°C, consideradas muito frias tendo temperaturas semelhantes a planetas. Os cientistas afirmam que esses corpos permaneceram desconhecidos por anos, mas começarão a ser mais conhecidos com os telescópios em infravermelho, como o Wise - também da Nasa - que pretende registrar todo o céu nesse comprimento de onda, enquanto o Spitzer registra apenas um alvo designado.

"Wise está procurando por todos os lugares, então as mais frias anãs marrons vão aparecer ao nosso redor", diz Peter Eisenhardt, cientista deste projeto. "Nós podemos inclusive encontrar uma anã marrom que é tão próxima de nós quanto Proxima Centauri, a mais próxima estrela conhecida", diz o pesquisador.

Ainda de acordo com os cientistas, as anãs marrons se formam de maneira similar às outras estrelas, mas são menores que estas (com tamanho equivalente a de planetas gasosos), não conseguindo reunir massa suficiente para dar início a uma fusão nuclear. Inicialmente, esses astros têm calor resultante da sua formação, mas, com o tempo, eles tendem a esfriar. A primeira anã marrom foi descoberta em 1995.

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Imagens da Nasa mostram como terremot

Resumo do interferograma do terremoto de magnitude 7,2 que atingiu a região de  Baja California no dia 4 de abril de 2010. A imagem colorida foi ... Foto: Nasa/Reprodução

Resumo do interferograma do terremoto de magnitude 7,2 que atingiu a região de Baja California no dia 4 de abril de 2010. A imagem colorida foi sobreposta à uma imagem do Google Earth da região. Sistemas de falhas principais são mostrados por linhas vermelhas, enquanto recentes réplicas estão na cor amarela e laranja

A Agência Espacial Americana (Nasa) divulgou primeira vez imagens de radar da deformação na superfície da Terra causada por um grande terremoto - o tremor de magnitude 7,2 que abalou o estado mexicano de Baja Califórnia e partes do sudoeste dos Estados Unidos no dia 4 de abril. Os dados mostram que, na área estudada, o terremoto deslocou a região no sentido sul por até 80 centímetros. As informações são da Nasa.

A equipe da ciência do laboratório de propulsão da Nasa, em Pasadena, Califórnia, usou um veículo aéreo pilotado remotamente para medir a deformação da superfície da área atingida pelo terremoto. O radar voa a uma altitude de 12,5 quilômetros.

A equipe usou uma técnica que detecta mínimas variações na distância entre a aeronave e o solo repetidas vezes em diversas ocasiões com voos guiados por GPS. Os dados analisados foram de voos realizados entre 21 de outubro de 2009 e 13 de abril de 2010. Os mapas resultantes são chamados interferogramas.

O terremoto, acontecido no dia 4 de abril de 2010, teve seu epicentro a 52 km ao sudeste de Calexico, na Califórnia, ao norte da Baja California. Ele ocorreu ao longo de um segmento do complexo geológico no limite entre as placas tectônicas da América do Norte e do Pacífico. O terremoto, maior da região em quase 120 anos, também foi sentido no sul da Califórnia e partes de Nevada e Arizona. E houve milhares de réplicas, estendendo-se perto da ponta norte do Golfo da Califórnia.

O radar mapeou a falha de San Andreas, na Califórnia, e outras falhas ao longo da fronteira entre o norte de San Francisco até a fronteira mexicana, monitorando o movimento do solo e o aumento da tensão ao longo das falhas. "O objetivo do estudo é compreender o risco relativo de San Andreas e falhas a oeste - como a Elsinore e a de San Jacinto - e captar os deslocamentos de terra de terremotos maiores", disse o geofísico Andrea Donnellan, pesquisador responsável pelos estudos com o radar no sul da Califórnia.

Redação Terra

Agência espacial americana testa Jabulani

Jabulani, bola oficial da Copa de 2010, é a estrela da exposição Foto: Ricardo Matsukawa/Terra

Jabulani é fabricada com uma nova tecnologia que não utiliza costuras

A bola da Copa começou a apanhar antes que a competição começasse. Jogadores de varias equipes criticaram a bola: Júlio César disse que era uma "bola de supermercado", Luís Fabiano chamou a bola de "sobrenatural", Fernando Torres também não gostou nada, e tantos outros atletas reclamaram do objeto principal da partida.

De acordo com o site agencia.fapesp.br, para o fabricante, a Adidas, a bola representa um grande avanço tecnológico, para outros a nova bola deixou muito a desejar.

As maiores reclamações são pela mudança da trajetória que a bola sofre em chutes mais fortes. Com o baixo número de gols na primeira fase, as críticas aumentaram.

Para tirarem as dúvidas, pesquisadores da Nasa, agência espacial americana, resolveram testar a Jabulani.

No centro de pesquisas,localizado na Califórnia, os cientistas analisaram a bola utilizada na Copa de 2006, com a desse Mundial, ambas do mesmo fabricante.

O cientista Rabi Mehta, chegou à conclusão de que a bola dessa Copa realmente faz movimentos "estranhos", e encontrou o motivo disso. Segundo Mehta, quando a Jabulani se desloca em alta velocidade, seu material causa um fluxo assimétrico. Essa assimetria causa fluxos laterais de ar, que fazem com que a bola mude de direção subitamente. A Jabulani sofre esse efeito quando sua velocidade supera os 75 Km/h, o que corresponde a um chute forte.

Outro ponto a se considerar de acordo com o pesquisador, é que a maioria dos jogos da Copa estão sendo disputados em altitudes elevadas - Johannesbrugo, por exemplo, fica a cerca de 1.660 metros do nível do mar - em altitudes elevadas a bola tende a se deslocar com velocidade maior, devido a menor resistência do ar, segundo Rabi Mehta.

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Japão começa a abrir sonda que viajou 5 bilhões de km

Antes de ser totalmente desintegrada, a sonda Hayabusa lançou a pequena cápsula que pode conter material do asteroide Itokawa Foto: Jaxa/Divulgação

Antes de ser totalmente desintegrada, a sonda Hayabusa lançou a pequena cápsula que pode conter material do asteroide Itokawa

A Agência de Exploração Aeroespacial do Japão (Jaxa) anunciou nesta quinta-feira que começou os trabalhos para abrir a cápsula da sonda Hayabusa, que retornou à Terra no último dia 13. A sonda retornou ao nosso planeta após viajar até o asteroide Itokawa em uma viagem de sete anos e aproximadamente 5 bilhões de km.

Segundo a Jaxa, a abertura da cápsula deve demorar uma semana para ser finalizada. A sonda Hayabusa ("Falcão") se desintegrou ao entrar na atmosfera terrestre. O artefato lançou então a cápsula quando sobrevoava a zona militar Woomera, no deserto australiano. A cápsula, do tamanho de uma bola de basquete, deve conter matéria procedente do asteroide.

É a primeira vez na história da conquista espacial que uma sonda volta à Terra depois de ter entrado em contato com um asteroide. Os inúmeros problemas técnicos que sofreu o aparelho, devido especialmente à pouca gravidade que existe na superfície do asteroide, levantam dúvidas sobre a presença de amostras na cápsula.

Com informações da AFP..

ESA: Vênus pode ter sido habitável, assim como a Terra

Imagem em ultravioleta registrada pela espaçonave Venus Express mostra diferentes contrastes nas nuvens de Vênus. Novos dados obtidos pela missão ... Foto: ESA/MPS/DLR/IDA/Divulgação

Imagem em ultravioleta registrada pela espaçonave Venus Express mostra diferentes contrastes nas nuvens de Vênus. Novos dados obtidos pela missão reforçam a hipótese de que Vênus pode ter sido habitável

A Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês) afirma que registros feitos pela missão Venus Express indicam que o planeta vizinho pode ter sido habitável, assim como a Terra. Hoje, os dois são muito diferentes, sendo que Vênus tem uma superfície com temperaturas comparáveis a um forno de cozinha. Contudo, a agência diz que há impressionantes similaridades entre os planetas.

Segundo a ESA, os dois têm, por exemplo, tamanhos parecidos. "A composição básica de Vênus e da Terra é muito similar", diz Håkan Svedhem, cientista do projeto Express. Uma conferência em Aussois, na França, vai discutir o quanto realmente são parecidos os dois mundos.

Contudo, uma diferença fundamental permanece entre os dois: Vênus tem pouquíssima água se comparado com a Terra, onde os oceanos se estendem pela superfície e atingem quilômetros de profundidade. De acordo com a ESA, se a água em vapor do planeta vizinho for condensada e formar um oceano, ele atingiria cerca de 3 cm de profundidade.

Por outro lado, há bilhões de anos, Vênus provavelmente teve muito mais água e a Express indica que o planeta perdeu uma grande quantidade para o espaço. Ainda segundo a agência, a perda ocorreu devido à radiação ultravioleta do Sol que dividiu as moléculas de água, separando seus dois átomos de hidrogênio e um de oxigênio, os quais escaparam para o espaço.

A espaçonave mediu a "fuga" desses átomos e indicou que a saída de hidrogênio é o dobro da de oxigênio. A ESA afirma que um modelo de computador do professor Eric Chassefière, da Universidade de Paris Sul, na França, indicou que a água estava presente em grande quantidade no planeta apenas no início da sua existência, quando sua superfície ainda estava derretida, e apenas na atmosfera. Na época em que a temperatura caiu, possibilitando a solidificação da superfície e a que a água ficasse em estado líquido, as moléculas de água começaram a ser quebradas pela ação do Sol, o que descartaria a possibilidade de Vênus ter tido um oceano.

Por outro lado, a agência afirma que o modelo de Chassefière é difícil de ser testado e, além disso, existe a possibilidade de mais água ter chegado ao planeta por cometas após a solidificação da superfície, ficando em estado líquido e em quantidade suficiente para criar vida.

A ESA diz ainda que há muitas questões a serem respondidas. "Um modelo muito mais completo dos sistema atmosférico e do oceano de magma e sua evolução é necessário para entender melhor a evolução do jovem Vênus", diz Chassefière.

Americanos afirmam que pedra encontrada no Rio é meteorito

A pedra encontrada no último sábado no município de Varre-Sai, no noroeste Fluminense, se trata de um meteorito, segundo pesquisadores americanos. Eles constaram isso após uma análise fotográfica. As informações são do Bom Dia Rio.

O objeto será analisado por pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) para comprovar se o material é realmente um meteorito. Será a primeira descoberta em 19 anos no País.

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Cientistas detectam supertempestades no planeta Osíris

Segundo cientistas, tempestades no exoplaneta têm ventos de 5 mil a 10 mil km/h de velocidade Foto: AFP

Concepção artística mostra como seria Osíris. Segundo cientistas, tempestades no exoplaneta têm ventos de 5 mil a 10 mil km/h de velocidade

Tempestades com ventos de 5 mil a 10 mil km/h de velocidade, uma temperatura de superfície de mais de 1 mil °C: o clima extremo do exoplaneta apelidado de Osíris continua a seduzir os pesquisadores, como evidenciou um estudo publicado nesta quarta-feira pela revista científica Nature.

HD209458b, nome oficial de Osíris, fica muito próximo de sua estrela e percorre sua órbita em 3,5 dias em uma velocidade de 140 km/s, quase cinco vezes mais rápido do que a Terra gira em torno do Sol, segundo Ignas Snellen, do observatório de Leiden, na Holanda, e sua equipe.

Cada vez que o planeta passa em frente a sua estrela, uma fração da luz do astro é bloqueada durante três horas. Situado a 150 anos-luz (1 AN = 9,46 trilhões de quilômetros) da Terra, Osíris foi o primeiro exoplaneta descoberto em 1999.

A atmosfera deste planeta maciço (quase dois terços da massa de Júpiter) escapa no espaço, como se perdesse sua substância - por isso, o nome Osíris. O deus egípcio que lhe dá nome foi morto pelo seu irmão que em seguida dispersou pedaços do seu corpo.

Como o planeta sempre apresenta a mesma face para a estrela, sua temperatura de superfície é mais fria no lado "noite" do que no lado "dia", onde ela pode atingir 1 mil °C.

"Na Terra, as grandes diferenças de temperaturas são causadas inevitavelmente pelos ventos fortes e, como mostra os instrumentos, a situação é a mesma em HD209458b", disse Simon Albrecht, do Massachusetts Institute of Technology (MIT), em Cambridge, Estados Unidos, em um comunicado.

Graças ao VLT (Telescópio Muito Grande) do Observatório Astronômico Europeu do Sul (ESO) instalado no Chile, os astrônomos puderam observar durante cinco horas a atmosfera deste planeta, composto de monóxido de carbono, no momento em que ele passava na frente da sua estrela.

Estudando este gás mortal, "nós descobrimos um supervento, que sopra entre 5 mil e 10 mil km/h", declarou Snellen em um comunicado da ESO. Experimentando outros métodos que poderiam servir para descobrir vida em outros exoplanetas, os astrônomos analisaram, com o espectrógrafo CRIRES, a luz da estrela filtrada através da atmosfera de Osíris.

Assim, eles puderam mensurar com grande precisão a velocidade do monóxido de carbono, graças ao efeito Doppler, impressão deixada pelo gás variando de acordo com sua proximidade ou distanciamento da Terra. Eles puderam também, pela primeira vez, calcular diretamente a velocidade do exoplaneta, sua massa e descobrir que sua atmosfera seria "tão rica em carbono quanto Saturno e Júpiter".

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Hubble faz fotos detalhadas de berçário de estrelas

Na imagem, uma ampla vista de jovens estrelas e nuvens de gás em nossa galáxia vizinha  Foto: ESA/Divulgação

Na imagem, uma ampla vista de jovens estrelas e nuvens de gás em nossa galáxia vizinha

A Nasa capturou através do telescópio Hubble uma rede complexa de nuvens de gás e aglomerados de estrelas em nossa galáxia vizinha, a Grande Nuvem de Magalhães. Esta região de nascimento da estrela é uma das mais ativas no Universo.

A Grande Nuvem de Magalhães contém muitas bolhas brilhantes de gás incandescente. Uma das maiores e mais espetacular é a LHA 120-N 11, mais conhecida como N11 desde que foi catalogada, em 1956, pelo astrônomo e astronauta Karl Henize.

N11 se estende por mil anos-luz, é a segunda região de maior formação de estrelas na Grande Nuvem de Magalhães e produziu algumas das estrelas mais massivas já conhecidas.

De perto, a N11 é uma nuvem de gás brilhante cor-de-rosa e se assemelha a um redemoinho de "algodão doce" e é relativamente compacta e densa. Mais distante, a sua forma global distinta levou alguns observadores a chamá-la de "a nebulosa de feijão". As características coloridas da nebulosa são os sinais indicadores do nascimento da estrela.

É o processo de nascimento da estrela que dá a N11 uma aparência diferente. Três gerações sucessivas de estrelas, cada qual formada mais longe do centro da nebulosa, criaram escudos de gás e poeira. Estes escudos foram fundidos longe das estrelas recém-nascidas na agitação de seu nascimento energético criando o anel que dá a forma tão proeminente observada na imagem.

Embora seja muito menor do que nossa galáxia, a Grande Nuvem de Magalhães é uma região forte de formação de estrelas. Estudando esses berçários estrelares os astrônomos conseguem entender mais sobre como nascem as estrelas e o tempo de seu desenvolvimento final.

Tanto a Grande Nuvem de Magalhães quanto sua companheira, a Pequena Nuvem de Magalhães, são facilmente visíveis a olho nu e tem sido sempre familiar às pessoas que vivem no hemisfério sul. O crédito por trazer estas galáxias à atenção dos europeus é geralmente dada ao explorador Português Fernando de Magalhães e a sua tripulação, que a avistaram em viagem marítima em 1519. No entanto, o astrônomo persa Abd Al-Rahman Al Sufi e o explorador italiano Américo Vespúcio já haviam registrado a Grande Nuvem de Magalhães, muito antes, em 964 e 1503, respectivamente.

Cientistas tentam recriar som da "partícula de Deus"

Cientistas simularam o som de partículas subatômicas produzidas no Grande Colisor de Hádrons (GCH), na Suíça. O objetivo é facilitar a identificação da chamada "partícula de Deus" - o bóson de Higgs - cuja existência ainda não foi confirmada, mas que, segundo teorias, daria massa a todas as outras.

A cientista Lily Asquith coordenou a equipe que desenvolveu o modelo que transforma dados do gigantesco experimento Atlas, no GCH, em sons. "Se a energia estiver perto de você, você ouve um som grave, e se estiver mais longe, mais agudo", disse Asquith.

O colisor é um projeto milionário construído na fronteira entre a França e a Suíça para tentar responder algumas perguntas fundamentais para a física. O experimento acontece em um túnel circular de 27 km de comprimento, repleto de imãs que "conduzem" partículas de prótons pelo imenso anel.

Em certos pontos do trajeto, os feixes de prótons mudam de trajetória e se chocam em quatro experimentos, que são minuciosamente monitorados pelos cientistas. É nessas colisões que os estudiosos esperam encontrar novas partículas subatômicas, como o bóson de Higgs, que ajudariam a entender a origem do Universo.

Atlas é um dos quatro experimentos do colisor. Um instrumento batizado de calorímetro é usado para medir energia e é composto de sete camadas concêntricas. Cada uma dessas camadas é representada por um tom diferente, dependendo da quantidade de energia contida nele.

O processo de transformar dados científicos em sons é chamado sonificação. Até o momento, a equipe de Asquith criou diversas simulações baseadas em previsões do que aconteceria durante as colisões no GCH. Só agora, começaram a utilizar dados de experimentos reais.

"Quando você ouve as sonificações, na realidade, o que você está ouvindo são dados. Elas são fieis aos dados e dão informações sobre os dados que não seriam possíveis de se obter de qualquer outra maneira", disse Archer Endrich, um desenvolvedor de software que trabalha no projeto.

Pela sonificação, os cientistas esperam poder identificar diferenças sutis para detectar novas partículas. Um compositor envolvido com o projeto, Richard Dobson, destacou ter ficado impressionado com a musicalidade das colisões.

"É possível ouvir estruturas claras nos sons, quase como se tivessem sido compostas. Cada uma parece contar uma pequena história. São tão dinâmicas e mudam o tempo todo, que se parecem muito com as composições contemporâneas", disse o músico.

O bóson de Higgs daria massa a outras partículas   Foto: BBC Brasil
O bóson de Higgs daria massa a outras partículas

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Amador registra imagens da estratosfera com câmera de R$ 80

Astrônomo amador conseguiu tirar fotografias da Terra a partir da estratosfera Foto: Reprodução

Astrônomo amador conseguiu tirar fotografias da Terra a partir da estratosfera

Parecem imagens tiradas da Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês), ou de algum milionário satélite lançado por uma superpotência, mas foram criadas pelo astrônomo amador americano Colin Rich com uma câmera digital que custou cerca de R$ 80 (confira mais imagens na aba "fotos" acima). As informações são do Daily Mail.

Rich não precisou do orçamento bilionário da Nasa, da Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês) ou da japonesa (Jaxa), mas sim de um balão, uma câmera comprada no eBay e muita criatividade. De acordo com a reportagem, no total, o projeto custou aproximadamente R$ 1,3 mil.

O americano de 27 anos colocou a câmera com 5 anos de uso em uma caixa fechada com fita adesiva e a lançou à estratosfera em um balão meteorológico. O aparato alcançou 38 mil m, uma altitude cerca de quatro vezes maior que a capacidade de um avião comercial.

Como o nome sugere, o projeto Pacific Star 2 foi a segunda empreitada do americano ao espaço e foi lançado quatro meses após o planejamento começar. Segundo a reportagem, Rich se inspirou no fotógrafo britânico Robert Harrison, que conseguiu tirar fotos da estratosfera em 2008. O Pacific Star 1 foi bem menos longe que o "irmão" mais novo, alcançou 2,7 mil m.

Segundo o americano, o lançamento ocorreu no dia 5 de junho. "Nós lançamos (o Pacific Star 2) em Oxnard, na Califórnia", disse o astrônomo amador à reportagem. "Nós trouxemos nosso tanque de hélio e inflamos o balão meteorológico de látex (...) e, no final da tarde, nós lançamos".

Rich ainda brinca com o projeto. "Foi muito amador, mas é claro que isso é metade da diversão", diz. "O invólucro de isopor protegeu a câmera do frio e permitiu que ela gravasse vídeos e tirasse fotos com o timer que eu tinha programado", afirma.

O balão levou cerca de uma hora e meia para chegar à estratosfera. Ao chegar ao seu destino, o tamanho do balão aumentou cerca de sete vezes por causa da pressão interna.

"Ele (o balão) então estourou e o paraquedas entrou em funcionamento e, é claro, nós fomos recuperar o invólucro", diz. Ele pousou a cerca de 32 km do local do lançamento. Segundo a reportagem, o voo do Pacific Star 2 levou cerca de duas horas e meia e custou aproximadamente R$ 1,3 mil.

No site do projeto, que reúne textos, vídeos e imagens da empreitada, o astrônomo amador diz que já prepara o Pacific Star 3.

terça-feira, 22 de junho de 2010

Telescópio capta imagem de 'lábios humanos' no espaço

O que parece uma boca humana é uma nuvem de poeira soprando da estrela gigante V385 Carinae, que aparece no centro como um ponto branco  Foto: Nasa/Reprodução

O que parece uma boca humana é uma nuvem de poeira soprando da estrela gigante V385 Carinae, que aparece no centro como um ponto branco

O telescópio em infacermelho Wise da Agência Espacial Americana, Nasa, capturou uma imagem inusitada no espaço. O que parece uma boca humana é uma nuvem de poeira soprando de uma estrela gigante. A estrela (ponto branco no centro do anel vermelho) é uma das moradoras mais maciças da nossa galáxia Via Láctea, a V385 Carinae e fica a uma distância de cerca de 16 mil anos-luz da Terra.

Segundo os astrônomos, objetos como esse são chamados de estrelas Wolf-Rayet e, em comparação, fazem com que o nosso Sol pareça insignificante. A V385 Carinae é 35 vezes mais massiva que nosso Sol, e tem um diâmetro quase 18 vezes maior. É mais quente e brilha com mais de um milhão de vezes a quantidade de luz.

Estrelas ardentes assim queimam rapidamente tendo uma vida considerada curta para o espaço, apenas poucos milhões de anos. À medida que envelhecem, os átomos mais pesados vão 'cozinhando' dentro delas - como os átomos de oxigênio que são necessários para a vida como nós conhecemos.

O material resultante desta queima é soprado para fora em nuvens, como a que brilha intensamente na cor vermelha na imagem do Wise.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Nasa registra do espaço formação de tempestades

Imagem divulgada pela Nasa mostra a formação das tempestades tropicais Blas (esq.) e Celia (dir.) no Oceano Pacífico Foto: Nasa/AFP

Imagem divulgada pela Nasa mostra a formação das tempestades tropicais Blas (esq.) e Celia (dir.) no Oceano Pacífico

Uma imagem divulgada nesta segunda-feira pela Nasa - a agência espacial americana - mostra a formação de duas tempestades Blas e Celia próximo à América Central. A fotografia foi registrada pelo satélite Terra no último dia 19. As informações são da AFP.

Segundo a agência, as tempestades devem seguir para o oeste, para o oceano Pacífico. De acordo com o centro da marinha americana para tufões, a tempestade tropical Blas deve ter ventos de 55 km/h e rajadas de até 75 km/h, enquanto Celia é mais forte, com ventos de 120 km/h e rajadas de 150 km/h.

Centro do colisor de Hádrons abre-se a países não europeus

O Cern, centro europeu de pesquisas voltado para o estudo das partículas, que atualmente conduz a maior experiência científica da humanidade (o Grande Colisor de Hádrons - LHC, na sigla em inglês), está aberto para que os países de todo o planeta, que tenham qualificação para tanto, tornem-se membros da instituição. Até agora, o centro criado há 56 anos perto de Genebra, entre a fronteira da França e da Suíça, dono de um orçamento anual de 10 bilhões de francos suíços (US$ 8,7 bilhões), havia aceitado apenas Estados europeus como membros plenos, embora muitos outros participem de suas atividades.

"Este é um salto gigantesco para a física das partículas que reconhece a globalização crescente da área", disse Michel Spiro, presidente do conselho normativo do Cern, que tomou a decisão no fim de semana. Rolf Heuer, diretor-geral do organismo cujos cientistas venceram uma série de prêmios Nobel e que fez pesquisas que levaram à criação da internet (em 1989), afirmou que a mudança reflete o interesse global na pesquisa sobre o nascimento do universo.

A mudança não necessariamente significa mais dinheiro para o Cern, cujo orçamento é fixo por cinco anos e depois compartilhado entre seus membros, de acordo com o porta-voz James Gillies. Mas quer dizer que há uma potencial fonte de receita extra para a organização, que, segundo críticos, consome enormes fundos que poderiam ser utilizados para finalidades mais práticas.

Os defensores, e os governos que aprovam o seu orçamento, afirmam que há muitas consequências benéficas à economia e para a saúde derivadas da atividade do centro. Fundado em 1954 por 12 países europeus com o objetivo de restaurar o papel do continente na pesquisa da área da física após a Segunda Guerra Mundial, o Cern (Organização Europeia para a Pesquisa Nuclear) atualmente tem 20 membros.

Reuters
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Lançado satélite que fará mapa tridimensional preciso da Terra

O satélite TanDEM-X tem a missão de compilar o mais preciso mapa em três dimensões da superfície da Terra Foto: BBC Brasil

O satélite TanDEM-X tem a missão de compilar o mais preciso mapa em três dimensões da superfície da Terra

Foi lançado em órbita nesta segunda-feira o satélite TanDEM-X, com a missão de compilar o mais preciso mapa em três dimensões da superfície da Terra. O radar alemão vai voar em formação com um outro satélite idêntico, chamada TerraSAR-X, lançada em 2007. Juntos, os dois satélites vão medir a variação de altura em todo o globo.

O mapa em três dimensões poderá ser usado para vários fins, entre eles, auxiliar aviões militares a voar em alturas extremamente baixas e ajudar equipes de resgate a avaliar onde foram os piores estragos após um terremoto, por exemplo.

"Nosso objetivo é gerar um modelo com resolução e qualidade que não existem hoje", explicou Vark Helfritz, da empresa de imagens por satélite Infoterra GmbH.

"Este será um produto verdadeiramente global e 'sem costuras' - não será uma 'colcha de retalhos' de dados enviados por diferentes satélites e colocados juntos", disse ele à BBC News.

O TanDEM-X foi levado para o espaço por um míssil balístico intercontinental adaptado, partindo do cosmódromo de Baikonur, no Cazaquistão.

Órbita
O foguete foi lançado às 5h14 da manhã, hora de Brasília, e um sinal confirmando a separação do satélite foi recebido 29 minutos depois, por uma estação de rastreamento na Antártida.

O novo satélite foi colocado em uma órbita polar paralela à órbita do TerraSAR-X, cerca de 514 km acima do planeta. "É a primeira vez que dois satélites foram colocados em formação tão próxima", disse o brigadeiro Thomas Reiter, ex-astronauta e atual membro do painel executivo do Centro Aeroespacial Alemão (DLR).

"Suas órbitas os aproximam com um mínimo de distância de cerca de 200 metros. Isso será bastante desafiador para os controladores da missão, como você pode imaginar."

Os radares vão emitir pulsos constantes de microondas contra a superfície do planeta. Ao medir o tempo que sinais levam para retornar à sua fonte de origem os instrumentos determinam as diferenças de altura.

O fato de os dois satélites estarem em formação tão próxima vai permitir que um deles aja como um transmissor/receptor e o outro como um segundo receptor.

Aplicações
Para que o satélite consiga mapear todos os 150 milhões de quilômetros quadrados da superfície da Terra serão necessários pelo menos três anos.

As observações por radar já têm extenso uso em aplicações militares, civis e científicas, como nas recentes avaliações de fenômenos como a erupção do vulcão Eyjafjallajoekull, na Islândia, e o vazamento de petróleo no Golfo do México.

A visão de microondas do TerraSAR-X permitiu que especialistas pudessem acompanhar e avaliar o status do vulcão islandês apesar de ele estar coberto por uma nuvem de cinzas. E no caso do vazamento, o satélite pode acompanhar o avanço da mancha de óleo no mar durante o dia e à noite, graças aos sinais de radar refletidos das água poluída.

Com a melhoria na precisão dos dados enviados pelo TanDEM, as aplicações deverão ser estendidas e aprofundadas.

Operadores de celulares, por exemplo, vão usar o modelo digital de elevação para escolher os melhores locais para a instalação de mastros; o setor de aviação poderá usar os dados para planejar rotas aéreas mais seguras; planejadores urbanos poderão avaliar riscos de enchentes com mais precisão e autoridades marítimas poderão usar a informação para rastrear piratas e navios de pesca ilegais.

A missão TerraSAR-X/TanDEM-X é operada por uma parceria público-privada. A Agência Espacial Alemã é dona do hardware, a EADS Astrium construiu os satélites e a Infoterra GmbH tem os direitos comerciais exclusivos sobre os dados. Já há planos para lançar um outro satélite, para dar continuidade ao trabalho desta missão.

O próximo passo seria uma tecnologia de alta resolução e de grande alcance que permitiria que imagens de grande escala da superfície, extremamente detalhadas, sejam registradas em uma única passagem.

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sexta-feira, 18 de junho de 2010

Cientistas descobrem que galáxia tem "cauda" de gás e estrelas

A IC 3418 (dir.) parecia mais uma galáxia em espiral. Mas observações em ultravioleta (esq.) mostraram que ela tem uma espécie de cauda. Segundo ... Foto: Nasa/JPL-Caltech/Divulgação

A IC 3418 (dir.) parecia mais uma galáxia em espiral. Mas observações em ultravioleta (esq.) mostraram que ela tem uma espécie de "cauda". Segundo cientistas, essa descoberta pode facilitar o estudo sobre a formação das estrelas

Observações em ultravioleta da galáxia IC 3418 indicam que, apesar de parecer mais uma galáxia espiral comum, ela tem uma espécie de "cauda". Não só isso, essa região é composta de milhares de jovens estrelas. As informações são da Science.

O aglomerado de estrelas fica localizado a 54 milhões de anos-luz no meio do imenso agrupamento de Virgem (que tem mais de 1,5 mil galáxias próximas). Esse agrupamento é tão grande que sua força gravitacional está puxando IC 3418 para o seu centro a uma velocidade de 3,6 milhões de km/h, o que deixa para trás amontoados de gás que formam um rastro.

Segundo um estudo publicado neste mês no The Astrophysical Journal Letters, esse gás é influenciado pelas outras galáxias (assim como a cauda de um cometa é atingida pelos ventos solares), acaba por condensar e formar estrelas.

De acordo com a pesquisa, essa "cauda" de jovens estrelas oferece uma possibilidade de estudar a formação desses astros muito mais facilmente do que em outras galáxias, onde esse processo fica encoberto por grandes nuvens de gás e poeira.

Nasa: poderosa chuva de meteoros pode atingir a Terra em 2011

A Nasa - agência espacial americana - começou a avaliar os riscos para satélites e naves espaciais em órbita da Terra, como a Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês), devido a uma poderosa chuva de meteoros que deve atingir o planeta em 8 de outubro de 2011. O fenômeno ocorre no outono do hemisfério norte, vai durar sete horas e deverá ser especialmente violento.

A Nasa pode, inclusive, redirecionar a ISS. William Cooke, do Marshall Space Flight Center (Huntsville, Alabama), ligado à agência espacial, disse que os especialistas preveem uma grande chuva e esperam um pico de várias centenas de meteoros por hora.

Duas outras chuvas fortes ocorreram em 1985 e 1998, mas não causaram problemas nos satélites e naves em órbita. Desta vez, a probabilidade de problemas também não é alta. No entanto, Cooke diz que a prevenção é importante e que a próxima tempestade não deve ser ignorada.

Segundo Cooke, a ISS tem um escudo contra as rochas do espaço e, se necessário, pode ser redirecionada. O mesmo se aplica ao telescópio Hubble. O cientista incentiva programadores a determinar se é necessário preparar estratégias de defesa. "Se um meteoro esporádico atinge você, é má sorte. Se isso ocorre durante uma chuva de meteoros, é negligência", diz o cientista.

Nave russa chega com sucesso à ISS

A nave espacial russa Soyuz TMA-19 se acoplou com sucesso à Estação Espacial Internacional (ISS), informou nesta sexta-feira o Centro de Controle de Voos Espaciais (CCVE) da Rússia. "O acoplamento foi efetuado em regime automático e sem nenhum contratempo", disse um porta-voz do CCVE citado pela agência Interfax.

A nave russa, que decolou na terça-feira passada da base de Baikonur, no Casaquistão, levou à ISS o cosmonauta russo Fiodor Yurchikhin e os astronautas americanos Doug Wheelock e Shannon Walker. Eles foram recebidos pelos russos Alexander Skvortsov e Mikhail Kornienko e a americana Tracy Caldwell.

Durante sua missão na ISS, que durará cinco meses, os três terão a tarefa de realizar testes científicos, descarregar três naves de carga Progress e montar um satélite experimental.

Também participarão de numerosas experiências científicas, principalmente nas áreas geofísica e médica, e testarão um sistema de prevenção de catástrofes. Os astronautas criarão ainda um blog e um e-mail para a troca de informação sobre a ISS.

A Estação Espacial Internacional é um projeto de 100 bilhões de dólares iniciado em 1998 e do qual participam 16 países, mas financiado principalmente pelos Estados Unidos.

EFE
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quinta-feira, 17 de junho de 2010

Missão da Nasa busca planetas parecidos com a Terra

Ilustração da Nasa reproduz o observatório espacial Kepler  Foto: Nasa/Reprodução

Em 43 dias no espaço, a Missão do observatório espacial Kepler da Nasa - a agência Espacial americana - já enviou à Terra dados científicos sobre mais de 156 mil estrelas

Em 43 dias no espaço, a Missão do observatório espacial Kepler da Nasa - a agência Espacial americana - já enviou à Terra dados científicos sobre mais de 156 mil estrelas. As estrelas estão sendo monitoradas como parte de uma busca por planetas semelhantes ao nosso fora do sistema solar. Mudanças de brilho, por exemplo, podem ser sinais de que as estrelas tenham planetas em sua órbita.

O Kepler capta dados sobre os planetas através da medição da intensidade de luz da estrela-mãe. Cada vez que um planeta passa em frente à estrela diminui minimamente o brilho dela. Assim, os cientistas calculam o tamanho do planeta de acordo com a mudança no brilho da estrela.

As estrelas têm uma ampla gama de intensidades de luz, temperaturas, tamanhos e idades. Algumas são estáveis, enquanto outras pulsam. Algumas têm pontos de luz, similares às manchas solares, e algumas produzem chamas que esterilizam os planetas mais próximos. Todas essas características das estrelas devem ser analisadas para determinar a possibilidade de cada um dos planetas que estão em suas órbitas ser parecido com a Terra.

A equipe de cientistas da Nasa também pesquisa dados obtidos por telescópios terrestres, pelo Hubble e pelo telescópio espacial Spitzer para realizar perfis de um conjunto específico de 400 objetos de interesse. A área do espaço na qual o Kepler observa estrelas nas constelações de Cygnus e Lyra só pode ser vista a partir de observatórios em Terra na primavera do hemisfério norte.

Os dados das observações determinarão quais dos objetos podem ser identificados como planetas. Esses dados serão divulgados à comunidade científica em fevereiro de 2011.

Hubble "encontra" listra desaparecida de Júpiter

Na imagem da esquerda, registrada em 2009, a listra escura de Júpiter pode ser vista no hemisfério sul do planeta, próximo ao seu centro. A listra ... Foto: Nasa/Divulgação

Na imagem da esquerda, registrada em 2009, a listra escura de Júpiter pode ser vista no hemisfério sul do planeta, próximo ao seu centro. A listra desapareceu no primeiro semestre deste ano e, em 7 de junho, o Hubble ainda não conseguia registrá-la

Novas imagens do telescópio Hubble confirmam que uma das listras de Júpiter que tinha desaparecido estava apenas encoberta por nuvens de amônia. "Previsão do tempo para o cinto equatorial sul de Júpiter: nuvens com possibilidade de amônia", brinca o cientista Heidi Hammel do Instituto de Ciência Espacial, no Estado americano do Colorado, em nota divulgada na quarta-feira.

A listra escura do planeta, que fica na região sul de Júpiter, havia desaparecido completamente em maio de 2010. No dia 7 de junho, o Hubble foi direcionado ao gigante gasoso para investigar um estranho objeto que teria se chocado contra o planeta sem deixar rastros.

Durante a observação, uma das câmeras do telescópio confirmou que eram nuvens de amônia - que ficam numa altitude maior que as escuras, encobrindo-as. Além disso, o Hubble registrou pontos escuros mais ao sul. Os cientistas acreditam que a faixa deve voltar a ficar totalmente visível em alguns meses.

"O cinto sul equatorial desapareceu pela última vez no início dos anos 70. Nós não fomos capazes de estudar esse fenômeno com esse nível de detalhe anteriormente", diz Amy Simon-Miller, da Nasa, a agência espacial americana. "As mudanças dos últimos anos estão adicionando um extraordinário banco de dados sobre as dramáticas mudanças nas nuvens de Júpiter", afirma a cientista.

Objeto nos confins do sistema solar é observado pela 1ª vez

Um grupo de astrônomos de vários países disse ter observado, pela primeira vez, um objeto gelado em órbita além de Netuno, nos confins do Sistema Solar. O objeto é conhecido como KBO 55636 (sigla para Kuiper Belt Object, Objeto do Cinturão de Kuiper) porque habita a região chamada Cinturão de Kuiper, onde estão agrupados milhares de objetos remanescentes do período em que se formou o Sistema Solar.

Os astrônomos sabiam da existência do KBO 55636 há vários anos, mas só puderam vê-lo porque ele passou na frente de uma estrela brilhante e refletiu sua luz. Liderados pelos Estados Unidos, cientistas de 18 observatórios espaciais em vários pontos do planeta participaram da busca. Eles descrevem suas observações na revista científica Nature

Momento Oportuno
Quando um corpo celeste esconde uma estrela ao passar em frente a ela no espaço, ocorre o que os astrônomos chamam de "ocultação estelar". A equipe usou uma ocasião como essa para estudar o KBO 55636. Eles disseram à revista Nature que a ocultação durou apenas dez segundos, mas foi suficiente para que eles determinassem o tamanho e a capacidade de reflexão do objeto.

O Cinturão de Kuiper ocupa uma região que fica além da órbita do planeta mais distante do Sistema Solar, Netuno. Ele é semelhante a um cinturão de asteroides, mas em vez de ser composto principalmente de rochas e metais, a maioria dos objetos que agrupa é feita de materiais voláteis - metano, amônia e água.

Colisão Espacial
Até agora, especialistas conseguiram detectar mais de mil KBOs, mas eles acreditam que haja cerca de 70 mil deles. O autor principal do estudo, James Elliot, professor de astronomia planetária do Massachusetts Institute of Technology (MIT), em Massachusetts, nos Estados Unidos, disse à BBC que o KBO 55636 foi formado, provavelmente, como resultado de uma colisão espacial ocorrida há um bilhão de anos.

Ele disse que um planeta anão conhecido como Haumea pode ter sido atingido por outro objeto e o impacto teria levado a crosta gelada que cobria o Haumea a se partir em uma dúzia de pedaços menores, entre eles, o KBO 55636.

O Cinturão de Kuiper abriga pelo menos três planetas anões. Um deles é Plutão, o maior KBO de que se tem conhecimento. Elliot explicou que para poder ver o KBO 55636 no exato momento em que passava em frente a uma estrela, ele teve de reunir uma equipe de 42 astrônomos de 18 observatórios na Austrália, África do Sul, México e Estados Unidos.

"Vínhamos calculando com precisão a posição do KBO há vários anos", ele disse. "Com uma órbita precisa, projetamos onde ele ia estar no céu e procuramos por estrelas que ele poderia ocultar". O cientista explicou que foi difícil prever exatamente onde o KBO iria passar.

Para maior segurança, a equipe pediu o auxílio de vários observatórios espaciais situados em uma faixa de 5.900 km da superfície da Terra. Esse trecho correspondia ao percurso que, os especialistas previam, seria percorrido pela sombra do corpo celeste. "Foi uma forma de maximizar nossas chances de acertar", ele explicou.

De 18 telescópios apontados para o céu, apenas dois observatórios, ambos no Havaí, conseguiram detectar a ocultação estelar de dez segundos.

Alta Reflexão
Usando a medida exata do tempo durante o qual a estrela ficou oculta e a velocidade da sobra do KBO se movendo pelo Havaí, os astrônomos puderam determinar o tamanho do objeto - cerca de 300 km de diametro - e a sua capacidade de refletir a luz.

Eles imaginavam que a superfície do KBO 55636 seria opaca, com pouca capacidade de reflexão por causa do acúmulo de poeira e bombardeios de raios cósmicos, mas foram surpreendidos. "Descobrimos que esse objeto é muito menor do que achávamos e que tem bastante capacidade de reflexão - ele reflete a maior parte da luz que atinge sua superfície".

Elliot explicou que a superfície do objeto é provavelmente feita de gelo - como a superfície de Plutão. Mas não soube explicar por que o índice de reflexão do KBO 55636 é tão alto. "Talvez porque superfícies compostas de gelo sejam mais robustas e não se escureçam com o impacto de raios cósmicos e outras coisas que escurecem outras superfícies".

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quarta-feira, 16 de junho de 2010

Nasa: Hubble identifica o que era luz misteriosa em Júpiter

Observações do Hubble indicam que gigante meteoro atingiu o planeta, mas queimou antes de atingir as nuvens mais altas de Júpiter e não deixou grandes ... Foto: Nasa/Divulgação

Observações do Hubble indicam que gigante meteoro atingiu o planeta, mas queimou antes de atingir as nuvens mais altas de Júpiter e não deixou grandes marcas

Observando detalhadamente as imagens do telescópio espacial Hubble, astrônomos conseguiram uma explicação para a misteriosa luz vista em Júpiter no dia 3 de junho. Os cientistas acreditam que ela pode ser resultado de um meteoro gigante que queimou antes de chegar às nuvens mais altas do planeta, o que explicaria o fato de não haver nenhum sinal de destroços nas nuvens, como ocorreu em colisões anteriores no planeta. As informações são da Nasa - a agência espacial americana.

Segundo a Nasa, astrônomos de todo o mundo notaram que algo atingiu o planeta e produziu luz suficiente para que o fenômeno fosse visto da Terra, mas eles não sabiam o quão profundo o objeto penetrou no gigante gasoso. Desde então, eles empreenderam buscas por alguma pista nas nuvens de Júpiter.

No dia 7 de junho, o Hubble foi direcionado ao planeta e fez diversas observações - inclusive em ultravioleta - para tentar esclarecer o que e como atingiu Júpiter. Os registros não mostraram nenhum sinal de destroços nas nuvens mais altas. Segundo os cientistas, isso indica que o objeto não penetrou e explodiu dentro do gigante gasoso, o que teria deixado marcas visíveis ao ultravioleta.

Em 2009, um asteroide muito maior atingiu o planeta e criou uma grande explosão. De acordo com a Nasa, como resultado do choque surgiu uma grande quantidade de poeira, que pôde ser vista, ao contrário do fenômeno do dia 3.

terça-feira, 15 de junho de 2010

Nave russa decola rumo à Estação Espacial Internacional

A nave russa Soyuz TMA-19 partiu nesta terça-feira da base de Baikonur, no Cazaquistão Foto: Nasa/Reprodução

A nave russa "Soyuz TMA-19" partiu nesta terça-feira da base de Baikonur, no Cazaquistão

A nave russa Soyuz TMA-19 partiu nesta terça-feira da base de Baikonur, no Cazaquistão rumo à Estação Especial Internacional (ISS, na sigla em inglês). O lançamento, confirmado pelo centro espacial Johnson, em Houston (Texas), correu no horário previsto.

A nave leva três novos tripulantes para a ISS. São os astronautas americanos Doug Wheelock e Shannon Walker, e o cosmonauta russo Fiodor Yurchikhin. Depois dos dois dias de viagem até a ISS, eles passarão a integrar a expedição 24 da estação Alfa, em órbita a quase 400 km da Terra.

A Soyuz, que também leva equipamentos e mantimentos para a ISS, acoplará às 19h25 (pelo horário de Brasília) de quinta-feira, quando os três astronautas se somam ao comandante russo Alexander Skvortson e aos engenheiros de voo Mikhail Kornienko e Tracy Caldwell.

A estadia dos três na estação espacial durará cinco meses e meio.


EFE
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segunda-feira, 14 de junho de 2010

Há mais água na Lua do que se achava, diz estudo

Há muito mais água na Lua do que se pensava, e ela está disseminada sob a superfície, segundo um estudo divulgado nesta segunda-feira. Missões recentes à Lua tem mostrado gelo nas sombras das crateras, e também sob a poeira lunar. Mas ela poderia ter sido levada por asteróides caídos no satélite.

O novo estudo, publicado na revista Proceedings, da Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos, indica, no entanto, que há na Lua muito mais água do que isso - descoberta que pode ser importante em futuras missões tripuladas. "A água pode ser onipresente no interior lunar", disseram os pesquisadores.

"Por mais de 40 anos pensamos na Lua como seca", disse Francis McCubbin, do Instituto Carnegie, de Washington, que liderou o estudo. "Descobrimos que o conteúdo mínimo de água variava de 64 partes por bilhão a 5 partes por milhão - pelo menos duas ordens de magnitude maior do que os resultados anteriores."

A água não está imediatamente acessível - ela está incorporada ao interior rochoso da Lua, segundo o relatório. Hoje, a maioria dos cientistas acredita que a Lua se formou quando um objeto do tamanho de Marte colidiu com a Terra, ejetando um material que se aglutinou e começou a orbitar o planeta, 4,5 bilhões de anos atrás.

Houve formação de magma nesse processo, e algumas moléculas de água podem ter sido preservadas conforme o magma esfriava e se cristalizava. Os pesquisadores examinaram amostras recolhidas há 40 anos durante as missões lunares Apolo. Rochas do tipo mais comum no interior contêm evidências químicas de compostos de hidrogênio e oxigênio que indicam a presença de água.

"As concentrações são muito baixas e, por isso, foram até recentemente quase impossíveis de detectar", disse em nota Bradley Jolliff, da Universidade Washington, em Saint Louis, que trabalhou na pesquisa. "Podemos agora finalmente começar a considerar as implicações e a origem da água no interior da Lua."

Reuters
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Cápsula da sonda espacial japonesa é localizada na Austrália

A cápsula japonesa cai em um deserto em Woomera, na Austrália Foto: AP

A cápsula japonesa caiu em um deserto em Woomera, na Austrália

A cápsula da sonda espacial japonesa Hayabusa, que no domingo regressou à Terra depois de uma viagem de sete anos que a levou até um asteroide, foi recuperada nesta segunda-feira por cientistas no deserto da Austrália.

A sonda Hayabusa (Falcão) se desintegrou no domingo ao entrar na atmosfera terrestre, ao término de uma viagem de sete anos e 5 bilhões de quilômetros. O artefato lançou então a cápsula quando sobrevoava a zona militar Woomera, no deserto australiano.

A cápsula, do tamanho de uma bola de basquete, deve conter matéria procedente de um asteroide. A sonda aterrissou em 2005 em um corpo celeste denonimado Itokawa, cuja idade é de vários milhões de anos, com a missão de recolher amostras da matéria.

É a primeira vez na história da conquista espacial que uma sonda volta à Terra depois de ter entrado em contato com um asteroide. Os inúmeros problemas técnicos que sofreu o aparelho, devido especialmente à pouca gravidade que existe na superfície do asteroide, levantam dúvidas sobre a presença de amostras na cápsula que caiu no desorto australiano.

AFP
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domingo, 13 de junho de 2010

Sonda japonesa retorna à Terra após pousar em asteroide

Sonda deixa rastro provocado pelo atrito ao entrar na atmosfera Foto: Reuters

Sonda deixa rastro provocado pelo atrito ao entrar na atmosfera

A Agência Japonesa de Exploração Aeroespacial (Jaxa) afirma que a sonda espacial Hayabusa retornou à Terra neste domingo e pousou na Austrália. O equipamento que foi lançado em 9 de maio de 2003 e retornou após pousar no asteroide Itokawa.

A Hayabusa alcançou seu alvo em 12 de setembro de 2005 após viajar 2 bilhões de km. Em setembro e outubro do mesmo ano, a sonda completou análise e medição da geometria do asteroide e, em novembro, fez dois pousos na superfície para coletar amostras do Itokawa.

Segundo a Jaxa, a missão foi capaz de realizar várias descobertas sobre o asteroide, como as condições de sua gravidade e superfície.

Norte de Marte teve oceano há 3 bi de anos, diz estudo

As terras baixas do norte de Marte estavam cobertas por um extenso oceano há 3 bilhões de anos, segundo publica esta semana a edição online da revista "Nature Geoscience".

Embora pesquisas anteriores feitas a partir de naves espaciais já tenham apontado a possibilidade da existência de um oceano em Marte, ainda não havia provas que assegurassem isso.

No entanto, um grupo de pesquisadores da Universidade do Colorado (EUA) analisou agora a distribuição de sedimentos do delta e do vale da rede de rios de Marte, o que confirmou que um dia houve um oceano ali.

Os especialistas concluíram que muitos dos deltas estavam à mesma altura, o que sugere que estiveram unidos formando uma antiga costa.

Isso é, para eles, prova contundente de que existiu um oceano nas planícies do norte de Marte.

A elevação que teria tido a margem descoberta pelos pesquisadores coincide com a altura da desembocadura da antiga rede fluvial, o que indicaria que existiu um nível uniforme e global de água em Marte.

EFE
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Rússia prepara foguete Soyuz-FG para missão à estação espacial

A espaçonave Soyuz TMA-19 foi transportada para a plataforma de lançamento neste domingo Foto: Reuters

O foguete russo foi transferido para uma plataforma de lançamento no Centro Espacial de Baikonur, no Cazaquistão, na manhã deste domingo

O foguete russo Soyuz-FG foi transferido para a plataforma de lançamento no Centro Espacial de Baikonur, no Cazaquistão, na manhã deste domingo. Segundo informações da agência Ria Novosti, a espaçonave vai partir para uma missão rumo à Estação Espacial Internacional (ISS) na próxima quarta-feira.

O foguete carrega a Soyuz TMA-19, uma espaçonave tripulada, que vai levar novos membros da Expedição 24 da ISS: o cosmonauta russo Yury Yurchihin e os astronautas norte-americanos Douglas Wheelock e Shannon Walker.

Eles irão se juntar aos cosmonautas russos Alexander Skvortsov e Mikhail Korniyenko, e ao astronauta norte-americano Tracy Caldwell.

A órbita da estação foi elevada a 2,5 km, na última quarta-feira, para garantir melhores condições para o acoplamento da Soyuz TMA-19 - este será o vôo nº 106 da missão Soyuz, desde o início do programa, em 1967.

A nave espacial Soyuz deve permanecer acoplada à estação espacial durante o restante da Expedição 24, para servir como veículo de fuga em caso de emergência.

sábado, 12 de junho de 2010

Japão lança espaçonave impulsionada por "vela solar"

Ikaros já enviou imagem da vela solar para a Terra Foto: Jaxa/Reprodução

Ikaros já enviou imagem da vela solar para a Terra

Cientistas da agência espacial japonesa, Jaxa, lançaram uma espaçonave impulsionada por uma "vela solar", a sonda espacial Ikaros. A sonda, em formato de disco, é ligada à uma membrana de 200 m² de área, dotada de células solares finíssimas capazes de gerar energia.

A Ikaros vai demonstrar o princípio do uso da luz solar como um método simples e eficiente de propulsão. Esta técnica tem sido apontada como uma forma eficiente de mover espaçonaves pelo sistema solar sem o uso de combustíveis químicos.

A Ikaros foi colocada em órbita em maio por um foguete do tipo H-IIA. A agência espacial japonesa informou que seus cientistas e engenheiros começaram as operações da vela solar no dia 3 de junho. No dia 10 de junho, de acordo com a Jaxa, os cientistas receberam a confirmação de que a vela tinha sido estendida.

Aplicações espaciais
O princípio usado na vela solar japonesa é simples. Fótons, ou partículas de luz, caem em uma superfície altamente reflexiva, ultra-fina (neste caso, apenas 7,5 microns), e exercem pressão. A força é minúscula, porém contínua. No decorrer do tempo, deve produzir uma velocidade considerável.

As velas solares dificilmente substituirão sistemas convencionais de propulsão, como combustíveis químicos, mas têm o potencial de cumprir um papel muito mais importante em certos tipos de missão espacial.

Alguns satélites em órbita geoestacionária acima da Terra usam flaps no fim de seus painéis solares para capturar pressão da luz solar e manter a altitude correta, por exemplo.

Este tipo de operação leva a uma economia considerável de combustível e os cientistas afirmam que esta estratégia poderá aumentar a longevidade de algumas missões espaciais em muitos meses.

Desafio
No entanto, enviar uma grande membrana para o espaço é uma tarefa desafiadora. A espaçonave circular Ikaros foi lançada com a vela enrolada à sua volta.

O plano era desabotoar os quatro cantos da membrana e permitir que elas se abrissem enquanto o módulo central girava. Uma câmera colocada no centro da Ikaros confirmou que a vela realmente se estendeu.

Os cientistas japoneses agora esperam poder controlar esta enorme membrana. Se a vela desenvolver algum tipo de instabilidade, a membrana poderá se dobrar, arruinando a experiência.

A Ikaros foi lançada junto com outra sonda espacial japonesa, a Akatsuki, que vai estudar a atmosfera de Vênus a partir de dezembro, quando chegar ao planeta.

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