sexta-feira, 30 de julho de 2010

Rochas de Marte podem ter fósseis de 4 mi de anos, diz estudo

Cientistas identificam rochas que podem conter restos fossilizados de vida em Marte Foto: Divulgação

A equipe estava analisando a área conhecida como Nili Fossae quando fez a descoberta

Pesquisadores americanos identificaram rochas que, acreditam, poderiam conter restos fossilizados de vida em Marte. A equipe de pesquisadores identificou rochas antigas da Nili Fossae, uma das fossas existentes na superfície do planeta.

O trabalho dos pesquisadores revelou que essa vala em Marte é equivalente a uma região na Austrália onde algumas das mais antigas evidências de vida na Terra haviam sido enterradas e preservadas em forma mineral.

A equipe, coordenada por um cientista do Instituto para Busca de Inteligência Extraterrestre (Seti, na sigla em inglês), da Califórnia, acredita que os mesmos processos hidrotermais que preservaram as evidências de vida na Terra podem ter ocorrido em Marte na Nili Fossae.

As rochas têm até 4 bilhões de anos, o que significa que elas já existiam nos últimos três quartos da história de Marte.

Carbonatos
Quando, em 2008, cientistas descobriram carbonatos nessas rochas de Marte, provocaram grande alvoroço na comunidade científica, já que os carbonatos eram procurados havia tempos como prova definitiva de que o planeta vermelho era habitável e que poderia ter existido vida por lá. Os carbonatos são produzidos pela decomposição de material orgânico enterrado, se esse material não é transformado em hidrocarbonetos.

O mineral é produzido pelos restos fossilizados de carapaças e ossos, e permite uma maneira de investigar a vida que existia nos primórdios da Terra. Na nova pesquisa, publicada na última edição da revista especializada Earth and Planetary Science Letters, os cientistas avançaram a partir da identificação dos carbonatos em Marte.

Missão da Nasa
O coordenador do estudo, Adrian Brown, usou um instrumento a bordo de uma missão da Nasa estudar as rochas da Nili Fossae com raios infravermelhos. Eles depois usaram a mesma técnica para estudar rochas na área do noroeste da Austrália chamada Pilbara.

"Pilbara é uma parte da Terra que conseguiu se manter na superfície por uns 3,5 bilhões de anos, ou três quartos da história do planeta", disse Brown à BBC.

"Isso permite a nós termos uma pequena janela para observar o que estava acontecendo na Terra em seus estágios iniciais", explicou. Os cientistas acreditam que micróbios formaram há bilhões de anos algumas das características distintivas das rochas de Pilbara.

O novo estudo revelou que as rochas da Nili Fossae são muito semelhantes às rochas de Pilbara em sua composição mineral. Brown e seus colegas acreditam que isso mostra que os vestígios de vida que possa ter existido no início da história de Marte podem estar enterrados nesse local.

"Se havia vida suficiente para formar camadas, para produzir corais ou algum tipo de bolsões de micróbios, enterrados em Marte, a mesma dinâmica que ocorreu na Terra pode ter ocorrido ali", disse. Por isso, segundo ele, que os dois locais são tão parecidos.

Pouso
Brown e muitos outros cientistas esperavam que poderiam logo ter a oportunidade de estudar mais de perto as rochas de Nili Fossae. O local havia sido marcado como um potencial local de pouso de uma nova missão para Marte, a ser lançada em 2011 pela Nasa.

Mas o local foi posteriormente considerado muito perigoso para um pouso e acabou removido da lista da Nasa em junho deste ano. "O robô da Nasa acabará visitando outro local interessante quando pousar, mas esse local é o que deveríamos checar para descobrir se havia vida nos primórdios de Marte", lamenta Brown.

BBC Brasil
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quarta-feira, 28 de julho de 2010

Cientistas: grande asteroide pode atingir a Terra em 2182

O impacto pode causar extinção em massa, como o que teria acabado com os dinossauros Foto: Nasa/JPL/Caltech/Divulgação

O impacto pode causar extinção em massa, como o que teria acabado com os dinossauros

Cientistas alertaram que um grande asteroide pode atingir a Terra e estimam que o mais provável é que, se acontecer o impacto, ele ocorra em 24 de setembro de 2182. O asteroide, chamado de 1999 RQ36, tem uma chance em 1 mil de atingir a Terra antes do ano 2200, mas as chances dobram na data estimada. Maria Eugenia Sansaturio e colegas da Universidade de Valladolid, na Espanha, calcularam a data mais provável de impacto através de modelos matemáticos e publicaram a pesquisa no jornal especializado Icarus. As informações são do site do jornal britânico Daily Mail.

Pode parecer muito tempo, mas, de acordo com os pesquisadores, qualquer tentativa de desviar o 1999 RQ36 tem que acontecer com pelo menos 100 anos de antecedência para ter alguma chance de sucesso.

Descoberto em 1999, o asteroide tem, de acordo com a Nasa - a agência espacial americana -, 560 m de diâmetro. Segundo a reportagem, os cientistas afirmam que, com o seu tamanho, o 1999 RQ36 pode causar uma grande devastação e até extinção em massa.

Como desviar um asteroide
Segundo a reportagem, os pesquisadores discutem há anos maneiras de mudar a trajetória de um asteroide. O método mais conhecido seria detonar uma ogiva nuclear. No último mês, David Dearborn, do Laboratório Nacional Lawrence Livermore, nos Estados Unidos, defendeu que armas nucleares podem ser a melhor estratégia para esse tipo de trabalho - especialmente em uma combinação de grande asteroide com pouco espaço de tempo para desviá-lo.

Outra ideia citada pela reportagem é a utilização de uma espaçonave com espelhos que refletiriam os raios do Sol em direção ao asteroide. Os gases da superfície poderiam criar um pequeno, mas suficiente, impulso.

Uma terceira opção, certamente a mais barata, seria chocar uma espaçonave contra o asteroide. A pequena força gravitacional da nave seria suficiente para mudar o caminho. Contudo, esse plano precisaria de muito tempo para fazer efeito.

Por que não se tem certeza?
O 1999 RQ36 faz parte de um grupo de asteroides que podem atingir o nosso planeta devido às suas órbitas. Além disso, a sua trajetória é muito bem conhecida graças a 290 observações diferentes por telescópios e 13 medições por radar.

Com tudo isso, como os cientistas não conseguem ter certeza de que ele vai ou não atingir a Terra? O problema é o chamado efeito Yarkovsky. Descoberto em 2003 pelo engenheiro russo de mesmo nome, o efeito é produzido quando, em seu caminho, o asteroide absorve energia do Sol e a devolve ao espaço em forma de calor, o que pode subitamente mudar sua órbita.

ESO divulga novas imagens de estrela brilhante; confira

A WR22 aparece no centro da imagem composta por filtros vermelho, verde e azul do instrumento de observação Foto: ESO/Divulgação

A WR22 aparece no centro da imagem composta por filtros vermelho, verde e azul do instrumento de observação

O Observatório Europeu do Sul, ESO, divulgou nesta quarta-feira novas imagems obtidas com o instrumento Wide Field Imager, situado no Observatório de La Silla, Chile, da estrela brilhante WR 22 e sua "vizinhança colorida". A estrela situa-se na região da Nebulosa de Carina.

O corpo celeste faz parte de um sistema de estrelas duplas e a sua massa é de pelo menos 70 vezes maior que a do Sol. Embora a estrela esteja a mais de 5 mil anos-luz de distância da Terra, é tão brilhante que pode ser observada a olho nu, se dispusermos de boas condições de observação.

As estrelas de grande massa morrem novas e algumas delas emitem, ao final das suas vidas, uma radiação tão intensa que liberam matéria para o espaço milhões de vezes mais depressa que as estrelas relativamente calmas, como é o caso do Sol. Estas estrelas raras, muito quentes e de grande massa são conhecidas como estrelas Wolf-Rayet, nomeadas pelos dois astrônomos franceses que primeiro as identificaram em meados do século XIX.

A WR 22 é um corpo celeste excepcionalmente brilhante. Associada à Nebulosa de Carina, também conhecida como NGC 3372, e a zona exterior desta imensa região de formação estelar. Situada no sul da Via Láctea forma o colorido pano de fundo desta imagem.

terça-feira, 27 de julho de 2010

Em caminhada, cosmonautas integram módulo científico à ISS

Os cosmonautas russos Fyodor Yurchikhin e Mikhail Kornienko concluíram nesta terça-feira com sucesso uma saída ao espaço para acabar de integrar o módulo russo Rassvet à Estação Espacial Internacional (ISS), informou o Centro de Controle de Voos Espaciais (CCVE) da Rússia.

"Às 14h54 no horário de Moscou (7h54 de Brasília) retornaram à estação e fecharam as comportas", declarou à agência oficial russa Itar-Tass o porta-voz do CCVE, Valeri Lindin.

A caminhada espacial, que começou às 1h11 (de Brasília) teve duração de 43 minutos além da previsão inicial. Durante a permanência na parte externa da ISS, Kornienko e Yurchikhin instalaram uma nova câmera de televisão no casco do módulo Zvezda, que será utilizada para gravar os acoplamentos dos cargueiros europeus ATV ao segmento russo da plataforma.

Os cosmonautas russos conectaram ainda dois cabos ao módulo científico Rassvet, que permitirão o acoplamento em regime automático a essa unidade das naves tripuladas Soyuz e os cargueiros Progress. Esta foi a quarta saída de Yurchikhin ao espaço. Em 2007, ele fez suas primeiras três caminhadas durante seu segundo voo espacial. Já Kornienko teve a primeira experiência.

EFE
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Falha mecânica e humana causou fracasso de manobra na ISS

Problemas com canais de comunicação e um erro dos cosmonautas, que apertaram erradamente um botão, causaram o fracasso do acoplamento do cargueiro russo Progress M-06M à Estação Espacial Internacional (ISS), no último dia 2 de julho.

O diretor do programa de voo do segmento russo da plataforma, Vladmir Soloviov, explicou em entrevista coletiva concedida nesta terça-feira que a comissão "chegou à conclusão de que as causas (do incidente) foram duas".

Soloviov acrescentou que houve uma falha no sistema de comunicações que controlava a manobra automática. Além disso, também aconteceu o erro dos cosmonautas, que apertaram um botão que não deviam.

Segundo o diretor, inicialmente, por interferências no canal de comunicação de onda curta, foram emitidas duas mensagens de que havia algo funcionando erradamente. No entanto, de acordo com Soloviov, para a interrupção da manobra de acoplamento, é preciso uma terceira ordem, que foi dada pelos tripulantes da ISS que apertaram o botão de operação à distância.

"Eu não responsabilizaria os cosmonautas. É possível que esse botão não esteja suficientemente protegido para evitar ser acionado acidentalmente. Talvez seja necessário colocar uma tampa", disse Soloviov, citado pela agência russa Interfax.

O diretor afirmou que estes imprevistos "ensinam muito" e que "já há algumas ideias para proteger o regime de operação a distância da intervenção não autorizada da tripulação". Dois dias depois do acoplamento abortado, o Progress M-06M, com 2.630 quilos de carga, se enganchou com sucesso à ISS, manobra que foi realizada de forma automática.

A tripulação atual da plataforma orbital é integrada pelos cosmonautas russos Aleksandr Skvortsov, Fiodor Yurchikhin e Mikhail Kornienko e pelos astronautas americanos Doug Wheelock, Shannon Walker e Tracy Caldwell. A Estação Espacial Internacional é um projeto com um custo de US$ 100 bilhões, com participação de 16 países.

EFE
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segunda-feira, 26 de julho de 2010

Nasa elabora mapa de Marte com melhor definição já vista

A Nasa (agência espacial americana) conseguiu mostrar Marte com a maior precisão na história graças à câmera da sonda Mars Odyssey, que mostra o planeta vermelho ao público com a melhor definição vista até o momento.

O mapa foi construído com cerca de 21 mil imagens tiradas pelo Sistema Térmico da Imagem Latente da Emissão, o "Themis", uma câmera com radiação infravermelha carregada pela sonda espacial.

Os pesquisadores do Centro de Voo Espacial de Marte da Universidade Estadual do Arizona, na cidade de Tempe, em colaboração com o Laboratório de Jato-Propulsão da Nasa, em Pasadena, na Califórnia, apresentaram ao público o mapa que começaram a elaborar há oito anos.

A câmera fotografou detalhes do planeta vermelho e os cientistas trataram as imagens para conseguir a máxima nitidez possível.

As imagens foram suavizadas, misturadas e organizadas cartograficamente em um mapa interativo que a Nasa disponibilizou em seu site (http://www.mars.asu.edu/maps/?layer=thm_dayir_100m_v11).

"A equipe do Themis elaborou um produto espetacular, um mapa que os pesquisadores de Marte utilizarão como base durante muitos anos", disse Jeffrey Plaut, cientista do projeto Mars Odyssey.

O mapa estabelece o marco para estudos globais de propriedades como a composição mineral e a natureza física dos materiais da superfície de Marte, segundo ele.

O objetivo "é fazer com que a exploração de Marte seja fácil e atrativa para todos", disse o principal pesquisador do Themis, Philip Christensen.

"Estamos tratando de criar uma interface fácil de usar entre o público e o sistema de dados planetários da Nasa, que faz um trabalho excelente de recolher, validar e arquivar os dados", afirmou.

EFE
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Cientistas dizem estar próximos da "partícula divina"

Cientistas que trabalham com aceleradores de partículas na Europa e nos Estados Unidos disseram nesta segunda-feira que podem estar se aproximando do misterioso Bóson de Higgs, a "partícula divina" que supostamente foi crucial para a formação do cosmos após o Big Bang.

Pesquisadores do Grande Colisor de Hádrons (LHC), gigantesca máquina científica perto de Genebra, na Suíça, disseram que em apenas três meses de experiências já conseguiram detectar todas as principais partículas envolvidas no nosso atual entendimento da física, o chamado Modelo Padrão.

Rolf Heuer, diretor-geral do Centro Europeu de Pesquisa Nuclear (Cern), responsável pelo LHC, disse na Conferência Internacional sobre a Física de Alta Energia, em Paris, que as experiências transcorrem mais rapidamente do que se esperava, entrando num estágio em que uma "nova física" irá surgir.

Isso pode incluir a aguardada prova da existência do Bóson de Higgs e a detecção da matéria escura, que supostamente constitui um quarto do universo, junto aos 5 por cento observáveis e 70 por cento de energia escura invisível.

"Este é um universo escuro, e espero que o LHC (...) lance pela primeira vez luz sobre esse universo escuro", disse Heuer. "Isso vai demorar."

O LHC é um túnel circular de 27 km que cria pequenos Big Bangs ao provocar a colisão de partículas. Na atual etapa, as colisões ocorrem a cerca de metade do seu máximo nível energético - 7 tera-elétron-volts (TeV).

A máquina deve chegar perto dos 14 TeV a partir de 2013, aproximando-se das condições do Big Bang, a grande explosão que criou o universo, 13,7 bilhões de anos atrás. Cientistas de um projeto mais antigo e com menos energia, o acelerador de partículas Tevatron, perto de Chicago, disseram na conferência que reduziram o intervalo de massa possível para o Bóson de Higgs em cerca de um quarto, com uma confiabilidade de 95 por cento.

Mas eles ainda não são capazes de alcançar a região de baixa massa onde muita gente crê que o Bóson de Higgs "vive." Trata-se de uma partícula energética teórica, que muitos cientistas acreditam que ajudou a conferir massa para a matéria disparatada lançada pelo Big Bang.

Apresentando resultados do LHC, um projeto de 10 bilhões de dólares, os cientistas disseram que aparentemente detectaram pela primeira vez na Europa o Top Quark, uma enorme e efêmera partícula antes só identificada nos Estados Unidos.

"De agora em diante, estamos em um novo território", disse Oliver Buchmueller, pesquisador graduado do Cern. "O que vamos fazer é efetivamente voltar no tempo. Quanto mais elevarmos a energia, mais perto chegamos do que estava acontecendo no Big Bang."

Reuters
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domingo, 25 de julho de 2010

Cientistas: LHC já deu ótimos resultados, mas ainda é cedo

O mais poderoso acelerador de partículas do mundo, o Grande Colisor de Hádrons (LHC, na sigla em inglês), é o astro da 35ª Conferência Internacional sobre Física de Altas Energias (ICHEP), que reúne, em Paris, até a próxima quarta-feira, cerca de mil físicos.

A conferência deste ano é muito importante, "já que serão expostos os primeiros resultados obtidos com o LHC no CERN, em Genebra", destaca o comunicado do Palácio do Eliseu, em alusão ao Centro Europeu de Pesquisa Nuclear, sediado em Genebra, Suíça.

O comunicado do Eliseu anunciou, ainda, um discurso do presidente francês, Nicolas Sarkozy, esta segunda-feira, aos especialistas em física de partículas. "O LHC começou faz muito pouco tempo: não se pode esperar resultados espetaculares ao nível de um prêmio Nobel, mas a qualidade de dados é considerável", disse Guy Wormser, presidente do comitê local de organização da ICHEP.

Aproximadamente 20% das exposições científicas previstas estarão relacionadas com o LHC, com o qual se conseguiram, em 30 de março, no CERN, as primeiras colisões de prótons com a energia necessária para que tenha caráter científico.

O "grau de preparação dos experimentos, as precisões já obtidas" são "extraordinários", disse Wormser, ao fazer uma primeira avaliação da conferência inaugurada na quinta-feira no Palácio de Congressos de Paris.

Na comunidade de físicos "se pensava que demoraria um ano ou dois para chegarmos a este nível", destacou. O LHC só acumulou um "número de colisões muito baixo" em comparação com seu rival americano, o Tevatron do Fermilab, em Chicago, "mas está em uma área de energia muito maior", "completamente inexplorada", disse Wormser, diretor do Laboratório do Acelerador Linear de Orsay.

No LHC, os dois feixes de prótons, que viajam em direções opostas e são acelerados quase que à velocidade da luz, têm uma energia de colisão de 7 teraeletronvolts (1 TeV = um bilhão de eletronvoltos), 3,5 vezes superior ao permitido pelo Tevatron.

Cada pacote contém 100 bilhões de prótons, mas isto corresponde a apenas um picograma (um bilionésimo de grama) de material no total, explicou Wormser. "Atualmente, se realizam colisões com 8 pacotes em cada feixe", e até o fim deste ano a meta é subir a quase "mil pacotes", disse o especialista.

A partir de 2013, o LHC deve alcançar seu "rendimento máximo", com energia de 14 TeV, o dobro da fase atual. Na escala de nosso mundo cotidiano, 7 TeV ou 14 TeV é a energia cinética de 7 ou 14 mosquitos voando. Mas estes valores são enormes quando se trata de prótons. Durante o choque, a energia se concentra em uma área um bilhão de vezes menor que um mosquito.

Por enquanto, no LHC ainda não chegou o tempo das descobertas. Frente a um novo instrumento, explicou Wormser, "o primeiro que fazemos é excluir as coisas que não vemos". Progredir, argumentou, é, particularmente, delimitar com mais precisão, como acaba de fazer o LHC, a janela de energia na qual podemos detectar uma partícula "exótica" como o "quark excitado".

Com seis quarks conhecidos, numa espécie de Lego, "é possível fabricar um montão de partículas (prótons, nêutrons, hádrons). Os "quarks excitados" seriam "objetos da nova física", disse Wormser. Para confirmar algumas das bases da física atual, os físicos estão à caça do bosón de Higgs - também conhecido como partícula de Deus -, que daria massa a todas as outras partículas.

"Não devemos esperar para segunda-feira o anúncio da descoberta do bóson de Higgs", disse Wormser, mas os cientistas do Fermilab poderiam apresentar dados que reduziriam "a janela de possibilidades" para encontrá-lo.

AFP
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Lixo cósmico pode deixar de ser risco para naves e satélites

Uma empresa australiana desenvolveu um sistema de monitoramento por laser para "ordenar" o espaço e evitar que o "lixo cósmico" se choque com as naves e satélites que orbitam a Terra.

A iniciativa se justifica: a Agência Espacial Europeia acredita que os resíduos acumulados durante décadas de atividade se tornaram uma ameaça permanente para os mais de 5 mil satélites em funcionamento que giram ao redor do planeta.

O diretor da companhia australiana Electro Optic Systems, Craig Smith, assegura ter encontrado solução para o problema.

Smith explicou à Agência Efe que seu sistema utiliza o mesmo princípio dos radares, mas é muito mais preciso, e pode detectar e medir inclusive objetos minúsculos.

O dispositivo localiza e rastreia os detritos, alguns dos quais com menos de 10 centímetros de diâmetro, e assim consegue proteger naves e satélites.

A princípio, a Electro Optic Systems deve instalar telescópios na estação de Mount Stromlo, perto de Canberra, e depois ir ampliando sua rede de raios para o restante da Austrália e do mundo.

Atualmente está em andamento um sistema de radar espacial, gratuito e que funciona quase como um GPS.

Este dispositivo observa a ação que acontece no espaço, e, se vê alguma possibilidade de colisão, avisa ao operador do satélite ou nave que o aparelho corre riscos.

"Mas a informação não é exata. Com isso, ocorrem acidentes que poderiam ser evitados. Por outro lado, o operador tem que movimentar o satélite e gasta combustível, algo que por sua vez diminui a vida útil do satélite", esclareceu Smith.

Os raios da Electro Optic Systems "estarão distribuídos de forma estratégica em dez lugares dos dois hemisférios e colocados de tal forma que, se um não puder localizar um objeto, porque há nuvens ou por outra razão qualquer, outro poderá fazê-lo depois" quando entrar em sua área de influência.

Smith indicou que empresas dos Estados Unidos e Europa já se interessaram por seu sistema, sem dar mais detalhes, e assinalou que precisa de financiamento para poder seguir desenvolvendo o dispositivo.

"Haverá um telescópio no solo que disparará raios laser para o alvo, medirá o tempo que o sinal luminoso leva para fazer a viagem da Terra ao objeto e do objeto à Terra. Ao multiplicarmos este tempo pela velocidade da luz, teremos a distância exata", explicou o australiano.

Segundo cálculos dos astrônomos, estão suspensos na órbita terrestre cerca de 200 mil objetos de menos de um centímetro de diâmetro, como rebarbas de pintura que se descolaram dos foguetes, e outros 500 mil de aproximadamente um centímetro ou mais, incluindo contêineres de combustível derivado do petróleo do tamanho de um ônibus.

Os sistemas de radar existentes não podem detectar objetos pequenos abandonados por foguetes e satélites que foram deixados de usar.

Além disso, ao viajar para velocidades ultra-rápidas, este "lixo cósmico" pode destruir equipamentos novos que acabaram de ser lançados ao espaço.

EFE
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sexta-feira, 23 de julho de 2010

Ahmadinejad: Irã lançará ônibus espacial tripulado até 2019

O presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, disse nesta sexta-feira que o Irã lançará seu primeiro ônibus espacial tripulado até 2019, informou a emissora Press TV.

"Em resposta às resoluções dos inimigos, foi decidido que o projeto será adiado em 5 anos", disse Ahmadinejad sobre o programa espacial do país.

Potências ocidentais acusam o Irã de usar seu programa de enriquecimento de urânio para tentar construir bombas nucleares e acreditam que o país poderia utilizar a tecnologia dos foguetes espaciais para criar mísseis com fins militares. Teerã nega, e diz que seu programa nuclear visa a geração de energia.

Reuters
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Destroços de satélite chinês ameaçam ISS, diz Rússia

Concepção artística divulgada pela Agência Espacial Europeia (ESA) mostra como estaria a órbita terrestre em 2008. No centro da imagem está o polo ... Foto: ESA/Divulgação

Concepção artística divulgada pela Agência Espacial Europeia (ESA) mostra como estaria a órbita terrestre em 2008. No centro da imagem está o polo norte. O lixo espacial e a Terra estão fora de proporção

Os destroços de um satélite chinês, destruído em 2007, estão em trajetória próxima à da Estação Espacial Internacional (ISS), e a tripulação pode ter que se refugiar em duas naves auxiliares, informou nesta sexta-feira uma autoridade russa.

Os restos são do satélite meteorológico Feng Yun 1C, que a China destruiu com um míssil em janeiro de 2007. "Se os cálculos mostram que os restos se aproximam da estação a uma distância muito pequena, os seis cosmonautas receberão a ordem de se refugiar nas duas naves Soyuz acopladas à ISS", declarou um funcionário do Centro de Controle de Voos russo, citado pela agência Interfax.

A autoridade, que não foi identificada, considerou que a trajetória destes destroços, que passarão raspando pela ISS na noite de sexta-feira (hora de Moscou) é perigosa, mas destacou ser tarde demais para corrigir a trajetória da estação.

No entanto, um porta-voz da Nasa, Kelly Humphries, minimizou os riscos. "Uma possível confluência da trajetória com um pedaço do satélite Feng Yun foi apontada na noite passada", disse em correio eletrônico. "Mas se estabeleceu que a diferença da trajetória era importante e não será necessária nenhuma manobra", acrescentou. Três astronautas americanos e outros cosmonautas russos estão a bordo da ISS, que orbita a Terra a 350 km.

AFP
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quinta-feira, 22 de julho de 2010

Nasa diz ter achado origem de estrela que "foge" a 2,5 mi de km/h

Segundo estudo, dados do Hubble indicam que estrela em hipervelocidade saiu do centro da Via Láctea Foto: Nasa/Divulgação

Segundo estudo, dados do Hubble indicam que estrela em hipervelocidade saiu do centro da Via Láctea

Há cerca de 1 milhão de anos, um sistema estelar triplo viajava pela Via Láctea quando se aproximou demais do buraco negro que fica no centro da nossa galáxia. A aproximação fez com que uma das estrelas fosse absorvida e as outras duas foram jogadas fora da Via Láctea. Além disso, os dois astros acabaram por se unir e formar uma única estrela superquente e azul. Segundo a agência espacial americana, Nasa, a história parece ficção científica, mas é o cenário mais provável para o que pode ter ocorrido com a hiperveloz estrela HE 0437-5439 - que chega a 2,5 milhões de km/h - uma das mais rápidas conhecidas, três vezes mais veloz que a órbita do Sol.

A hipótese foi criada a partir de dados registrados pelo telescópio espacial Hubble, que confirmou que a estrela saiu do centro da galáxia, o que deixou os astrônomos inicialmente confusos. "Utilizando o Hubble, nós pudemos pela primeira vez traçar de onde a estrela saiu ao medir a direção do movimento da estrela no céu. Esse movimento aponta diretamente ao centro da Via Láctea", diz em comunicado da Nasa o astrônomo Warren Brown, do Instituto Harvard-Smithsonian de Astrofísica, em Cambridge, nos Estados Unidos.

"Essas estrelas exiladas são raras na população de 100 bilhões de estrelas da Via Láctea. Para cada 100 milhões de estrelas na galáxia, aparece uma em hipervelocidade", diz o pesquisador.

Segundo Oleg Gnedin, da Universidade de Michigan, que liderou o estudo, pesquisar essas estrelas pode levar os cientistas a entender a matéria escura e a compreender melhor a formação das galáxias.

A estrela "fujona" já está a 200 mil anos luz do disco da Via Láctea. Para se ter ideia, o diâmetro da nossa galáxia é de aproximadamente 100 mil anos-luz. Segundo os cientistas, a velocidade da estrela é mais do que o dobro de que o necessário para fugir do campo gravitacional galático.

A massa - nove vezes a do Sol - e a cor azul indicam que o astro deve estar queimando há cerca de 20 milhões de anos. Os astrônomos acreditam que a melhor explicação para a cor e a extrema velocidade da estrela é que ela fazia parte de um sistema triplo que se encontrou com o monstruoso buraco negro do centro da galáxia. A primeira vez que se teorizou que um buraco negro poderia criar uma estrela em hipervelocidade foi em 1988. A teoria afirmava que o buraco negro da Via Láctea ejetaria uma estrela a cada 100 mil anos.

Segundo Brown, o sistema triplo certamente conteria um par de estrelas próximas e uma terceira "amarrada" gravitacionalmente a elas. O buraco negro teria puxado o terceiro astro. O momentum da estrela então foi transferido para as outras duas, o que impulsionou a "fuga" do sistema binário.

As estrelas continuaram, então, sua evolução natural e de maior massa teria se transformado e uma gigante vermelha, que absorveu sua companheira, enquanto as duas se moviam de forma espiral, e, finalmente, se transformaram em uma superestrela azul.

Outras explicações
Quando essa estrela foi descoberta, em 2005, os astrônomos formularam outras hipóteses para o caso como, por exemplo, ela ter sido arremessada da Grande Nuvem de Magalhães, uma galáxia vizinha à nossa.

Em 2008, um time de astrônomos disse ter solucionado o mistério ao descobrir que havia semelhanças entre as características químicas da estrela e as da Grande Nuvem. A posição do astro também indicava que ele vinha da galáxia vizinha, já que estava a "apenas" 65 mil anos-luz dela. Contudo, os novos dados do Hubble colocam mais lenha na fogueira.

Redação Terra

Telescópio acha 140 planetas que podem ter vida

Kepler descobre planetas quando eles passam em frente a sua estrela Foto: Nasa/Divulgação

Kepler descobre planetas quando eles passam em frente a sua estrela, assim como registra Vênus ou Mercúrio ao passarem em frente ao Sol

Cientistas anunciaram a descoberta de 140 novos planetas parecidos com a Terra encontrados nas últimas semanas. Com os novos dados, os cientistas acreditam que existam cerca de 100 milhões de planetas parecidos com o nosso e que possam abrigar vida apenas na Via Láctea. As informações são do Daily Mail.

Os achados foram feitos pelo telescópio espacial Kepler, que procura novos planetas desde que foi lançado, em janeiro de 2009. Segundo o astrônomo Dimitar Sasselov, os planetas têm tamanho parecido com o da Terra. O cientista descreveu a descoberta como a "realização do sonho de Copérnico", em referência ao pai da astronomia moderna.

Novos planetas fora do sistema solar são descobertos quando eles passam em frente a sua estrela. O telescópio não capta uma imagem direta, mas registra a minúscula diminuição do brilho do astro quando o planeta passa em frente. Essa passagem causa "piscadas" na luz. Pelo cálculo da diminuição de brilho, do tempo entre as "piscadas" e da massa da estrela, os astrônomos conseguem descobrir o tamanho do planeta.

O Kepler continuará pesquisando o céu dia e noite, sem interrupção, pelos próximos quatro anos, segundo o cientista. Sasselov afirma que nos últimos 15 anos cerca de 500 exoplanetas foram descobertos, mas nenhum foi considerado parecido com a Terra, ou seja, com a possibilidade de abrigar vida.

"Vida é um sistema químico que realmente necessita de um planeta pequeno, água e pedras e uma grande quantidade de complexos químicos para surgir e sobreviver. (...) Tem um monte de trabalho para fazermos com isso, mas os resultados estatísticos são claros e planetas como a nossa Terra estão lá fora. (...) Nossa própria Via Láctea é rica nesse tipo de planetas", disse o astrônomo durante a apresentação dos resultados do Kepler na conferência TEDGlobal, em Oxford, no Reino Unido.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

CORREÇÃO: Astrônomos encontram a estrela de maior massa

Diferentemente do que foi publicado pelo Terra na notícia Astrônomos encontram a estrela de maior massa conhecida, no dia 21 de julho de 2010, às 8h22, a estrela descoberta não é a maior conhecida, e sim a de maior massa. A informação incorreta, fornecida pela BBC Brasil, foi corrigida às 20h06 do mesmo dia.

Cientistas acham água na Lua, mas ainda não sabem sua origem

Segundo cientistas, sonda encontrou água na água na cratera Cabeus Foto: Nasa/Divulgação

Segundo cientistas, sonda encontrou água na cratera Cabeus

Apenas 9 meses após lançar um projétil para estudar a estrutura da Lua, os cientistas sabem com segurança que há água no satélite terrestre, mas seguem sem saber qual é a sua origem, afirmou a Nasa - a agência espacial americana. Os cientistas, que participam nesta semana do Fórum de Ciência da Nasa em Mountain View (Estado americando da Califórnia), também dizem saber que a água encontrada está em lagos e não em oceanos vastos, mas ainda não descobriram a sua origem.

O assunto foi tratado em Mountain View por vários pesquisadores liderados por Anthony Colaprete, chefe da missão da Nasa para o projeto LCROSS, um satélite de observação enviado à Lua para determinar a presença ou ausência de gelo de água na cratera Cabeus. Durante o encontro, os pesquisadores confirmaram que o impacto de um projétil na superfície lunar permitiu analisar o pó levantado e isto revelou concentrações de cristais de água.

"Descobrimos um ambiente totalmente novo", disse Colaprete. "É muito mais frio que o antecipado, mas há energia, além de água e materiais de todo tipo que se acumulam ali enquanto ocorrem processos químicos". Segundo o cientista, a área "é um laboratório por si mesmo". Em novembro os técnicos do LCROSS anunciaram que a análise espectroscópica do pó levantado pelo impacto do projétil mostrava a presença de moléculas de água e hidroxil, subproduto da água constituído por um átomo de hidrogênio e um de oxigênio.

Os cientistas indicaram ontem no fórum que o LCROSS desceu em um oásis com uma paisagem seca, mas que é provável que a Lua contenha áreas úmidas. "Há áreas de concentração relativamente alta, úmidas ou mais úmidas que nosso deserto do Saara", indicou Colaprete. "Eu sei que isso não soa muito úmido, mas na Lua equivale a um pântano".

"Partem daí as questões: como a água chegou à Lua? E como se distribuiu desde então? Esta é uma informação realmente importante para a prospecção", disse Colaprete, que afirmou que a Nasa quer ir à Lua com "com veículos móveis" e não desejaria "descer em uma área qualquer".

EFE
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Russos e americanos da Soyuz-Apolo se encontram após 35 anos

As tripulações russa e americana da Soyuz-Apolo, a primeira missão espacial conjunta entre os Estados Unidos e a extinta União Soviética, em 1975, voltaram a se encontrar, nesta quarta-feira, em Moscou, 35 anos depois, lembrando os pequenos e grandes momentos desta histórica cooperação em plena Guerra Fria.

"Tínhamos três línguas oficiais no espaço: o inglês, o russo e a língua de Oklahoma (estado americano)", contou, brincando, o comandante russo da missão Soyuz, Alexei Leonov, de 76 anos, durante entrevista coletiva conjunta, em Moscou.

A brincadeira dizia respeito ao forte sotaque do comandante americano da missão Apolo, Tom Stafford, de 79 anos, originário desta região.

Além dos dois comandantes, estavam presentes o piloto russo Valeri Kubassov (75 anos) e seu colega americano, Vance Brand, de 79. O terceiro membro americano da missão, Donald Slayton, morreu em 1993.

Realizada em 17 de julho de 1975, depois de oito anos de rivalidade, sobretudo na conquista do espaço, a missão Soyuz-Apolo consistiu na união nos céus da nave americana Apolo, com três astronautas a bordo, e da nave soviética Soyuz, com dois cosmonautas.

Este acontecimento foi considerado no mundo inteiro um símbolo da distenção das relações americano-soviéticas, e significou o início de uma cooperação entre os dois países na área espacial.

"Naquela época, nossas culturas se diferenciavam muito mais do que agora. Nossos programas espaciais eram como duas árvores com as raízes separadas que nós devíamos juntar para unir nossos dois sistemas", lembrou Vance Brand.

"Isto conseguimos com sucesso. Agora temos a impressão de que foi fácil, mas não foi", acrescentou.

"O mais difícil foi aprender russo", brincou o comandante Stafford.

Vance Brand disse que se expressavam entre si usando um vocabulário de crianças de três anos.

"Rimos muito com nossos erros, isto serviu para animar nossas reações no espaço", acrescentou.

"Algumas vezes ele confundia algumas palavras", brincou Valeri Koubassov, lembrando uma cena de seus primeiros momentos no espaço, quando Brand chegou diante dele para pedir uma "roman" (romance em russo), confundindo a palavra com "riemen" (corrente em russo).

Além deste aprendizado linguístico, "levamos as relações entre nossos dois países a um nível inédito", lembrou Vance Brand.

A expedição deixou um ensinamento: "é mais fácil a comunicação entre cosmonautas e astronautas do que entre políticos".

"Nosso voo é um símbolo muito importante para o mundo. No espaço, criamos relações muito fortes e mostramos que também é possível viver assim na Terra", concluiu o comandante Stafford, que depois desta missão adotou duas crianças russas.

lap/lpt/mvv

AFP
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Veja imagem de misteriosas nuvens noturnas brilhantes

As nuvens brilhantes se formam tão alto que continuam recebendo a luz do Sol mesmo depois do entardecer Foto: BBC Brasil

As nuvens brilhantes se formam tão alto que continuam recebendo a luz do Sol mesmo depois do entardecer

O astrônomo John Rowlands e seu orientador, Nick Mitchell, da Universidade de Bath, na Grã-Bretanha, se dedicam a observar e fotografar nuvens noctilucentes ou mesosféricas polares. Pouco se sabe sobre a formação dessas nuvens brilhantes - noctilucente significa "com brilho noturno". Elas se formam tão alto que continuam a receber a luz do sol mesmo depois do entardecer.

As nuvens noctilucentes se formam a 85 km de altura, oito vezes mais alto que as outras nuvens mais altas, já nos limites da mesosfera (uma das camadas superiores da atmosfera). A igreja de St. Patrick, na costa norte da Ilha de Anglesey, no País de Gales, é considerada um dos melhores locais para fotografar o fenômeno.

Da igreja pode-se observar o céu com clareza, já que sobre o mar, o horizonte não é contaminado por reflexos de luz. As nuvens polares noctilucentes variam muito, em algumas noites surgem no céu e em outras, desaparecem por completo, sem que se saiba as causas. Provavelmente a ocorrência delas tem a ver com as condições atmosféricas.

A frequência deste tipo de nuvens pode dar indícios sobre mudanças no clima: acredita-se que elas sejam consequência de variações de longo prazo na mesosfera.

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Reino Unido anuncia novo centro de observação do espaço

R.Unido inaugurará um novo centro dedicado à observação da Terra a partir do espaço, que estará situado no International Space Innovation Center (ISIC) no sudeste da Inglaterra.

O centro será inaugurado em abril de 2011 em Harwell (Oxfordshire) e o objetivo é reunir todos os conhecimentos que possam obter em matéria de observação terrestre além de fazer um acompanhamento dos satélites, segundo foi anunciado hoje na feira aeronáutica de Farnborough.

Esse centro recolherá dados ambientais como os efeitos do desmatamento e analisará toda a informação procedente do espaço que possa ajudar os cientistas em tarefas ambientais.

Segundo o professor Alan O''Neill, diretor do centro nacional para a observação terrestre, citado pela BBC, "juntando o melhor de nossa ciência de base espacial com os pesquisadores do setor industrial aspiramos desenvolver inúmeras aplicações".

No centro trabalharão até 40 cientistas, muitos dos quais com a missão de reunir e apresentar toda a informação enviada pelos satélites de observação ambiental.

Os dados estarão à disposição dos cientistas de todo o mundo e do público em geral.

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terça-feira, 20 de julho de 2010

Conheça os 12 homens que pisaram na Lua

Em julho de 1969, há 41 anos, decolou do Cabo Canaveral, nos EUA, o Apollo 11, ônibus espacial que deu início à missão que transformou em realidade um dos sonhos mais antigos da humanidade: a chegada do homem à Lua. O feito, realizado pelo astronauta americano Neil Armstrong seguido do seu colega de missão Buzz Aldrin, no dia 20 de julho daquele ano, ficou marcado na história. Mas, ao contrário do que muitos acreditam, Armstrong e Aldrin não foram os únicos homens a pôr os pés no satélite terrestre. Mais 10 astronautas da Agência Espacial Americana, Nasa, tiveram este mesmo privilégio, porém sem tanta notoriedade. Conheça cada um dos 12 'moonwalkers'.

Neil Armstrong - Apollo 11
Neil Alden Armstrong nasceu em 5 de Agosto de 1930 em Ohio, EUA. Formado em engenharia aeronáutica, com mestrado em engenharia aeroespacial, foi piloto de testes em fábricas de aviões americanas e aviador da Marinha dos EUA. Pilotando um caça, participou da Guerra da Coreia, mas foi como comandante da missão Apollo 11 que Neil Armstrong entrou para a história. Ele foi o primeiro homem a pisar na Lua, no dia 20 de julho de 1969, e a frase "este é um pequeno passo para o homem, mas um grande passo para a humanidade" que disse ao pisar em solo lunar é uma das mais conhecidas de todos os tempos.

A escolha de Armstrong para o comando da Missão Apollo - e para ser o primeiro homem a pisar na Lua - foi realizada por uma comissão da Agência Espacial Americana (Nasa) e deveu-se ao perfil discreto, reservado e corajoso do astronauta.

Sua entrada na Nasa aconteceu em 1962, quando foi escolhido para participar de um grupo de astronautas conhecido como Grupo dos Nove, tornando-se o primeiro astronauta civil dos EUA. Sete anos depois, a bordo do Colúmbia, Armstrong comandou a missão mais importante de sua vida, e a mais importante da Nasa até hoje, a Apollo 11.

No desembarque em solo lunar, realizado no Módulo Lunar, ele e seu colega Aldrin fixaram uma bandeira dos Estados Unidos - como símbolo da conquista do país frente à União Soviética e ao mundo - e uma placa com os dizeres ¿Aqui homens do planeta Terra colocaram pela primeira vez o pé na Lua. Nós viemos em paz em nome da humanidade¿. Na placa, a assinatura dos três astronautas da missão e do então presidente dos EUA, Richard Nixon. Os dois astronautas permaneceram 21 horas em solo lunar e recolheram cerca de 46 kg de material do satélite da Terra.

Após retorno ao nosso planeta, Armstrong e os dois colegas permaneceram em isolamento para evitar que possíveis contaminantes existentes na Lua trazidos por eles entrassem em contato com a população. Após sair da quarentena, os três tornaram-se celebridades viajando pelo mundo como representantes do poder tecnológico americano.

Por decisão pessoal, a missão da Apollo 11 foi a última de Armstrong ao espaço. Desconfortável com a fama gerada pela chegada à Lua, o astronauta retirou-se da Nasa em 1971 e tornou-se professor de engenharia na Universidade de Cincinatti, cargo que ocupou até 1980. Atualmente, aos 79 anos, vive em Ohio com sua segunda esposa.

Edwin "Buzz" Aldrin - Apollo 11
Mundialmente conhecido como Buzz Aldrin, o astronauta Edwin Eugene Aldrin Jr. Nasceu em Nova Jersey, nos EUA, em 1930. Buzz foi o segundo homem a pisar na Lua durante a missão Apollo 11, em 20 de julho de 1969, descendo do Módulo Lunar logo atrás do comandante, Neil Armstrong.

Aldrin é formado em engenharia mecânica pela Academia Militar em West Point, doutor em Ciências aeronáuticas pelo Massachusetts Institute of Technology (MIT) e foi piloto na Força Aérea dos EUA. Como piloto, participou de 66 missões de combate Coreia. Ingressou na Nasa em 1963, no terceiro grupo de astronautas da Agência Espacial. Em 1969, ele foi escolhido para participar da missão Apollo 11. Foi nessa missão que Buzz e Neil Armstrong entraram para a história ao pisar na Lua.

Após o retorno à Terra, o extrovertido Buzz Aldrin rapidamente assumiu a posição de "porta-voz" da tripulação da Apollo 11, participando de inúmeras entrevistas, programas de TV, rádio e até filmes dedicados à essa conquista americana. O astronauta tem até uma estrela com seu nome na calçada da fama em Hollywood.

A fama rendeu-lhe frutos, mas também problemas. Aldrin sofreu de alcoolismo e depressão durante anos que seguiram a volta á Terra depois da Apollo 11. Esse fato foi, inclusive relatado mais tarde em sua autobiografia. As doenças contribuíram para a sua aposentadoria da Nasa e da Força Aérea Americana.

Apesar da aposentadoria, Aldrin - hoje com 80 anos - participa de projetos em prol da continuidade da exploração espacial, tendo como principal objetivo, a conquista do planeta Marte.

Charles "Pete" Conrad - Apollo 12
Charles Conrad, conhecido como Pete, nasceu na Filadélfia, Pensilvânia, e graduou-se na Universidade de Princeton. Jovem, se alistou na Marinha onde se tornou um aviador naval. Por suas qualidades, entrou para a escola de pilotos de testes da Marinha, onde foi designado como piloto de testes do projeto, instrutor de voos e engenheiro de performance.

Em setembro de 1962, Pete Conrad foi selecionado como astronauta pela Nasa. Em 1969 ele foi escolhido para o comando da missão Apollo 12 que pretendia fazer a segunda alunissagem da história e resgatar partes de uma sonda não tripulada enviada em 1967, a Survivor 3. E em 19 de novembro de 1969, ele foi o comandante da Apollo 12, quando sagrou-se como o terceiro homem a pisar na Lua.

Depois de voltar à Terra, Conrad serviu como comandante de Skylab I, que colocou a estação espacial americana em órbita. Participou da primeira missão tripulada à estação, a missão Skylab II. A Estação Skylab foi destruída em 1979.

Depois de servir por 20 anos na Marinha dos EUA (11 anos como um astronauta no programa espacial), o Pete se aposentou e assumiu a vice-presidência de operações do canal de televisão americano (ATC).

Em 1990, Pete Conrad juntou a Space Systems Company do empresário Douglas McDonnell e participou da investigação e desenvolvimento da Estação Espacial Freedom. Nessa empresa, participou da elaboração do veículo espacial Delta Clipper ou DC -X, que pertence à Nasa.

Em 1996 entrou para a Espaço Universal Lines (USL). Sob sua liderança, a USL desenvolveu estratégias de negócio para infra-estruturas para a indústria espacial. A ideia da USL é oferecer aos clientes serviços de lançamento espacial da mesma maneira que uma companhia aérea opera aeronaves comerciais.

Conrad faleceu em 08 de julho de 1999 em um acidente de moto na Califórnia. Ele tinha 69 anos. Deixou sua mulher Nancy, três filhos e sete netos.

Alan Bean - Apollo 12
Alan Bean nasceu em Wheeler, no Texas, em 1932. Como doutor em ciências e ex-piloto de caças, foi selecionado em 1963 para o grupo de astronautas da Nasa. Já na sua primeira missão, a Apollo 12, foi convocado para ser o piloto do Módulo Lunar Intrepid e em 19 de novembro de 1969, foi o quarto ser humano a pisar em solo lunar.

Em 1973 ele comandou a missão Skylab 3, onde fez caminhadas espaciais e ficou 59 dias na Estação espacial americana. Em 1981, Alan Bean encerrou sua carreira como astronauta e tornou-se pintor, sendo o primeiro artista a ter pisado na Lua. Seus quadros retratam suas experiências no espaço.

Alan Shepard - Apollo 14
Alan B. Shepard, Jr. nasceu em East Derry, New Hampshire, em 1923, e estudou na Academia Naval dos Estados Unidos, em Annapolis, e na Escola de Pilotos de testes. A primeira missão militar de Shepard foi na Segunda Guerra Mundial, a bordo de um destróier, no Oceano Pacífico.

Na década de 1950, Alan foi piloto de diversas aeronaves de combate e de testes em grandes altitudes para o exército norte-americano. Em 1958 era o comandante da esquadra americana no Atlântico e em, 1959, entrou para a Nasa como piloto de testes. Shepard foi um dos sete escolhidos para o Projeto Mercury.

Dos sete astronautas do Mercury, Shepard foi escolhido para a primeira missão tripulada americana para o espaço. Em 15 de abril de 1961, poucas semanas antes do voo de Shepard, o cosmonauta soviético Yuri Gagarin se tornou o primeiro homem a chegar ao espaço.

O seu segundo voo ao espaço foi no comando da missão Apollo 14. Esta missão chegou à Lua em 5 de fevereiro de 1971. Pilotando o módulo lunar Antares, ele realizou a mais precisa alunissagem de todo o programa, na primeira missão transmitida pela televisão a cores para todo o mundo.

Shepard ficou conhecido como o primeiro homem a jogar golfe fora da Terra. Ele balançou um taco de golfe por seis vezes em solo lunar para bater em algumas bolas lançando uma a cerca de 400 metros. As bolas jogadas por Shepard permanecem na Lua.

Bem sucedido nos negócios, Alan Shepard se aposentou da Nasa, e foi o primeiro astronauta a se tornar milionário. Shepard faleceu de leucemia aos 74 anos, em 1998.

Edgar Mitchell - Apollo 14
Edgard Mitchell nasceu em Hereford, Texas, nos EUA. Ele se formou Bacharel em Ciências e fez licenciatura em gestão industrial. Depois entrou para a Marinha americana onde se tornou piloto e, posteriormente, instrutor e piloto de testes.

Depois de um mestrado e um doutorado em ciências aeronáuticas, Mitchell entrou para a Nasa. Ele foi o piloto do módulo lunar na missão Apollo 14, e foi o sexto homem a pisar na Lua.

Hoje ele mora em West Palm Beach, na Flórida.

David Randolph Scott - Apollo 15
David Randolf Scott nasceu em San Antonio em 1932. Piloto, ele entrou para a Nasa em outubro de 1963 e foi o primeiro de seu grupo de astronautas selecionado para voar e a comandar uma missão no espaço.

Em 30 de julho de 1971, no comando da missão Apollo 15, tornou-se o sétimo homem a caminhar na superfície da Lua. Naquele ano o módulo lunar Orion ficou 66 horas sobre a superfície da Lua.

Scott e seu companheiro de pmissão em solo lunar, James Irwin, foram os primeiros a dirigir o Lunar Rover, o veículo lunar. Após 3 dias na Lua, os atronautas trouxeram 82 kg de material lunar para análises na Terra.

James Irwin - Apollo 15
James Benson Irwin nasceu em 1930 em Pittsburg. Piloto do exército, entrou para a Nasa e foi o oitavo homem a pisar na Lua na missão Apollo 15 em 30 de julho de 1971. Esta foi a sua única missão no espaço.

Depois da volta à Terra, e deixar a Nasa e a Força Aérea Americana em 1972, fundou a missão cristã High Fligth afirmando que a experiência espacial o aproximou de Deus e aumentou a sua fé.

De todos os 12 homens que pisaram na Lua, Irwin foi o que mais demonstrou ter sido abalado religiosamente com o contato com o satélite terrestre e como o espaço.

James Irwin morreu em 1991 de ataque cardíaco em Glenwood Springs, no Colorado. Ele tinha mulher e cinco filhos.

John Watts Young - Apollo 16
John Watts Young nasceu em San Francisco, na Califórnia, em 1930. Ele foi selecionado pela Nasa em 1962, no segundo grupo de astronautas da agência. Foi o nono homem a pisar na Lua no comando na missão Apollo 16, em 20 de abril de 1972.

John Young foi um dos mais experientes astronautas americanos, sendo o homem que mais vezes foi ao espaço. Ele foi ao espaço por 6 vezes nos comandos de missões do Projeto Gemini e Apollo e no programa do ônibus espacial.

Em 2004, após 42 anos na Nasa, John Young aposentou-se aos 74 anos de idade. Ainda hoje participa dos encontros semanais entre os astronautas.

Charles Duke - Apollo 16
Charles Moss Duke Jr , nasceu em Charlotte, em 1935. Duke formou-se na Academia Naval em 1957 e entrou na Força Aérea dos EUA como piloto e instrutor de caças F-86 Sabre, F-101 e F-104. Em 1966, entrou como astronauta na Nasa.

Em 1969, durante a famosa missão Apollo 11, primeira a chegar na Lua, Charles Duke foi o responsável por passar as mensagens dos atrounautas em missão para a base na Terra. Suas palavras respondendo ao aviso de Armstrong e Aldrin quando pousaram na Lua entraram para a história. "Roger Tranquility, we copy you on the ground. You got a bunch of guys about to turn blue here. We are breathing again. Thanks a lot". ("Entendido, Base da Tranqüilidade, recebemos sua mensagem do solo. Vocês fizeram um monte de caras ficarem azuis por aqui. Já podemos respirar de novo. Muito obrigado", em tradução livre).

Em 1971, tornou-se o décimo homem a pisar na Lua como piloto do Módulo Lunar Orion, na missão Apollo 16. Charles Duke aposentou-se da Nasa e da Força Aérea em 1979 e hoje é dono de uma empresa de investimantos financeiros.

Eugene Cernan - Apollo 17
Eugene Andrew Cernan nasceu em Chicago em 1934. Piloto da força aérea americana, Eugene entrou para a Nasa. Ele esteve no espaço três vezes, nas missões Gemini, onde participou de uma viagem espacial tripulada, na Apollo 10, onde sobrevoou o satélite da Terra, e na Apollo 17, onde pisou na Lua em 11 de dezembro de 1972, sendo o 11º homem a realizar o feito.

Ele foi o comandante da missão, a última a pousar na Lua. Apesar de ter sido o penúltimo homem a pisar na Lua, foi o último a deixá-la, já que foi o último a subir no módulo lunar .

Na missão, Cernan e Harrison Schimitt, ficaram 22 horas na superfície da Lua com o Lunar Rover, veículo lunar, e recolheram 35 kg de material para análise em Terra.

Harrison Schimitt - Apollo 17
Harrison "Jack" Schmitt nasceu em Santa Rita, nos EUA, em 1935. Era geólogo e foi membro do Centro de Astrogeologia dos EUA e, já na Nasa, foi um dos responsáveis pelo treinamento dos astronautas das missões Appolo. Sua formação o diferenciou dos outros astronautas.

O geólogo participou de treinamentos de pilotagem de módulos de comando lunar e foi escolhido para ser um dos integrantes da última missão Apollo a chegar na Lua, a Apollo 17, e, dezembro de 1972. Nesta misão, foi o último homem a pisar em solo lunar da história.

Além de geólogo e astronauta, Harrison foi senador dos Estados Unidos. A carreira política começou em 1975 quando ele deixou a nasa para concorrer ao Senado pelo Estado do novo México.

Ao tentar um segundo mandato, Harrison Schmitt foi derrotado e voltou a trabalhar com astrogeologia. Hoje é consultou na área.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Após fechamento de aeroporto, novo ovni é visto na China

Especialistas dizem que brilho foi causado por destroços de míssil americano Foto: Reprodução

Especialistas dizem que ovni que fechou aeroporto era destroços de míssil americano

Após um objeto voador não identificado (ovni) fechar um aeroporto e causar o desvio de alguns voos no último dia 9, outro objeto voador foi visto na China na última quinta-feira. Segundo a CNN, o jornal The Shangai Daily afirma que o caso ocorreu em Chongqing e testemunhas disseram ter visto "objetos parecidos com lanternas que formavam um diamante" e que pairou sobre um parque durante cerca de uma hora.

"Após pairar por uma hora, a coisa começou a voar alto e finalmente saiu da vista", disse uma testemunha ao jornal chinês. Segundo a CNN, relatos de ovnis são comuns ao redor do planeta, mas um pouco raros na China.

O ovni de Hangzhou
No último dia 9, um objeto voador não identificado (ovni) cruzou os céus de Hangzhou, capital da província chinesa de Zhejiang, na China, assustou moradores e fechou o aeroporto e as autoridades do país ainda não explicaram o que era o estranho objeto. Segundo a ABC News, um representante da Administração da Aviação Civil da China, que não foi identificado pela reportagem, disse que o caso está sendo investigado, mas não deu maiores detalhes.

O China Daily afirmou na ocasião que o governo sabia o que era o objeto, mas não poderia divulgar sua origem por haver uma "conexão militar". Contudo, segundo a agência Xinhua, Wang Jian, chefe do controle de tráfego na região, disse que não havia nenhuma conclusão sobre o caso.

Segundo o britânico Daily Mail, especialistas afirmam que a luz vista em Hangzhou foi causada por destroços de um míssil americano. De acordo com a reportagem, testemunhas ficaram assustadas e reportaram terem visto uma bola de fogo no céu parecida com um cometa. Muitos moradores tiraram fotos do ovni. Segundo a imprensa local, um comunicado das autoridades chinesas era esperado para o dia 9, mas nada foi reportado.

Telescópio descobre 95 asteroides "próximos" da Terra

Ponto em vermelho no centro da imagem é um dos asteroides descobertos pelo Wise Foto: Nasa/Divulgação

Ponto em vermelho no centro da imagem é um dos asteroides descobertos pelo Wise

A maioria dos meteoros que atingem a Terra são tão pequenos que queimam na atmosfera antes de atingir o solo causando, no máximo, uma bela luz no céu. Contudo, enormes rochas já atingiram nosso planeta, deixaram crateras gigantes e alguns podem ter sido responsáveis por eventos de extinção em massa, como o fim dos dinossauros. Hoje em dia, um desses asteroides poderia destruir uma cidade inteira ou fazer algo até pior.

O telescópio Wise, da Nasa - a agência espacial americana -, que observa o céu em infravermelho, descobriu em pouco mais de 6 meses 25 mil novos asteroides, sendo 95 considerados "próximos da Terra". As informações são do Discovery News.

"Próximo da Terra", para os astrônomos, é 30 milhões de milhas (cerca de 48 milhões de km), quase um terço da distância da Terra até o Sol. Contudo, os cientistas afirmam que não há uma ameaça de "juízo final" nos dados do Wise.

Asteroides são facilmente descobertos no infravermelho porque eles são mais quentes que os astros que os circundam, por isso eles brilham nas imagens do Wise. Os asteroides são considerados importantes, já que se acredita que eles contribuíram com o surgimento da vida na Terra - cientistas afirmam que água, aminoácidos e outros elementos chegaram aqui por eles.

Além disso, os asteroides próximos são alvos potenciais para a exploração humana, inclusive como previsto na política espacial do presidente americano Barack Obama. Esses corpos podem ser utilizados como laboratório para uma possível viagem a Marte, e descobrir 95 que estão próximos ao nosso planeta é uma grande ajuda.

Rússia anuncia base para foguetes espaciais de R$ 1,3 bi

Foguete Soyuz-FG decola no Cosmódromo Baikonur, no Cazaquistão Foto: AP

Atualmente, a Rússia tem que utilizar base no Cazaquistão para lançar foguetes

O primeiro-ministro russo, Vladimir Putin, anunciou nesta segunda-feira que o governo irá investir US$ 740 milhões (R$ 1,316 bilhão) nos próximos três anos para a construção de uma nova base no extremo oriente do país. "Confio muito que a base Vostochny se transformará na primeira base nacional civil e garantirá a independência russa em matéria espacial", afirmou Putin durante uma visita de inspeção à sede da corporação aeroespacial Energuia.

Putin explicou que o montante inicial servirá "para colocar as bases" da base, que será menor que a de Baikonur (Cazaquistão). No entanto, segundo a imprensa, o valor não será suficiente para completar sua construção. "É importante que a nova base garanta a manutenção de praticamente todos os projetos espaciais em gestação, incluindo aparatos tripulados e as futuras naves interplanetárias", disse.

O chefe da agência espacial russa (Roscosmos), Anatoli Permínov, adiantou que Vostochny contará com rampas de decolagem, pistas de aterrissagem e plantas de oxigênio, hidrogênio e nitrogênio. "Na construção trabalharão entre 5 mil e 12 mil pessoas de maneira permanente e, eventualmente, um máximo de 30 mil operários", comentou.

Permínov esclareceu que a nova base não contará com tanta infraestrutura como Baikonur, construída pela URSS em 1955, já que será "um terminal espacial menor e mais barato". Após a queda da União Soviética, a Rússia se viu obrigada a alugar as instalações de Baikonur, que se encontram nas estepes cazaques.

Em janeiro de 2004, Putin e o presidente cazaque, Nursultan Nazarbayev, assinaram um novo acordo de aluguel que permitirá a Moscou utilizar Baikonur como seu principal terminal espacial até 2050. De Baikonur, a Rússia realiza 70% dos lançamentos de seu programa espacial civil e militar, e até 80% dos contratos assinados com outros países para localizar em órbita seus satélites de comunicações.

EFE
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Nasa divulga imagem de brilhante galáxia espiral azul

A imagem, que foi capturada pelo telescópio Wise, mostra a galáxia com a sua brilhante espiral azul celeste Foto: EFE

A imagem, que foi capturada pelo telescópio Wise, mostra a galáxia com a sua brilhante espiral azul celeste

A Agência espacial americana, Nasa, divulgou nesta segunda-feira a imagem da galáxia Messier 83, conhecida como M83. A M83 é relativamente próxima à nossa Via Láctea e possui uma estrutura global similar a ela, porém tem a metade do diâmetro.

A imagem, que foi capturada pelo telescópio infravermelho do explorador Wise, mostra a galáxia com a sua brilhante espiral azul celeste. Segundo astrônomos, a Messier 83 se encontra a 15 milhões de anos luz da constelação Hydra.

As informações são da agência EFE.

Em caminhada, cosmonautas ligarão módulo científico à ISS

Os cosmonautas russos Fyodor Yurchikhin e Mikhail Kornienko realizarão na semana que vem uma caminhada para ligar o módulo russo Rassvet à Estação Espacial Internacional (ISS), informou nesta segunda-feira o Centro de Controle de Voos Espaciais (CCVE) da Rússia.

"A saída para o espaço dos cosmonautas será em 27 de julho. Será realizada a partir do módulo russo Pirs", preciso um porta-voz do centro, citado pela agência Interfax.

A caminhada começará às 0h45 (de Brasília) e deve durar seis horas, nas quais os Yurchikhin e Kornienko deverão conectar as antenas do sistema automático de aproximação e engate Kurs ao módulo científico Rassvet, transportado à plataforma orbital em maio a bordo da nave americana Atlantis.

"Isto permitirá em um futuro que os acoplamentos neste módulo das naves pilotadas Soyuz TMA e os cargueiros Progress M sejam automatizadas", indicou. Os cosmonautas transferirão uma câmera de gravação do porto de acoplamento ativo do Rassvet ao passivo e substituirão outra câmera no módulo Zvezda.

A da semana que vem será a quarta saída de Yurchikhin ao espaço, depois de em 2007 realizar as primeiras três caminhadas durante seu segundo voo espacial. Já de Kornienko será a primeira.

Yurchikhin realizará outras duas saídas ao espaço em novembro, acompanhado do cosmonauta russo Oleg Skripochka, quem arribará à plataforma orbital em outubro.

A atual tripulação do laboratório espacial é integrada pelos russos Yurchikhin, Kornienko e Aleksandr Skvortsov e os astronautas americanos Doug Wheelock, Shannon Walker e Tracy Caldwell.

EFE
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domingo, 18 de julho de 2010

Satélite mostra "boom" de algas no mar Báltico

A imagem mostra, no sentido horário, partes da Alemanha (embaixo), Suécia, Estônia (acima), Letônia, Lituânia, Rússia e Polônia. As ilhas suecas de ... Foto: Divulgação

A imagem mostra, no sentido horário, partes da Alemanha (embaixo), Suécia, Estônia (acima), Letônia, Lituânia, Rússia e Polônia. As ilhas suecas de Gotland e Öland (centro) e a dinamarquesa de Bornholm (mais abaixo) também podem ser vistas

A Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês) divulgou uma imagem do satélite Envisat que mostra o crescimento de algas no mar Báltico. O fenômeno, conhecido como "florescimento de algas", é a rápida multiplicação de fitoplâncton, microscópicas plantas marinhas, próximo à superfície.

Segundo a agência, o fitoplâncton é sensível à luz do sol e às variações ambientais - variações de nutrientes, temperatura, correntes e vento. O grande desenvolvimento registrado é decorrente de várias condições favoráveis nas últimas semanas, como grande período de iluminação, pouco vento e um aumento nos ingredientes por causa do derretimento de gelo.

Apesar de o fenômeno ser essencial para o ecossistema, ele pode ter um lado perigoso, pois as algas podem produzir substâncias tóxicas dependendo da concentração de oxigênio na água. Por causa desse perigo, as algas marinhas costumam ser monitoradas, assim pescadores e órgãos oficiais podem saber de qualquer problema rapidamente.

O florescimento de algas dificulta a detecção de manchas de óleo pelos radares, pois os equipamentos confundem o fenômeno natural com a poluição.

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Nº de estrelas solitárias aumenta chance de vida fora da Terra

Um estudo da Universidade Estadual da Geórgia, nos Estados Unidos, indica que estrelas solitárias, como o Sol, não são tão raras como um dia se pensou. A pesquisa aumenta a probabilidade de existirem sistemas que favoreçam a existência de vida, como o solar, no universo. As informações são da New Scientist.

Não é fácil descobrir se uma estrela é solitária ou tem uma companheira, já que normalmente a luz delas é tão forte que nos telescópios parece ser apenas um astro. Astrônomos procuram pistas em outras observações, como, por exemplo, a mudança periódica no espectro de luz causada pelo movimento de uma estrela ao orbitar outra.

Estudos anteriores indicavam que a maioria dos sistemas que continham uma estrela de massa parecida com a do Sol tinha, na verdade, duas ou mais estrelas. Contudo, um estudo conduzido por Deepak Raghavan e sua equipe observou 454 estrelas parecidas com o Sol. Eles afirmam que a maioria (56%) é de astros solitários.

O estudo vai contra outra pesquisa que afirmava exatamente o contrário, completada em 1991. Segundo Raghavan, há duas explicações para a diferença: a amostra do novo estudo é maior e, além disso, o primeiro pode ter superestimado o número de sistemas de múltiplas estrelas. O astrônomo afirma que isto pode ter ocorrido porque os pesquisadores de 1991 presumiram que muitas estrelas não poderiam ser detectadas por estar abaixo do limiar de detecção da companheira.

Segundo os cientistas, sistemas com uma única estrela são mais propícios ao surgimento de vida por serem mais estáveis. Os planetas podem ser formar em sistemas múltiplos, mas a força da gravidade de estrelas pode lançá-los contra a estrela principal. Além disso, elas podem interferir na formação de cometas. Seria eliminada assim uma potencial fonte de água para planetas rochosos, que recebem a substância dos cometas.

CORREÇÃO: China: ovni que fechou aeroporto é mistério

Diferentemente do que foi publicado pelo Terra na notícia China: após 1 semana, ovni que fechou aeroporto é um mistério, no dia 16 de julho de 2010, às 11h30, Wang Jian é chefe do controle de tráfego na região de Hangzhou, na China, e não chefe do controle de tráfico. A informação foi corrigida às 12h33.

China: após 1 semana, ovni que fechou aeroporto é um mistério

O aeroporto Xiaoshan chegou a ser fechado e vários voos foram desviados Foto: Reprodução

O aeroporto Xiaoshan chegou a ser fechado e vários voos foram desviados

Mais de uma semana se passou desde que um objeto voador não identificado (ovni) cruzou os céus de Hangzhou, capital da província chinesa de Zhejiang, na China, assustou moradores e fechou o aeroporto e as autoridades do país ainda não explicaram o que era o estranho objeto. Segundo a ABC News, um representante da Administração da Aviação Civil da China, que não foi identificado pela reportagem, disse que o caso está sendo investigado, mas não deu maiores detalhes.

O China Daily afirmou na ocasião que o governo sabia o que era o objeto, mas não poderia divulgar sua origem por haver uma "conexão militar". Contudo, segundo a agência Xinhua, Wang Jian, chefe do controle de tráfego na região, disse que não havia nenhuma conclusão sobre o caso.

O aeroporto local foi fechado por cerca de duas horas no dia 7 e os voos transferidos por causa da passagem do ovni. "Nós recebemos ordens para fechar o aeroporto até que o céu estivesse livre", diz um oficial do aeroporto não identificado pela agência chinesa.

Segundo o britânico Daily Mail, especialistas afirmam que a luz vista em Hangzhou foi causada por destroços de um míssil americano. De acordo com a reportagem, testemunhas ficaram assustadas e reportaram terem visto uma bola de fogo no céu parecida com um cometa. Muitos moradores tiraram fotos do ovni. Segundo a imprensa local, um comunicado das autoridades chinesas era esperado para o dia 9, mas nada foi reportado.

Hubble registra "cauda de cometa" em exoplaneta gigante

Na imagem, uma concepção artística do exoplaneta HD 209458b Foto: Nasa/Divulgação

Na imagem, uma concepção artística do exoplaneta HD 209458b

A Agência Espacial America, Nasa, através do Telescópio Espacial Hubble, confirmou a existência de uma espécie de cauda, típica dos cometas em um exoplaneta extremamente quente que poderia ser chamado de "planeta-cometa". Chamado HD 209458b, o planeta está orbitando sua estrela a uma distância tão pequena que o calor está fazendo sua atmosfera ferver e escapar para o espaço. Os gases que escapam formam a cauda. As informações são da Nasa.

Localizado a 153 anos-luz da Terra, o planeta pesa um pouco menos do que Júpiter, mas orbita sua estrela a uma distância 100 vezes menor. O exoplaneta, que está sendo literalmente cozido, gira ao redor de sua estrela em apenas 3,5 dias - para comparação, o planeta mais rápido do nosso Sistema Solar, Mercúrio, orbita o Sol em 88 dias.

"Desde 2003 os cientistas vêm teorizando que a massa perdida está sendo empurrada para trás, formando uma cauda, e eles até mesmo calcularam a aparência provável do planeta-cometa," diz o astrônomo da Universidade do Colorado em Boulder, Jeffrey Linsky.

O Hubble detectou elementos pesados, como carbono e silício, na atmosfera do planeta - que atinge quase 1.100 graus Celsius. Por este motivo sua estrela-mãe está aquecendo a atmosfera inteira, permitindo que até mesmo os elementos mais pesados escapem do planeta.

Isto torna o fenômeno diferente do que ocorre com os demais planetas, inclusive com os planetas do Sistema Solar, que também "perdem" elementos para o espaço.

Observações do Hubble em 2003 já sugeriam a existência de uma cauda em Osíris. Contudo, a Nasa afirma que a confirmação pode ocorrer apenas com a combinação de alta sensitividade em ultravioleta e uma boa resolução do espectro.

Os astrônomos afirma que, apesar de estar sendo "tostado" por sua estrela, o planeta ainda levará um bom tempo para ser totalmente destruído - o novo estudo estipula que isso leve cerca de 1 trilhão de anos. A pesquisa foi publicada no jornal especializado The Astrophysical.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Maior explosão de raios-X já registrada "cega" telescópio

A explosão de raios-X cegou temporariamente o telescópio Swift Foto: Reuters

A explosão de raios-X cegou temporariamente o telescópio Swift

A maior explosão de raios-X já vista "cegou" temporariamente o telescópio Swift. A explosão foi gerada pela morte de uma estrela a 5 bilhões de anos atrás, segundo a agência espacial americana (Nasa) e cientistas britânicos. As informações são da Reuters.

Segundo o britânico Daily Mail, a fonte foi a queda de uma estrela em um buraco negro, o que causou uma explosão de raios não esperada pela missão do observatório (dividida entre Nasa, Reino Unido e Itália). "A intensidade dessas raios-X foi inesperada e sem precedente", diz o astrônomo Neil Gehrels à reportagem.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Observatório do Vaticano: ETs não contradizem religião

Funes afirma que o Vaticano, nem mesmo o Papa, interfere nas linhas de pesquisa do observatório. Nós temos completa liberdade para pesquisar, e ... Foto: Divulgação

Funes afirma que o Vaticano, nem mesmo o Papa, interfere nas linhas de pesquisa do observatório

O padre José G. Funes, diretor do Observatório do Vaticano desde 2006 e estudioso de astronomia extragaláctica, afirma em entrevista à revista New Scientist que não existe um conflito real entre ciência e fé e que as descobertas científicas não são um problema para a teologia católica, porque "no fim nós vamos encontrar uma explicação, talvez não nesta vida, mas na próxima vida". Funes ainda diz que o Vaticano não interfere nas pesquisas dos cientistas, que pode pesquisar qualquer tema, e que até a descoberta de vida extraterrestre não seria um problema para a religião.

"Eu não vejo nenhuma séria dificuldade para a teologia católica se - "SE" com letras maiúsculas - nós encontrarmos vida em algum lugar do universo", se limitou a dizer o cientista. Funes diz à revista que a Igreja não afeta na pesquisa do observatório. "Eu tive uma audiência privada com o papa Bento XVI em 2008 e ele nunca disse 'você tem que estudar isso ou aquilo'. Nós temos completa liberdade para pesquisar, e tópicos que estudamos são tópicos nos quais os astrônomos estão interessados: ciência planetária, agrupamentos de galáxias, cosmologia e o Big Bang. Eu estudo galáxias próximas. Um jesuíta que se unirá a nós em setembro estudará planetas extrassolares."

O diretor diz ainda que ciência e religião não podem interferir uma no mundo da outra. "O problema é quando a religião entre no mundo da ciência, o método científico. (...) Por outro lado, é um perigo quando cientistas usam ciência fora do método científico, para fazer afirmações filosóficas e religiosas - usando ciência para uma finalidade para a qual a ciência não foi feita. Então, por exemplo, você não pode usar ciência para negar a existência de Deus. Você pode acreditar em que você quiser, mas não pode usar ciência para provar que Deus não existe."

Questionado se o trabalho de alguma maneira afeta as suas crenças religiosas, Funes diz que, ao contrário, ela ajuda. "Eu posso dizer que meu trabalho como cientistas me ajuda a ser uma pessoa religiosa, um padre."

Nasa prepara missão que levará detector de R$ 2,6 bi à ISS

Tanque do Endeavour é transportado Foto: AP

Tanque do Endeavour é transportado

A Nasa - a agência espacial americana - prepara o lançamento da última missão de um ônibus espacial. Após anunciar, no início do mês, que adiaria a aposentadoria dos ônibus espaciais, a agência agora faz os ajustes para os voos programados para novembro e fevereiro que levarão cargas de peças para a Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês).

A missão do Discovery foi transferida de setembro para 1º de novembro, conforme o novo plano aprovado pela direção da agência espacial dos Estados Unidos. O voo do Endeavour, que levará um detector de partículas de US$ 1,5 bilhão (aproximadamente R$ 2,6 bilhões), o Espectrômetro Magnético Alfa, ficou para 26 de fevereiro. Será a 134ª e última missão de um ônibus espacial.

Inicialmente, a Nasa previa aposentar essas naves no fim de 2010. Para conseguir um prazo mais folgado, o Congresso deve liberar uma verba de US$ 600 milhões, e a própria agência conseguiu reduzir em US$ 200 milhões o custo mensal do programa de ônibus espaciais. A verba resultante deve ser suficiente para manter o programa ativo até março de 2011.

O custo elevado é o principal motivo para o fim dos ônibus espaciais. O governo submeteu ao Congresso um polêmico plano para substituí-los por voos comerciais, o que liberaria a Nasa para desenvolver tecnologias necessárias para futuras missões tripuladas a asteroides, a Marte e a outros destinos do Sistema Solar.

Com informações da Reuters.