terça-feira, 30 de novembro de 2010

Descoberta em Vênus dá alerta à Terra, diz agência espacial

Imagem mostra a estrutura das nuvens de dióxido sulfúrico em Vênus. Foto: ESA/Divulgação

Imagem mostra a estrutura das nuvens de dióxido sulfúrico em Vênus

Uma misteriosa camada de dióxido sulfúrico de grande altitude descoberta pelo satélite Venus Express, da ESA - a agência espacial européia -, em Vênus, foi finalmente explicada, após dois anos de sua descoberta. Segunda a ESA, a descoberta serve como um aviso contra a ejeção de gases na nossa atmosfera.

Vênus é coberto por ácido sulfúrico que bloqueia a visão de sua superfície. As nuvens são formadas entre 50 e 70 km de altura, quando o dióxido sulfúrico dos vulcões se junta ao vapor de água, formando o ácido sulfúrico. O dióxido que sobra do processo deveria ser destruído pela intensa radiação solar. Portanto, quando, em 2008, o satélite Venus Express detectou a existência dessa camada, criou-se um mistério. De onde esse dióxido sulfúrico sai para formara a camada que fica entre 90 km e 110 km da superfície do planeta?

Simulações de computador feitas por Xi Zhang, do Instituto de Tecnologia da Califórnia, Estados Unidos, e outros cientistas do país, da França e de Taiwan, mostram que gotas de ácido sulfúrico podem evaporar em grandes altitudes, liberando gases de ácido que se quebram na luz do Sol e que se transformam em dióxido sulfúrico.

Com essa nova descoberta, a preocupação sobre as mudanças climáticas da Terra aumentam. As experiências para a diminuição das mudanças, segundo os cientistas, podem não estar funcionando, como pensado originalmente. "As novas descobertas também significam que o ciclo atmosférico do enxofre é mais complicado do que pensávamos", diz Håkan Svedhem, cientista do projeto Venus Express.

O vencedor do prêmio Nobel, Paul Crutzen, defendeu recentemente que ejetar artificialmente grandes quantidades de dióxido sulfúrico na atmosfera da Terra a 20 km de altura para conter o aquecimento global resulta no aumento de gases que causam o efeito estufa. Esse gás forma pequenas gotas de ácido sulfúrico, iguais aos encontrados em Vênus. Essas gotas formam uma camada que reflete os raios do Sol, gelando o planeta em aproximadamente 0,5 °C.

Contudo, o estudo indica que a evaporação de ácido sulfúrico em Vênus sugere que esse projeto pode não dar certo, já que não sabemos quanto tempo essa camada protetora levará para se transformar em dióxido sulfúrico. E o pior, uma camada desse gás pioraria o efeito estufa, já que permite a passagem de todos os raios solares.

"Nós precisamos estudar detalhadamente as potenciais consequências de uma camada artificial de enxofre na atmosfera da Terra", diz Jean-Loup Bertaux, da Universidade de Versailles-Saint-Quentin, na França, que também participa do projeto.

Para esse estudo, o satélite venus Express passa a ser de fundamental importância, pois como a natureza causa, também, a existência da camada de gases, os cientistas ainda não precisam realizar experimentos mais detalhados, podem apenas examinar os efeitos pelo satélite.

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

ESO registra imagem de galáxias que se fundiram

A galáxia NGC 520 é uma das mais brilhantes existentes e surgiu de colisão entre outras duas galáxias. Foto: ESO/Divulgação

A galáxia NGC 520 é uma das mais brilhantes existentes e surgiu de colisão entre outras duas galáxias

O Observatório Europeu do Sul - ESO, na sigla em inglês - registrou imagem da galáxia NGC 520, que surgiu da colisão de outras duas galáxias espirais. A galáxia NGC 520 também é conhecida como Arp 157.

A colisão de galáxias, formando uma nova, acontece de forma lenta, demorando milhões de anos - o processo de formação da NGC 520 começou há 300 milhões de anos e está na metade: os dois núcleos ainda não se fundiram completamente, mas a parte periférica já.

Esta galáxia é uma das mais brilhantes no céu, e está na constelação de peixes, a aproximadamente 100 milhões de anos-luz da Terra. A imagem foi registrada por telescópio no observatório de La Silla, no Chile.

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

LHC descobre informações sobre a matéria na origem do Universo

Os experimentos do acelerador de partículas do Centro Europeu de Pesquisa Nuclear (CERN) já descobriram novas informações sobre a matéria na origem do Universo. "Menos de três semanas após ter iniciado os experimentos que estudam as colisões de íons de chumbo no Grande Colisionador de Hádrons (LHC, da sigla em inglês), já foram registrados novos descobrimentos", destacou o CERN nesta sexta-feira. Os primeiros resultados dos experimentos serão apresentados em um seminário no dia 2 de dezembro.

O resultado prévio aponta novos detalhes sobre como seria a matéria nos momentos da origem da vida do Universo. A compilação de informações com os íons de chumbo continuarão até o próximo dia 6 de dezembro, momento em que o acelerador - uma enorme circunferência subterrânea de 27 quilômetros sob a fronteira suíço-francesa - realizará uma pausa técnica para manutenção, antes de retomar o experimento em fevereiro de 2011.

"É impressionante a eficiência dos estudos em registrarem tais resultados, que são de uma física muito complexa", informou em nota o diretor da pesquisa do CERN, Sergio Bertolucci.

Bertolucci orgulhou-se que os três experimentos em andamento concorrem entre si para publicar primeiro o resultado final, mas ao mesmo tempo trocam informação e trabalham juntos na documentação de uma visão completa. "É um ótimo exemplo de como a competição e colaboração funcionam neste campo de pesquisa", ressaltou o cientista.

EFE
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Nasa descobre atmosfera com oxigênio em lua de Saturno

Sonda Cassini detectou uma tênue atmosfera com oxigênio e dióxido de carbono em lua de Saturno. É a 1° vez que uma espaçonave encontra uma atmosfera .... Foto: Nasa/Divulgação

Sonda Cassini detectou uma tênue atmosfera com oxigênio e dióxido de carbono em lua de Saturno. É a 1° vez que uma espaçonave encontra uma atmosfera com oxigênio fora da Terra

A Nasa - a agência espacial americana - anunciou nesta sexta-feira que a sonda Cassini detectou uma tênue atmosfera - conhecida como exosfera - com oxigênio e dióxido de carbono na lua Reia, de Saturno. É a primeira vez que uma espaçonave encontra uma atmosfera com oxigênio fora da Terra.

Segundo a Nasa, a atmosfera da lua gelada é 5 trilhões de vezes menos densa que a da Terra. A agência afirma que a formação de oxigênio e dióxido de carbono pode levar a reações químicas complexas nas superfícies de corpos de gelo no universo.

"Os novos resultados sugerem que atividades químicas complexas envolvendo oxigênio podem ser bem comuns no Sistema Solar e até no universo", diz Ben Teolis, um dos cientistas da equipe da Cassini. "Essa química pode ser um pré-requisito para a vida", diz o cientista, que afirma, por outro lado, que dificilmente há vida em Reia. "Toda evidência da Cassini indica que Reia é fria demais e desprovida de água líquida necessária para a vida como nós a conhecemos."

Contudo, Um corpo de gelo que tenha água líquida abaixo da superfície e que, de alguma forma, o oxigênio e dióxido de carbono sejam transportados para esta água, pode ter um ambiente mais propício ao surgimento de componentes mais complexos e formar vida, acreditam os cientistas.

Reia é a segunda maior lua de Saturno e considerada, a partir de agora, única por causa de sua atmosfera de oxigênio e dióxido de carbono. Titã, por exemplo, outra das luas de Saturno, tem uma atmosfera rica em nitrogênio e metano, mas pouco oxigênio e dióxido de carbono. "Reia está se tornando muito mais interessante do que tínhamos imaginado", diz Linda Spilker, que trabalha no Laboratório de Propulsão a Jato, na Califórnia, e também está na equipe de cientistas da Cassini.

Físicos selecionam imagens do ano sobre dinâmica dos fluidos

A Sociedade Americana de Física (SAF) reúne todos os anos uma galeria de imagens sobre o estudo da dinâmica dos fluidos.

A Divisão de Dinâmica de Fluidos da entidade, responsável pela compilação das imagens, é a parte da SAF responsável pelo avanço do conhecimento a respeito do movimento dos líquidos sob diferentes condições de temperatura e pressão. Um painel seleciona as entradas por seu conteúdo artístico, originalidade e capacidade de transmitir informações.

As imagens selecionadas vão ser exibidas no encontro anual da (SAF) em março de 2011 e na edição de setembro da publicação científica do Instituto de Física Americano, o Physics of Fluids. Para a galeria deste ano, concorreram mais de duas mil imagens.

BBC Brasil
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Nave Soyuz, com três tripulantes, aterrissa no Cazaquistão

Americano Douglas Wheelock mostra cartaz após aterrisagem da nave Soyuz TMA-19 no Cazaquistão. Foto: AP

Americano Douglas Wheelock mostra cartaz após aterrisagem da nave Soyuz TMA-19 no Cazaquistão

A nave Soyuz TMA-19, com o russo Fiódor Yurchikhin e os americanos Douglas Wheelock e Shannon Walker a bordo, aterrissou nesta sexta-feira sem contratempos nas estepes do Cazaquistão, informou o Centro de Controle de Voos Espaciais (CCVE) da Rússia.

A nave aterrissou, como estava previsto, quilômetros ao norte da cidade de Arkalyk, indicou um porta-voz do CCVE à agência oficial russa Itar-Tass. Os três tripulantes da Soyuz, que permaneceram mais de cinco meses na Estação Espacial Internacional (ISS, pela sigla em inglês) "se encontram bem", informou o canal de notícias russo Rossía-24.

Inicialmente, o retorno da nave estava previsto para 30 de novembro, mas foi antecipado em quatro dias porque o Cazaquistão fechou seu espaço aéreo por ocasião da cúpula da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa, na cidade de Astana, na próxima semana.

No laboratório orbital permanecem o novo comandante da Expedição 26, o astronauta da Nasa Scott Kelly, e os engenheiros de voo russos Aleksandr Kaleri e Oleg Skrípochka.

Os três irão tripular a Soyuz TMA-20, com lançamento previsto para 15 de dezembro, a partir da base de Baikonur (Cazaquistão).

EFE
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quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Listra que havia "desaparecido" em Júpiter começa a ressurgir

Uma listra marrom escuro, conhecida como Cinturão Equatorial Sul, localizada no sul de Júpiter, está ressurgindo. Foto: Nasa/Divulgação

Uma listra marrom escuro, conhecida como Cinturão Equatorial Sul, localizada no sul de Júpiter, está ressurgindo

Novas imagens da Nasa - a agência espacial americana -, registradas pelos telescópios Gemini, Keck e Infrared Facility, divulgadas nesta quinta-feira, indicam que uma das listras de Júpiter que havia "desaparecido" meses atrás aparenta estar ressurgindo. As novas observações ajudarão cientistas a entender melhor a interação entre os ventos de Júpiter e a química das nuvens.

No começo de 2010, astrônomos amadores noticiaram que uma listra marrom escuro, conhecida como Cinturão Equatorial Sul, localizada no sul do planeta, havia se tornado branca. No começo de novembro, o astrônomo Christopher Go, filipino, viu um incomum brilho nesta área branca. O fenômeno interessou aos astrônomos da Nasa. Após observações com os três telescópios, os cientistas passaram a acreditar que a faixa escura está voltando.

Desde que foi descoberta, a listra escura se torna branca, por no máximo 3 anos, o que intriga os cientistas há anos. O fenômeno só é visto no Cinturão Equatorial Sul, se tornando caso único em todo o sistema solar.

A listra branca não é a única mudança em Júpiter. Ao mesmo tempo, a grande mancha vermelha do planeta se tornou mais escura. Os cientistas dizem que a cor da mancha - que possui três vezes o tamanho da Terra - brilha mais agora, junto com o ressurgimento da listra branca.

O último ressurgimento da listra aconteceu em 1993, após sumiço total no mesmo ano. Os cientistas estão interessados na análise deste último evento porque é a primeira vez em que se poderá utilizar modernos instrumentos para determinar detalhes da química e as mudanças dinâmicas do fenômeno. A observação será fundamental no envio da nave Juno, que está programada para chegar a Júpiter em 2016, além de outra missão que deverá chegar ao planeta em 2020.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Nasa volta a adiar lançamento da Discovery

A Nasa postergou nesta quarta-feira o lançamento da nave Discovery do dia 3 para o dia 17 de dezembro, porque precisa de mais tempo para reparar fendas no tanque de combustível externo.

"Não estamos prontos para 3 de dezembro. Vamos voltar a tentar em 17 de dezembro", disse o diretor do programa de naves da Nasa, John Shannon, em entrevista coletiva, junto ao administrador adjunto para Operações Espaciais, Bill Gerstenmaier.

EFE
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Nasa: lagos do planeta ficaram 2ºC mais quentes em 25 anos

Os lagos de todo o mundo ficaram, em média, 2ºC mais quentes desde 1985, o que representa aumento de temperatura duas vezes mais rápido que o da atmosfera global, segundo um estudo divulgado pela Nasa.

A agência espacial americana chegou à conclusão após medir a temperatura superficial da água em 167 lagos de todo o mundo, por meio da tecnologia de satélite do seu Jet Propulsion Laboratory.

O estudo, que será publicado nesta quarta-feira na revista Geophysical Research Letters, revela que os lagos se aqueceram em média 0,45ºC por década, e alguns chegaram ao ritmo de 1ºC a cada dez anos.

Os lagos que registraram os maiores aumentos de temperatura são os do hemisfério norte, especialmente os situados em latitudes médias e altas.

O que mais se aqueceu foi o Ladoga, na Rússia, cuja temperatura aumentou 4ºC desde 1985, seguido de perto pelo Tahoe, situado entre Califórnia e Nevada (Estados Unidos), que subiu 3ºC no mesmo período, segundo o coautor do estudo, Simon Hook.

Por zonas, o norte da Europa é onde se registra um aquecimento mais consistente, enquanto no sudeste do continente, na região dos mares Negro e Cáspio, as temperaturas da água aumentam de forma mais suave.

Ao leste do Cazaquistão, na Sibéria, Mongólia e no norte da China, a tendência de reaquecimento volta a se fortalecer, segundo indica o estudo. Na América do Norte, os lagos que mais se aquecem são os do sudoeste dos Estados Unidos, a um ritmo ligeiramente superior ao dos Grandes Lagos do norte. O aumento de temperatura é muito menor nos trópicos e no hemisfério sul, especialmente nas latitudes médias.

Para avaliar a temperatura, os pesquisadores da Nasa utilizaram tecnologia de infravermelhos da Administração Atmosférica e Oceânica Nacional dos EUA (NOAA, pela sigla em inglês) e da Agência Espacial Europeia (ESA).

EFE
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terça-feira, 23 de novembro de 2010

Morre o astrônomo Brian Marsden, caçador de cometas

O astrônomo americano de origem britânica Brian Marsden, reconhecido mundialmente por seu talento de caçador de cometas e por ter contribuído para degradar Plutão ao ranking de planeta anão, morreu no dia 18 de novembro, aos 73 anos, anunciou nesta terça-feira o Centro Harvard-Smithsonian de Astrofísica.

"Brian era um dos astrônomos mais ouvidos do século XX, sem nenhuma dúvida", destacou Charles Alcock, diretor deste centro ligado à Universidade Harvard (Massachusetts, nordeste). Brian Marsden era especialista em mecânica celeste e astrometria. Possuía dons particulares para encontrar cometas e asteroides que se acreditava perdidos.

Previu a volta do cometa Swift-Tuttle, que originou o célebre espetáculo de estrelas cadentes, as Perseidas, em agosto passado. Numerosos outros cometas foram objeto de seus cálculos, como o Ikeya-Zhang em 2002. Em 1978, Brian Marsden foi para a direção do Minor Planet Center (MPC), o organismo oficial da União Astronômica Internacional - encarregado de colher dados de observação de asteroides e cometas.

Demitiu-se em 2006, no mesmo dia em que anunciou a desclassificação de Plutão, permanecendo como diretor honorário até sua morte. O astrônomo, vítima de uma longa doença, foi também vice-diretor do Centro Harvard-Smithsonian de Astrofísica, de 1987 a 2003.

Nascido em 5 de agosto de 1937 em Cambridge, Inglaterra, Brian Marsden era diplomado em matemática pela Universidade de Oxford (Grã-Bretanha) e possuía um doutorado na Universidade Yale (Connecticut, nordeste americano).

AFP
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Agência americana mostra "imagens artísticas" da Terra

A USGS - a agência geológica dos Estados Unidos - divulgou em seu site uma série de fotografias de satélite que mostram paisagens da Terra selecionadas pelo seu valor artístico.

A coleção Earth as Art 3 apresenta 40 imagens da USGS e da Nasa - a agência espacial americana - feitas pelos satélites Landsat 5 e Landsat 7 a cerca de 724 km da superfície terrestre.

As imagens de lugares extremos, como desertos e áreas cobertas de gelo em vários continentes, mostram paisagens moldadas pelo clima de cada região e por fenômenos naturais.

A coleção de fotos foi criada com base em sua beleza estética e não em seu valor científico. Earth as Art 3 é a terceira série de fotografias divulgada pela USGS com paisagens da Terra.

BBC Brasil
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segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Centro alemão testa robô alpinista para exploração espacial

Os robôes estão sendo desenvolvidos para análise de solos no espaço. Foto: EFE

Os robôs estão sendo desenvolvidos para análise de solos no espaço

Imagem divulgada nesta segunda mostra um robô "alpinista" produzido pelo centro Alemão de Busca de Inteligência Artificial, localizado em Bremen, andando por um solo lunar artificial. O Centro está produzindo robôs com o objetivo de enviá-los ao espaço para exploração de solos.

Estão sendo realizados diversos testes com os robôs para entender a reação de cada um em solo arenoso, em terrenos íngremes e em áreas com muitas pedras. O objetivo é ajudar no desenvolvimento de um sistema para coleta de amostras do espaço.

sábado, 20 de novembro de 2010

De nova dimensão à antimatéria: veja "futurismos" da física

Pesquisadores fazem ajustes em frente a um dos detectores do LHC. Foto: Cern/Divulgação

Pesquisadores fazem ajustes em frente a um dos detectores do LHC

Conceitos que pareciam restritos a livros e filmes de ficção científica e às histórias em quadrinhos estão cada vez mais próximos da realidade. Recentemente, físicos conseguiram feitos, ou pelo menos acreditam estar próximos deles, com algumas das maiores "loucuras" da Ciência, como a antimatéria, outras dimensões, a capa da invisibilidade e a maior temperatura já atingida.

Antimatéria
Nesta semana, pesquisadores do Centro Europeu de Pesquisas Nucleares (Cern), em Genebra, afirmam ter capturado, pela primeira vez, 38 átomos de anti-hidrogênio. A captura durou apenas um sexto de segundo, mas foi tempo suficiente para estudar as estruturas dessas partículas.

Não é a primeira vez que átomos de anti-hidrogênio são produzidos - a primeira foi em 2002 -, na verdade, a produção de pósitrons (o "antielétron") e antiprótons até é comum, mas, anteriormente, eles eram destruídos instantaneamente. Com a primeira captura, os físicos acreditam que poderão comprovar alguns dos princípios da física que antes eram impossíveis de serem atingidos.

Mas, o que é a antimatéria? Ela é uma espécie de "espelho" da matéria normal. Uma antipartícula tem massa idêntica à da sua correspondente, mas carga elétrica inversa. As leis da Física não fazem distinção entre as duas e quantidades iguais de ambas podem ter sido criadas na origem do Universo - o que leva a um dos principais questionamentos da ciência: por que a parte imensamente maior do Universo é constituída de matéria normal? Os pesquisadores pretendem agora criar mais desses átomos e capturá-los por um tempo maior para entender esta e outras questões.

Outras dimensões
Físicos já criaram teorias sobre a existência de outras dimensões. Contudo, os pesquisadores do Grande Colisor de Hádrons (LHC, na sigla em inglês) afirmam que provas da existência dessas dimensões devem existir já em 2011.

Guido Tonelli, porta-voz de uma das equipes ligadas ao LHC, disse que a investigação sobre as dimensões adicionais - além da altura, largura, comprimento e tempo - se tornará mais fácil conforme aumentar a energia resultante das colisões de prótons dentro do túnel circular de 27 km sob a fronteira franco-suíça.

Esse entusiasmo dos cientistas ocorre após oito meses de colisões de partículas no LHC - que é o maior experimento científico do planeta - e os resultados empolgam os pesquisadores. "Um ano atrás, seria impossível para nós adivinhar que a máquina e as experiências resultariam em tanta coisa tão rapidamente", disse Fabiola Gionotti, porta-voz de outra equipe, em relatório divulgado no site do instituto. "Estamos produzindo novos resultados o tempo todo".

Capa da invisibilidade
O que antes parecia restrito ao Harry Potter ou ao Space Ghost está cada vez mais próximo do ser humano comum - e até dos ladrões. Há alguns anos cientistas estudam e criam capas invisíveis, mas nesta semana físicos britânicos dizem estar próximos da criação de uma que manipula a luz no tempo e espaço.

Pesquisadores do Imperial College de Londres já haviam demonstrado que os metamateriais, cuja superfície nanométrica interfere com a luz em comprimentos de onda específicos, são capazes de desviar a luz ao redor do objeto, tornando-o invisível, mas apenas em cores específicas do espectro - por exemplo, o material poderia ficar invisível em infravermelho, mas não no espectro de cor visível ao ser humano.

Mas os físicos desta mesma universidade britânica têm uma teoria que vai além da ficção: tornar uma ação invisível durante um certo lapso de tempo, fazendo a luz desaparecer em um "vácuo espaço-temporal" por meio dos metamateriais.

"Normalmente, a luz perde velocidade quando penetra em um material, mas é teoricamente possível manipular os raios luminosos de tal forma que parte deles se acelerem, enquanto os demais são retardados", disse o professor Martin McCall no estudo que será publicado no Journal of Optics.

A parte da luz acelerada chegaria assim antes do ato, enquanto a parte mais lenta chegaria depois da ação. Ao dividir assim a luz e recompô-la "sem deixar vestígios", a ação ficaria literalmente invisível a qualquer observador, afirmou McCall. "Sobre alguém que caminha por uma calçada, a impressão de um observador distante seria a de que a pessoa desaparece e reaparece mais à frente, criando a ilusão de um teletransporte, como em Star Trek" (Jornada nas Estrelas), a famosa série de TV.

A 10 trilhões de °C, acelerador cria "mini big bangs" e novo estado da matéria
Outro feito do LHC: o acelerador de partículas começou a colidir, no último dia 7, átomos pesados - no caso, de chumbo - em vez da atual colisão de prótons. O resultado foi a produção de "mini big bangs" que atingiram 10 trilhões de °C.

Além das reproduções do hipotético evento que criou o Universo, o colisor também pode ter criado um novo estado da matéria (o plasma de quark e glúons), ao derreter o núcleo dos átomos, que pode comprovar ou desmentir algumas das mais importantes teorias da física.

Com informações de agências..

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Empresa lançará maior satélite 4G do mundo ao espaço

A empresa LightSquared irá lançar um satétile para oferecer sinal 4G a lugares do planeta onde torres de comunicação não conseguiriam chegar. Segundo o site PopSci, trata-se do maior projeto de antena refletora a ser lançada ao espaço com este propósito.

Com o nome de SkyTerra1, o dispositivo está sendo produzido pela Boeing e diminuirá a necessidade de construção de antenas terrestres para a captura do sinal da tecnologia da nova geração, o 4G.

O satélite pesa seis toneladas e será em breve lançado ao espaço. Em 2011, a empresa deve lançar o SkyTerra 2 e, até 2015, a LighSquared prometeu que a tecnologia 4G cobrirá mais de 90% do território norte-americano.

Nasa adia lançamento do Discovery para 3 de dezembro

A Nasa - a agência espacial americana - adiou o lançamento do ônibus espacial Discovery para a Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês) de 30 de novembro para 3 de dezembro. O objetivo é dar mais tempo para reparações e determinar por que o taque de combustível rachou, disseram autoridades.

"Não poderemos lançar em 30 de novembro", disse o porta-voz da Nasa, Allard Beutel. A agência espacial dos Estados Unidos adiou a partida do Discovery para uma missão planejada de 11 dias depois que um perigoso vazamento de hidrogênio foi detectado enquanto a espaçonave era abastecida para o lançamento em 5 de novembro.

Depois do adiamento, a Nasa também descobriu uma grande fissura na espuma que isola o tanque, o que é uma ameaça. A espuma que caiu do tanque de combustível do Columbia e colidiu com o ônibus espacial durante o lançamento provocou um acidente que matou sete astronautas em 2003. A Nasa, então, remodelou os tanques para minimizar a perda de espuma.

Reuters
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quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Descoberto planeta maior que Júpiter em galáxia vizinha

Concepção artística mostra o HIP 13044 b, um exoplaneta ligeiramente maior que Júpiter, e que orbita uma estrela a 2 mil anos-luz da Terra. Foto: AFP

Concepção artística mostra o HIP 13044 b, um exoplaneta ligeiramente maior que Júpiter, e que orbita uma estrela a 2 mil anos-luz da Terra

Astrônomos europeus informaram ter encontrado pela primeira vez um planeta em outra galáxia fora da Via Láctea - à qual pertence a Terra -, em um informe divulgado nsta quinta-feira nos Estados Unidos. O exoplaneta é ligeiramente maior que Júpiter, que é o maior do Sistema Solar, e orbita ao redor de uma estrela que está a 2 mil anos-luz da Terra.

Acredita-se que ambos, estrela e planeta, sejam parte da corrente Helmi, grupo de estrelas que permaneceu depois que sua minigaláxia foi absorvida pela Via Láctea, 9 milhões de anos atrás, destacou o estudo publicado na Science Express. Os astrônomos conseguiram localizar o planeta, batizado HIP 13044 b, ao se concentrar em uma "pequena perturbação na estrela, causada pelo empuxo gravitacional de um companheiro orbital", destacou o estudo.

Para tal, usaram um telescópio de propriedade do laboratório europeu em La Silla, no Chile, a 2,4 mil m de altitude e 600 km ao norte de Santiago. O planeta está bastante próximo da estrela que orbita e sobreviveu a uma fase na qual sua anfitriã passou por um crescimento maciço depois de ter esgotado sua provisão de hidrogênio nuclear, uma etapa que dentro da evolução das estrelas se denomina "fase de gigante vermelha".

"A descoberta é particularmente intrigante se se considera o futuro distante dentro do nosso próprio sistema planetário, quando o sol também se tornar uma gigante vermelha, dentro de 5 bilhões de anos", disse Johny Setiawan, principal pesquisador do projeto do Instituto Max Planck de Astronomia. O exoplaneta (planeta fora do Sistema Solar) completa uma órbita a cada 16 dias e provavelmente é bastante quente porque fica muito perto da estrela e talvez esteja no fim de sua vida, disseram os astrônomos.

AFP
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Tempestades solares ameaçam redes elétricas e de comunicações

As tempestades magnéticas causadas por fortes ventos solares podem afetar não apenas os satélites em alta altitude, mas também as redes elétricas em terra, os odeodutos que transportam gás ou petróleo, além de perturbar as comunicações.

O impacto da tempestade solar de 1859, por exemplo, a mais forte conhecida, foi considerada moderada porque nossa civilização tecnológica apenas balbuciava. Se ocorrer agora, os prejuízos serão significativos.

Uma grave tempestade solar poderia causar vinte vezes mais prejuízos econômicos aos Estados Unidos que o ciclone Katrina em 2005, advertiu a Academia americana de Ciências em 2008. O custo poderia chegar a 2 bilhões de dólares num primeiro ano de ocorrência de uma tal catástrofe.

O relatório destaca a vulnerabilidade de setores como as redes elétricas, localização GPS, transportes aéreos, transações financeiras, comunicações radiofônicas.

No dia 13 de março de 1989, uma tempestade magnética devida a um fluxo de partículas solares eletricamente carregadas havia provocado pane na rede Hydro-Quebec, privando 6 milhões de canadenses de eletricidade durante 9 horas.

Quando o campo magnético terrestre é fortemente perturbado, produz correntes na superfície da Terra, explica Philippe Escoubet, responsável pela missão europeia Cluster destinada a estudar os efeitos dos ventos solares sobre nosso planeta.

ah/jca/sd

AFP
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ONU lançará satélite para estudar fezes como combustível

A ONU (Organização das Nações Unidas) está finalizando o projeto de enviar seu primeiro satélite ao espaço para estudar se fezes podem ser utilizadas para produção de células de combustível. O satélite, chamado Unescosat, custou cerca de U$ 5 milhões (aproximadamente R$ 8,6 milhões) e será destinado a estudos e pesquisas científicas com contribuição internacional, conta o Fast Company.

O Unescosat irá ao espaço com diversas cargas diferentes, mas uma delas é realmente especial, com a bactéria Shewanella MR-1, que será utilizada para descobrir se as fezes dos astronautas podem ser transformadas em hidrogênio. Segundo explica o site Dvice, a quantidade de hidrogênio que as espaçonaves podem levar é um importante fator limitante para a duração das missões espaciais.

Donald Platt, diretor do Programa de Ciências Espaciais e Sistemas Espaciais do Instituto de Tecnologia da Flórida, explica que as bactérias são capazes de transformar as fezes em hidrogênio, e o estudo pretende avaliar como elas irão se comportar em um ambiente de microgravidade.

Outra carga transportada pelo satélite terá bactérias que servirão de base para o estudo da possibilidade destes microorganismos viverem nas calotas de gelo de Marte, e ajudar nas pesquisas sobre evidências de formas de vida extintas.

O Unescosat deve ser lançado no primeiro semestre de 2011 e tem previsão de ficar em órbita por pelo menos 5 anos.

Geek
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quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Cientistas obtêm átomos de antimatéria pela primeira vez

Físicos conseguiram pela primeira vez obter átomos de antimatéria, em uma conquista que poderá levar a uma maior compreensão sobre a origem do Universo.

A organização de pesquisa nuclear europeia (Cern) conseguiu capturar 38 átomos de anti-hidrogênio em um campo magnético por um sexto de segundo - tempo suficiente para começar a estudar as suas estruturas.

Átomos de anti-hidrogênio já haviam sido produzidos anteriormente, em 2002, mas eles eram destruídos instantaneamente quando entravam em contato com matéria normal.

A equipe responsável pela pesquisa declarou à revista Nature que a possibilidade de estudar a antimatéria desta maneira permitirá a comprovação de alguns princípios da física antes impossíveis de serem atingidos.

A antimatéria é um "espelho" da matéria normal, da qual é composta a maior parte do Universo. Uma antipartícula tem uma massa idêntica à de sua partícula correspondente, mas com carga elétrica inversa.

Um dos grandes mistérios da física é por que uma parte imensamente maior do Universo é feita de matéria em vez de antimatéria. As leis da física não fazem distinção entre as duas, e quantidades iguais de ambas podem ter sido criadas quando o Universo surgiu.

Captura complicada

A produção de partículas de antimatéria como posítrons - o "espelho" dos elétrons - e antiprótons em laboratório se tornou algo comum, mas reuni-las em átomos de antimatéria sempre foi algo bem mais complicado.

Enquanto a captura de átomos normais pode ser feita com campos elétricos ou magnéticos, fazer o mesmo com átomos de anti-hidrogênio requer um tipo muito específico de campo.

"Átomos são neutros - eles não têm carga líquida - mas eles têm uma pequena propriedade magnética", disse à BBC o professor Jeff Hangst da Universidade de Aarhus (Dinamarca), um dos colaboradores do projeto para captura de anti-hidrogênio.

"Você pode imaginá-los (os átomos) como pequenas agulhas de bússola, que podem ser desviadas usando campos magnéticos. Nós construímos uma ''garrafa magnética'' muito forte em volta onde produzimos o anti-hidrogênio e, se eles não estiverem se movendo muito rapidamente, eles são capturados."

Além de Hangst, também participaram da pesquisa os físicos Rob Thompson e Makoto Fujiwara, da Universidade de Calgary (Canadá).

A equipe comprovou que, dos cerca de 10 milhões de antiprótons e 700 milhões de posítrons, 38 átomos estáveis de anti-hidrogênio foram formados.

O próximo objetivo é obter mais destes átomos, e que durem mais tempo, para que possam ser estudados mais precisamente.

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Astronautas da Estação Espacial divulgam imagem da Itália

Imagem mostra a Itália à noite. Foto: EFE

Imagem mostra a Itália à noite

A Nasa - a agência espacial americana - divulgou nesta quarta-feira uma imagem da Itália registrada do espaço. A fotografia foi feita pelos astronautas da Expedição 25 a bordo da Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês). As informações são da agência EFE.

Segundo a agência, a imagem foi registrada quando a ISS estava a cerca de 354 km da superfície da Terra. A parte escura da imagem é o mar Mediterrâneo.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Japoneses confirmam que sonda trouxe partículas de asteroide

A JAXA - agência espacial japonesa - confirmou nesta sexta-feira que a sonda Hayabusa coletou partículas de asteroide Itokawa.

A agência observou e analisou por meio de microscópio eletrônico as amostras que forma coletadas com uma espátula especial e chegou à conclusão de que cerca de 1,5 mil grãos de poeira são do asteroide Itokawa.

O tamanho de cada grão não chega a 10 mm, e a coleta de cada grão requer habilidades e técnicas especiais. A JAXA está desenvolvendo técnicas e preparando equipamentos para as análises inicias dessas partículas.

Em junho deste ano, a sonda retornou à Terra após uma viagem de sete anos e 5 bilhões de km. Ao entrar na atmosfera, a maior parte do equipamento se desintegrou e apenas uma pequena cápsula, que armazenava a poeira, foi resgatada.

Nasa encontra outra fissura em tanque do Discovery

A Nasa - a agência espacial americana - descobriu uma quarta fissura na cobertura metálica do tanque externo de combustível do Discovery, depois que um vazamento de hidrogênio a obrigou a adiar para o fim de novembro o lançamento do ônibus espacial.

A nova fissura, de 7,5 cm, foi encontrada três dias depois da terceira, de igual tamanho, detectada na sexta-feira. Os técnicos já haviam descoberto outras duas brechas de 23 cm cada uma nos suportes de liga de alumínio instalados sobre a espuma isolante do tanque externo.

Esta parte da espuma isolante já havia sido retirada pelos técnicos após a descoberta de uma fissura de 51 cm durante o esvaziamento do tanque, em 5 de novembro; o lançamento havia sido então suspenso devido a um vazamento de hidrogênio no mecanismo de abastecimento.

AFP
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segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Cientistas preveem capa da invisibilidade 'espaço-temporal'

Mais poderosa que a capa da invisibilidade para esconder um objeto do olhar humano, pesquisadores britânicos acreditam ser possível manipular a luz para ocultar uma ação completa, no tempo e no espaço.

Uma equipe de pesquisadores do Imperial College de Londres já havia demonstrado que os "metamateriais", cuja superfície nanométrica interfere com a luz em comprimentos de onda específicos, são capazes de desviar a luz ao redor do objeto, tornando-o invisível, precisamente invisível em cores específicas do espectro.

Mas os físicos desta mesma universidade britânica têm uma teoria que vai além da ficção: tornar uma ação invisível durante um certo lapso de tempo, fazendo a luz desaparecer em um "vácuo espaço-temporal" por meio dos metamateriais.

Com esta capa "espaço-temporal", um ladrão poderia entrar em uma casa, abrir um cofre e sair, enquanto a câmera de vigilância mostraria o local sem alteração e o cofre fechado.

Na teoria, certas fibras ópticas de silício são capazes de produzir este efeito, jogando com a variação do índice de refração, a velocidade da propagação da luz nas fibras.

"Normalmente, a luz perde velocidade quando penetra em um material, mas é teoricamente possível manipular os raios luminosos de tal forma que parte deles se acelerem, enquanto os demais são retardados", explica o professor Martin McCall no estudo que será publicado na próxima terça-feira, no Journal of Optics.

A parte da luz acelerada chegaria assim antes do ato, enquanto a parte mais lenta chegaria depois da ação.

Ao dividir assim a luz e recompô-la "sem deixar vestígios", a ação ficaria literalmente invisível a qualquer observador, conclui McCall.

"Sobre alguém que caminha por uma calçada, a impressão de um observador distante seria a de que a pessoa desaparece e reaparece mais à frente, criando a ilusão de um teletransporte, como em Star Trek" (Jornada nas Estrela), a famosa série de TV.

No momento, isto é ficção científica, mas na teoria poderá ser feito com fibras ópticas, no âmbito da informática para multiplicar a capacidade de cálculo dos computadores, segundo o doutor Paul Kinsler.

AFP
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Astrônomos suspeitam terem flagrado buraco negro

Nasa acredita ter descoberto mais jovem buraco negro


Uma explosão estrelar vista há mais de 30 anos numa galáxia próxima parece ser na verdade um buraco negro recém-nascido, disseram astrônomos na segunda-feira.

Observações com raios-X sugerem que a supernova chamada SN 1979C é um buraco negro em formação, segundo uma equipe de astrônomos dos EUA e da Europa.

"Se nossa interpretação estiver correta, este é o exemplo mais próximo em que o nascimento de um buraco negro foi observado", disse em nota Daniel Patnaude, do Centro Harvard-Smithsonian de Astrofísica, em Massachusetts, um dos coordenadores do estudo.

O astrônomo amador Gus Johnson, Maryland viu a supernova em 1979, na beira de uma galáxia chamada M100, e os astrônomos a observam desde então. A luz e os raios-X desse colapso levaram 50 milhões de anos para viajar até a Terra à velocidade da luz - ou seja, a cerca de 10 trilhões de km por ano.

O Observatório de Raios-X Chandra, da Nasa, o XMM-Newton, da Agência Espacial Europeia, e o observatório Rosat, da Alemanha, viram a supernova emitir uma fonte constante de raios-X brilhantes.

A análise dos raios-X sustenta a ideia de que o objeto é um buraco negro, e que esteja sendo alimentado por material oriundo de uma supernova inicial, ou talvez de uma estrela-gêmea, segundo os astrônomos.

Os cientistas acreditam que os buracos negros podem se formar de várias formas - neste caso, por uma estrela com cerca de 20 vezes a massa do Sol se tornando uma supernova e então entrando em colapso e se tornando um objeto tão denso que é capaz de sugar tudo o que o cerca - até a luz, daí o nome - para o seu núcleo.

Reuters
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Cientistas buscam provar existência de novas dimensões em 2011

Cientistas que operam a "máquina do Big Bang" dizem que suas experiências estão transcorrendo além das expectativas, e que preveem obter no ano que vem provas da existência de outras dimensões além daquelas às quais estamos acostumados.

Analisando os resultados de quase oito meses de experiências no Grande Colisor de Hádrons (LHC, na sigla em inglês), que é a maior máquina do mundo, os cientistas da Organização Europeia para a Pesquisa Nuclear (Cern) disseram também que poderão determinar até o final de 2011 se a misteriosa partícula chamada bóson de Higgs realmente existe ou não. Essa partícula nunca foi localizada, mas acredita-se que ela forneça a "cola" que dá massa à matéria.

Guido Tonelli, porta-voz de uma das equipes ligadas ao LHC, disse que a investigação sobre as dimensões adicionais - além da altura, largura, comprimento e tempo - se tornará mais fácil conforme aumentar a energia resultante das colisões de prótons dentro do túnel circular de 27 km sob a fronteira franco-suíça.

Outros físicos do Cern dizem que o êxito até agora sugere que alguns grandes enigmas do universo podem ser ao menos parcialmente resolvidos antes do que se previa.

"Um ano atrás, seria impossível para nós adivinhar que a máquina e as experiências resultariam em tanta coisa tão rapidamente", disse Fabiola Gionotti, porta-voz de outra equipe, em relatório divulgado no site do instituto. "Estamos produzindo novos resultados o tempo todo."

O LHC, cuja construção custou 10 bilhões de dólares, envolve cientistas e centros de pesquisas de 34 países, e entrou em operação plena em 31 de março. Dentro do túnel, prótons são submetidos a colisões a velocidades próximas à da luz, com crescente energia, simulando assim o Big Bang, explosão primordial que deu origem ao universo 13,7 bilhões de anos atrás.

No começo deste mês, os cientistas começaram a usar íons de chumbo nas colisões, criando temperaturas 1 milhão de vezes superiores à do núcleo solar.

As colisões de íons, criando um amálgama apelidado de plasma de quark-gluon, oferecem aos pesquisadores uma outra maneira de observarem o que aconteceu no primeiro nanossegundo após o Big Bang, e a primeira matéria gerada após aquela violenta explosão.

Em 6 de dezembro, o LHC será fechado para manutenção e para evitar que, no auge do inverno, a máquina "sugue" a energia a ser distribuída pelas redes elétricas da França e Suíça.

A máquina será religada em fevereiro, e funcionará novamente a plena potência, com prótons, até o final do ano, quando voltará a parar até 2013, enquanto os engenheiros preparam o LHC para funcionar com o dobro de energia a partir do final da década.

Reuters
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Cúpula da OSCE obriga retorno antecipado à Terra de cosmonautas da ISS

A nave Soyuz TMA-19, com três astronautas a bordo, fará seu retorno à Terra em 26 de novembro, quatro dias antes do previsto, devido a realização da cúpula da OSCE no início de dezembro no Cazaquistão, anunciou nesta segunda-feira um porta-voz da Roscosmos - a agência espacial russa.

"O dia 27 de novembro é considerado como data de reserva", afirmou, acrescentando que a Soyuz aterrissará nas estepes do Cazaquistão, a cerca de 70 quilômetros ao norte da cidade de Arkalik. "(O retorno) deverá acontecer antes de 28 de novembro, quando o espaço aéreo cazaque ficará fechado por ocasião da realização da cúpula da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa", explicou o porta-voz, citado pela agência Interfax.

Segundo ele, a aterrissagem da nave, na qual estão o russo Fiodor Yurchikhin e os americanos Shannon Walker e Douglas Wheelock, procedentes da Estação Espacial Internacional (ISS, nasigla em inglês), acontecerá, mais provavelmente, por volta das 6h da madrugada (horário de Moscou; 1h de Brasília) do dia 26.

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sábado, 13 de novembro de 2010

Hawking: "não é preciso um Deus para criar o Universo"

Em seu mais recente livro, The Grand Design (O Grande Projeto, em tradução livre), o cientista britânico Stephen Hawking, afirma que "não é preciso um Deus para criar o Universo", pois o Big Bang seria "uma consequência" de leis da Física.

"O fato de que nosso Universo pareça milagrosamente ajustado em suas leis físicas, para que possa haver vida, não seria uma demonstração conclusiva de que foi criado por Deus com a intenção de que a vida exista, mas um resultado do acaso", explicou um dos tradutores da obra, o professor de Física da Matéria Condensada David Jou, da Universidade Autônoma de Barcelona.

Há 22 anos, em seu livro Uma Nova História do Tempo, Hawking via na racionalidade das leis cósmicas uma "mente de Deus". O cientista inglês acredita agora que as próprias leis físicas produzem universos sem necessidade de que um Deus exterior a elas "ateie fogo" às equações e faça com que suas soluções matemáticas adquiram existência material.

Assim, aquela "mente que regia nosso mundo" se perde na distância dessa multiplicidade cósmica, segundo o tradutor.

Hawking admite a existência das equações como fundamento da realidade, mas despreza a ideia de que as equações poderiam ser obras de um Deus que as superasse e que transcendesse todos os universos.

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A 10 trilhões de °C, LHC pode ter criado novo estado da matéria

Imagem gerada em computador reproduz a colisão de átomos de chumbo. Foto: Cern/Divulgação

Imagem gerada em computador reproduz a colisão de átomos de chumbo

No último dia 7, o Grande Colisor de Hádrons (LHC, na sigla em inglês), maior acelerador de partículas do mundo, começou a colidir átomos pesados (de chumbo), em vez da usual colisão entre prótons, o que causou a produção de "mini big bangs". Por causa desses fenômenos, o colisor está alcançando a temperatura de 10 trilhões de °C, marca recorde em um experimento científico. "A importância deste novo fato é que espera-se com essa temperatura a criação de um novo estado da matéria, o chamado plasma de quarks e glúons", diz o brasileiro Gilvan Augusto Alves, doutor em física e colaborador do projeto do LHC.

Essa comprovação, afirma Alves, é importante para verificar se a teoria das interações fortes - a cromodinâmica quântica - descreve de forma adequada as interações que mantém as partículas unidas no núcleo do átomo.

O que é a teoria da cromodinâmica quântica?
Desde que se observou que os prótons e nêutrons são compostos de quarks, ficou claro que a mesma força que mantém o núcleo atômico unido, chamada de força nuclear forte, também é responsável por manter os quarks unidos no interior de prótons e nêutrons. "A teoria da cromodinâmica quântica explica como acontecem as interações entre quarks, e consequentemente, toda a matéria nuclear."

Na opinião de Gilvan Alves, essa teoria é importante não só pelo fato de descrever as forças que formam prótons, nêutrons e toda a matéria nuclear, mas também por explicar como se produzem todos os outros tipos de quarks, como o quark top, e até mesmo como deve ser a produção do Bóson de Higgs, um dos principais objetivos dos experimentos do LHC.

Conclusões só depois de 2012
Essa foi a primeira vez que esse tipo de colisão de núcleos foi feita no LHC, e o processo deve durar até 6 de dezembro. Alves explica que a comunidade científica não espera um resultado conclusivo agora, pois o projeto possui outros objetivos mais imediatos. "Acontece que a prioridade do LHC é descobrir o bóson de Higgs e outros fenômenos que não estejam previstos pela teoria (da cromodinâmica quântica), então as colisões de núcleos pesados tem que esperar, pois até 2012 o LHC vai operar com prótons, que é o modo de operação onde se tem mais chance de produzir esses novos fenômenos", diz o pesquisador.

"Na verdade essa confirmação leva um certo tempo, pois são necessárias várias colisões com as mesmas características para que se tenha certeza que o estado foi produzido, e nem todas as colisões produzem o plasma de quarks e glúons. Além disso, espera-se que todos os experimentos (os detectores Alice, CMS e Atlas, que fazem os registros das colisões) confirmem esse estado e isso também não é imediato", falou.

Ele define esta fase como uma espécie de teste, que verificou se o acelerador funciona bem com a colisão de núcleos. "São necessários vários meses de colisões para que se tenham dados suficientes para uma resposta conclusiva, e isso só deve acontecer depois de 2012", revelou.

O acelerador de partículas vai continuar colidindo núcleos de chumbo para estudar em detalhes esse tipo de fenômeno até o dia 6 de dezembro. Depois disso, haverá uma pausa para manutenção e, em fevereiro de 2011, retomará as colisões de prótons a 7 teraelétron-volts (TeV) - energia 3,5 vezes superior a qualquer outro acelerador de partículas, mas bem abaixo dos 14 TeV que os pesquisadores pretendem atingir em 2013 -, que devem continuar até o final de 2011.

Como o LHC não derrete?
Mesmo atingindo tal temperatura, o equipamento não derrete devido à colisão dos núcleos de chumbo ocorrer no vácuo do acelerador. Quando as partículas resultantes da colisão atingem os detectores, que estão fora do vácuo, a temperatura já é baixa o suficiente para não causar problemas ao equipamento, embora ainda cause algum tipo de dano pela radiação intensa, o que segundo Gilvan Alves, "é aceitável".

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Avião de papel tira fotos da Terra vista do espaço

Batizado de Vulture 1 (Urubu 1), o planador foi colado a um balão de gás hélio, que explodiu a mais de 27 mil metros da superfície e deixou cair o .... Foto: BBC Brasil

Batizado de Vulture 1 ("Urubu 1"), o planador foi colado a um balão de gás hélio, que explodiu a mais de 27 mil metros da superfície e deixou cair o protótipo de aeronave

Uma equipe de amadores britânicos lançou ao espaço um avião feito de palha e coberto com papel que tirou fotografias da Terra. Steve Daniels e John Oates, entusiastas e editores do site de Ciência e Tecnologia The Register, embarcaram na iniciativa porque "estavam procurando algo divertido para fazer" e se disseram impressionados com a facilidade de realizar o projeto.

Batizado de Vulture 1 ("Urubu 1"), o planador foi colado a um balão de gás hélio, que explodiu a mais de 27 mil metros da superfície e deixou cair o protótipo de aeronave.

Na descida, que durou cerca de 90 minutos, câmeras de clique foto e de clique vídeo inseridas dentro do aparelho registraram imagens como a da curvatura da Terra. "Estávamos procurando algo divertido para fazer e os leitores do site tiveram essa ideia de criar um avião de papel", disse John Oates, 39. "Achávamos que a corrida espacial britânica precisava de uma revigorada", brincou.

O chamado projeto Paris (sigla em inglês para "Avião de Papel Liberado no Espaço") custou cerca de 8 mil libras (R$ 21 mil) e demorou um ano para ser aprimorado.

Para localizar o aparelho após o lançamento, os pesquisadores contaram com equipamentos de rastreamentos produzidos com ajuda da companhia de tecnologia em defesa Qinetiq. Para manter as câmeras de foto e vídeo funcionando, os pesquisadores equiparam o avião com bolsas de água quente. No "cockpit", os criadores colocaram um boneco de playmobil que apelidaram carinhosamente de "playmonauta".

O planador de pouco mais de um metro de diâmetro foi lançado a cerca de 150 km de Madri, na Espanha, e pousou a pouco mais de 30 km de distância do ponto de onde saiu.

John Oates disse que temia que o avião se desviasse centenas de quilômetros e que a saga para encontrá-lo demorasse dias. Mas isso não ocorreu. "Ele caiu em uma parte relativamente remota da Espanha, e por pouco não atingimos um reservatório de água e uma área de leões dentro de um parque de safáris. Então, tivemos sorte".

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Jornal é criticado por estudo sobre previsão do futuro

Um dos mais renomados jornais especializados em psicologia recebeu críticas após aceitar publicar um estudo que afirma ter evidências da capacidade de ver eventos que ainda não aconteceram. As informações são do site da revista New Scientist.

Psicólogos que tiveram acesso a uma versão do Journal of Personality and Social Psychology antes da publicação oficial dizem não ter visto nenhuma grande mudança de visão proporcionada pelo estudo. "Minha visão pessoal é que isso (a previsão do futuro) é ridículo e não pode ser verdade", diz o pesquisador Joachim Krueger, da Universidade Brown, nos Estados Unidos.

O estudo
Segundo o site, o psicólogo Daryl Bem, da Universidade de Cornell, também nos Estados Unidos, levou oito anos para concluir a pesquisa. O artigo descreve uma série de experimentos que envolveram mais de mil estudantes voluntários.

Em um deles, foi mostrada aos estudantes uma lista de palavras e depois foi pedido para que eles as recordassem. Em um segundo momento, foi pedido para que eles escrevessem palavras que eram selecionadas aleatoriamente da mesma lista. Estranhamente, as que foram mais lembradas eram também as últimas a serem digitadas.

Em outro experimento, os participantes foram avisados de que uma foto erótica seria exibida em uma tela e eles deveriam prever qual era a posição em que a foto apareceria. Segundo o estudo, os participantes acertaram em 53,1% das tentativas.

Defensores da pesquisa, como a psicóloga Melissa Burkley, da Universidade do Estado de Oklahoma, dizem que o pequeno índice de acertos deve ser levado em conta, já que outros estudos mais aceitos, como o que diz que moderadas doses de aspirina previnem ataques do coração, são baseados também em índices de acerto pouco acima dos 50 pontos percentuais.

O professor Charles Judd, da Universidade do Colorado, responsável pela seção onde será publicado o artigo, defende o estudo e diz que ele passou por uma série de revisões de alguns dos principais pesquisadores do jornal, e todos recomendaram a publicação - com alterações no texto.

Caminhadas destacam macieira de Newton e outras árvores milenares

O National Trust, entidade britânica que trabalha pela conservação da natureza e de construções históricas no país, está organizando uma série de caminhadas por vários lugares da Grã-Bretanha para mostrar as árvores mais antigas do país.

Entre as dez localidades previstas, está a que abriga a macieira que inspirou Isaac Newton - em 1665, ao observar, sentado ao lado da árvore, a queda de uma maçã - a formular a noção de gravidade.

De acordo com o National Trust, as idades de exemplares antigos variam muito de espécie para espécie. Por isso, um velho carvalho de 600 anos ou uma faia de 300 anos se qualificaram para o projeto. O National Trust também cita exemplos como o teixo, que pode chegar a milhares de anos de idade, ou o carvalho e a castanheira, que chegam a ultrapassar os mil anos de idade.

"Ficar perto de uma árvore antiga, que viveu séculos de história, pode ser uma experiência de humildade. Queremos promover estas árvores especiais e divulgar o perfil (das árvores) dentro das paisagens onde elas podem ser encontradas", disse Brian Muelaner, conselheiro para o setor de árvores antigas da entidade.

Sem proteção
A pesquisa do National Trust sobre as árvores mais antigas da Grã-Bretanha vai continuar até 2012. A entidade visa analisar mais de 25 mil hectares de bosques e 200 mil hectares de terras cultivadas para incluir mais de 40 mil árvores antigas.

Apesar da importância, as árvores antigas da Grã-Bretanha não recebem nenhum status de patrimônio protegido. Geralmente não há placas de indicação próximas a estas árvores ou listas oficiais. Se estas árvores estiverem fora das propriedades da entidade, pouco pode ser feito para sua proteção, que pode ser ameaçada por atividade agrícola intensiva, pesticidas ou fertilizantes.

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quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Nasa acha defeito em lacre após adiar lançamento do Discovery

m vazamento potencialmente perigoso de hidrogênio que obrigou a Nasa a cancelar na semana passada o lançamento do ônibus espacial Discovery pode ter sido causado por um lacre mal instalado, disse um porta-voz da agência espacial na quinta-feira.

"Eles estão analisando o lacre de voo, que não estava adequadamente alinhado", disse Allard Beutel em e-mail à Reuters.

A Nasa pretendia ter lançado o ônibus Discovery em 5 de novembro, para levar um módulo de armazenamento, peças de reposição e um robô à Estação Espacial Internacional. Mas um vazamento de hidrogênio gasoso num duto de ventilação foi detectado quando a nave estava sendo abastecida para decolar.

Depois disso, a Nasa descobriu uma grande rachadura na espuma de isolamento do tanque de combustível do ônibus espacial, o que provavelmente teria levado ao cancelamento do voo se o vazamento não tivesse sido notado.

A rachadura, inicialmente estimada em 18 centímetros, na verdade tinha cerca de meio metro. Os técnicos removeram a parte danificada e descobriram uma rachadura em uma estrutura subjacente.

A Nasa espera concluir os reparos até 30 de novembro, quando terá uma nova oportunidade de fazer o lançamento.

"Como vocês podem esperar, (a administração do programa) está permitindo que o trabalho dite o cronograma, e não o contrário", disse Kyle Herring, outro porta-voz da Nasa.

A agência avalia com cuidado a situação da espuma de isolamento térmico do tanque porque esse material provocou o acidente de 2003 com a nave Columbia, que matou sete astronautas.

Naquela ocasião, um pedaço da espuma se descolou na hora da decolagem, atingindo a asa esquerda da nave e provocando uma explosão no regresso à atmosfera, 16 dias depois.

O acidente levou à decisão de aposentar os ônibus espaciais, que farão ainda mais dois ou três voos até a Estação Espacial. Depois disso, a Nasa pretende desenvolver naves que viajem mais longe ¿ eventualmente até Marte.

Os voos até a Estação Espacial devem ser terceirizados para empresas privadas. Enquanto isso não acontece, os EUA pagarão à Rússia para levar astronautas até a Estação, ao preço de 51 milhões de dólares por passageiro.

Reuters
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Nasa testa pela 1ª vez motor de novo veículo espacial

Foi o primeiro de três testes que a Nasa realizará com a peça do ônibus espacial Taurus II. Foto: Nasa/Divulgação

Foi o primeiro de três testes que a Nasa realizará com a peça do ônibus espacial Taurus II

O Centro Espacial John C. Stennis, da Nasa - a agência espacial americana - conduziu um teste, considerado de sucesso, com um novo motor, AJ 26, que funcionará na primeira fase do lançamento do veículo espacial Taurus II. O teste ajuda diretamente os parceiros da Nasa a investirem no lançamento do veículo para a Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês).

O teste inicial, o primeiro de três, durou 10 segundos e serviu para verificar o início do funcionamento do AJ 26 e sua sequência até o encerramento de suas atividades.

O teste foi conduzido por uma equipe de engenheiros das corporações Orbital, Aerojet e Stennis. Junto à engenheiros da Nasa, eles irão conduzir um revisão de dados de todos os subsistemas para preparar outro teste, que durará 50 segundos, marcado para daqui algumas semanas. O terceiro teste está planejado para verificar as válvulas de controle do motor.

Vida na Terra pode ter surgido de vírus ET "zumbi"

A vida na Terra pode ter surgido a partir do espaço. Mais especificamente de um vírus que, mesmo morto, possuía condições para conseguir o surgimento de um novo tipo de vida. As informações são do site Wired.

Cientistas especulam que a vida na terra surgiu do espaço - pensamento chamado de panspermia - desde o século XIX, quando Lord Kelvin sugeriu que micróbios poderiam ter vindo à Terra em um cometa ou meteoro. Outros já sugeriram que os organismos poderiam ter atravessado a galáxia em grãos de poeira, que viajariam entre sistemas planetários por meio da radiação das estrelas. Mas muitos astrobiólogos dizem que os micróbios morreriam nessa "viagem", o que anularia o pensamento.

Mas cientistas do Instituto de Astrofísica Herzberg, no Canadá, dizem que, na verdade, isso não anula. Mesmo mortos, as informações que carregavam poderiam permitir o surgimento da vida, por meio dos restos carbonizados, ideia chamada por necropanspermia.

Os pensamentos criaram discussão entre cientistas, com defesa para ambos os lados - uma parte defende a ideia da morte anulando as possibilidades de surgimento da vida, uma parte defendendo que é, sim, possível. Vírus e bactérias carregam um número gigante de informações em seu DNA. Essas informações, mesmo com a morte do vírus, poderiam dar sequencia à vida.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Observatório ESO capta imagem de galáxia formada por colisão

A galáxia Átomos da Paz foi formada por uma colisão entre outras duas galáxias. Foto: ESO/Divulgação

A galáxia Átomos da Paz foi formada por uma colisão entre outras duas galáxias

Astrônomos do Observatório Europeu do Sul (ESO, na sigla em inglês) captaram imagem da galáxia Átomos pela Paz (NGC 7252). Essa galáxia foi formada pela colisão de outras duas, e é famosa por fornecer oportunidade de estudo dos efeitos da fusão de galáxias na evolução do Universo.

A imagem retrata uma colisão, tendo ao fundo um campo de galáxias distante. São vistas, também, caudas produzidas por correntes formadas por estrelas, gás e poeira. Além delas, a imagem mostra conchas que se formam quando gases e estrelas são arrancados das galáxias em colisão e se juntam em torno do núcleo da nova galáxia formada.

Para os astrônomos, a galáxia Átomos da Paz pode ser uma previsão do que ocorrerá com a Via Láctea. É previsto que, daqui a três ou quatro milhões de anos, a Via Láctea e a galáxia de Andrômeda colidam. Porém, a distância entre as estrelas no interior de uma galáxia é tão grande que é improvável que o Sol colida com outra estrela.

A galáxia Átomos da Paz se localiza a cerca de 220 milhões de anos-luz da Terra, e tem esse nome por causa de um discurso do ex-presidente americano Dwight D. Eisenhower, que disse que visava promover a energia nuclear para fins pacíficos. O discurso foi apelidado de Átomos pela Paz, e como obteve fama na comunidade científica, a galáxia NGC 7252 recebeu esse nome.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Astrônomos acham sistema planetário ao redor de estrela binária

Astrônomos dizem que as cores que os planetas e as estrelas devem ter e seus tamanhos lembram um jogo de sinuca. Foto: Universidade de Sheffield/ Universidade de Warwick /Divulgação

Astrônomos dizem que as prováveis cores e tamanhos dos planetas e estrelas lembram um jogo de sinuca

Astrônomos das universidades de Warwick e de Sheffield, ambas no Reino Unido, afirmam ter descoberto um raro sistema planetário em uma estrela binária.

A estrela binária NN Serpentis é formada por uma estrela anã vermelha e uma anã branca que orbitam uma a outra e estão muito próximas, o que diminui o tempo de órbita - se elas estivessem no lugar do nosso Sol, veríamos a anã vermelha, que é maior, eclipsar a branca a cada três horas e sete minutos.

Já se acreditava que pelo menos um planeta orbitava NN Serpentis. Contudo, um estudo desses constantes eclipses registrou um padrão de pequenas, mas significantes irregularidades na órbita das estrelas e indicou a presença de dois planetas gigantes gasosos. Um deles com seis vezes a massa de Júpiter e com uma órbita de 15,5 anos ao redor da estrela binária. O outro, acreditam os astrônomos, tem 1,6 vezes a massa do nosso maior planeta e leva 7,75 anos para terminar sua órbita.

Segundo os astrônomos, a descoberta de planetas já se tornou mais comum - são conhecidos pelos menos 490 fora do Sistema Solar. Contudo, poucos sistemas planetários são conhecidos em estrelas binárias.

"Se estes planetas nasceram com suas estrelas, eles devem ter sobrevivido a um evento dramático há milhões de anos: quando a estrela primária original inchou e se transformou em uma vermelha gigante, fazendo a estrela secundária "mergulhar" nesta estreita órbita atual, e assim lançando a maior parte da massa da primária", diz Vikram Dhillon, da Universidade de Sheffield. Outra possibilidade é que os planetas tenham se formado da massa ejetada pela estrela.

"Mais da metade das estrelas são binárias, mas nós temos muito a aprender sobre os efeitos de planetas ao redor delas. Uma vez que estes planetas podem ser muito jovens, eles ainda pode ser muito brilhantes, o que significa que nós poderíamos olhar diretamente para a luz deles (observar diretamente os planetas). É uma possibilidade muito empolgante", diz Stuart Littlefair, também de Sheffield.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Nasa divulga nova imagem da "estrela da morte"

Lua Mimas lembra a Estrela da Morte da trilogia  Star Wars. Foto: Divulgação

Lua Mimas lembra a Estrela da Morte da trilogia Star Wars

A Nasa - a agência espacial americana - divulgou nesta segunda-feira uma nova imagem da "estrela da morte", como é conhecida a lua Mimas, de Saturno, por causa da sua semelhança com a estação espacial esférica chefiada pelo vilão Darth Vader na saga Star Wars.

O que mais chama a atenção na lua é a gigantesca cratera Herschel, com 130 km de largura. A cratera é um dos objetos mais estudados pela missão Cassini.

A imagem foi registrada em luz visível no dia 16 de outubro e divulgada nesta segunda-feira. A sonda estava a 103 mil km de distância quando fez a fotografia.

A missão é uma cooperação entre a Nasa e as agências espaciais europeia (ESA, na sigla em inglês) e italiana, sendo administrada pelo Laboratório de Propulsão a Jato, no Instituto de Tecnologia de Pasadena, nos Estados Unidos.

LHC cria "mini big bangs" e chega a 10 trilhões de °C

Imagem gerada por computador reproduz como foram colisões. Foto: ALICE/CERN/Divulgação

Imagem gerada por computador reproduz como foram colisões

O Grande Colisor de Hádrons (LHC, na sigla em inglês), maior acelerador de partículas do mundo, vê as maiores temperaturas já produzidas por um experimento científico, graças a uma agitação que lembra "mini big bangs". Por causa desses fenômenos, o colisor está alcançando a temperatura de 10 trilhões de °C. As informações são do site da revista New Scientist.

No dia 7 de novembro, o LHC começou a colidir átomos pesados (de chumbo), em vez da usual colisão entre prótons, o que causou a produção dos "mini big bangs". Nesta temperatura, o núcleo dos átomos derrete em uma mistura de quarks e glúons, conhecida por plasma de quark e glúon.

A formação desse plasma é fundamental para o sucesso da teoria da cromodinâmica quântica (QCD, na sigla em inglês), que explica que, enquanto pesquisamos o passado cada vez mais antigo da história do universo, a força das interações cai para quase zero.

em outras palavras, o plasma resultante permitirá aos cientistas estudarem o universo da forma em que era aproximadamente um milionésimo de segundo após o big bang.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Vazamento de combustível do Discovery adia decolagem

Vazamento de hidrogênio no tanque externo de combustível do ônibus Discovery causou novo adiamento. Foto: AFP

Vazamento de hidrogênio no tanque externo de combustível do ônibus Discovery causou novo adiamento

Um vazamento de hidrogênio no tanque externo de combustível do ônibus Discovery descoberto nesta sexta-feira levou a um novo adiamento de seu lançamento, informou um porta-voz da Nasa - a agência espacial americana.

Na véspera, a Nasa já havia adiado por 24 horas o lançamento do ônibus espacial em consequência das más condições meteorológicas. O lançamento desta sexta estava a princípio programado para as 15h04 (17h04 de Brasília). De acordo com as previsões meteorológicas há 70% de probabilidades de condições favoráveis para o horário.

É o quarto adiamento do lançamento do Discovery, com seis astronautas a bordo e que deve acoplar-se à Estação Espacial Internacional (ISS). As três primeiras foram provocadas por problemas técnicos.

AFP
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Nasa dá sinal verde para partida da Discovery nesta sexta

A nave Discovery será lançada às 17h04 desta sexta-feira (horário de Brasília). Foto: AFP

A nave Discovery será lançada às 17h04 desta sexta-feira (horário de Brasília)

A Nasa (agência espacial americana) deu nesta sexta-feira o sinal verde para o lançamento da nave Discovery às 17h04 (horário de Brasília), após confirmar que as condições meteorológicas têm 70% de possibilidades de serem favoráveis.

Em reunião nesta madrugada, os diretores da missão deram a ordem de encher o tanque externo de combustível da nave, para que tudo esteja preparado para que inicie o que será seu último voo rumo à Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês).

Inicialmente, a saída estava prevista para o dia 1º de novembro, mas sofreu quatro adiamentos por causa de um escapamento de hélio e nitrogênio na área de pressurização do sistema de manobra orbital e erros elétricos em um dos motores, assim como pelo mau tempo.

A missão, comandada pelo coronel Steve Lindsey e pilotada pelo coronel Eric Boe, será a última da nave após 39 viagens ao espaço e 26 anos a serviço da Nasa.

EFE
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