sexta-feira, 30 de abril de 2010

Descobertos buracos negros que "sobreviveram" a irmão maior

Chandra registrou os dois buracos negros, que são vistos nos dois  pontos mais brilhantes, no centro da imagem em destaque Foto:  Nasa/Divulgação

Chandra registrou os dois buracos negros, que são vistos nos dois pontos mais brilhantes, no centro do quadro em destaque

Imagens dos telescópios Chandra, da Nasa, e XMM-Newton, da Agência Espacial Europeia (ESA), mostram indícios de dois buracos negros de massa intermediária que "sobreviveram" a um buraco negro supermassivo. Segundo os cientistas, estas descobertas podem ajudar a explicar o crescimento dos buracos negros supermassivos que são encontrados nos centros das galáxias, inclusive na Via Láctea.

De acordo com a Nasa, é o primeiro caso em que há boas evidências para mais de um buraco negro de tamanho média em uma única galáxia, no caso, a M82. Um deles, chamado de X42.3+59, tem uma massa estimada entre 12 mil e 43 mil vezes a do Sol e está a uma distância projetada em 290 anos-luz do centro do aglomerado de estrelas.

De acordo com os cientistas, a essa distância, se o buraco negro nasceu ao mesmo tempo que a galáxia e sua massa era de aproximadamente 30 mil vezes a do Sol, ele deveria ter sido atraído para o centro da galáxia, mas "escapou". O outro buraco negro, o X41.4+60, está a 600 anos-luz do centro da M82 e teria entre 200 e 800 vezes a massa do Sol.

Segundo a Nasa, o resultado é interessante porque pode ajudar a esclarecer como se formam os buracos negros supermassivos que são encontrados nos centros das galáxias. A M82 está a cerca de 12 milhões de anos-luz da Terra e é o lugar mais próximo onde as condições são similares àqueles do universo jovem, com uma grande quantidade de formação de estrelas.

James Cameron ajuda Nasa a criar câmera 3D para Marte

O diretor de Avatar, James Cameron está ajudando a construir uma câmera 3D em alta resolução para a próxima sonda da Nasa que será enviada a Marte, a Curiosity, programada para ser lançada em 2011.

O Laboratório de Propulsão a Jato de Pasadena já havia planejado montar uma câmera 3D para a Curiosity em 2007, mas desistiu porque já havia estourado o orçamento da missão e ela estava atrasada.

Contudo, com a insistência de Cameron durante um encontro em janeiro, a Nasa aprovou a mudança e disse que ela ia ajudar a "conectar" o público à missão. A câmera está sendo produzida pela empresa Malin Space Science Systems, em San Diego, com a participação de Cameron.

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Balão da Nasa se acidenta com equipamentos milionários

Balão espacial da Nasa cai na Austrália

Um balão espacial da Nasa, que levava equipamentos científicos avaliados em vários milhões de dólares, caiu nesta quinta-feira após decolar da base de Alice Springs, no centro da Austrália, sem deixar feridos.

Segundo indicou a rádio ABC, o balão decolou por volta das 8h (horário local, 19h em Brasília). As condições meteorológicas eram favoráveis, mas mesmo assim o aparelho despencou, atingindo um carro que estava estacionado, sem passageiros em seu interior.

Cientistas e curiosos que acompanhavam o lançamento correram assustados após o acidente, mas não houve maiores problemas. O Centro de Lançamento de Balões participa de um projeto com a Nasa, com aparelhos que transportam telescópios que recolhem informações sobre raios X e gama e pesam entre 2 e 3 t, com valor entre US$ 5 milhões e US$ 10 milhões.

O centro, que seguirá realizando outras operações semelhantes em maio, realizou outros lançamentos nas últimas semanas. O último deles foi um balão do tamanho de um estádio de futebol, que viajou até o limite exterior da atmosfera a 50 m por segundo e aterrissou sem problemas no estado de Queensland, nordeste do país.

EFE
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quarta-feira, 28 de abril de 2010

Veículo de carga russo leva suprimentos à estação espacial

Um veículo espacial russo decolou nesta quarta-feira levando suprimentos à Estação Espacial Internacional e a seus tripulantes.

O Progress M-05M entrou em órbita após partir no horário da base de lançamento russa de Baikonur, no Cazaquistão, disse por telefone um representante da missão fora de Moscou.

O veículo transporta 2,6 toneladas de carga, incluindo combustível e equipamento para a estação, comida, água e pacotes de assistência para a tripulação composta por três russos, dois norte-americanos e um astronauta japonesa.

A aeronave está prevista para acoplar no sábado.

Reuters
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Pesquisa: gelo em asteroide pode explicar origem dos oceanos

A descoberta de um asteroide com água congelada em sua superfície em meio de corpos rochosos que orbitam entre Marte e Júpiter poderá permitir conhecer melhor a origem dos oceanos terrestres e o passado do sistema solar, de acordo com estudos divulgados nesta quarta-feira.

"O gelo de água é bem mais frequente nos asteroides do que se pensava e pode até existir em seu interior", concluem Andrew Rivkin (Universidade John Hopkins, Estados Unidos) e Joshua Emery (Universidade do Tennessee) em seu estudo publicado na revista científica Nature.

Trabalhos anteriores levaram a supor que "a água que existe atualmente na Terra seria proveniente de asteroides", mas "até agora nenhum registro desta presença havia sido feita", lembra Humberto Campins (Universidade da Flórida Central, Orlando, Estados Unidos) na mesma revista.

Graças ao telescópio de raios infravermelhos situado no cume do vulcão Mauna Kea, no Havaí, as duas equipes de astrônomos estudaram a luz refletida pelo grande asteroide 24 Themis iluminado pelo Sol, situado a cerca de 480 milhões de km (3,2 vezes a distância da Terra ao Sol).

A um comprimento de onda de cerca 3 microns, as duas equipes descobriram uma característica que mostra a presença de uma fina camada de gelo associada a moléculas orgânicas (com base de carbono). Como o espectro luminoso permaneceu constante durante a rotação, Humberto Campins e seus colegas deduziram que o gelo e os materiais orgânicos estão amplamente espalhados pela superfície do asteróide de 200 km de extensão.

"A grande presença de gelo na superfície do 24 Themis é um tanto inesperada", ressaltam, porque os corpos rochosos do cinturão de asteroides foram considerados próximos demais do Sol para que o gelo permanecesse neles, mesmo a uma temperatura média de entre -70 e -120° C.

Poderia ter evaporado como acontece com o gelo dos cometas. Mas poderia existir sob a superfície um reservatório de água congelada, datando da formação do sistema solar, realimentando regularmente a película congelada externa, frisa Campins.

Para o astrônomo Henry Hsieh (Universidade Queen's, Belfast), a descoberta de gelo testemunha do passado é "o equivalente astronômico" ao surgimento, em 1938, de um coelacanthe vivo, peixe pré-histórico que os paleontólogos acreditavam estar extinto.

Será mais fácil saber se a água dos oceanos terrestres tiveram origem nos asteroides, levando-se em consideração sua composição (proporção de deutério, um isótopo do hidrogênio), indica em um comentário publicado na Nature.

Os cientistas chegaram à conclusão pela constância observada no espectro de luz, apesar da rotação dos asteroides, de que o gelo e o material orgânico estavam espalhados uniformemente por toda a sua superfície.

AFP
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Nasa divulga imagem do aquecimento no Ártico

Imagem divulgada pela Nasa mostra mapeamento térmico na região do  Ártico Foto: Nasa/Divulgação

Imagem divulgada pela Nasa mostra mapeamento térmico na região do Ártico

A Agência Espacial Americana, Nasa, divulgou nesta quarta-feira a imagem de um mapeamento térmico realizado na região do Ártico. Na imagem é possível visualizar o aumento do calor na região entre o ano de 1981 e o ano de 2008, provocando a diminuição gradativa da calota de gelo polar. As informações são da Nasa.

Pesquisas recentes mostram que o Ártico está esquentando três vezes mais rápido que o restante da Terra. Na imagem, as zonas de cor alaranjado intenso mostram os picos de temperatura.

Cientistas relacionam as temperaturas mais altas às emissões de gases-estufa, às quais se atribui o aquecimento global.

Na última terça-feira, exploradores no extremo norte do Canadá relataram ter sido atingidos por uma chuva de três minutos no fim de semana. Para eles, este é um claro sinal de que o Ártico está esquentando rapidamente.

Choveu na base da equipe perto da ilha Ellef Rignes, cerca de 3,9 mil quilômetros ao norte da capital do Canadá, Ottawa. "É definitivamente chocante... o sentimento geral dentro da comunidade polar é de que a chuva no extremo Ártico canadense em abril é um acontecimento estranho", disse.

"Os cientistas nos dirão que podemos esperar cada vez mais vivenciar esse tipo de acontecimento à medida que o clima esquenta", disse Pen Hadow, diretor da equipe de expedição, à agência Reuters.

terça-feira, 27 de abril de 2010

Refletor perdido na Lua há 39 anos testaria teoria de Einstein

Físicos da Universidade da Califórnia, em San Diego, nos Estados Unidos, encontraram um refletor de luz soviético na superfície da Lua que pousou em 17 de novembro de 1970 e estava desaparecido desde 14 de setembro de 1971. Segundo o jornal Simmetry, do Laboratório do Acelerador Nacional de Partículas, na universidade de Stanford, o objeto poderá ajudar a testar a lei geral da relatividade, de Albert Einstein.

Segundo a revista, o objeto simplesmente reflete qualquer luz de volta para sua fonte, não importando de que direção tenha vindo. Outros refletores podem ser encontrados na Lua, três deles foram deixados pelas missões Apollo, da Nasa. Os cientistas costumam mandar pulsos de laser para esses refletores, sabendo que eles serão refletidos de volta. Os físicos podem, assim, medir a distância até o refletor com grande precisão milimétrica.

Segundo o professor Tom Murphy, da Universidade da Califórnia, a equipe de cientistas estuda a teoria de Einstein através da medição do formato lunar com a ajuda dos três refletores da Apollo e outro deixado pelos soviéticos, o Lunokhod 2. "Normalmente usamos os três refletores deixados na lua pelas Apollo 11, 14 e 15 (...) e, ocasionalmente, o refletor da Lunokhod 2, que não funciona bem o suficiente quando iluminado pela luz do sol. Mas nós queríamos achar o Lunokhod 1", diz o cientista.

De acordo com a universidade, três refletores são necessários para descobrir a orientação da lua. Um quarto acrescenta informações sobre a distorção causada pela gravidade da lua, e um quinto aumenta a informação. Os cientistas afirmam que, pela sua posição, o Lunokhod 1 é fundamental para entender o núcleo líquido da Lua e para determinar a posição exato do seu centro e assim mapear a órbita. Os cientistas esperam utilizar esses dados para testar o que diz a teoria de Einstein sobre a órbita.

Desaparecido há 39 anos
Murphy afirma que a equipe ocasionalmente se deparou com o refletor desaparecido nos últimos dois anos. Contudo, no mês passado uma câmera de alta-resolução da Nasa encontrou o local exato do Lunokhod 1. Em 22 de abril, os cientistas enviaram um pulso de laser para o local do telescópio Apache, no Novo México. Murphy e Russet McMillan, que trabalha no observatório do Apache, conseguiram determinar a distância do telescópio até o refletor com precisão de 1 cm.

"Nós rapidamente verificamos que o sinal era real e descobrimos que era surpreendentemente claro, pelo menos cinco vezes mais claro que o outro refletor soviético, no Lunokhod 2", disse Murphy.

Nasa divulga imagem da mancha de óleo no Golfo do México

A imagem, capturada no dia 25 de abril, foi obtida pelo satélite  Aqua Foto: Nasa/Divulgação

A imagem, capturada no dia 25 de abril, foi obtida pelo satélite Aqua

A Agência Espacial Americana, Nasa, divulgou nesta terça-feira uma imagem da mancha de óleo no Golfo do México. O vazamento, correspondente a cerca de mil barris de petróleo por dia, ocorre em decorrência da explosão de uma plataforma de petróleo nos Estados Unidos e pode provocar um desastre ambiental, dizem as autoridades.

A imagem, capturada no dia 25 de abril, foi obtida pelo satélite Aqua. A mancha no mar já chega a 1,5 mil quilômetros quadrados na costa do Estado da Louisiana. A plataforma Deepwater Horizon explodiu e afundou na semana passada, depois de ficar dois dias em chamas. Segundo as autoridades locais, o vazamento de óleo tem potencial para danificar praias, ilhotas e manguezais na costa da região.

A BP vem usando os submarinos, equipados com câmeras, para tentar fechar as válvulas e parar o vazamento a 1,5 km de profundidade. A operação deve durar de 24h a 36h e não há garantias de que ela será bem sucedida. Se a iniciativa falhar, a alternativa seria abrir um poço vizinho ao que está vazando e desviar o fluxo de petróleo, algo que levaria meses.

Onze funcionários da plataforma continuam desaparecidos e acredita-se que eles tenham morrido no acidente. Mais de cem funcionários foram resgatados antes de as buscas terem sido encerradas. Segundo as autoridades locais.

A plataforma realizava perfurações exploratórias 84 km ao sudoeste de Venice, na Louisiana, quando ocorreu a explosão. A empresa também acionou mais de 30 navios e vários aviões para espalhar agentes dispersantes sobre a mancha de óleo, mas os esforços foram suspensos no fim de semana por causa do mau tempo.

Por enquanto, as condições meteorológicas estão mantendo a mancha distante da costa e especialistas esperam que as ondas ajudem a "quebrar" a mancha, permitindo que o óleo endureça e desça para o chão do oceano.

Prioridade
Inicialmente, a guarda costeira acreditava estar lidando apenas com um vazamento residual na superfície, mas depois constatou que havia óleo vazando de canos. No ano passado, a BP foi multada em US$ 87 milhões por não ter melhorado as condições de segurança depois de uma enorme explosão que provocou a morte de 15 pessoas em uma refinaria na cidade do Texas.

O Serviço de Administração Mineral dos Estados Unidos tinha realizado inspeções de rotina na plataforma Deepwater Horizon em fevereiro, março e abril deste ano, sem encontrar nenhuma violação às normas de segurança. A causa da explosão ainda não foi identificada.

Na última quinta-feira, o presidente americano, Barack Obama, disse que seu governo está oferecendo "toda assistência necessária" para o resgate e para os esforços de limpeza na região. Ele descreveu a crise na plataforma operada pela BP como a "prioridade número um" de seu governo.

Japão divulga imagem de satélite chamado de "iate espacial"

O Ikaros foi apelidado de space yacht em função das suas velas de  14 metros de comprimento Foto: AFP

O Ikaros foi apelidado de "space yacht" em função das suas velas de 14 metros de comprimento

A Agência Japonesa de Exploração Aeroespacial (JAXA), divulgou nesta terça-feira, dia 27, uma imagem gráfica de como seu novo satélite, o Ikaros, se apresentará no espaço. O Ikaros terá velas de 14 metros que captarão a energia solar. As informações são da agência AFP.

O Ikaros, que foi apelidado de "space yacht" (iate espacial, em tradução livre) em função das suas velas, será lançado em breve. Segundo a agência japonesa, o foguete que leva o Ikaros está previsto para decolar do centro espacial de Tanegashima, no sul do Japão, dia 18 de maio.

A JAXA surgiu em 2003 com a fusão da NASDA (National Space Development Agency), da NAL (National Aerospace Laboratory of Japan) e do ISAS (Instituto de Ciência Aeronáutica e Espacial). A sede da agência está localizada em Chofu, Tóquio, e a principal base de lançamentos é o Centro Espacial Tanegashima.

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Nasa adia para novembro última missão de sua frota de naves à ISS

A Nasa (agência espacial americana) adiou para novembro a última missão de sua frota de naves para a Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês), confirmaram hoje fontes oficiais.

Depois dessa missão, os ônibus espaciais "Discovery", "Atlantis" e "Endeavour" serão aposentados depois de quase três décadas de operações.

Fontes da Nasa informaram que a honra da última missão corresponderá ao "Endeavour" e não ao "Discovery", como estava previsto.

O "Discovery" realizará sua última missão à ISS em setembro, disseram as fontes.

A partida do "Endeavour" à ISS estava prevista para 29 de julho, com a missão de instalar um espectrômetro magnético no exterior do complexo.

O objetivo do espectrômetro, que pesa cerca de 650 quilogramas, é estudar os raios cósmicos para constatar a existência de antimatéria e de matéria escura.

As fontes acrescentaram que a mudança de planos permitirá melhorar o espectrômetro e substituir um ímã de alta capacidade por outro de funcionamento mais prolongado.

"A última missão das naves será realizada em algum momento de novembro. Não fixamos a data ainda. Há tempo para isso", disse à Agência Efe uma fonte da Nasa.

Segundo as fontes da agência espacial, a decisão de melhorar o espectrômetro foi tomada depois que o presidente Barack Obama anunciou em fevereiro sua intenção de estender a vida útil da ISS até 2020.

"Diante do fato de a missão (da ISS) ter sido estendida, o ímã permanente dá maior capacidade à missão científica" que o atual, afirmou Mike Moses, diretor da divisão de integração da estação na Nasa.

Já o "Atlantis" partirá rumo à ISS no dia 14 de maio, com a missão de instalar um módulo científico russo no complexo.

EFE
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Nasa adia último voo de ônibus espacial para novembro

A última missão dos ônibus espaciais da Nasa será adiada para novembro, a fim de que os cientistas possam adaptar um detector de partículas de US$ 2 bilhões para ter uma maior durabilidade a bordo da Estação Espacial Internacional, disseram funcionários nesta segunda-feira.

Três voos ainda estão previstos com os ônibus, e a agência espacial dos Estados Unidos pretendia aposentá-los até o fim de setembro, com uma última missão do Discovery para reabastecer o complexo orbital.

Mas agora, a agência decidiu que o último voo será do Endeavour, levando consigo o Espectrômetro Magnético Alfa (AMS, na sigla em inglês), um projeto de 16 países supervisionado pelo físico Samuel Ting, do Instituto de Tecnologia de Massachusetts, ganhador do Nobel.

"Ficou claro que (o Endeavour) não poderia voar em julho, conforme estava no manifesto", disse Kyle Herring, porta-voz da Nasa.

O objetivo do AMS é buscar partículas de antimatéria e outras formas exóticas de matéria no espaço. Mas, com a proposta do governo Obama de prorrogar a vida útil da Estação até pelo menos 2020, os cientistas decidiram substituir o ímã criogenicamente resfriado por supercondução, uma peça do espectrômetro que deveria durar três anos, por um imã permanente, que vai durar de 10 a 18 anos.

Segundo Ting, a solução foi concebida a partir do fim de 2009, pois sem ela "teríamos uma peça de museu". Sem os ímãs resfriados com hélio líquido, o AMS perde parte da energia que deveria desviar o trajeto de partículas cósmicas na sua passagem por cinco diferentes tipos de detectores. Mas Ting disse que a adição de detectores mais precisos e os anos adicionais em órbita compensarão isso.

O novo ímã já esteve no espaço em 1998, junto a um protótipo do AMS. Ele agora foi retirado de seu depósito, na Alemanha, e testado, sem apresentar sinais de degradação. Em seguida, foi levado a Genebra, onde o AMS está sendo montado nesta semana, na sede da Organização Europeia de Pesquisa Nuclear.

O adiamento do último voo dos ônibus espaciais traz alívio a cerca de 7 mil funcionários do Centro Espacial Kennedy, ameaçados de perderem seus empregos por causa do fim do programa.

O pedido orçamentário submetido pelo governo ao Congresso prevê US$ 600 milhões para manter o programa funcionando até o fim do ano, se isso for necessário por causa de adiamentos por motivos técnicos ou meteorológicos.

O último lançamento do ônibus Atlantis continua previsto para 14 de maio, para levar à Estação uma baia russa de atracação.

Reuters

"Cavenautas": astronautas podem morar em cavernas de Marte

Na região de Tharsis, em Marte, nuvens de gelo são comuns, diz a  Nasa Foto: Nasa/Divulgação

Na região de Tharsis, em Marte, nuvens de gelo são comuns, diz a Nasa

Assim como nossos ancestrais fizeram seus lares, a Nasa - agência espacial americana - estuda a possibilidade de que os primeiros humanos em Marte vivam em cavernas. A análise da geografia do planeta vizinho ao nosso sugere que cavernas nas regiões de Tharsis e no Elísio podem ser utilizadas com esse propósito. Os cientistas brincam que os primeiros habitantes de marte poderiam se chamar "cavenautas". As informações são da New Scientist.

Segundo a reportagem, o chefe da pesquisa, Kaj Williams, do Centro de Pesquisa Ames, em Mountain View, Califórnia, afirma que essas cavernas podem conter um suprimento de água em forma de gelo. Essas cavernas na verdade seriam formadas pela passagem de lava que se solidificava na superfície.

A existência de água nessas cavernas já foi sugerida anteriormente, mas Williams e seus colegas criaram um modelo em computador para tentar entender como o gelo se formou nesses locais. O modelo tinha 10 m² com uma altura de 8 m e uma pequena abertura para a superfície no topo.

De acordo com as observações, durante o dia em Marte, o ar quente não consegue entrar na caverna, o que impede que o gelo derreta. À noite, o ar gelado do exterior poderia entrar e trazer vapor de água que condensaria nas já congeladas paredes. O modelo indica que o gelo poderia ser estável, resistindo até 100 mil anos.

O gelo poderia servir como uma fonte de água para habitação e também como combustível, além de servir de abrigo contra a radiação solar. Brian Toon, da Universidade do Colorado, que também participou da pesquisa, diz que os futuros moradores de Marte achariam as cavernas excelentes lares e poderiam ser chamados de "cavenautas".

Nasa divulga imagem inédita de aglomerado estelar

A imagem mostra a área central do aglomerado Coronet Foto: AFP

A imagem mostra a área central do aglomerado Coronet

A Agência Espacial Americana, Nasa, divulgou nesta segunda-feira a imagem inédita de um aglomerado estelar na fronteira com as constelações de Sagitário e Corona Australis. Localizado cerca de 420 anos-luz da Terra, o aglomerado chamado de "Cluster Coronet" tem um diâmetro de aproximadamente 10 anos-luz. As informações são da agência AFP.

A imagem, feita pela câmera infravermelho Wise, mostra a área central do aglomerado Coronet. Segundo a Nasa, a luz infravermelha do Wise permite visualizar em verde e vermelho o pó de formação estelar aquecido pelas próprias estrelas recém-nascidas em uma região de formação estelar. Em azul, as estrelas recém-nascidas aninhadas nas proximidades do aglomerado.

A diferença de cor se dá em função de comprimentos de onda diferentes. Azul e turquesa são a leitura da luz infravermelha em comprimentos de onda de 3,4 e 4,6 mícrons, produzido pela luz das estrelas. Verde e vermelho representam a luz aos 12 e 22 mícrons, que é principalmente produzida pela poeira quente.

Observatório registra processo de formação de estrelas

O observatório espacial Planck, lançado ao espaço em 2009, observa  o processo de formação de estrelas em Perseu. A imagem divulgada  combina as três ... Foto: ESA/Divulgação

O observatório espacial Planck, lançado ao espaço em 2009, observa o processo de formação de estrelas em Perseu. A imagem divulgada combina as três frequências que o equipamento é capaz de captar

Imagens captadas pelo observatório Planck, da Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês), podem ajudar a entender a complexa física da poeira e do gás que levam à formação de estrelas na nossa galáxia.

A agência afirma que as estrelas se formam a partir de aglomerados de poeira e gás. Contudo, a capacidade do Planck de utilizar microondas para investigar essas regiões mostra detalhes que o olho humano não consegue ver. Com essa capacidade, o observatório foi direcionado para duas regiões relativamente próximas de formação de estrelas: Órion e Perseu.

A observação da região de Perseu mostra três processos físicos na nuvem de gás e poeira. Nas frequências mais baixas, o observatório capta a emissão causada pela interação em alta velocidade de elétrons e do campo magnético, além de partículas da nuvem de poeira que podem ser detectadas.

Em uma frequência intermediária, o Planck observa o gás quente emitido por estrelas recém-formadas. Nas frequências mais altas, o observatório capta o calor escasso emitido pela nuvem de poeira fria. Esse último estágio pode revelar os núcleos mais frios nas nuvens, os quais estão se aproximando do estágio de colapso, antes de se tornarem estrelas que vão, finalmente, dispersar as nuvens ao redor.

De acordo com a ESA, o delicado balanço entre o colapso da nuvem e a dispersão regula o número de estrelas que uma galáxia pode criar. O trabalho do observatório pode ajudar na compreensão desse processo porque, pela primeira vez, fornece dados sobre a emissão de vários mecanismos importantes de uma só vez.

Deserto no Chile receberá maior telescópio do mundo

Vista do local onde será instalado o telescópio European Extremely  Large Telescope (E-ELT), no deserto do Atacama, no Chile Foto: EFE

Vista do local onde será instalado o telescópio European Extremely Large Telescope (E-ELT), no deserto do Atacama, no Chile

O deserto do Atacama, no Chile, foi escolhido como o local para a instalação de um telescópio europeu de 42 m de diâmetro conhecido como European Extremely Large Telescope (E-ELT) e que será o maior do mundo.

Cinco países - Espanha, Marrocos, África do Sul, Argentina e Chile - competiam para abrigar o telescópio óptico, com custo estimado em 1 bilhão de euros e que deverá ficar pronto em 2018, depois de sete anos de obras.

O anúncio foi feito pelo Observatório Europeu do Sul (ESO) em comunicado divulgado em Garching, no sul da Alemanha. A colina Armazones, onde será colocado o telescópio, tem 3.060 m e fica a 20 km da colina Paranal, onde funciona o antecessor do E-ELT.

O diretor-geral do ESO, Tim de Zeeuw, qualificou o desenvolvimento do telescópio gigante como um marco no avanço do conhecimento astronômico. Os cientistas querem, com o E-ELT, abordar muitos dos problemas astronômicos ainda não resolvidos e têm a esperança de que termine por revolucionar a percepção do universo de maneira similar ao que foi feito pelas observações de Galileu há 400 anos.

Com informações da EFE e da AFP..

Objeto não identificado cai e pega fogo em praia de Israel

Objeto não identificado cai em praia de Israel


Um objeto não identificado, que acredita-se ser um fragmento de um meteorito, caiu em uma praia perto de Tel Aviv, em Israel.

A polícia israelense divulgou essas imagens, gravadas em telefones celulares, que mostram algo em chamas na cidade de Bat Yam.

Testemunhas disseram que o objeto começou a queimar quando atingiu o chão. O objeto foi levado para ser analisado por especialistas.

BBC Brasil
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Homem deveria evitar contato com ETs, diz Stephen Hawking

Os extraterrestres podem existir, mas os homens deveriam evitar qualquer contato com eles porque as consequências poderiam ser devastadoras, advertiu o astrofísico britânico Stephen Hawking em um programa exibido no domingo pelo Discovery Channel.

"Se os extraterrestres nos visitassem, o resultado seria mais importante do que quando Cristóvão Colombo chegou à América, o que não foi positivo para os índios americanos", disse o cientista.

"Extraterrestres evoluídos poderiam talvez ser nômades e querer conquistar e colonizar os planetas que forem conhecendo", disse na nova série No Universo com Stephen Hawking.

Na hipótese da existência de vida extraterrestre, o astrofísico destacou que "o verdadeiro desafio consiste em saber com que se parecem atualmente os ''aliens''".

O homem já fez várias tentativas de contato com civilizações extraterrestres. Em 2008, a Nasa, a agência espacial americana, emitiu no espaço a canção dos Beatles Across the Universe para mandar uma mensagem de paz a eventuais extraterrestres. A mensagem deve chegar à região de Polaris em 2439.

Stephen Hawking, 68 anos, mundialmente conhecido pelos trabalhos sobre o universo e a gravidade, é autor de Uma Breve História do Tempo, um dos maiores êxitos da literatura científica, e de O Universo numa Casca de Noz.

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domingo, 25 de abril de 2010

Humanidade deve evitar contato com alienígenas, alerta físico

O renomado físico britânico Stephen Hawking sugeriu que os seres humanos devem evitar fazer contato com seres extraterrestres.

Em uma série de documentários a ser exibida em maio no Discovery Channel, Hawking diz que é "perfeitamente racional" acreditar que pode existir vida fora da Terra, mas adverte que os alienígenas podem simplesmente roubar os recursos do planeta e ir embora.

"Se os alienígenas nos visitassem, as consequências seriam semelhantes às (que aconteceram) quando (Cristóvão) Colombo desembarcou na América, algo que não acabou bem para os nativos", afirma.

"Nós só temos que olhar para nós mesmos para ver como vida inteligente pode evoluir para alguma coisa que não gostaríamos de encontrar."

No passado, foram enviadas sondas para o espaço levando artefatos com diagramas e desenhos mostrando a localização da Terra.

Hawking diz que a probabilidade matemática é de que existam seres vivos em outros lugares do universo mas "o verdadeiro desafio é imaginar como poderia ser a aparência dos alienígenas".

O programa especula sobre várias espécies de extraterrestres, inclusive herbívoros de duas patas e predadores semelhantes a lagartos.

Hawking admite, contudo, que a maior parte dos seres em outras partes do universo provavelmente não passará de micróbios.

Em uma série exibida recentemente na TV da BBC - Wonders of the Solar System (Maravilhas do Sistema Solar) - o físico britânico da Universidade de Manchester, Brian Cox, também sugeriu que pode haver vida em outra parte do nosso sistema solar.

Segundo Cox, pode haver organismos sob a camada de gelo que envolve Europa, uma das luas de Júpiter.

Ele afirmou que aumentam os indícios de que pode haver vida em Marte. "Nós só saberemos com certeza quando a próxima geração de naves espaciais, adaptadas para procurar vida, for lançada para as luas de Júpiter e as planícies áridas de Marte nas próximas décadas."

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sábado, 24 de abril de 2010

Nasa comemora 20 anos de proezas astronômicas do Hubble

20ª - a descoberta de Quaoar, em 2002. O mundo gelado, como foi  chamado pela Nasa, fica no cinturão de Kuiper Foto: Nasa/Divulgação

A descoberta de Quaoar, em 2002. O "mundo gelado", como foi chamado pela Nasa, fica no cinturão de Kuiper

A Nasa (agência espacial americana) concluirá neste fim de semana a comemoração do 20º aniversário do Hubble, o telescópio espacial que abriu os horizontes da astronomia e que em alguns anos será mais uma peça de museu que um satélite ao redor da Terra.

A comemoração está acontecendo em todos os escritórios nacionais da Nasa, e começou com a divulgação das fotos mais espetaculares do universo captadas pelo telescópio.

Essas imagens também fazem parte do livro Hubble, a Journey Through Space and Time, que inclui 20 das melhores fotografias e comentários de importantes astrônomos de todo o mundo.

As imagens, selecionadas por astronautas e cientistas da agência espacial, mostram o nascimento e morte de estrelas e a colisão de galáxias, além de remeter aos períodos iniciais da formação do universo.

"Esse livro representa uma amostra dos 20 anos de descobertas do Hubble, que mudaram para sempre nossa visão do universo", disse Ed Weiler, administrador adjunto da missão científica da Nasa.

"O Hubble seguirá tendo um impacto positivo no mundo durante muitas décadas e as descobertas serão ainda maiores no futuro", previu Weiler, autor do livro.

A publicação conta com um prólogo do administrador da Nasa, Charles Bolden, que foi um dos astronautas que participou das missões para reparar e melhorar os instrumentos do telescópio.

O Hubble começou sua histórica proeza científica em 24 de abril de 1990, quando partiu para uma órbita de 600 km sobre a Terra, instalado na nave espacial Discovery.

Mas a Nasa não fez festa apenas pelas fotografias do cosmos tiradas do observatório, que é um projeto conjunto da Nasa e da Agência Espacial Europeia (ESA), mas também divulgou as descobertas conseguidas por outros instrumentos, como seu espectrógrafo e suas câmeras de alta resolução.

Entre elas, está a primeira molécula orgânica em um planeta que orbita outra estrela, o descobrimento de buracos negros, a comprovação de que a matéria escura existe, a formação dos planetas e observações que permitiram estabelecer que o universo está em expansão e que sua idade é de aproximadamente 13,7 bilhões de anos.

A molécula, de metano, foi descoberta pelo Hubble em um exoplaneta que se encontra a 63 anos luz da Terra, na constelação Vulpécula. Trata-se de um corpo muito maior que nosso planeta e tão brilhante que os cientistas consideram impossível a existência de algum tipo de atividade biológica.

"Seja em pontos mais próximos ou nos mais distantes, aqueles que nunca haviam sido visto antes, estamos levando o cidadão a uma viagem por todo o universo", afirmou Dave Leckrone, um dos cientistas encarregados pelas operações do Hubble.

Mas a vida do satélite que revolucionou o conhecimento do homem sobre o universo está ficando curta.

Após a quinta e última missão do ano passado para reparar e melhorar seus sistemas que estiveram inativos durante quase três anos, a Nasa anunciou que não espera que o Hubble continue funcionando depois de 2014 e que, pouco a pouco, seus sistemas se apagarão para sempre.

O complexo espacial mede 13,2 metros de comprimento e 4,7 m de largura e tem um peso de quase 12 toneladas. Irremediavelmente, começará a ser atraído pela força da gravidade da Terra até se desintegrar ao se chocar com a atmosfera.

A partir de então o Hubble irá se juntar aos milhares e milhares de elementos que compõem o ferro-velho espacial que giram em órbitas eternas ao redor do planeta.

Mas não deve demorar até que a Nasa lance ao espaço outro equipamento para ficar na órbita terrestre e que talvez seja mais poderosa que o Hubble.

Ao anunciar, neste mês, seus planos para o futuro da prospecção do cosmos, no Centro Espacial Kennedy, na Flórida, o presidente Barack Obama confirmou seu plano de investir US$ 3 bilhões na substituição do telescópio espacial.

EFE
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Órbita da Estação Espacial Internacional é elevada em 5 km

A Estação Espacial Internacional (ISS) elevou neste sábado sua órbita em aproximadamente 5 km, informou o Centro de Controle de Voos Espaciais (CCVE) da Rússia.

A manobra, que durou quase 21 minutos, foi realizada com ajuda dos oito propulsores do cargueiro Progress M-04M, acoplado ao módulo de serviço Zaria, do segmento russo da plataforma orbital.

Como resultado, a velocidade da ISS aumentou em aproximadamente 3 m por segundo e a altitude média da órbita ficou em 349,2 km. A altitude costuma oscilar entre 360 e 330 km. A plataforma perde entre 100 e 150 m de altura a cada dia devido à gravitação terrestre, a atividade solar e outros fatores.

A correção da órbita aconteceu para de garantir as condições ideais para o acoplamento à ISS do cargueiro automático russo Progress M-05M, previsto para o próximo dia 1º de maio, e a nave americana Atlantis, que deverá chegar à plataforma orbital no dia 16 de maio, assim como a partida rumo à Terra de parte da tripulação a bordo da nave russa Soyuz TMA-17 em 2 de junho.

Atualmente, a ISS é tripulada pelos russos Oleg Kotov, Aleksandr Skvortsov e Mikhail Kornienko, os americanos Timothy Creamer e Tracy Caldwell Dyson e o japonês Soichi Noguchi. Skvortsov, Kornienko e Dyson seguirão trabalhando na estação, enquanto os demais retornarão à Terra.

EFE
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sexta-feira, 23 de abril de 2010

Disco de estrelas "alimentaria" super buracos negros

No canto direito superior, imagem ampliada do centro da galáxia de  Andrômeda mostra o que parece ser um disco de estrelas azuis próximo a  um buraco ... Foto: Nasa/ESA/T. Lauer/Divulgação

No canto direito superior, imagem ampliada do centro da galáxia de Andrômeda mostra o que parece ser um disco de estrelas azuis próximo a um buraco negro. No canto inferior direito, uma simulação do disco junto ao buraco negro
Foto: Nasa/ESA/T. Lauer/Divulgação

Um dos grandes mistérios da ciência pode estar próximo de uma explicação. Por anos os cientistas estão intrigados sobre como os buracos negros supermassivos conseguem matéria suficiente para atingirem seus tamanhos. A resposta pode estar em um disco de estrelas encontrado próximo ao centro da galáxia de Andrômeda, um fenômeno que pode ser mais comum do que se pensava. As informações são da New Cientist.

Buracos negros que tem massas milhões ou até bilhões de vezes maiores que a do Sol ficam no centro de galáxias, inclusive na nossa. Esses buracos foram "engordados" por gigantescos amontoados de gás, mas os astrônomos não sabem como esse gás fazia a última parte da migração, um caminho por dezenas ou centenas de anos-luz, para ser "comido".

Os astrônomos Philip Hopkins e Eliot Quataert da Universidade de Berkeley, no Estado americano da Califórnia, sugerem que a formação de um disco de estrelas facilita o curso do gás, formando um caminho pela espiral até o buraco negro.

De acordo com simulações dos cientistas, quando há gás suficiente para a formação de um amontoado de estrelas orbitando um buraco negro, essas estruturas se alinham em forma de um disco elíptico que pode se estender por dezenas de anos-luz do centro da galáxia.

Essa estrutura oval acaba por atrair gás, criando diversos fluxos. O gás perde força ao longo do processo e, finalmente, acaba por ser "engolido" pelo buraco negro. Dessa forma, os buracos negros poderiam consumir 10 vezes a massa do Sol por ano, segundo os cientistas. Os pesquisadores ainda dizem que no auge da "gula" dos buracos negros, há 10 bilhões de anos, essa maneira seria suficiente para alimentar esses gordões do espaço.

Os astrônomos afirmam que uma evidência para esta teoria pode ser encontrada em Andrômeda, uma galáxia vizinha que tem um espécie de "núcleo duplo" - dois pontos brilhantes no seu centro - junto ao que parece ser um sinal de um disco oval de estrelas e gás.

De acordo com a reportagem, um teste vai tentar ver se outras galáxias possuem essa característica de um disco de estrelas no seu centro. "(O que ocorre em Andrômeda) não é único. O que vemos provavelmente é comum", diz Tod Lauer, do National Optical Astronomy Observatory, em Tucson, Arizona, que identificou diversas galáxias semelhantes à nossa vizinha.

Para comemorar 20 anos do Hubble, Nasa divulga imagem inédita

Uma pequena parte da nebulosa Eta Carinae, conhecida como uma das  maiores regiões de nascimentos de estrelas da galáxia Foto:  Nasa/Divulgação

Uma pequena parte da nebulosa Eta Carinae, conhecida como uma das maiores regiões de nascimentos de estrelas da galáxia

O telescópio espacial Hubble completa 20 anos em órbita neste sábado. Para marcar a data, a Nasa, agência espacial americana, e a Agência Espacial Europeia (ESA) divulgaram imagens inéditas produzidas pelo Hubble de uma pequena parte da nebulosa Eta Carinae, conhecida como uma das maiores regiões de nascimentos de estrelas da galáxia.

Nestas duas décadas, o Hubble apresentou vários problemas, como equipamentos quebrados e espelhos que deixaram as imagens fora de foco, obrigando a Nasa a enviar astronautas para fazer reparos. Mas o consenso entre os especialistas é de que o telescópio realizou descobertas importantíssimas para todas as áreas da astronomia.

Enigmas
"A visão poderosa do Hubble expandiu nossos horizontes cósmicos e trouxe à tona um novo conjunto de enigmas sobre o Universo", escreveu o astrônomo britânico Martin Rees em artigo no site da BBC. "Só nos últimos dez anos aprendemos sobre o grande número de "mundos" que existem orbitando outras estrelas."

Segundo ele, o telescópio ajudou os astrônomos a descobrir que as galáxias estão se dispersando a uma velocidade acelerada, sob a influência do que chamou de uma "força misteriosa".

"Nossa previsão mais longa é a de que o Cosmos vai continuar se expandindo, tornando-se cada vez mais vazio, mais escuro e mais frio", afirmou Rees. Em seus 20 anos de operação, o Hubble observou mais de 30 mil corpos celestes e produziu mais de 500 mil imagens.

No ano passado, astronautas instalaram novos equipamentos no telescópio, tornando-o cem vezes mais potente do que quando foi lançado em órbita. Na última segunda-feira, a Nasa anunciou que o Hubble vai ficar em operação até 2013. No ano seguinte, ele será substituído por outro telescópio espacial, batizado de James Webb.

BBC Brasil
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EUA lançam nave espacial militar não tripulada

Uma nave espacial não tripulada da Força Aérea dos Estados Unidos foi lançada nessa quinta-feira da Flórida, para uma missão militar secreta. A nave espacial robotizada X-37B partiu de Cabo Cañaveral a bordo de um foguete Atlas V, às 19H52 local (20H52 Brasília), revela um vídeo divulgado pela Força Aérea.

Parecido com um ônibus espacial em miniatura, a nave tem 8,9 metros de comprimento por 4,5 metros de envergadura. O veículo foi desenhado para "proporcionar o ambiente de um 'laboratório em órbita' a fim de testar novas tecnologias e componentes...", disse a Força Aérea. A nave, fabricada pela Boeing, pode permanecer até nove meses no espaço nesta missão, segundo a USAF.

AFP
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quinta-feira, 22 de abril de 2010

Estação Espacial Internacional elevará órbita em 5,2 km

A altura da órbita da Estação Espacial Internacional (ISS) será elevada no próximo sábado em 5,2 km, informou nesta quinta-feira o Centro de Controle de Voos Espaciais (CCVE) da Rússia.

A manobra, que durará 20 minutos e 46 segundos, será realizada com ajuda dos oito propulsores do cargueiro Progress M-04M. A correção da órbita, que começará às 0h30 hora de Moscou (17h30 de sexta-feira, horário de Brasília), tem como objetivo garantir as condições para o acoplamento do cargueiro Progress M-05M, cujo lançamento está previsto para o próximo dia 28, assim como da nave Atlantis, que decolará em 14 de maio.

Habitualmente a altura de órbita média da ISS, tripulada atualmente pelos russos Oleg Kotov, Aleksandr Skvortsov e Mikhail Kornienko, os americanos Timothy Creamer e Tracy Caldwell Dyson e o japonês Soichi Noguchi, oscila entre os 360 e 330 quilômetros de altitude.

A plataforma perde entre 100 e 150 metros de altura a cada dia devido à gravitação terrestre, a atividade solar e outros fatores.

EFE
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Sonda da Nasa envia imagens inéditas do Sol

A sonda da Nasa, a agência espacial dos Estados Unidos, lançada para estudar o Sol, enviou as primeiras imagens do astro. Chamada de Observatório de Dinâmica Solar (SDO, na sigla em inglês), a nave enviou imagens de explosões gigantescas e grandes arcos de gases. A alta resolução das imagens enviadas pela sonda deve ajudar os cientistas a compreender a atividade solar e o impacto desta atividade na Terra.

O SDO foi lançado do Cabo Canaveral em fevereiro de 2010, custou US$ 800 milhões e deve operar até pelo menos os próximos cinco anos. Os pesquisadores esperam que, com este prazo de funcionamento da sonda, eles consigam prever o comportamento do Sol da mesma forma que meteorologistas conseguem prever o clima da Terra.

A atividade solar tem uma influência profunda na Terra. Grandes erupções de partículas carregadas e a emissão de radiação intensa podem interferir no funcionamento de satélites, sistemas de comunicação além de significar um risco à saúde de astronautas.

Detalhe
Os cientistas da equipe do SDO dizem que as imagens recebidas abrem caminho para novas descobertas sobre a estrela central do sistema solar. "As imagens do SDO são impressionantes e o nível de detalhe que elas revelam, sem dúvida, vai liderar um novo ramo de pesquisa, sobre como os campos magnéticos solares se formam e evoluem, levando a uma compreensão muito melhor de como a atividade solar se desenvolve", disse um dos pesquisadores, o professor Richard Harrison, que trabalha no Laboratório Rutherford Appleton, na Grã-Bretanha. "É como olhar os detalhes de nossa estrela pelo microscópio", afirmou o cientista à BBC.

O SDO está equipado com instrumentos para investigar o funcionamento dentro, na superfície e na atmosfera do Sol. A sonda consegue imagens completas do Sol com uma resolução dez vezes melhor do que a média conseguida por uma câmera de televisão de alta definição. Isto permite que a escolha de imagens de aspectos na superfície do Sol e em sua atmosfera cujo tamanho pode chegar até 350 km. Outra vantagem é que as imagens são enviadas rapidamente, em segundos.

Dínamo solar
Os instrumentos do SDO operam em comprimentos de onda diferentes, com isso os cientistas poderão estudar a atmosfera do Sol em camadas. Mas, o grande desafio para a sonda será analisar o funcionamento do dínamo solar, uma profunda rede de correntes de plasma que geram o campo magnético do Sol. É este dínamo que, em última análise, é o responsável por todas as formas de atividade solar, desde as explosões na atmosfera do Sol até as áreas da estrela relativamente mais frias, chamadas também de manchas solares.

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quarta-feira, 21 de abril de 2010

Nebulosa Pata de Gato é considerada maternidade de estrelas

Imagem obtida pelo telescópio infravermelho da Nebulosa Pata de  Gato. A poeira que encobre muitas estrelas torna-se quase transparente,  revelando uma ... Foto: ESO/Divulgação

Imagem obtida pelo telescópio infravermelho da Nebulosa Pata de Gato. A poeira que encobre muitas estrelas torna-se quase transparente, revelando uma série de novas estrelas

A Nebulosa Pata de Gato, NGC 6334, é uma enorme maternidade estelar, local de nascimento de centenas de estrelas de grande massa. Em nova imagem divulgada pelo Observatório Europeu do Sul, ESO, obtida pelo telescópio de rastreio VISTA (Visible and Infrared Survey Telescope for Astronomy) situado no Observatório do Paranal, no Chile, a radiação infravermelha penetra no gás brilhante e nas nuvens de poeira que encobrem a imagem fazendo com que algumas das estrelas jovens escondidas possam ser observadas.

Localizada na direção do centro da Via Láctea, a 5.500 anos-luz da Terra, na constelação do Escorpião, a Nebulosa Pata de Gato estende-se ao longo de 50 anos-luz. Em radiação visível, o gás e poeira são iluminados por estrelas quentes jovens, criando estranhas formas avermelhadas que dão ao objeto o seu nome. Uma imagem recente do WFI do ESO (Wide Field Imager), em operação no Observatório de La Silla capturou esta luz visível em grande detalhe. NGC 6334 é uma das maternidades de estrelas de grande massa mais ativas da nossa galáxia.

O VISTA, a mais recente adição ao Observatório do Paranal, no deserto chileno do Atacama, é o maior telescópio de rastreio do mundo. Trabalha nos comprimentos de ondas infravermelhas, o que o torna capaz de observar através de muita poeira. Deste modo podemos observar objetos até então invisíveis. A radiação visível tende a ser absorvida pela poeira interestelar, mas esta poeira é praticamente transparente à radiação infravermelha.

terça-feira, 20 de abril de 2010

Nasa capta imagem de erupção gigante do Sol

A erupção alcançou uma altura de 804,5 mil km  Foto:  Nasa/Divulgação

A erupção alcançou uma altura de 804,5 mil km

A Agência Espacial Americana, Nasa, captou imagens de uma das maiores erupções solares já vistas. De acordo com a agência espacial, a erupção alcançou uma altura de 804,5 mil km e foi registrada pelas câmeras ultravioletas do observatório Stereo - responsável por realizar o monitoramento do Sol - no último dia 13.

De acordo com a Nasa, as erupções são constantes na superfície do Sol e são causadas pela instabilidade da nuvem de plasma frio que recobre a estrela presa por forças magnéticas.

Com informações da Nasa.

Nasa estende contrato de administração do Hubble até 2013

Em 1999, o Hubble registrou imagem da nebulosa Carina, uma intensa  região de nascimento de estrelas na Via Láctea Foto: Nasa/Divulgação

Em 1999, o Hubble registrou imagem da nebulosa Carina, uma intensa região de nascimento de estrelas na Via Láctea

A Nasa estendeu o contrato com a Associação de Universidades para Pesquisa em Astronomia para a administração do centro de operações do telescópio Hubble, em Baltimore, nos Estados Unidos. Na prática, a renovação significa que o Hubble vai funcionar por pelo menos mais 36 meses, até 30 abril de 2013, por um valor de aproximadamente US$ 113 milhões.

De acordo com a Nasa, cabe à associação ser responsável por prover produtos e serviços necessários para executar o programa; processar, arquivar e distribuir dados científicos; manter e calibrar o telescópio; manter as operações científicas a partir da Terra; administrar as bolsas de estudo e ações educacionais; realizar pesquisas astronômicas durante os anos restantes da missão do Hubble.

O substituto do Hubble, o telescópio James Webb, está previsto para entrar em operação em 2013. A Nasa afirma que o novo equipamento permitirá observar as galáxias formadas na infância do universo, os planetas e as possíveis formas de vida em outros sistemas solares.

Discovery aterrissa com 7 astronautas no Centro Espacial Kennedy

A nave espacial Discovery pousa no Centro Espacial Kennedy Foto:  AFP

A nave espacial Discovery pousa no Centro Espacial Kennedy

Com sete astronautas à bordo, a nave Discovery aterrissou nesta manhã no Centro Espacial Kennedy, no sul da Flórida, ao fim da sua penúltima missão, durante a qual levou equipamentos à Estação Espacial Internacional.

O retorno, que finalmente ocorreu às 10h8 (horário de Brasília), foi adiado devido às condições meteorológicas adversas no sul da Flórida.

EFE
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Nasa autoriza retorno do Discovery à Terra

A Nasa autorizou o retorno à Terra do ônibus espacial Discovery que, com sete astronautas a bordo, levou provisões à Estação Espacial Internacional (ISS).

A aterrissagem havia sido adiada por um dia devido às condições meteorológicas nas proximidades do Centro Espacial Kennedy, no sul da Flórida (EUA). Mas esta manhã, o diretor de voo Bryan Lunney autorizou o comandante do Discovery, Alan Poindexter, a iniciar o retorno.

O Discovery saiu de órbita na terça-feira e começou a planar de volta à Terra, um processo que leva uma hora e marca o final dos 15 dias de missão para reabastecer a Estação Espacial Internacional.

O pouso no Centro Espacial Kennedy, na Flórida, está previsto para as 9h08 (10h08 em Brasília), após sucessivos adiamentos desde segunda-feira por causa do mau tempo.

Voando de cabeça para baixo e para trás, cerca de 350 quilômetros acima do oceano Índico, o comandante Alan Poindexter e o piloto Jim Dutton acionaram os dois foguetes de frenagem do Discovery às 9h02 (hora de Brasília), de modo a sair de órbita e pegar o caminho da base.

A nave e seus sete tripulantes passaram dez dias na Estação Espacial, um projeto de 16 países e 100 bilhões de dólares, em construção desde 1998. O ônibus entregou à Estação um depósito de cargas, do tamanho de um microônibus, cheio de equipamentos e prateleiras para experiências científicas, além de um quarto alojamento fornecido pelos EUA, uma câmara escura para o laboratório norte-americano de bordo e outros mantimentos.

O compartimento de cargas italiano que volta à Terra foi embalado junto com equipamentos antigos e outros itens já desnecessários na Estação.

Com informações da Reuters e AFP

Missão dos EUA a asteroide é mais arriscada do que ir à Lua

Câmera de vigilância registra momento em que o meteoro passa sobre  a cidade de Madison Foto: AP

Câmera de vigilância registra momento em que o meteoro passa sobre a cidade de Madison

A chegada do homem à lua foi uma conquista imensa. Agora, o presidente deu à Nasa uma tarefa ainda mais difícil, com certa qualidade hollywoodiana: enviar astronautas a um asteroide, uma rocha gigante em velocidade, daqui a apenas 15 anos.

Especialistas espaciais dizem que essa viagem poderia levar muito mais meses do que a viagem à lua e apresentar perigos muito maiores. "É realmente a coisa mais difícil que podemos fazer", disse Charles Bolden, administrador da Nasa.

Uma viagem a um asteroide pode fornecer treinamento vital para uma missão futura a Marte. A missão ajudaria a desvendar segredos sobre como nosso sistema solar se formou. E também poderia dar à humanidade o know-how para realizar algo que foi feito apenas em filmes por alguns heróis estrábicos de queixo quadrado: salvar a Terra de uma colisão com um asteroide mortal.

"Poderíamos salvar a humanidade. Vale a pena, não?", disse Bill Nye, consultor científico televisivo e vice-presidente da Planetary Society. O presidente Barack Obama esboçou a nova orientação da NASA durante uma visita ao Kennedy Space Center, na quinta-feira.

"Até 2025, esperamos que uma nova espaçonave projetada para longas viagens possibilite que iniciemos as primeiras missões tripuladas a lugares além da lua no espaço profundo", ele disse. "Vamos começar enviando astronautas a um asteroide pela primeira vez na história."

No dia em que o presidente anunciou a meta, a força-tarefa da Nasa, composta por cientistas, engenheiros e ex-astronautas, se reuniu em Boston para trabalhar num plano com o intuito de proteger a Terra de uma colisão catastrófica com um asteroide ou cometa.

A Nasa acompanha quase sete mil objetos próximos à Terra com diâmetro maior do que alguns metros. Desses, 1.111 são "asteroides potencialmente perigosos". Objetos maiores do que 1 km são grandes aniquiladores e atingem a Terra a cada algumas centenas de milhares de anos. Os cientistas acreditam que um asteroide com cerca de 9,5 km de diâmetro levou os dinossauros à extinção 65 milhões de anos atrás.

Aterrissar num asteroide e mudar seu curso no tempo preciso "iria demonstrar de uma vez por todas que somos mais inteligentes que os dinossauros e conseguimos evitar o que eles não conseguiram", disse o conselheiro científico da Casa Branca John Holdren.

Especialistas não têm em mente nenhum asteroide em particular para a viagem ao espaço profundo, mas existem algumas dúzias de candidatos, a maioria dos quais localizados até oito milhões de quilômetros da Terra. Isso é o equivalente a 20 vezes a distância da lua, que em média se localiza a cerca de 384 mil quilômetros da Terra.

A maioria dos asteroides candidatos tem menos de 400 metros de diâmetro. A lua tem cerca de 3.476 km de diâmetro. A viagem a um asteroide poderia fornecer pistas sobre a formação do sistema solar, porque os asteroides são essencialmente fósseis de 4,6 bilhões de anos, quando os planetas começaram a se formar, disse Don Yeomans, gestor do programa de Objetos Próximos à Terra do Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa.

E uma missão a um asteroide poderia ser um treinamento em solo para Marte, dada a distância e o ambiente desconhecido. "Se os humanos não conseguirem chegar a objetos próximos à Terra, eles não conseguirão chegar à Marte", disse o professor de astronáutica do MIT, Ed Crawley. Além disso, os asteroides contêm substâncias como hidrogênio, carbono, ferro e platina, que podem ser usadas por astronautas para produzir combustível e equipamentos - habilidades que também seriam necessárias numa visita a Marte.

Enquanto a Apolo 11 levou oito dias para chegar à lua e voltar à Terra em 1969, uma viagem de ida e volta típica a um asteroide próximo à Terra duraria cerca de 200 dias, Crawley disse. Isso exigiria uma nova propulsão e tecnologia de suporte de vida. E também seria mais arriscado. Abortar a missão numa emergência também deixaria as pessoas presas no espaço por várias semanas.

A agência espacial talvez precise desenvolver habitações especiais, escudos contra radiação ou outras novas tecnologias para permitir que os astronautas vivam no espaço profundo por tanto tempo, disse Bobby Braun, chefe de tecnologia da Nasa.

Embora um asteroide esteja mais distante que a lua, a viagem usaria menos combustível e seria mais barata porque o asteroide não tem gravidade. O foguete que levar os astronautas de volta para casa não teria que gastar combustível para escapar da força gravitacional do asteroide.

Por outro lado, por causa dessa falta de gravidade, a nave espacial não aterrissaria com segurança no asteroide, pois ricochetearia na superfície. Assim, seria necessário pairar próximo ao asteroide, e os astronautas teriam que se lançar ao espaço em direção à superfície, disse Yeomans.

Ao chegar lá, eles precisariam de uma combinação de mochilas propulsoras, estacas ou redes que lhes permitissem caminhar sem oscilar na superfície do asteroide ou flutuar para longe, ele disse. "É preciso algo para segurar você em solo", Yeomans explica. "Você se lançaria ao espaço cada vez que desse um passo."

Apenas o fato de estar lá poderia ser extremamente desorientador, disse o cientista planetário Tom Jones, copresidente da força-tarefa da Nasa para proteção da Terra de objetos perigosos. A rocha seria tão pequena que o sol daria voltas pelo céu e o horizonte teria apenas alguns metros de extensão. A oito milhões de quilômetros de distância, a Terra se pareceria com um mero projétil no céu. "Estar num asteroide é estar um ambiente estranho e desconhecido", Jones disse.

Mas Jones, ex-astronauta, disse que isso não impediria os astronautas de competir para fazer parte da missão: "Temos muitas pessoas entusiasmadas em relação à exploração de um mundo antigo e desconhecido."

Tradução: Amy Traduções

The New York Times
The New York Times

Por tempo ruim, Nasa adia tentativa de pouso do Discovery

Chuva e neblina obrigaram nesta terça-feira a Nasa a desistir de uma tentativa de pouso do ônibus espacial Discovery, a primeira das duas que estavam previstas para o Centro Espacial Kennedy, na Flórida. O tempo ruim já impediu na segunda-feira o fim da missão da nave à Estação Espacial Internacional (ISS).

Se não for possível descer até o Centro Espacial Kennedy, o comandante Alan Poindexter poderá receber uma ordem de seguir rumo à Base Área de Edwards, na Califórnia, onde a nave aterrissaria às 10h08 (de Brasília).

A missão STS-131 do Discovery começou em 5 de abril e após as três caminhadas espaciais em torno da ISS seus astronautas retiraram um velho tanque de amoníaco, parte do sistema de refrigeração do complexo, instalaram um novo e introduziram o material descartado no compartimento de carga da nave para seu retorno à Terra. Também recolheram várias experiências científicas.

Com informações da Efe e AFP

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Retorno de Discovery amanhã pendente de condições climáticas

A nave Discovery fará amanhã uma nova tentativa de aterrissagem na Terra, após o cancelamento desta segunda-feira pelo mau tempo, mas se as condições não estiverem adequadas o retorno poderá ocorrer só na quarta-feira.

As nuvens e a chuva no sul da Flórida (EUA) foram os motivos que prejudicaram o retorno ao Centro Espacial Kennedy, e privaram os americanos da rara oportunidade de ver a nave cruzando os céus ao fim da missão de duas semanas.

Com sete astronautas a bordo, a Discovery teve hoje dois períodos propícios para a entrada em órbita, a cerca de 350 quilômetros da Terra, mas as condições meteorológicas em torno do Centro Espacial forçaram a Nasa a adiar a aterrissagem até amanhã.

Se as condições forem adequadas para a aterrissagem no Centro Kennedy nesta terça-feira os motores da Discovery serão ligados às 7h31 (horário de Brasília) e a nave tocará a pista às 8h33 (de Brasília).

Os astronautas podem permanecer em órbita até quarta-feira e a agência espacial americana tem a opção de usar a pista de aterrissagem na Base Aérea de Edwards, na Califórnia.

A Nasa prefere que suas naves aterrissem na Flórida, que é a base de operações destas naves, dado que isto economiza aproximadamente uma semana e US$ 1,8 milhão do custo de transporte da nave montada sobre um avião Boeing 747.

Durante a missão, que marcou a primeira ocasião na qual quatro mulheres ficaram em órbita, a Discovery levou à Estação Espacial Internacional toneladas de provisões e novas equipes de cientistas.

A missão da nave Discovery iniciou em 5 de abril e, durante os três dias de trabalhos fora da ISS, os astronautas retiraram um velho tanque de amoníaco, parte do sistema de refrigeração da célula orbital, instalaram um novo e carregaram o antigo para o interior da nave para seu retorno à Terra.

Esta é uma das últimas missões antes de os Estados Unidos aposentem suas três naves deste tipo de uma frota de cinco que começou a operar em 1981.

A nave "Challenger" foi destruída em 1986, em um acidente no qual morreram sete astronautas, e o Colúmbia explodiu quando retornava à Terra em 2003, outra catástrofe que custou a vida de sete astronautas.

Depois desta missão, estão programadas só três de nave até que os Estados Unidos contem com veículos de substituição. Até lá, o abastecimento, substituição das tripulações e manutenção da ISS será feita por naves russas Soyuz.

Segundo o calendário da Nasa, em 14 de maio, a nave Atlantis iniciará uma missão que levará à ISS materiais de manutenção, ferramentas e novos componentes pressurizados russos.

Em 29 de julho, o Endeavor iniciará uma missão que levará à ISS um espectrômetro e um veículo logístico.

Em 16 de setembro, o ônibus espacial Discovery começará o voo final da era das naves em uma missão para levar mais equipes e um módulo logístico à Estação Espacial Internacional.

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Está em fase de preparação no Estado americano do Texas um experimento que pretende criar um mapa tridimensional do universo há 11 bilhões de anos e, assim, tentar desvendar um dos grandes mistérios da astronomia: a energia escura. O projeto vai utilizar o telescópio Hobby-Eberle, um dos maiores do mundo. A ideia dos pesquisadores é que o estudo ajude os astrônomos a entender a natureza dessa energia hipotética que constituiria cerca de três quartos da massa do universo. As informações são da Scientific American.

O termo energia escura foi cunhado para explicar por que a expansão do universo está em aceleração, já que deveria ocorrer o contrário devido à gravidade. O problema é que praticamente nada se sabe sobre ela: seria uma partícula, uma onda ou uma propriedade fundamental do espaço-tempo? É constante ou ganha força com a expansão do universo? Existem muitas hipóteses, mas nenhuma evidência observada.

Segundo a reportagem, o Experimento Telescópio Honny-Eberly de Energia Escura (Hetdex, na sigla em inglês), é um dos três mais ambiciosos projetos sobre o tema, os outros são o Baryon Oscillation Spectroscopic Survey (Boss), que utiliza o telescópio Apache no Estado americano do Novo México, e a Pesquisa sobre a Energia Escura (DES), que tem uma câmera de 500 megapixels apontada para o espaço no telescópio Blanco, no Chile.

"Ambos Boss e DES irão refinar o nosso conhecimento sobre a aceleração na meia-idade do universo, há cerca de 5 bilhões de anos. (...) O Hetdex vai mais longe. Nós estamos indo para medir o índice de expansão há 11 bilhões de anos", diz Gary Hill, cientista da Universidade do Texas, em Austin.

A ideia do projeto é mapear as posições de 1 milhão de galáxias ao medir a emissão espectrográfica de conglomerados de estrelas pequenos e ricos em hidrogênio formadas apenas 2,7 bilhões de anos após o Big Bang, momento em que os astrônomos acreditam que a energia escura seria suficiente para ser detectada.

Os cientistas irão comparar os dados com a distribuição das galáxias cinco bilhões e 11 bilhões de anos depois para determinar onde o índice de expansão mudou ou permaneceu constante durante esses enormes períodos, o que pode levar a alguma explicação sobre a energia escura.

Reforma no telescópio
Para dar início ao projeto, o Hobby-Eberly passará por uma atualização. O telescópio de 9,2 m localizado nas montanhas Davis, oeste do Texas, terá dobrados os tamanhos dos espelhos corretores de 0,5 m e aprimorados os computadores da estrutura. A melhora deve aumentar em 30 vezes a área que o telescópio pode observar. O custo total para preparar a estrutura para a pesquisa está orçado em US$ 34 milhões, sendo que um quarto da verba está sendo levantada com a iniciativa privada.

Nasa adia retorno do Discovery para terça-feira

A aterrissagem do ônibus espacial Discovery foi adiada de segunda para terça-feira devido à neblina e a chuva que afetam a região do pouso, informou nesta segunda-feira a Missão de Controle da Agência Espacial americana Nasa.

Os astronautas do Discovery poderão tentar seu pouso na Flórida ou Califórnia depois de ver frustradas suas tentativas devido às más condições meteorológicas no Centro Espacial Kennedy, informou a Nasa.

AFP
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