sexta-feira, 28 de maio de 2010

Pentágono: lixo espacial pode destruir comunicações na Terra

Concepção artística divulgada pela Agência Espacial Europeia (ESA) mostra como estaria a órbita terrestre em 2008. No centro da imagem está o polo ... Foto: ESA/Divulgação

Concepção artística divulgada pela Agência Espacial Europeia (ESA) mostra como estaria a órbita terrestre em 2008. No centro da imagem está o polo norte. O lixo espacial e a Terra estão fora de proporção

Há tanto lixo espacial ao redor da Terra que qualquer colisão no espaço pode levar a uma reação em cadeia que destruiria satélites vitais, de acordo com um relatório do Pentágono apresentado ao Congresso dos Estados Unidos. Uma colisão entre dois satélites, por exemplo, poderia resultar em centenas de peças em movimento que poderiam atingir outros equipamentos. As informações são do Daily Mail.

Um evento desse tipo e com grande porte seria tão desastroso que poderia afetar sinais de TV, a meteorologia, o sistema de navegação global e conexões de telefone internacionais, entre muitos outros serviços - inclusive alguns de uso secreto. Estima-se que existam entre 3 mil satélites em órbita ao redor do planeta, mas o número de destroços desde o lançamento do Sputnik (há 53 anos) chegaria a dezenas de milhões - muitos resultantes de velhos foguetes, satélites abandonados e estilhaços de mísseis.

O relatório, que foi enviado ao Congresso americano em março, mas ainda não foi divulgado publicamente, afirma que a reação em cadeia poderia tornar algumas órbitas inutilizáveis. O documento afirma também que o espaço está "cada vez mais congestionado e disputado".

Até a Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês) se viu obrigada a alterar sua rota para desviar do lixo espacial. No ano passado ocorreu um acidente relacionado ao assunto, quando uma sonda militar russa desativada atingiu um satélite americano de comunicações sobre a Sibéria, liberando cerca de 1,5 mil peças no espaço.

Outro exemplo ocorreu em 2007, quando um teste de um míssil chinês deixou 150 mil peças de lixo. Os eventos levaram os Estados Unidos a apoiar as Nações Unidas para que emitissem orientações para que companhias e governos parassem de encher a órbita de lixo. "O espaço precisa de policiamento e leis para proteger o interesse público", disse Mazlan Othman, diretor da Organização das Nações Unidas (ONU) para Assuntos do Espaço Exterior.

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Nasa divulga imagem da mancha de óleo poluindo o rio Mississipi

Imagem de satélite divulgada pela Nasa mostra mancha de óleo (na cor prateada) que se alastra no delta do Rio Mississipi, nos Estados Unidos Foto: AFP

Imagem de satélite divulgada pela Nasa mostra mancha de óleo (na cor prateada) que se alastra no delta do Rio Mississipi, nos Estados Unidos

A agência espacial americana (Nasa) divulgou nesta quinta-feira a imagem da mancha de óleo proveniente do vazamento da plataforma petrolífera da empresa britânica BP no delta do Rio Mississipi, nos EUA. A imagem, captada por um satélite de observação terrestre através do Aster (Advanced Spaceborne Thermal Emission and Reflection Radiometer), mostra a grande mancha de óleo na cor prata que se alastra poluindo todo o local.

O Aster registra as emissões térmicas da imagem e representa cada elemento com uma cor referente às ondas que emite. Na imagem em alta resolução, a parte vermelha é a vegetação, a azul é a água e a prateada é o óleo. Segundo os cientistas, o óleo fica mais brilhante quando a luz do Sol incide sobre ele, transformando a superfície da água em um espelho.

A porção de água mais escura vista na parte superior esquerda da imagem ainda não foi explicada pelos cientistas. De acordo com eles, esta cor poderia indicar o uso de dispersantes químicos ou pode ser o resultado de diferenças naturais de turbidez, salinidade, ou de matéria orgânica nas águas costeiras.

A BP vive nesta quinta-feira um dia crucial em seus esforços para controlar um vazamento de petróleo que já dura cinco semanas no golfo do México, no mesmo dia em que o governo dos EUA deve anunciar uma prorrogação de seis meses no veto a novas prospecções petrolíferas na região.

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A Rússia anunciou a composição definitiva da equipe de seis voluntários que participará da simulação de voo a Marte que começa em 3 de junho e terá a duração de 520 dias. "A tripulação será liderada pelo russo Alexei Sitev. Outro russo, Sukhrob Kamolov, ocupará o cargo de médico. Uma das três vagas de pesquisadores foi concedida ao também russo Aleksandr Suvorov", informou à agência Interfax o Instituto de Problemas Biomedicos (IPBM) da Academia de Ciências da Rússia.

Os outros três participantes da experiência são o francês Romain Charles, que será o engenheiro de bordo, e o ítalo-colombiano Diego Urbina e o chinês Wang Yue em qualidade de pesquisadores científicos. Ficou de fora da tripulação o russo Mikhail Sinelnikov, que em 18 de maio, durante a apresentação oficial em Moscou do projeto "Marte-500", foi apontado como um dos candidatos da Rússia a participar do projeto.

Inicialmente estava previsto que a tripulação fosse formada por quatro voluntários russos e dois europeus, mas posteriormente chegou-se a um acordo com a Agência Espacial China para conceder um posto a um voluntário desse país.

Por participar da experiência, os russos receberão cada um aproximadamente três milhões de rublos (78 mil de euros), número similar ao que receberão seus colegas europeus, disse o diretor do projeto, Boris Morukov, que não detalhou a quantia que receberá o voluntário chinês.

Os seis participantes permanecerão em um módulo científico isolado do mundo durante 520 dias, o tempo da viagem de ida e volta a Marte, mais uma estadia simulada de 30 dias na superfície marciana. O simulador de nave interplanetária está instalado no IPBM, na capital russa.

Em 14 de julho do ano passado foi encerrada a experiência simulada de voo planeta Vermelho de 105 dias, considerado a antessala do projeto principal, o "Marte-500". Este ensaio foi idealizado para testar a compatibilidade psicológica e a tolerância dos integrantes da tripulação, o que permitirá aos cientistas estudar dia a dia os efeitos do isolamento de longa duração.

Os voluntários poderão abandonar o experimento quando quiserem sem dar explicações, embora esteja acordado que nenhum deixará o projeto a não ser por motivo de doença ou uma crise psicológica.

EFE
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quarta-feira, 26 de maio de 2010

Atlantis se aposenta após completar sua última missão com sucesso

A nave espacial Atlantis retornou hoje à Terra, após concluir com sucesso sua última missão à Estação Espacial Internacional (ISS), 25 anos após sua primeira decolagem e com mais de 185 milhões de quilômetros percorridos.

A nave tocou o solo às 8h48 local (9h48, Brasília) no Centro Espacial Kennedy, na Flórida, depois que as tempestades que ameaçavam a região nesta manhã durante a aterrissagem se dissiparam.

Depois de receber sinal verde da equipe de controle em terra que revisou o estado do escudo de proteção térmico antes de entrar na atmosfera, os astronautas estavam preparados para voltar para casa.

Com uma aterrissagem perfeita sob o céu azul de Cabo Canaveral, os seis astronautas concluíram com sucesso a missão de 12 dias.

O comandante Ken Ham, o piloto Tony Antonelli, e os especialistas de missão Michael Good, Garrett Reisman, Steve Bowen e Piers Sellers foram os últimos tripulantes desta nave espacial.

A missão marca a aposentadoria da Atlantis e foi a terceira das cinco viagens que a Nasa tem programadas para as naves americanas, que também devem deixar de trabalhar, em 2010.

Os seis tripulantes da Atlantis entregaram um compartimento integrado de carga e um módulo de pesquisas científicas construído pela agência espacial russa.

Além disso, deixaram o terreno preparado para as futuras visitas à ISS com um novo ponto de acoplamento para as naves russas "Soyuz" e "Progress", que devem substituir às naves americanas nas missões.

Durante as jornadas de trabalho em órbita a mais de 400 quilômetros da Terra, os astronautas instalaram uma antena de comunicação, acrescentaram partes ao braço robótico Canadian Dextre e colocaram seis novas baterias, que foram substituídas durante a segunda e terceira caminhada espacial.

As baterias da ISS, que medem individualmente quase um metro cúbico e pesam 170 quilos, armazenam a eletricidade gerada pelos vastos painéis solares e custam US$ 3,6 milhões cada.

A ISS orbita a 27 mil km/h e é um projeto internacional que conta com a participação de 16 países e inclui membros da Agência Espacial Europeia, Rússia e Japão.

Esta foi a 32ª missão espacial da Atlantis, e a 132ª realizada pelas naves desde que iniciaram seu serviço em abril de 1981.

Da frota de cinco naves que entraram em atividade nesse ano, duas, a Challenger e a Colúmbia, sofreram sérios acidentes que marcaram a história da Nasa.

A primeira explodiu em janeiro de 1986 pouco após decolar e a Colúmbia se desintegrou em fevereiro de 2003, quando se reintegrava a atmosfera após uma missão bem sucedida. Nos dois acidentes sete tripulantes morreram.

Este ano a Nasa pretende aposentar as três naves restantes com os quais levou provisões à ISS, a Atlantis, a Discovery e a Endeavour, que serão substituídas em 2015 por naves Orion, muito maiores e com maior capacidade de carga.

Enquanto isso, as naves russas Soyuz ficarão encarregadas de levar à tripulação de revezamento à ISS.

Com a Atlantis e sua tripulação a salvo, a Nasa prepara-se para o lançamento da nave Discovery, que deve decolar em setembro.

A Discovery entregará o módulo permanente multipropósitos "Leonardo", e também levará peças para a estação e um transportador de carga adicional.

Além disso, a bordo do Discovery viajará um novo companheiro para os astronautas da ISS.

O robô Robonauta 2 (R2) será o primeiro de aparência humana no espaço e se transformará em um residente permanente da estação, embora suas operações estejam limitadas ao laboratório Destiny.

EFE
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Estudo: explosão de raios-X era buraco negro "comendo"

Duas imagens (em destaque) mostram que antes de 2006 (na imagem à esquerda) o buraco negro no centro da galáxia de Andrômeda estava calmo. Mas, em ... Foto: Divulgação

Duas imagens (em destaque) mostram que antes de 2006 (na imagem à esquerda) o buraco negro no centro da galáxia de Andrômeda estava "calmo". Mas, em janeiro daquele ano (direita), ocorreu uma explosão de raios-X e foi observado mais uma fonte de matéria no buraco negro. Estudo indica que essa explosão foi resultado de uma grande captura de matéria

Um estudo que analisou imagens registradas em raio-X pelo telescópio Chandra em mais de 10 anos de um buraco negro no centro da galáxia de Andrômeda indica que de 1999 até janeiro de 2006 esse buraco negro passou por um período "calmo", mas, em 6 de janeiro de 2006, ele começou a aparecer 100 vezes mais brilhante nas imagens, o que indica uma explosão de raios-X. Segundo a pesquisa, essa mudança indica uma taxa relativamente alta de matéria sendo absorvida, ou seja, que o buraco negro estava "comendo".

De acordo com a administração do Chandra, antes de 2006, eram claramente visíveis três fontes de matéria que era capturada pelo buraco negro, mas, após a mudança na intensidade, foi observado mais uma fonte produzida por essa matéria que estava sendo absorvida.

Após o evento, o buraco negro novamente entrou em um estado mais "calmo", mas ainda assim ele estava cerca de 10 vezes mais "brilhante" que antes de 2006. Segundo os cientistas, é a primeira vez que um evento desse tipo é observado em uma galáxia próxima à Via Láctea.

Assim como o buraco negro do centro de Andrômeda, o da Via Láctea é surpreendentemente calmo. Na verdade, de acordo com os pesquisadores, o buraco negro de Andrômeda é entre 100 e 1000 vezes mais fraco - quando observado em raio-X - do que os astrônomos esperavam.

Atlantis chega à Terra depois de sua última viagem espacial

A nave espacial Atlantis retornou hoje à Terra após concluir com sucesso sua última missão espacial, a 32ª, durante a qual os tripulantes trabalharam para ampliar e fortalecer a Estação Espacial Internacional (ISS).

A nave aterrissou às 8h48 no horário local (9h48 de Brasília) no Centro Espacial Kennedy, na Flórida (EUA), depois que a tempestade que ameaçava a aterrissagem se dissipou.

A nave, que partiu para o espaço em 14 de maio, fez o desacoplamento da estação no domingo, e aproximadamente uma hora antes da aterrissagem colocou o ônibus na posição de aterrissagem.

O último pouso do Atlantis, que foi perfeito sob o céu azul de Cabo Canaveral, colocou em lugar de destaque para os anais da agência espacial americana (Nasa) o comandante Ken Ham, o piloto Tony Antonelli, e os especialistas de missão Michael Good, Garrett Reisman, Steve Bowen e Piers Sellers, que integravam a tripulação.

Nesta última missão do Atlantis seus seis tripulantes entregaram um compartimento de carga e um módulo de pesquisa científica construída pela agência espacial russa que proporcionará espaço adicional de armazenamento na ISS.

A missão abriu caminho para futuras visitas à ISS de outras naves, já que colocou um novo ponto de acoplamento para permitir o funcionamento das naves russas Soyuz e Progress, que substituirão às naves quando a Nasa as retirar no fim deste ano.

Durante a missão, os astronautas colocaram seis novas baterias, que foram substituídas durante a segunda e terceira caminhadas espaciais.

Esta foi a 32ª missão espacial do Atlantis e a 132ª realizada pelas naves desde que iniciou o serviço, em abril de 1981.

A Nasa retira neste ano as três naves restantes com as quais abasteceu de provisões à ISS - o Atlantis, o Discovery e o Endeavour -, que serão substituídos em 2015 para naves Orion, muito maiores e com maior capacidade de carga.

EFE
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Atlantis chega à Terra após sua última viagem espacial

Técnicos do Cabo Canaveral observam chegada da nave Atlantis Foto: Reuters

Técnicos do Cabo Canaveral observam chegada da nave Atlantis

O ônibus espacial Atlantis aterrissou nesta quarta-feira com seis astronautas a bordo ao final de sua última missão completando uma corrida de 25 anos de serviço, segundo imagens ao vivo da televisão da Nasa. O ônibus tocou a pista do Centro Espacial Kennedy às 12H48 GMT (08H48 local) depois de uma vertiginosa descida de 69 minutos.

O Atlantis acoplou-se no domingo, dia 16, e permaneceu ligado à ISS por sete dias, durante os quais os tripulantes levaram para a estação internacional 12 toneladas de equipamentos e provisões, incluindo uma antena de comunicações, as baterias de armazenamento de energia e o módulo russo Rassvet, mas também alimentos e material para experimentos científicos.

O Rassvet ou MRM-1 é um minimódulo pressurizado de seis metros de comprimento e 2,24 de diâmetro que pesa cinco toneladas vazio. Servirá para as manobras de aproximação da estação das naves russas Soyuz e Progress, e também para armazenamento.

Após esse voo, a princípio restam apenas duas viagens para os ônibus espaciais americanos: do Discovery, na metade de setembro, e do Endeavour, no final de novembro. Depois, as três naves serão enviadas ao museu, coroando três décadas de serviço que permitiram a construção da ISS.

Com a aposentadoria da frota de ônibus espaciais, os Estados Unidos dependerão dos Soyuz russos para levar seus astronautas à Estação, até que um lançador americano fique pronto para substituição em 2015.

AFP
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Nasa dá luz verde para a volta do Atlantis à Terra

A Nasa deu luz verde nesta quarta-feira para que o ônibus espacial Atlantis, com seis astronautas a bordo, inicie sua volta para a Terra. A saída de órbita está prevista para as 11h41 GMT depois que o comandante a bordo, Ken Ham, tiver acionado os motores orbitais.

O Atlantis deve aterrissar no Centro Espacial Kennedy, perto de Cabo Cañaveral. Com o retorno, os astronautas estarão concluindo uma missão de 12 dias para deixar mais de doze toneladas de equipamentos na Estação Espacial Internacional.

Esta foi a 32ª missão espacial do Atlantis e a 132ª realizada das naves desde o início do serviço em abril de 1981. Neste ano, a agência espacial dos EUA (Nasa) vai retirar as três naves com os quais abasteceu a ISS - o Atlantis, o Discovery e o Endeavour -, que serão substituídas em 2015 por naves Orion, com maior capacidade de carga.

Enquanto isso, as naves russas Soyuz ficarão encarregadas de levar suprimento e substituir os tripulantes da ISS.

AFP
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Altura da órbita da ISS é diminuída em 1,5 quilômetro

A Estação Espacial Internacional (ISS) diminuiu nesta quarta-feira a altura média de sua órbita em torno da Terra em 1,5 quilômetros, informou o Centro de Controle de Voos Espaciais (CCVE) da Rússia.

A manobra, que começou às 3h25 (pelo horário de Brasília) e teve duração de quase 10 minutos, aconteceu com ajuda de quatro propulsores do cargueiro Progress M-05M, acoplado ao módulo "Pirs", do segmento russo da plataforma orbital, disse um porta-voz do CCVE, citado pela agência "Interfax".

O funcionamento dos motores da nave de carga produziu uma desaceleração de 0,8 metros por segundo do laboratório espacial, o que permitiu situá-lo na órbita programada.

A correção de órbita, segundo explicou o CCVE, aconteceu para garantir as condições ideais para o retorno à Terra da nave russa Soyuz TMA-17, que deve acontecer no próximo dia 2.

A bordo da nave retornarão à Terra ao cosmonauta russo Oleg Kotov, seu colega da Nasa Timothy Creamer e o astronauta japonês Soichi Noguchi, todos eles membros da expedição número 23 à ISS.

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terça-feira, 25 de maio de 2010

Nasa capta imagem das nebulosas Coração e Alma

A nebulosa do Coração (à esquera) ao lado da nebulosa da Alma. Na parte inferior da imagem estão visíveis também as galáxias Maffei 1 e Maffei 2 Foto: Nasa/Divulgação

A nebulosa do Coração (à esquerda) ao lado da nebulosa da Alma. Na parte inferior da imagem estão visíveis também as galáxias Maffei 1 e Maffei 2

A Agência Espacial Americana, Nasa, divulgou a imagem das nebulosas Coração e Alma captada pelo explorador com telescópios em infravermelho Wide (field Infrared Survey Explorer). A imagem cobre uma área do céu 10 vezes maior que a Lua cheia e está localizada a cerca de 6 mil anos-luz da Terra.

As nebulosas Coração e Alma formam um vasto complexo de formação estelar que faz parte do braço espiral da constelação de Perseu, na nossa Via Láctea. A nebulosa à esquerda da imagem é o Coração, catalogado como IC 1805 e batizado por sua semelhança com um coração humano. À direita está a nebulosa da Alma, também conhecida como a nebulosa embrionária, IC 1848 ou W5.

O braço de Perseus fica mais longe do centro da Via Láctea do que o grupo que contém o nosso Sol. O local onde estão as nebulosas Coração e Alma estendem-se por 580 anos-luz de diâmetro, cobrindo uma pequena parcela do diâmetro da Via Láctea, que é cerca de 100 mil anos-luz de diâmetro.

As nebulosas são duas fábricas de grandes estrelas, marcadas por bolhas fundidas na poeira por radiação e ventos das estrelas. A imagem infravermelha proporcionada pelo Wise permite ver as fendas envoltas em nuvens onde o gás e a poeira estão apenas começando a formar novas estrelas. Essas estrelas têm apenas alguns milhões de anos, ou seja, são jovens em comparação com estrelas como o nosso Sol que tem cerca de 5 bilhões de anos.

Também visível na parte inferior da imagem estão duas galáxias, a Maffei 1 e a Maffei 2. Ambas as galáxias contêm bilhões de estrelas e, com cerca de 10 milhões de anos-luz de distância, estão fora da nossa Via Láctea. A Maffei 1 é vista como um objeto azulado elíptico e a Maffei 2 é a galáxia espiral.

Todos os quatro detectores de infravermelho a bordo Wise foram usados para fazer esta imagem. Cada cor representa um comprimento de onda diferente. O azul e o turquesa representam a luz infravermelha em comprimentos de onda de 3,4 e 4,6 mícrons, que é dominado pela luz das estrelas. Verde e vermelho representam a luz aos 12 e 22 mícrons, que é principalmente emitido por poeira quente.

Astronauta na ISS registra formação de tempestade no Atlântico

Astronauta registrou tempestade no Atlântico Foto: Reprodução

Astronauta registrou tempestade no Atlântico

O astronauta japonês Soichi Noguchi divulgou nesta terça-feira uma imagem registrada da Estação Espacial Internacional de uma tempestade sobre o oceano Atlântico. Noguchi não deixa claro em qual região foi registrada a foto, mas pode se tratar de um sistema de baixa pressão observado por cientistas e que pode se tornar a primeira tempestade tropical do ano, mesmo há uma semana do início da temporada de furacões. As informações são da ABC.

Segundo a TV americana, o sistema de baixa pressão observado ocorre nas Bahamas e o Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos afirma que há uma chance entre 30% e 50% de se tonar uma tempestade subtropical ou tropical - que são mais fracas que furacões, mas podem se transformar nestes.

Apesar da possibilidade da tempestade ficar mais forte, os cientistas não acreditam que ela trará destruição, no máximo altas ondas na costa, já que deve se direcionar ao mar aberto. Apesar disso, tempestades desse porte antes da temporada de furacões são incomuns.

Supernova lança estrela de nêutrons a 8 mi de km/h

Na área inferior direita da imagem, pode ser vista a estrela de nêutrons ser jogada como uma bala pela explosão da estrela Foto: Divulgação

Na área inferior direita da imagem, pode ser vista a estrela de nêutrons jogada como uma "bala" pela explosão da estrela

O telescópio Chandra captou uma imagem em raio-X da nebulosa N49 que mostra uma estrela de nêutrons "em fuga" a 8 milhões de km/h após ser lançada pela explosão de uma estrela supermassiva (supernova). Segundo astrônomos da Universidade de Penn - que utilizaram o telescópio administrado pela Nasa e pela Universidade de Harvard - a nebulosa fica na Grande Nuvem de Magalhães.

De acordo com os cientistas, o telescópio observou a N49 por cerca de 30 horas e identificou uma espécie de "bala" disparada após a supernova. Esse objeto é conhecido como estrela de nêutrons ou repetidor leve de raios gama (SGR, na sigla em inglês), uma fonte de raios gama e X.

Além disso, esses corpos possuem campos magnéticos muito poderosos e são muitas vezes criados nessas explosões, ou seja, o SGR certamente foi criado pela supernova. Segundo os cientistas, esse fenômeno mostra como a explosão que destruiu a estrela mais velha foi altamente assimétrica.

Os cientistas afirmam ainda que os dados do telescópio Chandra indicam que a nebulosa tem cerca de 5 mil anos e a energia da explosão é estimada em aproximadamente duas vezes o de uma supernova normal.

http://noticias.terra.com.br/ciencia/noticias/0,,OI4448826-EI301,00-Supernova+lanca+estrela+de+neutrons+a+mi+de+kmh.html#tphotos

Redação Terra

Nasa perde esperança de 'ressuscitar' sonda marciana Phoenix

Duas imagens da sonda Phoenix obtidas em 2008 (esq) e 2010 (dir). Em 2008, a imagem mostra dois pontos azuis em cada lado da sonda, que correspondem ... Foto: Nasa/Divulgação

Imagens da sonda Phoenix obtidas em 2008 (esq) e 2010 (dir). Em 2008, a imagem mostra dois pontos azuis em cada lado da nave, que correspondem aos painéis solares. Em 2010 os cientistas observaram uma sombra escura que poderia ser o corpo da sonda, mas sem sombra do painel solar
Foto: Nasa/Divulgação

A sonda marciana Phoenix está "morta" e sem esperanças de "ressuscitar" depois de ter sucumbido aos rigores do inverno do Planeta Vermelho, informou a Nasa, que não conseguiu retomar contato com a nave. A agência espacial americana anunciou oficialmente o fim da missão da Phoenix em novembro de 2008, depois que a sonda deixou de se comunicar com a Terra.

No entanto, a Nasa mantinha certas esperanças de que os paineis solares e as baterias pudessem ter sobrevivido ao longo inverno no círculo polar marciano, para reviver com a nova chegada do Sol. A Phoenix se manteve operacional durante cinco meses, muito mais que os 90 dias planejados inicialmente, e permitiu confirmar a presença de gelo no planeta.

AFP
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segunda-feira, 24 de maio de 2010

Amador descobre órbita secreta de nave militar americana

Um astrônomo amador canadense descobriu a órbita de um projeto secreto das Forças Armadas americanas, o veículo de teste orbital (OTV, na sigla em inglês) X-37B, lançado no dia 22 de abril. Segundo a imprensa local, Kevin Fetter descobriu a rota do aparelho de forma acidental, enquanto analisava o espaço com seu telescópio para encontrar satélites fora de serviço.

Mas o telescópio de Fetter, que faz parte do grupo de astrônomos amadores Heavens-Above, captou durante alguns segundos o voo do X-37B, uma nave de 5,5 t colocado em órbita pelas Forças Armadas dos Estados Unidos sem que sua função tenha sido anunciada.

"O vi por sorte, porque estava apontando para área certa do céu", disse Fetter ao jornal canadense The Globe and Mail. A descoberta de Fetter revela que o X-37B orbita a 410 km da Terra e que completa uma volta ao planeta a cada 90 minutos.

Mas o mais importante é que a nave está em uma órbita de 40 graus, e não de 33 graus como foi especulado a princípio, o que a coloca em uma rota que passa sobre Afeganistão, Paquistão, Coreia do Norte e Iraque, entre outros países. Especialistas consultados pelo jornal disseram que a órbita, utilizada normalmente por satélites espiões, é prova de que o X-37B está sendo utilizado em seu primeiro voo para tarefas de espionagem.

EFE
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domingo, 23 de maio de 2010

Tripulação de Atlantis despede-se da estação espacial

Atlantis segue viagem de volta a Terra

Os astronautas da nave espacial Atlantis se despediram neste domingo da tripulação da Estação Espacial Internacional (ISS) antes de fechar as comportas de ambas as naves para seu desacoplamento.

Depois de sete dias de trabalho conjunto, o Atlantis começará seu retorno à Terra. Durante a estadia foram feitas três caminhadas espaciais, um novo módulo foi instalado e seis baterias foram substituídas.

O retorno definitivo ao Centro Espacial Kennedy, no sul da Flórida (EUA), está previsto para a próxima quarta-feira se a meteorologia assim permitir.

Quando a nave estiver em segurança longe do complexo, terá início a manobra de voo para deixar a estação, que orbita a 27 mil km/h a 400 km da Terra.

Esta foi a 32ª missão espacial do Atlantis e a 132ª realizada das naves desde o início do serviço em abril de 1981.

Neste ano, a agência espacial dos EUA (Nasa) vai retirar as três naves com os quais abasteceu a ISS - o Atlantis, o Discovery e o Endeavour -, que serão substituídas em 2015 por naves Orion, com maior capacidade de carga.

Enquanto isso, as naves russas Soyuz ficarão encarregadas de levar suprimento e substituir os tripulantes da ISS.

EFE
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sábado, 22 de maio de 2010

Pai da astronomia moderna é enterrado 467 anos após morrer

Militares e religiosos participam do novo enterro de Nicolau Copérnico (1473-1543), em Frombork na Polônia Foto: AP

Militares e religiosos participam do novo enterro de Nicolau Copérnico (1473-1543), em Frombork na Polônia

Nicolau Copérnico, o cientista polonês impulsionador da teoria heliocêntrica, foi enterrado novamente neste sábado na catedral de Frombork (Polônia), onde estava sepultado até que, há quatro anos, seus restos foram exumados para submetê-los a uma análise de DNA e confirmar sua identidade.

Copérnico (1473-1543) descansará sob o maior altar do templo, em um sepulcro de rocha preta de mais de 2 t, com uma lápide de 3 m de altura que lembrará uma das figuras fundamentais da astronomia moderna. O enterro foi oficiado pelo núncio do papa na Polônia, Jozef Kowalczyk, e o arcebispo de Província de Lublin, Jozef Zycinski, em cerimônia na qual a Igreja Católica despediu com solenidade do cientista que em seu tempo foi considerado um herege por suas ideias revolucionárias.

Após a exumação, o túmulo provisório de Copérnico ficou no castelo de Olsztyn, onde o cientista viveu parte de sua vida, e posteriormente na catedral da mesma cidade. O périplo do astrônomo começou em 2005. Arqueólogos poloneses encontraram seus restos mortais em um pequeno túmulo sem nome na catedral de Frombork, no litoral polonês do Mar Báltico.

Diante de dúvidas de que os restos eram de Copérnico, os ossos foram exumados para submetê-los a uma análise de DNA, que confirmou que pertencerem ao polonês. Posteriormente, uma equipe de cientistas suecos apresentou a reconstrução facial do crânio que coincidiu com os retratos de Copérnico na Polônia, um homem com nariz aquilino e olhos fundos.

O astrônomo marcou o estudo da astronomia com sua obra De Revolutionibus Orbium Coelestium (das revolucões das esferas celestes). Nesse texto, baseado em cálculos matemáticos e astronômicos, Copérnico dota de base científica uma antiga teoria heliocêntrica grega, segundo a qual é a Terra que gira ao redor do Sol, e não o contrário, como se acreditava até então.

EFE
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sexta-feira, 21 de maio de 2010

Arianespace lança seu primeiro foguete em 2010

O consórcio europeu Arianespace lançou seu primeiro foguete de 2010, que porá em orbita os satélites COMSATBw-2 e ASTRA 3B, após sofrer três adiamentos este ano, informa hoje a empresa aeroespacial em seu site.

O lançamento, o número 50 na história do foguete Ariane 5, foi realizado nesta sexta-feira às 19h01 de Brasília do centro espacial europeu de Kuru, na Guiana francesa.

Era a terceira vez que a firma aeroespacial postergava o lançamento, depois que problemas técnicos atrasaram a data inicial, prevista para o dia 24 de março e adiado para 26 de março e mais tarde para 10 de abril.

O COMSATBw-2, baseado no Spacebus 3000B2, oferecerá "serviços-chave" para as forças armadas alemãs e fará parte de um sistema de telecomunicações por satélite para o Ministério de Defesa alemão, que poderá transmitir de forma segura dados, voz, comunicações de fax e aplicações de vídeo e multimídia.

O satélite pesa duas toneladas e meia no lançamento e terá uma vida útil de cerca de 15 anos, o mesmo tempo que o ASTRA B, cuja massa será de umas cinco toneladas e meia.

Construído pela Astrium a partir de uma plataforma Ausostar E3000 3B, o ASTRA 3B será equipado com 60 repetidores de banda Ku e quatro repetidores de banda Ka com os quais oferecerá serviços de alta potência a toda Europa, acrescentou a Arianespace.

EFE
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"Atlantis" encerra contribuição à construção da ISS

Os astronautas americanos Michael Good e Garrett Reisman retornaram à Estação Espacial Internacional (ISS) após quase sete horas de trabalhos na última missão do ônibus espacial "Atlantis" ao complexo orbital.

Segundo a Nasa, Reisman e Good haviam deixado o módulo Quest às 7h27 e retornaram à ISS às 14h13 (ambos horários de Brasília), o que significa a terceira e última caminhada espacial dessa missão.

Os ''mecânicos espaciais'' completaram, assim, a instalação das duas últimas baterias entre as seis instaladas no eixo dos painéis de energia solar ao redor do complexo, que orbita a 27 mil km/h e a cerca de 400 quilômetros de distância da Terra.

As baterias da ISS, cada uma das quais avaliadas em US$ 3,6 milhões, armazenam a eletricidade gerada pelos vastos painéis solares, medem quase um metro cúbico e pesam 170 quilos cada uma.

As outras quatro que completam o equipamento foram instaladas na rodada de trabalhos externos realizada na quarta-feira na ISS que, segundo se espera, permanecerá em serviço pelo menos até 2020.

As baterias velhas, instaladas originalmente há dez anos, estão agora no veículo de carga colocado em uma base móvel, que amanhã será devolvida ao "Atlantis", cujo retorno definitivo ao Centro Espacial Kennedy, no sul da Flórida, está programado para a próxima quarta-feira.

Hoje, ao longo do dia, os astronautas instalaram um cabo de apoio no sistema de refrigeração por amônia entre dois pontos da viga principal da ISS. Tal projeto contou com um investimento de US$ 100 bilhões, do qual participam 16 nações.

Ao todo, os trabalhos externos desta missão duraram 21 horas e 20 minutos em três dias, indicou a Nasa.

Esta foi a 239ª excursão espacial realizada por astronautas americanos, a quarta de Good e a terceira de Reisman. Também foi o 146º dia de trabalhos externos em apoio à construção e à manutenção da ISS, que somam ao todo 914 horas e 53 minutos.

Enquanto Good e Reisman trabalharam do lado de fora do complexo orbital, o piloto Tony Antonelli e o especialista de missão Steve Bowen contribuíram com as tarefas do dentro da ISS e a engenheira tripulante da estação Tracy Caldwell Dyson operou o braço robótico.

O comandante do "Atlantis", Ken Ham, supervisionou todas as atividades. Ele esteve a cargo das tarefas de transferência de equipamentos e provisões da nave até a estação.

Antonelli pediu diversas vezes a Good e Reisman que posassem para fotografias, pois estas serão as últimas das janelas do ônibus espacial "Atlantis".

Esta é a 32ª missão espacial do "Atlantis" e a 132ª realizada pelas naves desde o início de seu serviço, em abril de 1981. Mas a primeira missão do "Atlantis" no espaço seria somente quatro anos depois, em outubro de 1985.

Até o fim do ano, a Nasa planeja retirar as três naves que restam e se concentrará em programas de tecnologia e prospecção mais ambiciosos, entre os quais uma visita de astronautas a um asteróide e, eventualmente, a Marte.

De qualquer maneira, o "Atlantis" estará preparado como nave de socorro quando o "Endeavour" realizar a última missão no final de novembro.

Os tripulantes do "Atlantis" se prepararão agora para deixar a ISS. No sábado, eles levarão o veículo de carga ao ônibus espacial usando o braço robótico da estação. No domingo, eles pretendem soltar as amarras da nave.

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Em 0,54 segundo, fotógrafo registra voo da ISS em frente ao Sol

Fotógrafo captou momento em que a ISS e o Atlantis passam em frente ao sol. Equipamento diminuiu a intensidade da luz Foto: Reprodução

Fotógrafo captou momento em que a ISS e o Atlantis passam em frente ao sol. Equipamento diminuiu a intensidade da luz

O francês Thierry Legault conseguiu captar o momento em que a Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês) e o ônibus espacial Atlantis passavam em frente ao Sol enquanto cruzavam a Europa. O fotógrafo de 48 anos precisou viajar da França até a Espanha para achar o ponto ideal e ainda teve apenas 0,54 segundo para registrar a passagem. As informações são do Daily Mail.

A pequena mancha escura no canto superior direito da imagem mostra o Atlantis e a ISS cerca de 50 minutos antes da acoplagem, no último dia 16. "Eu fui à Espanha enquanto o resto da Europa esperava tempo ruim", diz Legault à reportagem. Outra dificuldade, além do deslocamento, foi o pequeno tempo para o registro, já que a estação e a espaçonave viajavam a mais de 26 mil km/h.

Para registrar a passagem, o fotógrafo utilizou um prisma que "absorveu" a maior parte da luz do Sol, além de combinar na câmera uma pequena passagem para a luz com uma exposição muito rápida para a imagem.

Astronautas americanos iniciam último passeio espacial na ISS

Astronautas fazem manutenções na Estação Espacial Internacional Foto: AFP

Astronautas fazem manutenções na Estação Espacial Internacional

Os astronautas Michael Good e Garrett Reisman iniciaram nesta sexta as tarefas de seu terceiro e último passeio espacial, durante a missão final da nave Atlantis à Estação Espacial Internacional (ISS).

Good e Reisman saíram do modulo Quest às 10h27 GMT (7h27, Brasília) quando a ISS e a Atlantis, acopladas, orbitavam a 27 mil km/h a cerca de 350 quilômetros sobre o Brasil.

Seu objetivo principal é a substituição das últimas duas baterias de um setor do eixo central da estação espacial. Eles também devem instalar um conector do tanque de refrigeração e porão no compartimento de carga e um dispositivo para operações de carga que será instalado posteriormente no módulo Zarya.

Caso o cronograma seja cumprido como está previsto, esta será a última tarefa realizada pelos astronautas da Atlantis. Assim que voltar ao Centro Espacial Kennedy na próxima quarta-feira a nave será aposentada após cumprir mais de 25 anos de operações.

As outras duas naves da frota, a Discovery e a Endeavour, também serão aposentadas assim que completarem suas missões na ISS, em setembro e novembro, respectivamente.

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quinta-feira, 20 de maio de 2010

Foguete japonês lança sonda Akatsuki ao planeta Vênus

O foguete japonês H-2A foi lançado nesta sexta-feira, de uma base do arquipélago, transportando uma sonda de exploração do planeta Vênus, informou a Agência Espacial Japonesa (Jaxa). O lançamento, inicialmente previsto para a terça-feira mas adiado por razões meteorológicas, ocorreu às 6h58 local (18h58 Brasília), a partir do centro espacial de Tanegashima (sul).

"O disparo ocorreu como o previsto", destacou a Jaxa. O foguete H-2A transporta a sonda japonesa Venus Climate Orbiter Planet-C, também chamada de Akatsuki (amanhecer). A nova sonda deverá complementar as informações recolhidas pela Venus Express, lançada no final de 2005 pela Agência Espacial Europeia (ESA) e que chegou ao planeta em 2006.

"Akatsuki" deve chegar em dezembro a Vênus, onde a temperatura é de cerca de 460°C. Os cientistas esperam que a observação do clima de Vênus, muitas vezes descrito como "o irmão gêmeo" da Terra por causa de suas dimensões e sua massa, os ajudará a compreender melhor a formação do meio ambiente em nosso planeta.

O foguete japonês também transporta ao espaço pequenos satélites desenvolvidos por universidades, assim como um "cometa espacial", o Ikaros - Interplanetary Kite-craft Accelerated by Radiation of the Sun -, artefato quadrado de 14x14 m propulsado pela pressão das partículas solares sobre suas velas.

A vela deste objeto espacial experimental, cuja textura é mais fina que a de um cabelo, é coberta de células fotoelétricas, permitindo uma propulsão "híbrida que mescla a eletricidade e a pressão", informa a Jaxa. Este foguete é o 17º exemplar do H-2A, ativo desde 2001 e co-desenvolvido pela Jaxa e pelo grupo industrial Mitsubishi Heavy Industries (MHI).

Este lançamento é o décimo primeiro desde que foram retomadas as missões do H-2A, em fevereiro de 2005, após uma longa interrupção devido ao fracasso do exemplar número 6, de novembro de 2003. O lançamento mais recente ocorreu em novembro de 2009, realizado para o posicionamento de um satélite espião.

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Pai da astronomia moderna será enterrado 467 anos após morrer

Oficiais acompanham cortejo fúnebre do astrônomo polonês Nicolau Copérnico, em Olsztyn Foto: EFE

Oficiais acompanham cortejo fúnebre do astrônomo polonês Nicolau Copérnico, em Olsztyn

O astrônomo Nicolau Copérnico (1473-1543), um dos mais importantes nomes da ciência em todos os tempos, será novamente enterrado no sábado, em Frombork, na Polônia. Um estudo identificou os restos mortais de Copérnico em 2005 em uma igreja da cidade. Nesta quinta-feira, os restos mortais passaram pela cidade de Olsztyn, também na Polônia, em seu caminho de volta a Frombork.

Copérnico foi o primeiro a teorizar, no século XVI, que a Terra não era o centro do universo. Segundo o jornal The Independent, foram vários anos de pesquisa para que fosse identificado o corpo do astrônomo. A dúvida acabou quando se compararam o DNA encontrado em livros do cientista e os restos mortais descobertos na Polônia.

O astrônomo foi enterrado em Frombork em uma igreja, mas sem identificação. Sua tese final que "tira" a Terra do centro do universo foi publicada apenas no final de sua vida, mas mudou a Igreja e influenciou diversos cientistas, como Isaac Newton.

Com informações da EFE.

Hubble flagra estrela "devorando" planeta

Concepção artística mostra estrela absorvendo matéria do planeta WASP-12b, o mais quente conhecido na Via Láctea Foto: Nasa/Esa/G. Bacon/Divulgação

Concepção artística mostra estrela absorvendo matéria do planeta WASP-12b, o mais quente conhecido na Via Láctea

O telescópio Hubble registrou o início do "jantar" de uma estrela na Via Láctea. O prato: o planeta mais quente conhecido na nossa galáxia. Contudo, a refeição não deve ser rápida - os cientistas da Nasa, a agência espacial americana, estimam que vai demorar ainda cerca de 10 milhões de anos até que o planeta WASP-12b seja completamente devorado por sua estrela, a WASP-12.

O planeta está tão próximo de sua estrela que a temperatura nele passa dos 1,5 mil °C e sua forma lembra uma bola de futebol americano. Com uma massa 40% maior que a de Júpiter, o WASP-12b teve sua atmosfera inchada pela ação do calor e está jogando material na estrela.

Segundo a Nasa, a troca de matéria entre dois corpos celestes é comum em um sistema binário, mas é a primeira vez que isso é registrado tão claramente acontecendo com um planeta. "Nós vemos uma grande nuvem de matéria ao redor do planeta, a qual está escapando e será capturada pela estrela. Nós temos também elementos químicos nunca antes vistos em planetas fora do nosso sistema solar", diz Carole Haswell, da Universidade Open, que liderou os astrônomos. Entre os elementos que a cientista afirma que são absorvidos, estão alumínio, estanho e manganês.

Ainda de acordo com a Nasa, Shu-lin Li, da Universidade de Pequim, já havia teorizado em um artigo que a força gravitacional da estrela havia distorcido a forma do planeta e ele estava tão quente que sua atmosfera havia sido expandida. As observações feitas pelo Hubble confirmam essa teoria, diz a agência espacial.

Cientistas flagram eclipse estelar e descobrem "anã gigante"

Concepção artística mostra eclipse estelar binário. Observação do fenômeno indicaria que anãs brancas de hélio são bem maiores que as anãs brancas ... Foto: Divulgação

Concepção artística mostra eclipse estelar binário. Observação do fenômeno indicaria que anãs brancas de hélio são bem maiores que as anãs brancas comuns

Astrofísicos da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, afirmam ter identificado pela primeira vez duas estrelas anãs brancas em um sistema de eclipse binário, o que permitiu a primeira medição do raio de uma anã branca composta de hélio puro. Essa descoberta pode provar uma das principais teorias da astronomia, de que estas estrelas não são tão "anãs" assim.

Segundo a universidade, cientistas observavam a estrela NLTT 11748, uma das poucas anãs brancas com núcleo de hélio e pequena massa e que é estudada devido às suas variações de brilho. Rápidos registros da estrela - com cerca de um minuto de exposição cada - mostraram que ela parecia enfraquecida.

Na noite seguinte, os cientistas observaram eclipses de cerca de três minutos e identificaram o sistema estelar binário. Cinco semanas depois, eles utilizaram observações do telescópio Keck, no Havaí, para entender melhor o sistema da NLTT 11748 e de sua companheira, outra anã branca que é menos brilhante, mas tem maior massa.

Anãs brancas são os restos densos de estrelas como o Sol que tiveram seu combustível nuclear esgotado. Elas costumam ter dimensões parecidas com as da Terra e geralmente têm um núcleo denso e formado de carbono e oxigênio.

contudo, uma das estrelas - a NLTT 11748 - é uma anã branca de núcleo de hélio, um tipo relativamente raro de estrela descoberto há mais de 20 anos. Teorias afirmam que esse tipo de estrela nasceria mais quente e maior que outras anãs brancas. Contudo, até agora, ninguém havia conseguido medir o seu tamanho, mas as observações dos astrônomos da Califórnia comprovariam essa teoria.

Enquanto a anã de hélio tem cerca de 10% a 20% da massa do Sol, a outra tem cerca de 70% da massa da nossa estrela, mas é composta basicamente de carbono e oxigênio. Por outro lado, a de hélio é muito maior que a segunda e é cerca de 30 vezes mais brilhante.

Segundo os cientistas, o aparecimento desse sistema seria resultado da interação entre as duas estrelas. "A formação deste sistema binário com uma anã branca de hélio com uma massa extremamente pequena teria que ser o resultado de interações e perda de massa entre as duas estrelas originais", diz o cientista Steve Howell.

"Uma possibilidade particularmente intrigante é ponderar o que irá acontecer entre 6 e 10 bilhões de anos. (...) Este sistema binário está emitindo ondas gravitacionais a uma taxa que vai forçar as duas anãs brancas a fazerem contato. O que acontecerá, ninguém sabe", diz o professor Lars Bildsten.

Cosmonautas chegam pela 1ª vez ao novo módulo científico russo

O comandante da Estação Espacial Internacional (ISS), Oleg Kotov, e o engenheiro Aleksandr Skvortsov chegaram hoje pela primeira vez ao novo módulo científico russo Rassvet (MIM-1), acoplado à plataforma orbital no último dia 18.

"Os cosmonautas entraram no módulo com máscaras anti gás e outros equipamentos de proteção, de acordo com as medidas de segurança. Em primeiro lugar, coletaram amostras do ar e os resultados indicaram a necessidade de depuração da atmosfera", indicou um porta-voz do Centro de Controle de Voos Espaciais (CCVE) da Rússia.

No final de julho, os russos que integram a tripulação da plataforma orbital realizarão uma caminhada para integrarem o módulo Rassvet ao conjunto da estação espacial.

O novo espaço científico, que será utilizado para realizar experiências biotecnológicas e testes de materiais, chegou à plataforma orbital a bordo da nave Atlantis.

Em novembro, o laboratório Poisk (MIM-2), que chegou à plataforma orbital a bordo de um cargueiro Progress, somou-se aos outros três módulos do segmento russo da ISS. Em 2012 está previsto o lançamento de um novo laboratório russo, o Nauka.

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quarta-feira, 19 de maio de 2010

Astronautas do Atlantis completam segunda caminhada espacial

Dois astronautas americanos completaram com sucesso nesta quarta-feira a segunda das três caminhadas espaciais da missão Atlantis, durante a qual trocaram quatro baterias na Estação Espacial Internacional (ISS), informou um porta-voz da Nasa.

Steve Bowen e Michael Good voltaram para a sala de descompressão da estação às 17H47 GMT (14H47 de Brasília), pondo fim a uma expedição orbital de sete horas e nove minutos, ou seja, quase 40 minutos a mais que o previsto.

A expedição foi ampliada para permitir que os astronautas instalassem uma quarta bateria, além das três que deveriam substituir inicialmente. Essa foi a 238º caminhada ao espaço realizada por astronautas americanos, a quinta para Bowen e a terceira para Good, segundo a Nasa.

No domingo, o Atlantis acoplou à ISS, onde deve permanecer por sete dias levando um carregamento de mais de 12 toneladas de materiais, seis baterias para os painéis solares da estação, alimentos e materiais para experimentos científicos.

Após esse voo, a princípio restariam apenas duas viagens de ônibus espaciais: do Discovery, na metade de setembro, e do Endeavour, no fim de novembro. Depois, as três naves serão enviadas ao museu, coroando três décadas de trabalho que permitiram a construção da estação espacial.


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Imagem em infravermelho revela detalhes de galáxia

O Observatório Europeu do Sul (ESO, na sigla em inglês) divulgou nesta quarta-feira uma imagem em infravermelho da galáxia Messier 83 capturada pelo Very Large Telescope (VLT), no Chile. Segundo o ESO, a imagem é uma das mais detalhadas já produzidas da superfície da Terra. Além disso, testa a capacidade do telescópio e mostra formas nunca vistas do conglomerado de estrelas.

Messier 83 fica a cerca de 15 milhões de anos-luz do nosso planeta, na constelação de Hidra. Ela tem apenas 40% do tamanho da Via Láctea, ou seja, 40 mil anos-luz, mas é, de muitas maneiras, similar à nossa galáxia, tanto no formato em espiral quanto em uma espécie de "barra" de estrelas que fica próxima ao seu centro.

A galáxia vizinha é famosa por ter várias supernovas - grandes explosões que marcam o fim da vida de muitas estrelas. Em um século de observações, foram registradas seis vezes esse fenômeno em Messier 83. Além disso, o conglomerado de estrelas é um dos mais brilhantes na nossa vizinhança, podendo ser visto por astrônomos amadores apenas com o uso de binóculos.

Com a imagem registrada em infravermelho, boa parte da poeira que esconde a estrutura fica invisível. O gás brilhante que fica ao redor de estrelas também fica com uma luz menos intensa. Com essas observações, os astrônomos podem procurar, por exemplo, por berçários de estrelas que antes estavam escondidos. Comparado com imagens mais antigas, o equipamento consegue registrar também estrelas mais longínquas da galáxia.

Imagem em infravermelho capturada pelo Very Large Telescope (VLT) mostra detalhes da galáxia Messier 83. O telescópio fica no Chile e é administrado ... Foto: ESO/Divulgação

Imagem em infravermelho capturada pelo Very Large Telescope (VLT) mostra detalhes da galáxia Messier 83

Veja as fotos

Astronautas do Atlantis fazem segunda caminhada espacial

Os astronautas do ônibus espacial Atlantis, Steve Bowen e Michael Good, realizarão nesta quarta-feira a segunda das três caminhadas da missão da nave à Estação Espacial Internacional (ISS). O objetivo principal da viagem é a substituição de três das seis baterias do eixo central da estação, processo que terá duração de cerca de seis horas.

Os astronautas, que abandonarão a câmara de descompressão Quest, às 8h15 (pelo horário de Brasília), tentarão ainda completar algumas tarefas que não foram completadas na primeira caminhada, na última segunda-feira. Uma delas é terminar a instalação de um trecho do cabo da câmera utilizada para captar imagens da cobertura térmica da nave, que está encontra no extremo do braço sensor da ISS.

Após a primeira saída, Bowen e outro astronauta, Garrett Reisman, voltaram uma hora e meia após o horário previsto pois tiveram dificuldades com este cabo, que não terminou de ser ajustado, e ainda enfrentaram problemas no sistema.

Durante a primeira caminhada, Reisman e Bowen completaram a instalação de uma segunda antena de banda Ku para as comunicações da ISS com a Terra, e uma plataforma adicional no sistema "Dextre", que é formado por dois "braços" robóticos.

A terceira caminhada será realizada na próxima sexta-feira, e o "Atlantis" se despedirá pela última vez da ISS no domingo, quando acontece o desacoplamento. A missão de 12 dias termina na próxima quarta-feira, quando o ônibus espacial fará seu pouso no Centro Espacial Kennedy.

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terça-feira, 18 de maio de 2010

Projeto Marte-500 simulará expedições ao planeta vermelho

Russos, europeus e chineses apresentaram hoje o projeto Marte-500, um simulador de uma expedição ao planeta vermelho no qual seis voluntários viverão durante um ano e meio sob as mesmas condições de astronautas em viagens interplanetárias.

"É um experimento desenhado para saber quais fatores afetarão a tripulação que viajar a Marte, do ponto de vista médico e psicológico", disse à Agência Efe Diego Urbina, italiano de origem colombiana e um dos participantes do projeto.

Urbina, três russos, um francês e um chinês serão mantidos durante 520 dias, a partir de 3 de junho, em um simulador de uma plataforma espacial para estudar a resistência do ser humano a condições de isolamento prolongado.

Além disso, a experiência servirá para comprovar a compatibilidade psicológica entre os integrantes de uma tripulação, frente a futuras viagens para Marte ou expedições à Lua.

"Não terão acesso à internet, nem poderão entrar em contato com suas famílias, e enfrentarão os mesmos desafios que os astronautas, exceto a falta de gravidade", afirmou o russo Boris Morukov, diretor do projeto, em uma entrevista coletiva na sede do Instituto de Problemas Biomédicos da Academia de Ciências da Rússia.

A Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês) e a russa Roscosmos lançaram o ambicioso projeto em 2004, ao qual a China se uniu posteriormente, enquanto países como Estados Unidos e Espanha entraram como colaboradores.

"Todas as missões espaciais só podem ser realizadas por meio da cooperação internacional e, por isso, agradecemos muito à Rússia e à China", disse Martin Zell, chefe do departamento de pesquisas da ESA.

Com uma reserva de toneladas de água e de comida, os seis voluntários viverão em condições similares às de uma expedição real a Marte, no interior de cinco módulos espaciais de 180 metros quadrados.

Um deles imitará as condições de Marte quando os três astronautas desembarcarem na superfície do planeta, aonde chegarão depois de 250 dias de voo a partir da Terra e onde permanecerão durante um mês.

Os três escolhidos para "pôr os pés" sobre Marte - um russo, um europeu e o chinês - terão de vestir verdadeiros casulos de 30 quilos. No entanto, não terão que trabalhar em condições de falta de gravidade.

As equipes técnicas reproduzirão nos simuladores a composição do ar, a pressão atmosférica e o nível de barulho na nave que levará a Marte.

O módulo que será a casa dos astronautas incluirá uma cozinha com mesas e quartos forrados de madeira de três por dois metros quadrados, com uma cama, uma mesa e um armário, um vaso sanitário e uma ducha, que só poderão ser utilizados uma vez a cada dez dias.

Não faltarão testes difíceis durante o experimento, incluindo simulações de problemas técnicos, que colocarão a capacidade da tripulação a toda prova para superar inesperadas situações de estresse.

Os voluntários poderão abandonar o experimento se desejarem.

"Estamos acostumados com pequenas coisas, com o ar, com a luz do Sol, com a internet, que não teremos no simulador. Trabalharemos o dia todo em 90 experimentos científicos", disse Urbina.

A tripulação será formada por um comandante russo, um engenheiro de bordo, três cientistas e um médico, de entre 27 e 38 anos, fluentes em inglês.

"Devemos conhecer os processos que levaram Marte a passar de um planeta similar à Terra ao que é agora. Devemos estudar esses processos para preservar a vida em nosso planeta", disse Urbina, engenheiro de 27 anos.

Urbina, que sonha em ser astronauta e acredita que futuras gerações viajarão facilmente a Marte, considera que "explorar o espaço está na natureza do ser humano".

"Espero não esquecer o espanhol nem outras coisas durante minha estadia no simulador", brincou o engenheiro, que teve que passar por treinamentos de sobrevivência nas geladas florestas russas, para provar sua resistência física.

Urbina é apenas alguns meses mais velho que o chinês Wang Yue, o caçula da expedição, enquanto o francês Romain Charles tem 31 anos e os voluntários russos são experientes médicos e engenheiros e todos têm passado ou presente militar.

Zell insistiu em que o simulador fornecerá dados de valor "incalculável" para a construção de naves espaciais mais confiáveis para viagens interplanetárias.

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Astronautas treinam para missões espaciais no fundo do mar

Os 'aquanautas' Satoshi Furukawa (à esquerda) e Nicholas Patrick participam de uma missão submarina de treinamento extra-veicular para a Nasa no ano ... Foto: Nasa/The New York Times

Os 'aquanautas' Satoshi Furukawa (à esquerda) e Nicholas Patrick participam de uma missão submarina de treinamento extra-veicular para a Nasa no ano de 2007

Os Estados Unidos não devem enviar astronautas à Lua ou a Marte por pelo menos mais 10 anos, mas estes ainda podem pelo menos fazer uma ideia das condições que encontrariam, ao viver a uma profundidade de 20 metros sob o mar.

Na última sexta-feira, uma tripulação de seis astronautas, dois dos quais veteranos de missões espaciais, desceu ao Aquarius, um laboratório submarino instalado ao lado de um recife de coral cerca de cinco quilômetros distante de Key Largo, na Flórida.

Trata-se da 14ª missão em um programa criado nove anos atrás e conhecido como "orientação para missões em ambientes extremos", ou Neemo. Durante as duas semanas que passarão no laboratório, os aquanautas participarão de caminhadas espaciais simuladas, operarão um guindaste e executarão outras tarefas parecidas com aquelas que os astronautas teriam de realizar em uma missão de construção de um habitat em outro planeta.

"Os objetivos primários da missão são tarefas de engenharia, testes e concepção de operações relacionadas à exploração espacial", disse William Todd, o diretor de projeto da missão Neemo 14. (Aparentemente, a mancha de petróleo que está se espalhando pelo Golfo do México não afetará a Neemo.)

Partes da missão parecem seriamente desatualizadas, se levarmos em conta a completa confusão que cerca o programa de voo espacial tripulado da Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço (Nasa) no momento. Um dos modelos que os aquanautas devem utilizar em seu período de treinamento simula o Lunar Electric Rover, um veículo de exploração de superfície do tamanho de um utilitário, que talvez jamais venha a ser construído depois que o governo Obama propôs cancelar o programa Constellation, da Nasa, cuja meta inicial era a retomada de missões tripuladas à Lua.

Mas Todd disse que as tarefas de treinamento eram mais importantes que os detalhes dos modelos usados para a simulação. Por exemplo, os tripulantes testarão procedimentos que serviriam para transferir um colega ferido para dentro e para fora do veículo.

"Teremos um veículo de pouso e um veículo de exploração de superfície, e maneiras de embarcar e desembarcar pessoas desses veículos, não importa qual seja o destino das missões", disse Todd. "Temos de compreender de que modo operar nesse tipo de ambiente".

Ao ajustar os controles de flutuação dos trajes de mergulho, os aquanautas poderão simular as condições de gravidade da Lua, equivalente a um sexto da gravidade terrestre, ou de Marte, equivalente a três oitavos da terrestre.

O coronel Chris Hadfield, astronauta canadense que voou duas missões com o programa do ônibus espacial dos Estados Unidos, comanda a Neemo 14. Os demais tripulantes incluem o Dr. Thomas Marshburn, quer participou de uma missão do ônibus espacial no ano passado; Andrew Abercromby, vice-diretor do projeto do veículo lunar de exploração de superfície; e o cientista e pesquisador Steve Chappell.

Dois técnicos prestarão assistência de engenharia ao laboratório Aquarius, controlado pela Administração Nacional da Atmosfera e Oceano (NOAA).

Durante metade da missão, será adotado um lapso temporal de 20 minutos em todas as comunicações entre os aquanautas e o controle de missão, o que reproduziria a demora nas transmissões entre a Terra e Marte. O lapso temporal não só requer que a tripulação trabalhe de maneira mais independente como altera fundamentalmente a natureza da comunicação. Todd disse que quando lapsos temporais foram introduzidos na mais recente missão Neemo, três anos atrás, a Nasa constatou que embora a transmissão em vídeo funcionasse para mensagens gerais, instruções escritas eram melhores para detalhes, a fim de reduzir a possibilidade de erros de compreensão. "São lições importantes", disse Todd.

Enquanto os aquanautas praticam para o que futuro pode trazer, o presente da Nasa continua a ser debatido em terra. Na quarta-feira, o Comitê de Comércio, Ciência e Transporte do Senado vai realizar audiência sobre o futuro do programa de voos espaciais tripulados. O plano do governo não conquistou grande apoio no Legislativo, mas não muitos congressistas defenderam o Constellation.

Na sexta-feira, o ônibus espacial Atlantis iniciou sua missão final, do Centro Espacial Kennedy, e passará 12 dias acoplado à Estação Espacial Internacional, na qual substituirá baterias, instalará uma antena sobressalente e conectará um módulo de suprimento russo. Depois da missão da Atlantis, os dois outros ônibus espaciais restantes - Discovery e Endeavor - realizarão cada qual mais um voo, e em seguida a frota inteira será aposentada.

Mas pode ser que os últimos voos não sejam os últimos. A Atlantis ficará preparada para mais uma missão, a fim de servir de veículo de resgate caso o Endeavor encontre problemas em seu voo final; a esperança de alguns é que, caso a missão do Endeavor transcorra bem, a Atlantis possa voar ainda mais uma missão.

The New York Times
The New York Times

Astronautas instalam novo laboratório na estação internacional

Astronautas usam robô para instalar laboratório russo na Estação Espacial Internacional Foto: Reuters

Astronautas usam braço robô para instalar laboratório russo na Estação Espacial Internacional

O ônibus espacial Atlantis entrega nesta terça-feira um novo laboratório russo à Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês). Segundo a Nasa - a agência espacial americana -, a instalação fazem parte dos trabalhos de transição entre a fase de montagem da ISS para a pesquisa científica contínua na instalação.

O módulo Rassvet (amanhecer, em russo), também conhecido como mini módulo de pesquisa 1, abrigará uma variedade de biotecnologia, materiais de ciência biológica, fluidos físicos e experimentos de pesquisa educacional. O Rassvet foi ligado na manhã desta terça-feira ao topo do módulo Zarya.

Segundo a cientista Julie Robinson, que participa do programa que dirige a ISS, o módulo vai gerar "um novo e real estado para experimentos conduzidos na estação espacial". "Este novo módulo aumenta a capacidade de pesquisa da estação e possibilita novas investigações", afirma.

Ainda de acordo com a Nasa, o laboratório contém um compartimento pressurizado com oito estações de trabalho equipadas com equipamentos como duas incubadoras para acomodar experimentos em baixa e alta temperatura e uma plataforma para evitar vibrações, para proteger os estudos.

Estudo reforça existência de mar supergelado em lua de Saturno

Reflexos do sol captados na lua Titã, de Saturno, indicam presença  de mar líquido Foto: Nasa/Divulgação

Reflexos do sol captados na lua Titã, de Saturno, indicam presença de mar líquido

Um estudo de 15 cientistas da Alemanha e Estados Unidos, liderado por Katrin Stephan, do Instituto de Pesquisa Planetária de Berlim, indica que imagens feitas pela sonda Cassini em junho do ano passado realmente são de um mar na lua Titã, de Saturno, conforme se pensava. As imagens mostram reflexos do Sol no pólo norte da lua. As informações são do The New York Times.

Se for confirmada a descoberta, Titã será o único corpo conhecido no sistema solar, fora a Terra, a ter uma superfície estável o suficiente para abrigar substâncias em estado líquido. O mar de Titã, contudo, não é de água. Os cientistas acreditam que ele seja composto de uma mistura de etano e metano e, talvez, nitrogênio líquido a uma temperatura de aproximadamente -184°C.

O estudo indica que o Kraken Mare - nome dado em relação ao gigantesco monstro da mitologia grega imortalizado no filme Fúria de Titãs, teria sido revelado por um fenômeno conhecido como reflexão especular. Assim como nos espelhos, ela ocorre quando os raios que atingem a superfície têm o mesmo ângulo que os refletidos, o que ocorre frequentemente em vidros, líquidos e metais.

As análises de quatro páginas dos cientistas afirmam que as imagens da Cassini mostram reflexão claramente especular, o que sugere "fortemente" que o Kraken Mare existe em estado líquido.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Japão adia lançamento de sonda para explorar Vênus por causa do mau tempo

O Japão adiou nesta segunda, por causa do mau tempo, o lançamento da sonda "Akatsuki", que terá a missão de explorar o clima e a atmosfera de Vênus, informou a Agência Japonesa de Exploração Aeroespacial (JAXA).

O lançamento da "Akatsuki" estava previsto para as 06h44 locais de terça-feira (18h44 de segunda-feira, no horário de Brasília), no Centro Espacial de Tanegashima, mas pouco antes do horário de partida, os especialistas da JAXA decidiram adiá-la por causa das "condições meteorológicas desfavoráveis".

A partida será adiada pelo menos até a próxima sexta-feira, já que é necessário esvaziar o tanque de combustível do veículo de lançamento da sonda, o H-IIA, e são precisos outros dois dias para abastecê-lo novamente, segundo a agência "Kyodo".

Fontes da JAXA citadas pela "Kyodo" indicaram que o dia 3 de julho é a data limite de lançamento para que a "Akatsuki" possa chegar à órbita de Vênus em dezembro, como o calculado.

Esta é a primeira sonda japonesa a explorar o clima de Vênus e a elaborar um mapa em três dimensões de seus movimentos atmosféricos.

Depois de lançada, está previsto que a sonda chegue à órbita de Vênus em sete meses, onde permanecerá durante cerca de dois anos.

Embora seja similar à Terra em termos de tamanho e massa, Vênus é um país coberto de dióxido de carbono (CO2), com uma temperatura muito elevada e grossas nuvens de ácido sulfúrico.

Segundo a JAXA, determinar as causas deste ambiente poderia contribuir com dados sobre o nascimento da Terra e suas fases climáticas.

"Akatsuki", que pesa 500 quilos, deve chegar a Vênus em dezembro e orbitar a distâncias que variarão entre 300 e 80 mil quilômetros da superfície do planeta, o que permitirá uma observação detalhada de seus fenômenos meteorológicos.

A missão complementará os dados da sonda Vênus Express, da Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês), que entrou na órbita do planeta em abril de 2006 para estudar detalhadamente sua atmosfera.

Além da "Akatsuki", o veículo de lançamento H-IIA levará ao espaço outros cinco satélites secundários, entre eles o "Ikaros", que será movido por energia solar.

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Astronautas concluem 1ª de 3 caminhadas espaciais na ISS

Imagem da Nasa TV mostra os astronautas Garrett Reisman (esq.) e  Steve Bowen (dir.)retornando para a Atlantis, após primeiro dia de  trabalhos Foto: EFE

Imagem da Nasa TV mostra os astronautas Garrett Reisman (esq.) e Steve Bowen (dir.) retornando para a Atlantis, após primeiro dia de trabalhos

Os astronautas Garrett Reisman e Steve Bowen completaram nesta segunda-feira a primeira de três caminhadas fora da Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês), durante a última missão da nave Atlantis.

A Nasa (agência espacial americana) informou que Reisman e Bowen, dois dos seis astronautas que chegaram à ISS no domingo a bordo da nave, fecharam a porta do compartimento Quest às 16h19 (horário de Brasília), depois de sete horas e 25 minutos de trabalho no espaço, fora do complexo.

Bowen e Reisman completaram a instalação de uma segunda antena para as comunicações entre a ISS e a Terra e de uma plataforma adicional no sistema Dextre, com dois braços robóticos.

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Asteroides ganharão nomes de 5 estudantes brasileiros

Cinco estudantes brasileiros classificados em primeiro e segundo lugares em uma feira de ciências terão seus nomes eternizados no espaço. A homenagem será feita pelo Instituto de Tecnologia de Massachussets, o MIT, que batizará asteróides com os nomes dos jovens. Os asteroides foram descobertos pelo programa Linear do MIT que pesquisa objetos próximos à Terra.

Tamara Gedankien,17 anos, Alejandro Mariano Scaffa, 17 anos, Lucas Strasburg Ferreira, 18 anos, Eduardo Trierweiler Boff, 18 anos e William Lopes, 20 anos, foram os melhores colocados na feira de ciências Intel ISEF. Esta foi a primeira vez que estudantes brasileiros conquistaram o primeiro lugar na feira.

O primeiro lugar ficou com Tamara que, além de ter seu nome em um asteroide, ainda ganhou US$ 8 mil por ser a primeira colocada e melhor na categoria Ciências Sociais com o estudo de caso sobre os efeitos da contextualização sociocultural no aprendizado de matemática. A estudante foi premiada também com uma bolsa de estudos no valor de US$ 15 mil por ano para estudar em uma universidade americana.

O estudante Alejandro Mariano Scaffa foi o primeiro colocado na categoria bioquímica com o estudo sobre o melhoramento da produção de etanol por meio da esterilização da cana de açúcar. Ele recebeu o prêmio total de US$ 8 mil.

William Lopes foi o segundo colocado em microbiologia com o projeto de utilização do fungo Aspergillus Níger no tratamento de efluentes. O estudante recebeu US$ 1,5 mil pelo projeto que analisa o processo tecnológico que utiliza organismos na remoção de poluentes.

Os estudantes Lucas Strasburg Ferreira e Eduardo Trierweiler Boff, ambos de 18 anos, foram premiados com US$ 1,5 mil pelo segundo lugar com o projeto em grupo que prevê a construção de uma prótese de pé mecânico com materiais alternativos e baixo custo, para pessoas que sofreram amputação de membros inferiores.

Astronauta passará lua de mel trancado 18 meses com 5 homens

astronauta russo Alexei Sitev vai ter que deixar de lado a sua lua de mel com sua mulher, Ekaterina Golubeva, para passar 18 meses trancado em um simulador de espaçonave com outros cinco homens. Tudo isso para um experimento que visa estudar como seria uma viagem a Marte. As informações são do Daily Mail.

O casal, que está casado há cerca de quatro semanas - e ainda não planejou uma lua de mel -, sabia do experimento antes da cerimônia, mas o noivo decidiu seguir em frente com a troca de alianças como sinal de "comprometimento". O astronauta de 38 anos será trancado na semana que vem em uma cápsula de aço com cerca de 300 m², sem janelas, com os companheiros que foram escolhidos para desempenhar uma série de tarefas necessárias a uma missão real.

O experimento da Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês) é chamado de Mars500 e é dividido em três fases: 250 dias que simulam a viagem de ida ao planeta vermelho; 30 dias em sua superfície; 240 dias para o retorno.

A porta será aberta apenas após os 520 dias de experimento, ou seja, tudo que eles precisarão para sobreviver dentro da cápsula será colocado antes de a porta fechar. Durante o tempo de isolamento, os membros da tripulação - três russos, um chinês, um francês e um italiano - experimentarão praticamente todas as condições da viagem, com exceção da radiação e da baixa gravidade.

A separação
O astronauta diz que será difícil viver o início da vida de casado longe da mulher, ainda mais por um período tão longo. Ele destaca entre as dificuldades a falta de comunicação com a mulher e a falta de sexo. Contudo, o russo diz que a maior dificuldade do trabalho vai ser a monotonia.

A mulher de Sitev é uma médica de 35 anos e diz que ficou surpresa quando o então noivo lhe contou que faria parte do experimento. Além disso, ele foi voluntário. Contudo, ela afirma que o mais importante é que o marido siga suas ambições.

A vida na "espaçonave"
Os membros da equipe poderão levar objetos pessoais, como livros, computadores e filmes, além de praticarem exercícios físicos ou estudarem para passar o tempo. A dieta será idêntica à de uma missão espacial, assim como a comunicação se a viagem fosse real - com um atraso (delay) de até 20 minutos entre a "Terra" e a "espaçonave".

Os cientistas utilizarão o estudo para medir os níveis de estresse, níveis hormonais, qualidade de sono, os benefícios da dieta, entre outros aspectos. Os organizadores afirmam que, se um participante chegar à conclusão de que não aguenta mais ficar preso dentro da cápsula, ele será retirado, mas antes eles tentarão convencê-lo a ficar.

Uma simulação já foi conduzida no ano passado no mesmo local - no Insituto de Problemas Biomédicos da Rússia, em Moscou - mas durou "apenas" 105 dias. A ESA afirma que o grupo que entrará na cápsula na semana que vem será pioneiro. Pelo visto, a lua de mel de Ekaterina também.