domingo, 31 de outubro de 2010

Psicólogos explicam o fascínio pelas teorias do fim do mundo

De tempos em tempos, algum boato sobre o fim do mundo gera polêmica e pânico entre as pessoas. Geralmente provocadas por antigas previsões, como no caso de Nostradamus, e propaladas pela internet e outras mídias, as teorias não faltam.

"Pessoas gostam da ideia de ter um plano", diz o escocês Rob Hannah, graduado em psicologia pela Open University. "A mortalidade é algo difícil de se aceitar e o fato de que o acaso interfira nas nossas vidas é mais assustador ainda. Quando alguém dá uma data para isso acontecer, isso nos dá um falso senso de segurança".

Para ele, o ser humano precisa se sentir parte de algo maior, e, em alguns casos, dados da ciência indicando que o fim do mundo não está próximo, mas acontecerá em bilhões de anos, não satisfazem. "Isso significa que você morre e o mundo continua, e as pessoas não aceitam que não estarão aqui. É como dizer que, se temos que desaparecer, vamos desaparecer todos juntos", ponderou.

2012 e as catástrofes
A última onda foi a das previsões apocalípticas relacionadas ao ano de 2012. O burburinho em torno do fim dos tempos chegou ao seu auge com o lançamento do filme dirigido por Roland Emmerich, mostrando tragédias como a cidade de Los Angeles caindo no oceano e ondas gigantes varrendo o Himalaia.

Na obra de Emmerich, o alinhamento entre o Sol e o centro da galáxia, no dia 21 de dezembro de 2012, faz com que o astro saia do controle e lance na superfície da Terra partículas conhecidas como neutrinos, que aquecem o centro da Terra. Já outra linha de alarmistas indica que o ano de 2012 marcará a colisão de um planeta chamado Nibiru com a Terra, e que o campo magnético do nosso planeta sairá do controle.

Todas as teorias, porem, já foram refutadas por órgãos especializados, como a Nasa, que chegou a criticar a Sony Pictures por sugerir em sua campanha publicitária que o mundo acabaria nesta data. Mesmo assim, o assunto já é tema de diversos livros. Se "2012" e "fim do mundo" forem digitadas no Google, cerca de 1 milhão de páginas são encontradas.

A escolha do ano não teria surgido ao acaso: seria baseada em cálculos do calendário Maia. Porém os principais historiadores do assunto afirmam que previsões de morte iminente não são encontradas em nenhum dos clássicos códigos maia e que a ideia de que o calendário terminaria em 2012 deturpa a história de um povo que foi notável não somente pelo desenvolvimento da lingual escrita, como também pela sua arte, arquitetura, matemática e sistemas astronômicos.

Religião
O psicólogo paranaense Márcio Roberto Regis, responsável pela publicação AtlasPsico, lembra que diversas crenças prometem uma pós-vida melhor aos seus praticantes, o que justificaria a suscetibilidade de alguns indivíduos a crer em teorias apocalípticas. "Se alguém vive uma vida difícil neste momento, pode ver o fim do mundo como uma chance de mudança, o que pode gerar inclusive casos de suicídio", disse.

"O que as pessoas tem que se dar conta é que precisam viver a vida agora, e mudar o que é preciso nesta vida, ao invés de esperar por uma outra", diz o brasileiro. Já Rob Hannah coloca uma contradição na relação da religião e da morte questionando a questão da pena capital: "Se o fim da vida, como a conhecemos, dá a chance da absolvição e redenção, por que a maioria das pessoas religiosas seria contra a pena de morte? E como encarar a questão dos homens-bomba? O assunto é um poço de contradições", concluiu.

Mídia
Tanto Hannah quanto Regis concordam em um ponto: segundo eles, a mídia extrapola na importância que dá a teorias do fim do mundo. "Desastres sempre existiram, o que não existia era o acesso gigantesco à informação, como temos hoje", diz o psicólogo paranaense. De acordo com ele, veículos de massa podem ao mesmo tempo alarmar sobre o excesso de poluentes no ar e vender automóveis em seus comerciais, o que em teoria seria um conflito.

"Nos avisam que somos culpados pela poluição, mas quando vai para o comercial, tentam nos vender o carro", coloca Regis, que lembra que crianças podem ser bastante vulneráveis ao pânico gerado por notícias que anunciem catástrofes iminentes. "Sempre teremos alguém iniciando um boato ou criando uma teoria. É normal. O que os pais precisam fazer é gerar senso critico nos seus filhos. Fazer com que sempre questionem o que leem, ouvem ou assistem", completou.

sábado, 30 de outubro de 2010

Nasa adia lançamento do Discovery para quarta-feira

A Nasa adiou hoje o lançamento do Discovery para a próxima quarta-feira, já que os especialistas demorarão mais que o previsto para regular um vazamento de hélio e nitrogênio em uma peça da nave.

"Atualmente estamos em bom caminho para conseguir", disse o diretor de testes da Nasa, Jeff Spaulding.

O lançamento foi programado para quarta-feira, 3 de novembro, às 15h52 hora local (17h52 no horário de Brasília). O Discovery sairá em sua última missão do Centro Espacial John F. Kennedy, na Flórida.

A Nasa detectou um vazamento de hélio e nitrogênio na área de pressurização do sistema de manobra orbital direito da nave, que a obrigou, na sexta-feira, a adiar o lançamento que inicialmente estava previsto para 1º de novembro.

No entanto, segundo Spaulding, a Nasa tem uma margem de até domingo, 7 de novembro, para efetuar a operação.

O Discovery viajará à Estação Espacial Internacional (ISS) na missão STS-133, para levar um módulo de armazenamento e suprimentos.

Além dos seis tripulantes viajará o androide Robonaut 2, conhecido como R2, que ficará como um membro a mais da Estação Espacial.

Durante os 11 dias que durará a missão, os astronautas realizarão duas caminhadas espaciais.

O comandante Steve Lindsey, o piloto Eirc Boe e os especialistas de missão Alvin Drew, Tim Kopra, Michael Barratt e Nicole Stott, compõem a missão STS-133.

A probabilidade de que as condições meteorológicas sejam favoráveis para o lançamento é de 70%, segundo a meteorologista da Nasa, Kathy Winters.

As principais preocupações são as nuvens baixas e a possibilidade de chuva a 32 quilômetros da pista do Centro espacial, de onde partirá e aterrissará a nave.

EFE
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sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Nasa adia lançamento do Discovery por 24 horas

O lançamento do ônibus espacial americano Discovery foi postergado por pelo menos 24 horas, devido à detecção de um vazamento no sistema de pressurização, informou nesta sexta-feira um porta-voz da Nasa - a agência espacial americana.

"Descobrimos dois vazamentos na pressurização do sistema de navegação orbital do Discovery nas últimas 12 horas", indicou à AFP Allard Beutel, porta-voz do Centro Espacial Kennedy, na Flórida.

"Os técnicos podem fazer o conserto em 24 horas (...), mas não há tempo suficiente para terminar e fazer o lançamento na segunda-feira", explicou, informando que o lançamento está previsto para a próxima terça-feira, às 16h17 (18h17 de Brasília).

AFP
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Nasa revela existência de milhões de planetas do tamanho da Terra

Estudo encomendade pela Nasa - a agência espacial americana - aponta que pelo menos uma em cada quatro estrelas similares ao Sol na Via Láctea pode ter planetas do mesmo tamanho do que a Terra, o que indica que podem existir milhões desse tipo, alguns deles potencialmente habitáveis,

Trata-se do censo planetário mais amplo jamais realizado, explicou a agência, que encomendou à Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, esta pesquisa publicada pela revista Science em sua edição de 29 de outubro.

"Este é o resultado de anos de acompanhamento estatístico dos planetas", indicou o astrônomo Geoffrey Marcy, da Universidade da Califórnia, em Berkeley, um dos principais coautores da pesquisa. "Os dados recolhidos indicam que nossa galáxia contém cerca de 200 bilhões de estrelas, tem pelo menos 46 bilhões de planetas do mesmo tamanho que a Terra, sem contar aqueles cujas órbitas estão mais longe da zona habitável", indicou, explicando que essa zona não é muito quente nem muito fria, e onde a água pode existir em seu estado líquido.

Os astrônomos autores deste trabalho utilizaram dois potentes telescópios ópticos e próximos do infravermelho WMKeck em Mauna Kea, no Havaí, durante cinco anos, para rastrear 166 estrelas em um espectro de 80 anos-luz da Terra. Um ano-luz equivale a 9,46 trilhões de quilômetros. Foram procurados planetas de tamanhos diferentes, que vão de três a mil vezes o tamanho da Terra.

Todos os planetas que formam parte desta pesquisa têm uma órbita próxima de sua estrela e os resultados do censo mostram as vantagens dos pequenos planetas sobre os grandes, o que indica que os planetas pequenos são mais freqüentes na Via Láctea. "Estudamos os planetas com uma grande variedade de massas, como se catalogássemos num cânion os penhascos, as rochas e as pedras e encontrássemos mais rochas que penhascos e mais pedras do que rochas", afirmou Andrew Howard, outro autor da pesquisa. "Nossa tecnologia terrestre não pode ver os grãos de areia, ou seja, planetas do tamanho da Terra, mas se pode estimar o número", explicou.

"Estes planetas em nossa galáxia são como grãos de areia espalhados pela praia, estão em todas as partes", afirmou ainda Howard. Esta pesquisa também proporciona inúmeras indicações de que os planetas potencialmente habitáveis poderiam ser uma legião. Muitos desses planetas orbitam em torno de suas estrelas a uma distância onde as temperaturas são propícias para a vida.

O telescópio espacial Kepler, da Nasa, explora os sistemas de estrelas similares à nossa em busca de planetas do tamanho da Terra e os astrônomos esperam que os encontrem nos próximos anos.

Este mais recente censo planetário indica que cerca de 6,5% das estrelas tem planetas de massa intermediária, ou seja, de 10 a 30 vezes o tamanho da Terra, como Netuno e Urano. Além disso, 11,8% dessas estrelas têm planetas chamados "super-Terra", com uma massa de três a dez vezes o tamanho da Terra.

AFP
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quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Imagens do Hubble preveem 10 mil anos de movimento estelar

Ptolomeu catalogou Omega Centauro pela primeira vez há 2 mil anos. Centauro é um grupo de cerca de 10 milhões de estrelas orbitando em volta de um .... Foto: BBC Brasil

Ptolomeu catalogou Omega Centauro pela primeira vez há 2 mil anos. Centauro é um grupo de cerca de 10 milhões de estrelas orbitando em volta de um centro de gravidade comum

Astrônomos americanos usaram imagens feitas pelo telescópio espacial Hubble, da Nasa, a gência espacial americana, para prever os movimentos de um grupo de estrelas nos próximos 10 mil anos.

O telescópio fez imagens do aglomerado globular Omega Centauro, um grupo de estrelas que chama a atenção de observadores desde que foi catalogado por Ptolomeu há 2 mil anos, entre 2002 e 2006.

Ao analisar as imagens deste período de quatro anos, os cientistas conseguiram registrar as medidas mais precisas já tomadas dos movimentos das mais de 100 mil estrelas do aglomerado, a maior pesquisa já feita para estudar o movimento de estrelas em qualquer aglomerado. Os astrônomos usaram as imagens em sequencia para criar um filme mostrando os movimentos acelerados das estrelas do aglomerado. A simulação mostra o movimento projetado das estrelas nos próximos dez mil anos. "São necessários programas de computador de alta velocidade, sofisticados, para medir as mudanças minúsculas nas posições das estrelas, que ocorrem apenas em um período de quatro anos", afirmou o astrônomo Jay Anderson, do Instituto de Ciência Espacial Telescópica de Baltimore, nos Estados Unidos, um dos responsáveis pela pesquisa.

Anderson afirmou que a "visão muito precisa do Hubble foi a chave para nossa habilidade de medir movimentos estelares neste aglomerado". Omega Centauro é visível a olho nu no hemisfério sul. "Com o Hubble você pode esperar três ou quatro anos e detectar os movimentos das estrelas de forma mais acurada do que se você estivesse esperado 50 anos (usando um) telescópio na Terra", afirmou o astrônomo Roeland van der Marel, que também participou da pesquisa.

Hemisfério sul
Identificado como um aglomerado globular de estrelas em 1867, Omega Centauro é um dos cerca de 150 aglomerados deste tipo na Via Láctea. O grande grupo de estrelas é o maior e mais brilhante aglomerado da galáxia. Ele é localizado na constelação de Centauro e é um dos poucos que pode ser visto a olho nu no hemisfério sul.

O antigo astrônomo Ptolomeu catalogou Omega Centauro pela primeira vez há 2 mil anos. No entanto, ele pensou que o aglomerado era apenas uma estrela, pois não sabia que era, na verdade, um grupo de cerca de 10 milhões de estrelas orbitando em volta de um centro de gravidade comum.

As estrelas estão tão próximas umas das outras que os astrônomos tiveram que esperar pela criação e lançamento do telescópio Hubble para olhar no centro do grupo e analisar as estrelas individualmente. E a visão precisa do telescópio também permitiu aos cientistas medir o movimento de várias destas estrelas em um período relativamente curto de tempo.

BBC Brasil
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quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Observatório ESO capta imagens de seis galáxias espirais

Seis galáxias espirais foram registradas por telescópio do observatório ESO. A imagem é uma combinação das seis fotos. Foto: ESO/Divulgação

Seis galáxias espirais foram registradas por telescópio do observatório ESO. A imagem é uma combinação das seis fotos

Seis galáxias espirais foram observadas por telescópio do observatório ESO (Observatório Europeu do Sul, na sigla em inglês) em Paranal, no Chile. As imagens foram obtidas sob luz infravermelha com a câmera HAWK-I.

As imagens, segundos os astrônomos do ESO, ajudarão na compreensão de como se formam e evoluem as galáxias expirais. O estudo, liderado por Preben Grosbol, do ESO, tem como objetivo analisar as maneiras complexas e sutis pelas quais as estrelas nestes sistemas formam estruturas espirais perfeitas.

A primeira galáxia da imagem é a NGC 5247, que se situa entre 60 e 70 milhões de anos-luz da Terra. Ela se encontra de frente para a Terra, o que colabora na visualização de sua forma espiral. A segunda imagem mostra Messier 100, descoberta no século XVIII. Está localizada a cerca de 55 milhões de anos-luz da Terra.

A terceira galáxia é NGC 1300, considerada um protótipo das galáxias espirais, que fica a cerca de 65 milhões de anos-luz da Terra. NGC 4030 é a quarta galáxia, localizada a 75 milhões de anos-luz.

NGC 2997 é a penúltima galáxia da imagem, situada a cerca de 30 milhões de anos-luz. É a mais brilhante galáxia entre as divulgadas. Finaliza a imagem a galáxia NGC 1232, a cerca de 65 milhões de anos-luz da Terra, que está entre as primeiras imagens obtidas na história do ESO.

China inicia programa para construir sua própria estação espacial

A China iniciou hoje, em caráter oficial, o programa de construção de sua estação espacial, cuja meta é entrar em órbita em 2020, segundo divulgou a agência oficial Xinhua.

O Programa de Engenharia Espacial Tripulada da China prevê a fabricação de um laboratório espacial "relativamente grande", que possa abrigar astronautas por longos períodos de tempo. Os prognósticos da agência espacial chinesa indicam que o lançamento dos primeiros módulos poderia acontecer antes de 2016 e seria completado em 2020, com a montagem de alojamentos e instalações científicas.

A China, o terceiro país do mundo que conseguiu levar uma pessoa ao espaço, deve lançar dois módulos espaciais não tripulados no próximo ano, o Tiangong 1 e o Shenzhou 8, considerados decisivos para o futuro desenvolvimento da estação espacial, já que servirão como base para as demais missões.

O Tiangong 1 funcionará como laboratório no espaço, enquanto a nave Shenzhou 8 fará parte do sistema de aterrissagem da estação, que ainda não tem uma denominação oficial.

Os protótipos da estação espacial chinesa exibidos há meses mostram um primeiro laboratório de cerca de nove metros de longitude, com um peso aproximado de 8,5 toneladas e capacidade para abrigar três cientistas. No entanto, segundo os especialistas, o projeto completo da estação pode ter o dobro do peso e do tamanho.

Administrado pelo Exército de Libertação Popular (ELP), o programa aeroespacial chinês se iniciou em 1956 e se desenvolve principalmente em duas vertentes: uma na qual se planejam missões tripuladas com astronautas para o estabelecimento de uma estação espacial permanente, e outra para o estudo da Lua.

O orçamento oficial do programa é de US$ 500 mi, mas fontes independentes, como a empresa de consultoria aeroespacial Euroconsult, com sede em Paris, estimam a cifra em até US$ 1,3 bi.

EFE
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segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Ônibus espacial Discovery parte para última missão em 1/11

A Nasa - a agência espacial americana - lançará o ônibus espacial Discovery rumo à Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês) pela última vez em 1º de novembro, confirmaram encarregados da missão esta segunda-feira.

A decisão foi tomada depois de uma reunião entre funcionários no Centro Espacial Kennedy para determinar se a nave e seus seis tripulantes estão prontos para o lançamento previsto para as 20h40 GMT (14h40 de Brasília) da Flórida (sul), segundo um comunicado publicado no site da Nasa na internet. Este será o quarto e último voo de um ônibus espacial este ano e o último do Discovery.

A Nasa tem programados oito lançamentos com destino à ISS até o fim de fevereiro. Depois, resta oficialmente a última missão do programa, antes de as três naves da frota de ônibus espaciais irem para um museu.

Mas o orçamento de 2011 da Nasa, recentemente aprovado pelo Congresso e assinado pelo presidente Barack Obama, deixa a porta aberta para um voo adicional, que poderá ocorrer em junho de 2011.

A missão da tripulação de seis astronautas americanos, entre eles uma mulher, é levar o módulo de carga multifuncional Leonardo, projetado para ser anexado permanentemente à ISS de forma a oferecer um volume adicional de armazenamento.

O Discovery também levará em seu compartimento de carga o Robonauta 2, primeiro robô humanóide enviado ao espaço e que se tornará um hóspede permanente da estação orbital.

AFP
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Sonda registra eclipse de lua em Saturno

Na imagem, pode-se ver a projeção da sombra da lua Mimas ao sul de Saturno. Foto: Divulgação

Na imagem, pode-se ver a projeção da sombra da lua Mimas ao sul de Saturno

A Nasa - a agência espacial americana - divulgou nesta segunda-feira uma imagem da sombra da lua Mimas, de Saturno, projetada no sul do gigantesco planeta gasoso. Segundo a agência, a imagem foi registrada em 8 de setembro com um filtro especial para comprimentos de onda próximos ao infravermelho (750 nanômetros).

A nave estava a cerca de 2,2 milhões de km de distância de Saturno no momento em que registrou a imagem. A missão Cassini-Huygens é mantida pela Nasa, pela Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês) e Agência Espacial Italiana.

Progress M-05M se desprende da Estação Espacial Internacional e inicia missão

A nave de carga russa Progress M-05M se desprendeu hoje da Estação Espacial Internacional (ISS, por sua sigla em inglês) para começar uma missão científica de três semanas, informou o Centro de Controle de Voos Espaciais (CCVE) da Rússia.

"A Progress M-05M se soltou do módulo russo ''Pirs'' da ISS às 18h25 no horário local (12h25 de Brasília) e seguirá em órbita de maneira autônoma até 15 de novembro, quando afundará no oceano Pacífico", afirmou o porta-voz oficial do CCVE, Valeri Lindin, citado pela agência "Interfax".

A quinta nave de carga da série Progress-M chegou à plataforma internacional em 1º de maio, quando se desprendeu após uma falha no sistema de acoplamento automático.

O lugar que ela deixará será ocupado no sábado pela Progress M-08M, cujo lançamento a partir da base de Baikonur, no Cazaquistão, está previsto para a próxima quarta-feira às 13h12 (horário de Brasília).

A nova nave levará alimentos, água potável, oxigênio, combustível e equipamentos de informática até a plataforma espacial, destacou Lindin.

Segundo o CCVE, a Progress M-05M participa do experimento geofísico russo "Otrazhenie", que tem como objetivo estudar as características refratoras da nave, assim como a transparência da atmosfera.

Outras três naves de carga já tinham sido utilizadas com fins científicos no experimento antes de seu afundamento no Pacífico.

A atual tripulação da estação espacial é integrada pelos cosmonautas russos Fiodor Yurchikhin, Aleksandr Kaleri e Oleg Skrípochka e pelos americanos da Nasa (agência espacial americana) Scott Kelly, Doug Wheelock e Shannon Walker.

EFE
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Notícias » Ciência e Meio Ambiente » Ciência e Meio Ambiente Cientistas da USP realizam estudo sobre efeito quântico

Estudo realizado por cientistas da Universidade de São Paulo (USP) trouxe avanços para a compreensão do "efeito da morte súbita", intrigante propriedade do emaranhamento quântico. As informações são da Agência Fapesp.

Os cientistas investigaram as condições precisas em que a morte súbita do emaranhamento ocorre em dois feixes de laser, e descobriram que é possível gerar estados emaranhados "robustos", que não sofrem a morte súbita.

O emaranhamento permite que duas ou mais partículas compartilhem suas propriedades mesmo sem qualquer ligação física entre elas. Ele é considerado pelos cientistas como base para futuras tecnologias como computação quântica, teletransporte quântico e criptografia quântica.

A pesquisa faz parte do projeto "Teletransporte de informação quântica entre diferentes cores", coordenado por Marcelo Marinelli, um dos autores do estudo e membro do Instituto de Física da USP.

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Empresa apresenta espaço-porto para suas naves espaciais

A Virgin Galactic, dirigida por Richard Branson, apresentou nesta sexta-feira no deserto do Novo México (sudoeste dos Estados Unidos) a pista de decolagem e aterrissagem da nave espacial que levará até 2011 "turistas" ao espaço.

"Hoje, vamos celebrar a abertura do primeiro espaço-porto no Novo México. Vai ser maravilhoso", declarou Branson durante uma entrevista dada ao canal americano CNN.

"A conclusão da pista do Espaço-porto America marca uma etapa decisiva na construção do primeiro aeroporto espacial idealizado expressamente com fins comerciais", explicou na quinta-feira a Virgin Galactic em um comunicado.

Richard Branson, bilionário britânico, e o governador do Novo México Bill Richardson presidem agora à tarde a inauguração da pista, de três quilômetros de extensão e mais de 60 m de largura.

A cerimônia será seguida de um sobrevoo da pequena nave Virgin Space Ship (VSS) Enterprise - e sua nave-mãe, WhiteKnightTwo. Estarão presentes também os astronautas que devem transportar os primeiros turistas do espaço no ano que vem.

O dono do grupo Virgin explicou à CNN que "vários voos de teste seriam realizados nos próximos 12 a 18 meses antes de a empresa enviar as primeiras pessoas ao espaço".

No dia 10 de outubro, a VSS realizou com sucesso seu primeiro voo de teste não conectado à nave-mãe, após um primeiro voo de teste em março. A VSS Enterprise decolou do deserto de Mojave, ao nordeste de Los Angeles, e se separou da nave-mãe a uma altura de 13,7 mil m, com dois pilotos a bordo.

No fim de setembro, Richard Branson havia informado que a nave estaria apta para oferecer seus primeiros voos no espaço em 18 meses. Ele precisou que os futuros passageiros do veículo espacial pagam cerca de 200 mil dólares pelo bilhete.

A Virgin Galactic, que ambiciona ser a primeira empresa comercial de turismo no espaço, já faturou US$ 45 milhões com seus 330 clientes que já fizeram as reservas para viajar no ônibus espacial de seis lugares.

Richard Branson informou nesta sexta-feira que "um dos privilégios de ser proprietário de uma empresa de ônibus espaciais é que eu posso levar minha família".

Com um sorriso de canto, ele acrescentou que seus pais, os dois com mais de 90 anos, estavam ansiosos com a ideia de fazer a viagem, destacando que eles não terão que se preocupar com artrites já que no espaço eles vão flutuar.

AFP
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quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Colisão de foguete liberou gelo, prata e mercúrio na Lua

Um foguete lançado pela Nasa - a agência espacial americana, que colidiu propositalmente com a Lua no ano passado liberou centenas de quilos de água, gelo, mercúrio e outras substâncias surpreendentes, disseram cientistas na quinta-feira.

A Nasa enviou em outubro de 2009 o foguete à cratera Cabeus, na face oculta da Lua, para ver o que ele "arrancaria" dela.

Vários relatos publicados na revista Science mostram algumas descobertas surpreendentes, como uma grande quantidade de água congelada, monóxido de carbono, amônia e metais prateados.

"Este lugar parece uma arca do tesouro dos elementos, de compostos que foram liberados por toda a Lua e que foram reunidos neste balde nas sombras permanentes", disse em nota o geólogo planetário Peter Schultz, da Universidade Brown, nos Estados Unidos.

Durante a missão, conhecida pela sigla LCROSS (de "observação e sensoreamento por satélite da cratera lunar", em inglês), o foguete foi posto para colidir contra a cratera, enquanto instrumentos no satélite mensuravam o espectro de luz da poeira resultante.

Anthony Colaprete, do Centro Ames de Pesquisa da Nasa em Moffett Field, na Califórnia, e seus colegas estimaram que 5,6 por cento da massa total dentro da cratera Cabeus seja composta por água congelada. O impacto criou um buraco com 25 a 30 metros de diâmetro, e levantou 4 a 6 toneladas de detritos, poeira e vapor.

A prata talvez esteja apenas em pequenas partículas, e não numa forma que possa ser garimpada, disseram os pesquisadores. Já o mercúrio foi uma surpresa desagradável, em parte por sua abundância. "Sua toxidade pode apresentar um desafio à exploração humana", disse Kurt Retherford, do Instituto de Pesquisas do Sudoeste, em San Antonio, Texas.

Reuters
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Lua abriga tesouros como a prata, diz estudo

O solo lunar é mais rico do que se pensava até agora, com vestígios de prata em meio a uma mistura complexa de elementos e componentes encontrados dentro de uma das crateras da Lua, indicou um estudo publicado nesta quinta-feira.

Pesquisadores da Universidade Brown, que analisaram partículas de poeira lunar, obtidas por uma colisão organizada pela Nasa no ano passado, descobriram uma surpreendentemente rica mistura que, além de prata, incluiu água e compostos como hidroxil, monóxido de carbono, dióxido de carbono, amônia e sódio livre.

"Este lugar parece um baú de tesouros de elementos, de compostos que foram liberados por toda a lua, e pararam neste local, em permanente escuridão", afirmou o geólogo da Brown, Peter Schultz, chefe das pesquisas que serão publicadas em artigo na edição de 22 de outubro da revista Science.

As partículas lunares foram coletadas quando um foguete da Nasa atingiu a Lua cerca de um ano atrás, dando a cientistas a oportunidade de aprender sobre a composição do solo nos polos da Lua, algo que nunca havia sido examinado.

As descobertas foram feitas pelo Satélite Lunar CRater Observing and Sensing, da Nasa, ou missão LCROSS, um experimento de 79 milhões de dólares no âmbito do qual a agência espacial americana enviou um foguete para colidir com a cratera Cabeus, no polo sul lunar.

O foguete acertou a cratera a uma velocidade de 9 mil km/h, provocando a elevação de uma enorme pluma de material do fundo da cratera, que permaneceu intocado pela luz do sol durante bilhões de anos. Ao envio do foguete se seguiu, minutos depois, uma nave equipada com câmeras para registrar os efeitos do impacto.

Em novembro do ano passado, a Nasa divulgou as primeiras descobertas do experimento, ao anunciar a descoberta de uma "quantidade significativa" de água congelada na lua.

AFP
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quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Astrônomos medem distância da galáxia mais remota no universo

Observatório mostra galáxia mais distante já registrada



Astrônomos utilizando um telescópio do Observatório Europeu do Sul (ESO, na sigla em inglês) afirmam ter medido a distância até a mais longínqua galáxia conhecida. Segundo os cientistas, as imagens que chegam a nós mostram a galáxia a apenas 600 milhões de anos após o Big Bang, ou seja, a uma distância de 13,1 bilhões de anos-luz. O estudo foi apresentado na revista especializada Nature.

"Utilizando o Telescópio Muito Grande (VLT, na sigla em inglês) do ESO, confirmamos que uma galáxia descoberta anteriormente com o Hubble é o objeto mais distante identificado até agora no universo", diz Matt Lehnert (Observatoire de Paris), autor principal do artigo que apresenta os resultados, em comunicado divulgado pelo ESO. "O poder do VLT e do espectrógrafo Sinfoni permitiu-nos medir efetivamente a distância a esta galáxia muito tênue e descobrimos que, na realidade, estamos a observá-la quando o universo tinha menos de 600 milhões de anos."

Segundo o ESO, é extremamente difícil o estudo das chamadas galáxias primordiais, já que, além de fraca, sua luz tem o comprimento de onda esticado devido à expansão do universo e chega na Terra na região do infravermelho (esse efeito é conhecido como desvio para o vermelho). Outro fator complicador é que nos primórdios, principalmente no primeiro bilhão de anos, o universo não era totalmente invisível, estando cheio de nuvens de hidrogênio que absorviam a intensa radiação ultravioleta das galáxias jovens (momento chamado de Era da Reionização).

Em 2009, o telescópio Hubble registrou diversos objetos candidatos a galáxias da Era da Reionização. A distância desses objetos é descoberta com o uso de espectrômetros de grandes telescópios, que medem o desvio para o vermelho da radiação.

A galáxia UDFy-38135539 foi então observadas durante 16 horas e o fraco brilho do hidrogênio foi confirmado como tendo um desvio para o vermelho de 8,6, o que confirmava a galáxia como o objeto mais distante já registrado.

"Medir o desvio para o vermelho da galáxia mais distante é bastante importante por si só, mas as implicações astrofísicas desta detecção são ainda mais importantes. Esta é a primeira vez que sabemos com toda a certeza que estamos a observar uma das galáxias que dissipou o nevoeiro que enchia o universo primordial", diz Nicole Nesvadba (Institut d'Astrophysique Spatiale), coautora do estudo.

Segundo o também coautor Jean-Gabriel Cuby (Laboratoire d'Astrophysique de Marseille), "estudar a era da reionização e da formação de galáxias é levar ao extremo as capacidades dos atuais telescópios e instrumentos".

O 2º mais distante
De acordo com o site da revista Science, a galáxia desbanca uma explosão de raios gama que fica a 13 bilhões de anos-luz da Terra. Segundo a reportagem, a grande quantidade de raios indicavam o momento em que uma estrela entrava em colapso e se transformava em um buraco negro. A explosão foi denominada de GRB 090423.

Cientistas do Cern preveem descobertas sobre universo paralelo

O Castor, que faz parte do LHC, foi um dos detectores que teve participação de brasileiros na criação. Foto: Cern/Divulgação

O detector Castor, que teve participação do Brasil na criação, é um dos principais do LHC

À medida que o Grande Colisor de Hádrons (LHC) do Cern, nas proximidades de Genebra, opera com uma força maior, os cientistas falam cada vez mais sobre uma "Nova Física" no horizonte, que poderia mudar por completo os pontos de vista atuais sobre o universo e o seu funcionamento.

"Universos paralelos, formas desconhecidas de matéria, dimensões extras...Isso não é coisa de ficção científica barata, mas teoria física muito concreta que os cientistas tentam confirmar com o LHC e outros experimentos." Isso foi o que escreveram os integrantes do Grupo de Teoria do centro internacional de pesquisa no boletim direcionado aos funcionários do Cern este mês.

Enquanto as partículas se chocam no vasto complexo subterrâneo do LHC a energias cada vez maiores, os "extra bits do universo" - se é que eles existem como o previsto - poderão ser vistos no computador, afirmam os teóricos.

O otimismo é crescente entre as centenas de cientistas que trabalham no Cern, ao longo da fronteira entre França e Suíça, numa experiência de US$ 10 bilhões, que inicialmente apresentou problemas, mas este ano vem cumprindo suas metas.

Colisão de prótons
Em meados de outubro, disse o diretor-geral Rolf Heuer à equipe no último fim de semana, os prótons eram colididos ao longo do anel subterrâneo de 27 km a uma taxa de 5 milhões por segundo - duas semanas antes da data prevista para esse número.

No ano que vem, as colisões ocorrerão - se tudo continuar seguindo bem - a uma taxa que produzirá o que os físicos chamam de "femtobarn inverso", mais bem descrito como uma quantidade colossal de informações para a avaliação dos analistas.

As colisões recriam o que aconteceu numa minúscula fração de segundo após o Big Bang primordial, 13,7 bilhões de anos atrás, que gerou o universo que conhecemos hoje e tudo o que ele contém. Depois de séculos de observações cada vez mais sofisticadas da Terra, apenas 4% do universo é conhecido - porque o restante é formado, teoricamente, pelo que tem sido chamado de matéria escura e energia escura (que seriam invisíveis).

Reuters
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terça-feira, 19 de outubro de 2010

Altura média da órbita da ISS será elevada em 900 metros

A altura média da órbita da Estação Espacial Internacional (ISS) será elevada amanhã em 900 metros para garantir boas condições de acoplamento em novembro para nave Discovery, informou hoje o centro de controle de voos espaciais da Rússia.

"Os oito propulsores de acoplamento e orientação da nave Progress M-07M, ligada ao módulo de serviço Zvezda, serão elevados às 23h41 no horário de Moscou (17h41 de Brasília) e funcionarão durante 228,7 segundos", precisou o porta-voz do CCVE, Valeri Lindin, citado pela agência "Interfax".

Acrescentou que "como resultado da manobra, a velocidade de voo da estação aumentará em 0,5 metros por segundo" e que a altura média da órbita terá sido elevada em 900 metros até os 353,3 quilômetros.

Está previsto que o Discovery, com seis astronautas da Nasa a bordo, se acople à plataforma orbital em 1º de novembro às 23h40 horário de Moscou (18h40 de Brasília).

EFE
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segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Astrônomos criam lente para fotografar planetas "escondidos"

Coronógrafo desvia a luz de estrela de forma que planetas próximos (como Beta Pictoris b) possam ser registrados. Foto: ESO/Divulgação

Coronógrafo desvia a luz de estrela de forma que planetas próximos (como Beta Pictoris b) possam ser registrados

Astrônomos da Universidade do Arizona, nos Estados Unidos, criaram uma técnica para poder registrar imagens de planetas fora do Sistema Solar e que ficavam "escondidos" no brilho de sua estrela.

Até hoje, poucas são as imagens de exoplanetas, já que, geralmente, eles são descobertos por outros métodos - como, por exemplo, a variação de brilho de uma estrela causada pela passagem de um planeta em frente a ela. Contudo, os astrônomos afirmam ter criado uma lente (chamada de coronógrafo) com um padrão desenhado em sua superfície e que bloqueia a luz estelar de uma maneira muito específica, permitindo o registro do planeta.

"Basicamente, nós estamos cancelando o halo de luz estelar que em outros momentos 'afogaria' a imagem do planeta", diz Johanan Codona, astrônomo da universidade e autor da teoria que levou à criação da técnica. O padrão criado pelos pesquisadores permite a diminuição da intensidade do halo através da difração da luz e mantém intacta a imagem da estrela.

"Esta técnica abre novas portas para a descoberta planetária", diz o pesquisador Phil Hinz em comunicado. "Até agora, nós conseguíamos apenas obter imagens de planetas exteriores em um sistema solar, no alcance da órbita de Netuno e depois. Agora podemos ver planetas em órbitas muito mais próximas de sua estrela".

Em outras palavras, antes do desenvolvimento da lente, os astrônomos conseguiam registrar imagens apenas de planetas que estivessem a uma distância de sua estrela equivalente à de Netuno ao Sol (30 unidades astronômicas, ou 30 vezes a distância da Terra ao Sol), ou ainda mais longe. As demais ficavam "escondidas" no brilho da estrela.

O primeiro feito da nova lente foi o registro de Beta Pictoris b, que tem massa entre sete e 10 vezes maior que a de Júpiter e que orbita Beta Pictoris a uma distância de 7 unidades astronômicas.

Os astrônomos afirmam que a nova técnica possibilita ainda a descoberta de planetas de pequena massa, já que a grande maioria dos encontrados até hoje eram de gigantes gasosos.

A lente agora estão em implementação no Telescópio Muito Grande (VLT, na sigla em inglês), que fica no Chile e é operado Observatório Europeu do Sul (ESO, também na sigla em inglês).

sábado, 16 de outubro de 2010

Brasileiro: LHC está entrando em região nunca antes explorada

O Castor, que faz parte do LHC, foi um dos detectores que teve participação de brasileiros na criação. Foto: Cern/Divulgação

O Castor, que faz parte do LHC, foi um dos detectores que teve participação de brasileiros na criação

O projeto do maior instrumento científico já construído, o acelerador de partículas LHC (Large Hadron Collider, ou grande colisor de hádrons) conta com a participação de diversos pesquisadores brasileiros. Segundo eles, apesar de ainda estar em uma fase inicial, o acelerador já teve resultados surpreendentes e está entrando num campo nunca antes investigado na prática.

"É uma região de energia que a gente nunca explorou em laboratório. Nós nunca fizemos esses tipos de reações em condições controladas. E o fato de a gente conseguir fazer isso já é um grande feito, já é uma grande conquista", diz Jun Takahashi, professor do Instituto de Física Gleb Wataghin, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

"Para você ter uma ideia, a gente tem milhões de eventos, milhões de colisões acontecendo, e nós medimos e fotografamos elas. E vamos estudando. A medida que aprendemos, publicamos artigos. Então estamos reunindo informações especificas do que está acontecendo nessas colisões, para tentar entender um pouco melhor o que acontece no mais fundamental da matéria. Mas o principal, para nós, foi mesmo a oportunidade de verificar o intenso envolvimento da nossa equipe e oferecer uma experiência única de formação para nossos alunos", afirmou.

Dividido entre seis grandes experimentos, o LHC estuda partículas fundamentais dos átomos e ajudará no entendimento do universo. Entre os objetivos, está o de registrar pela primeira vez a chamada "partícula de Deus", o bóson de Higgs, um dos componentes do átomo.

"No LHC você tem dois feixes de partículas sendo aceleradas, uma girando num sentido horário, outra no sentido anti-horário, e eles colidem para criar as reações de partículas", diz Takahashi, que está envolvido no experimento Alice.

"O projeto Alice é grande, gigante na verdade, com milhares de detectores. É uma colaboração de mais ou menos mil pesquisadores com vários detectores, e dentre eles temos os brasileiros participando deste experimento", afirma.

Segundo o professor, foi o próprio Cern - a Organização Européia de Pesquisa Nuclear, responsável pelo LHC - que convidou os brasileiros para participarem do projeto. "Ninguém se ofereceu, nós na verdade fomos convidados por eles a participar desse experimento, porque a gente já trabalhava em outro projeto nos Estados Unidos e eu, por exemplo, tenho vários artigos publicados na área, então o pessoal da Europa achou que seria interessante que o nosso grupo entrasse no experimento, porque a gente poderia colaborar", diz Takahashi, que viaja até as instalações do projeto com frequência para coordenar o trabalho e elaborar reuniões com seu grupo de pesquisa.

"Eu tenho parte da minha equipe que fica lá, passa períodos de três a seis meses, volta e depois vai novamente. Para pagar as nossas viagens e as bolsas dos nossos alunos, contamos com as agências de fomento, como a FAPESP, no caso dos estudantes de São Paulo, e o Ministério de Ciência e Tecnologia".

Experiência semelhante teve o pesquisador do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF) Gilvan Augusto Alves, participante do projeto CMS (sigla em inglês para Solenoide de Múon Compacto). "O CBPF já participava, desde 1991, de um projeto semelhante nos Estados Unidos, no acelerador de partículas do Fermilab, em um experimento chamado D0. Por esse motivo, fomos convidados, em 2003, a participar na fase final de construção do CMS".

O experimento conta hoje com mais de 3 mil pesquisadores e estudantes de pós-graduação e consiste em um conjunto de detectores que medem as propriedades físicas, como momentum e energia, das centenas de partículas produzidas em colisões de prótons contra prótons em seu interior.

"O experimento CMS começou a ser construído por volta de 1998. Quando nosso grupo iniciou os trabalhos em 2003, boa parte dos detectores já havia sido construída ou estava em construção. Por esse motivo, trabalhamos inicialmente na finalização de alguns detectores de partículas, como o detector Castor, que mede a energia de partículas produzidas a baixos ângulos, e também na elaboração de software para a monitoração dos dados produzidos nas colisões próton-próton", explica Alves.

Atualmente, o grupo está envolvido tanto na elaboração de softwares para a monitoração dos dados como na coleta de informações junto ao experimento CMS no LHC, através de visitas periódicas ao Cern. "Também temos um projeto, aprovado pela Finep, para a construção de mais um detector de partículas semelhante ao Castor", diz.

Resultados inesperados
O CMS começou a sua coleta de dados na máxima energia do LHC - 7 trilhões de elétrons-Volt (7 TeV) - em 30 de março. "Deve-se ter em mente que um experimento com essa complexidade demora vários meses somente na fase de calibração dos detectores. Mas mesmo com o curto tempo desde o início, uma série de resultados interessantes e até inesperados já foram produzidos", diz o pesquisador.

Ele cita a observação, divulgada no mês passado, de uma correlação angular de longa distância entre partículas produzidas em colisões de alta multiplicidade, com mais de 110 partículas em uma colisão.

Um tipo de correlação semelhante só havia sido observado antes em colisões de íons pesados no acelerador RHIC, o Colisor Relativístico de Íons Pesados, mas nunca em colisões próton-próton. "O que esperamos agora é observar partículas ainda não vistas, como o bóson de Higgs, e quem sabe novos fenômenos, para os quais teremos que descobrir sua origem e interpretação", completou Alves.

Longe do cinismo natural da ciência, o professor Takahashi, do projeto Alice, confessa que só o fato de ser possível reproduzir os experimentos em laboratório já é algo surpreendente.

A partícula de Deus
O físico britânico Peter Higgs postulou há mais de 40 anos a existência de uma partícula que explicaria a existência de massa nos átomos. Ele não gosta do termo "partícula de Deus" , pois tem medo de que algumas pessoas se sintam ofendidas. A expressão foi cunhada pelo Nobel de Física Leon Lederman, que disse que a sua descoberta unificar a compreensão da física de partículas e ajudar os seres humanos a "conhecer a mente de Deus".

O próprio Higgs já afirmou que espera que a partícula seja registrada pela primeira vez em breve. Contudo, o próprio físico britânico disse anteriormente que ficaria "muito, muito intrigado", caso a existência da partícula jamais venha a ser provada, porque ele não consegue imaginar o que mais explicaria a massa das partículas.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Estudo: asteroide criaria superburaco na camada de ozônio

Um modelo criado pelo Instituto de Ciência Planetária de Tucson, no Arizona, Estados Unidos, indica que, se um asteroide de tamanho médio (entre 500 m e 1 km de diâmetro) atingisse um oceano na Terra, o resultado seria um buraco na camada de ozônio maior do que aquele que foi descoberto sobre o Polo Sul. As informações são do site da revista New Scientist.

Segundo o modelo gerado em computador, além de um tsunami, o asteroide levaria a uma grande evaporação de água que, aliada ao sal do mar, danificariam a camada de ozônio, o que aumentaria a níveis alarmantes a radiação ultravioleta, maiores do que o ser humano suportaria.

De acordo com o site, já foram descobertos 818 asteroides relativamente próximos a Terra e que tem pelo menos 1 km de diâmetro, mas as chances de impacto com o nosso planeta são minúsculas. Contudo, as descobertas constantes desses corpos indicam que existem muitos outros que ainda não vimos e não sabemos as chances deles nos atingirem.

Durante o experimento, o time simulou o que ocorreria se um asteroide de 1 km de largura atingisse o mar a 18 km/s, em um ângulo de 45° no hemisfério norte. A quantidade de água - tanto em forma líquida como em vapor - que seria jogada na atmosfera pelo impacto seria de 42 trilhões de kg, o suficiente para encher 16 milhões de piscinas olímpicas.

Na atmosfera, a água e compostos contendo clorina e bromina, resultantes dos sais do mar vaporizados, destruiriam o ozônio muito mais rapidamente que a quantidade que é criada naturalmente.

Algumas simulações indicavam, inclusive, que o enfraquecimento da camada ocorreria em todo o planeta. No pior dos casos, o gás chegaria a apenas 30% dos níveis normais nas regiões mais críticas.

Além dos problemas diretos causados à saúde humana pela radiação solar (é só lembrarmos que, com o nível normal, o sol já queima nossa pele no verão), o aumento dos raios ultravioleta também danificaria plantas e afetaria, portanto, a produção de comida.

O estudo, segundo a reportagem, pode levar a outras pesquisas para a prevenção de eventos catastróficos, como o estudo de plantas que resistem mais aos raios UV.

O resultado não seria muito melhor se o asteroide atingisse o continente. Já se sabe que ele certamente criaria uma espessa nuvem de poeira que impediria o crescimento de plantas. Mas agora a equipe trabalha em um modelo do impacto em terra seca - e como este afetaria a atmosfera - para saber com mais detalhes o que poderia acontecer e como poderíamos antecipar ações para evitar maiores danos.

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Estrela morre sufocada por poeira em galáxia distante

Ilustração mostra como estrela gigante morreu em sufocada por sua própria poeira. Foto: Nasa/Divulgação

Ilustração mostra como estrela gigante morreu em sufocada por sua própria poeira

Astrônomos utilizando o telescópio Spitzer, da Nasa - a agência espacial americana, descobriram que uma estrela gigante em galáxia remota morreu sufocada por sua própria poeira.

Pesquisadores suspeitam que este evento, o primeiro do tipo visto por astrônomos, era mais comum no começo do universo. A galáxia está localizada a cerca de 3 bi de anos luz da Terra.

Segundo os cientistas, é uma dica do que veríamos caso a estrela mais brilhante da Via Láctea explodisse, evento conhecido por supernova, maneira mais comum de morte das estrelas.

Os astrônomos estavam procurando dados de atividades de núcleos galáticos em buracos negros no centro de galáxias.

Agência cria radar para naves não colidirem em lixo espacial

A Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês) e a Indra, empresa espanhola de desenvolvimento de tecnologias, produzirão protótipo de sistema de radar de vigilância de objetos em órbitas próximas à Terra. A Indra também será responsável pela determinação da localização do objeto no espaço.

O desenvolvimento do radar faz parte do projeto Conhecimento do Ambiente Espacial, promovido pela ESA. O programa tem como objetivo melhorar a segurança das missões espaciais, expostas a colisões com outros objetos em órbita, tempestades magnéticas e possíveis meteoritos.

O principal objetivo do protótipo do radar é demonstrar sua capacidade de detecção de objetos em órbitas baixas, situadas entre 200 e 2 mil km de altitude. A fase de testes durará até 2012.

Além do radar, o projeto da ESA também desenvolverá, no futuro, outros objetos como telescópios ópticos.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Nave de turismo espacial faz primeiro voo solo de teste

A empresa já investiu US$ 45 milhões de 330 clientes que reservaram vagas na nave de seis lugares. Foto: AP

A empresa já investiu US$ 45 milhões de 330 clientes que reservaram vagas na nave de seis lugares

A nave destinada ao turismo espacial do bilionário britânico Richard Branson teve sucesso no domingo no primeiro voo de teste não conectado à nave-mãe, sobre a Califórnia, costa oeste dos Estados Unidos, informou a empresa americana Virgin Galactic.

A nave espacial fez um primeiro voo de teste em março, mas sob a asa da nave-mãe White Knight Two (Cavaleiro Brando Dois).

Desta vez, a nave Virgin Space Ship (VSS) Enterprise se separou da nave-mãe a 13.700 metros de altura, segundo a Virgin Galactic. A bordo da espaçonave estavam o piloto Pete Siebold e o co-piloto Mike Alsbury.

Os dois objetivos principais do voo eram separar-se da nave-mãe e, para os dois pilotos, assumir o coando da nave e pousá-la em uma base aérea do deserto de Mojave, 130 km ao nordeste de Los Angeles.

"Foi uma autêntica alegria fazer voar a VSS Enterprise, especialmente se considerarmos o fato de que o veículo foi concebido não apenas para ser uma nave que pode alcançar a velocidade Mach 3,5 no espaço, mas também para ser um dos planadores com capacidade para alcançar a maior altura do mundo", disse Siebold.

Richard Branson, dono da Virgin, acredita que a nave estará em condições de oferecer os primeiros voos no espaço em 18 meses. Ele informou que os futuros passageiros do veículo já pagaram 200.000 dólares.

A Virgin Galactic, que deseja ser a primeira empresa comercial de turismo espacial, já investiu 45 milhões de dólares de 330 clientes que reservaram vagas na nave de seis lugares, segundo o empresário.

AFP
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domingo, 10 de outubro de 2010

Entenda como são formados os gêiseres em lua de Saturno

Gráfico mostra a explicação sobre como são formados os gêiseres em lua de Saturno. Foto: Nasa/Divulgação

Gráfico mostra a explicação sobre como são formados os gêiseres em lua de Saturno

Os misteriosos jatos de água na região polar sul da lua Enceladus, que orbita Saturno, ganharam explicação a partir de um modelo criado pela Nasa - a agência espacial americana: agua borbulhante.

A sonda Cassini, que investiga Saturno, seus anéis e luas, havia detectado sais de sódio e potássio e carbonatos, que indicavam a existência de um subsuperfície oceânica, além de calor na área. A partir desses dados, os cientistas criaram um modelo que explicaria os estranhos sprays de Enceladus.

O gráfico na imagem acima mostra bolhas nas águas da subsuperfície que passam por uma crosta de gelo e "alimentam" o gêiser. A água volta para a subsuperfície por fendas no gelo. Os sprays são formados de partículas de gelo, vapor de água e compostos orgânicos e são a marca de uma das mais incomuns luas do Sistema Solar.

sábado, 9 de outubro de 2010

A nave espacial Soyuz com três tripulantes chega à ISS

Uma nave especial russa Soyuz com dois cosmonautas russos e um astronauta americano a bordo se acoplou à Estação Espacial Internacional (ISS), informou o centro de controle do cosmódromo de Baikonur (Cazaquistão).

O acoplamento da Soyuz, que decolou de Baikonur na sexta-feira, ocorreu às 04H01 de domingo, hora de Moscou (00H01 GMT), informou o centrole.

Segundo um porta-voz do centro, Valery Lydin, o acoplamento aconteceu de maneira automática e os três astronautas se transferiram para a ISS uma vez transcorridas as três horas necessárias.

Na Soyuz TMA-M, uma versão modernizada da nave espacial utilizada pela Rússia apra voos tripulados, viajam o experiente Alexander Kaleri, o americano Scott Kelly, que realizou duas viagens espaciais, e Oleg Skripochka, em sua primeira experiência no espaço.

Com um total de 610 dias e quatro voos ao espaço antes desta missão, Kaleri é um dos cosmonautas russos com mais experiência. Sua primeira missão, na estação Mir, foi em março de 1992, logo depois do fim da União Soviética.

AFP
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Soyuz acopla-se com sucesso à Estação Espacial Internacional

A nave russa Soyuz TMA-01M se acoplou hoje com sucesso à Estação Espacial Internacional (ISS), onde os três tripulantes que levava a bordo iniciarão uma missão de cinco meses e meio e integrarão sucessivamente as expedições números 25 e 26.

O cosmonauta russo Alexander Kaleri, comandante da Soyuz, aproximou a nave lentamente à ISS para alinhar os sistemas de acoplamento e conectaram a nave com o complexo especial às 21h01 (horário de Brasília).

No momento preciso do acoplamento, a Nasa confirmou o êxito da manobra em transmissão de rádio desde o centro de controle da agência russa em Baikonur, Cazaquistão, de onde partiu a Soyuz há exatamente dois dias.

"Conexão confirmada", disseram os responsáveis pela supervisão da expedição.

EFE
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sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Cientista localiza grupo de galáxias supostamente extintas

Um cientista de uma universidade australiana localizou um grupo de galáxias supostamente extintas e cuja existência contribuirá para entender a origem das estrelas.

"Se não tivéssemos feito essa descoberta, pensaríamos que essas galáxias haviam desaparecido há aproximadamente 5 bilhões de anos", declarou hoje à Agência Efe Andy Green, que fez o achado enquanto pesquisava para seu doutorado na Universidade de Swinburne, em Victoria.

O estudo foi publicado hoje na nova edição da revista científica "Science".

Green explicou que o grupo está a "apenas" 1 bilhão de anos-luz da Via Láctea e, por isso, "ninguém esperava encontrá-lo, muito menos tão perto".

O cientista calculou que nosso universo tem cerca de 14 bilhões de anos (quanto aconteceu o Big Bang) e que a Via Láctea surgiu pouco depois, possivelmente há 10 bilhões de anos.

"As características são similares às de galáxias bem antigas, que teriam sido formadas no começo do universo, mas, no entanto, têm forma de disco, como a nossa, e se comportam como galáxias jovens", descreveu o astrônomo.

Green fez um paralelo com a descoberta de fósseis de dinossauro: "O fato de estar fossilizado dá a sensação de ser um animal já velho, mas é possível que o dinossauro tenha morrido bebê", explicou.

As galáxias são conjuntos de gases, pó interestelar e bilhões de estrelas que, por conta da gravidade, giram em torno do seu centro.

Quando o gás se condensa nas chamadas "nuvens moleculares", dá origem aos astros que, quando alcançam o final de sua evolução, produzem mais gás.

"As galáxias que descobrimos estão vivas e têm uma turbulência interior que as permite criar estrelas muito mais rapidamente do que a Via Láctea. Elas formam dezenas e até centenas de estrelas a cada ano, muitas delas tão grandes quanto o Sol", relatou o cientista.

Green explicou que "a turbulência influi na rapidez com que se formam as estrelas" e quanto mais estrelas se transformam em gases, mais astros poderão nascer e, assim, parece que as galáxias regulam sua própria regeneração e a geração da matéria, "mas ainda não se sabe como", disse Green.

O cientista indicou que, do mesmo modo, "quando as estrelas nascem, emitem uma energia que cria desordem no gás que as rodeia e a turbulência gera o nascimento de novas estrelas", um processo cujo estudo poderá ser aprofundado a partir do grupo de galáxias encontrado.

Green fez a descoberta com ajuda do Telescópio Anglo-Australiano (AAT, na sigla em inglês) e de especialistas do Australian Astronomical Observatory, com o apoio de uma equipe de cientistas da sua universidade, da Universidade Nacional da Austrália (ANU, na sigla em inglês) e da Universidade de Toronto (Canadá).

De acordo com Green, o próximo passo será utilizar o famoso Observatório Keck, no Havaí, mas o ideal seria poder trabalhar no Observatório Cerro Las Campanas, no Chile.

EFE
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Nave Soyuz é lançada rumo à Estação Espacial

A nave espacial russa Soyuz TMA-18 foi lançada nesta sexta-feira rumo à ISS (Estação Internacional Espacial). O lançamento ocorreu na base russa em Baikonur, no Cazaquistão, local para o qual a nave foi transportada na terça-feira.

O astronauta americano Scott Kelly e os cosmonautas russos Oleg Skripochka e Alexander Kaleri se juntarão a outros três membros na estação orbital após uma viagem de dois dias a bordo da Soyuz. O lançamento foi transmitido pela televisão russa e pela Nasa, em seu site. A nave foi lançada às 5h11 no horário local.

Em setembro, a nave sofreu uma falha técnica no espaço que forçou atraso de um dia para seu retorno à Terra. Permaneceu no espaço por 176 dias. No dia 25 de setembro, um falso alarme fez com que a primeira manobra de desenganche da Soyuz da ISS fosse cancelada, no primeiro incidente como esse na história da exploração da plataforma orbital.

Nave Soyuz foi lançada rumo à ISS nesta sexta-feira. Foto: Nasa/Divulgação
Nave Soyuz foi lançada rumo à ISS nesta sexta-feira

Amador descobre gigantesca explosão estelar do quintal de casa

Um amador fez observações do que já é considerada a maior descoberta da astronomia da Irlanda. Dave Grennan, um desenvolvedor de softwares de 39 anos, observou uma gigantesca explosão estelar, evento conhecido como supernova, do quintal de casa, em Dublin. As informações são do site do jornal The Independent.

Supernovas - gigantescas explosões no final da vida de estrelas supermassivas e que podem destruir outras estrelas e planetas relativamente próximos - não são novidade na astronomia, mas é a primeira vez que uma destas é descoberta a partir de observações feitas em solo irlandês.

"Estamos observando um evento que ainda está se desdobrando, mas que começou há 300 milhões de anos", diz Grennan à reportagem. O objeto cósmico recebeu o nome de 2010ik após ser confirmado seu status de supernova por instituições internacionais de astronomia.

Conforme a reportagem, Grennan tem vasculhado os céus há anos e já havia descoberto dois asteroides. "Eu me pergunto se existiam pobres almas vivendo em planetas ao redor da estrela quando ela explodiu. Nunca saberemos", diz o astrônomo amador.

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Cápsula da Soyuz será substituída após sofrer danos

A cápsula de descenso da nave Soyuz TMA-20, cujo lançamento à Estação Espacial Internacional (ISS) está previsto para dezembro, sofreu graves danos em seu transporte à base de Baikonur (Cazaquistão), e provavelmente deverá ser substituída, informou hoje uma fonte do programa espacial russo.

Segundo informações divulgadas pela agência "RIA Novosti", o porta-voz do programa declarou que a decisão da substituição está "praticamente tomada" e detalhou que os danos devem ter ocorrido porque a tela termoprotetora frontal, que protege o fundo da cápsula, se movimentou.

Por outro lado da empresa fabricante da Soyuz, afirmou que os danos detectados no contêiner de transporte da nave pilotada, assim como possivelmente no próprio aparelho, se devem à negligência no deslocamento pelas ferrovias do Cazaquistão.

O chefe da agência espacial russa Roscosmos, Anatoli Permínov, examinará a nave pilotada no complexo de montagem da base e estudará os relatórios da empresa e dos especialistas técnicos, a fim de determinar se a Soyuz TMA-20 sofreu danos adicionais.

EFE
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Padre benze nave Soyuz dias antes de seu lançamento

Nave Soyuz TMA-18 decolará dia 8 de outubro para a Estação Espacial Internacional. Foto: AP

Nave Soyuz TMA-18 decolará dia 8 de outubro para a Estação Espacial Internacional

Padre Ortodoxo benzeu nesta quarta-feira especialista da agência espacial russa e a nave Soyuz TMA-18, que levará novos astronautas para a ISS (Estação Espacial Internacional, na sigla em inglês). A nave foi transportada para a plataforma de lançamento em Baikonur, no Cazaquistão, nesta terça.

Tripulada pelo astronauta americano Scott Kelly e pelos cosmonautas russos Alexander Kaleri e Oleg Skripochka, a nave decolará no dia 8 de outubro para a ISS.

Sonda chinesa 'número 2' completa viagem até órbita lunar

A sonda chinesa Chang"e-2 completou sua viagem até a órbita lunar prevista, informou nesta quarta-feira a agência oficial Xinhua.

O Centro de Controle Aeroespacial de Pequim comunicou que a sonda, a segunda do projeto chinês para alcançar a Lua, chegou com sucesso ao ponto inicial de sua órbita lunar, após 112 horas de viagem desde seu lançamento, na sexta-feira passada, da base de Sichuan, no sudoeste do país.

A partir de agora, a Chang"e-2 seguirá uma órbita circular ao redor da Lua, a uma distância que oscilará entre 100 e 16 Km, com o objetivo de obter fotografias de alta resolução da superfície lunar e enviá-las à Terra.

A sonda tem vida útil estimada em seis meses, custou cerca de US$ 145 milhões e pesa 2,48 toneladas. Após completar seu trabalho, a Chang"e-2 atingirá de maneira controlada a superfície lunar, já que um dos principais objetivos da missão é comprovar a resistência do aparelho.

Trata-se da segunda sonda lunar da China. Em outubro de 2007, o país lançou a Chang"e-1, que demorou 12 dias para chegar à Lua e orbitou a 200 Km de distância.

Pequim prevê lançar em 2012 a Chang"e-3, a terceira sonda lunar da China. O projeto lunar do país deve culminar entre 2020 e 2030, segundo analistas, com a chegada de um astronauta chinês à superfície da Lua.

EFE
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terça-feira, 5 de outubro de 2010

Irã anuncia lançamento de novo satélite ao espaço em 2011

Cientistas iranianos já concluíram a construção do novo satélite de pesquisa "Rasad 1" e devem colocá-lo em órbita em março de 2011, anunciou nessa terça-feira o vice-presidente de Tecnologia da Agência Espacial Iraniana, Mohamad Mardani.

Em declarações divulgadas pela televisão estatal, o especialista acrescentou que o lançamento será feito "com a colaboração de nove países-membros da Aliança de Cooperação Internacional Ásia-Pacífico".

"A construção do 'Rasad 1' foi concluída. Nos próximos meses serão realizados alguns testes e esperamos poder lançar o satélite no final do ano" persa, que termina em 20 de março, afirmou.

Em agosto, o ministro de Tecnologia, Informação e Telecomunicações do Irã, Reza Taqipour, detalhou que o "Rasad 1" é um satélite fabricado integralmente no Irã e elaborado para fotografar e medir do espaço, identificar as fronteiras marinhas e estudar a meteorologia.

O Irã pôs em órbita seu primeiro satélite nacional, batizado "Omid" (Esperança) em fevereiro de 2009. Um ano depois, enviou uma cápsula ao espaço com alguns seres vivos.

As autoridades iranianas afirmam que o objetivo principal de seu programa espacial é lançar um homem ao espaço em 2019. No entanto, vários países denunciaram que a tecnologia para o lançamento de foguetes e satélites é similar à usada para mísseis.

EFE
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Nasa aprova missão para estudar antiga atmosfera marciana

A agência espacial americana aprovou esta terça-feira uma missão que busca determinar as razões pelas quais Marte perdeu sua atmosfera original, há bilhões de anos, informou a Nasa em um comunicado.

O Laboratório de Física Espacial e Atmosférica da Universidade do Colorado (LASP), em Boulder (oeste dos Estados Unidos), é a responsável pela missão, batizada de MAVEN, sigla em inglês para o projeto 'Atmosfera de Marte e Evolução Volátil'.

Nas pesquisas sobre o passado do clima no planeta vermelho, os cientistas estudaram o potencial de Marte para abrigar vida em seus diferentes períodos.

"A missão incluirá três instrumentos principais para analisar em particular a atmosfera marciana e sua interação com o sol", disse Bruce Jakosky, vice-diretor do LASP (Laboratório de Física Atmosférica e Espacial) e cientista chefe do projeto.

"Uma melhor compreensão da alta atmosfera marciana e da perda no espaço dos componentes voláteis como o CO2 (dióxido de carbono), dióxido de nitrogênio e água é necessária para avançar seriamente em nossa compreensão sobre Marte", disse Jakosky no comunicado.

Indícios da superfície marciana, inclusive formações geológicas parecidas a leitos secos deixados por antigos rios e a presença de minerais que se formam só na presença de água, sugerem que Marte teve, em seu passado distante, uma atmosfera líquida densa com água em sua superfície.

Grande parte desta atmosfera se perdeu como resultado de uma mudança catastrófica do clima.

AFP
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Imagem da Lua lembra capa de disco do Pink Floyd

Imagem da lua lembra disco  Dark Side Of The Moon , do Pink Floyd. Foto: Nasa/Divulgação

Imagem da lua lembra disco Dark Side Of The Moon, do Pink Floyd

Imagem da superfície lunar divulgada pela Nasa - a agência espacial americana - nesta terça mostra "arco íris" sobre a Lua, formado por mancha causada pelo tipo de filtro da câmera utilizada, que lembra a capa do disco Dark Side Of The Moon , da banda Pink Floyd.

A imagem, tirada pela espaçonave Lunar Reconnaissance Orbite , foi feita com o Sol posicionado exatamente acima da Lua. Nestas condições, a superfície não forma sombras, o que provoca aumento no brilho da imagem, chamada de "onda de oposição".

A câmera utilizada usa filtros diferentes para observação do solo lunar em momentos variados. Nesta foto, foram usados filtros de 689, 643 e 604 nanômetros, mostrados em vermelho, verde e azul, respectivamente.

Quando as observações de cada filtro são combinadas para uma imagem de uma única cor, forma-se a mancha brilhante que lembra um arco íris.

Nave Soyuz é transportada para plataforma de lançamento

Nave Soyuz decolará para a ISS no dia 8 de outubro. Foto: AFP

Nave Soyuz decolará para a ISS no dia 8 de outubro

A nave Soyuz TMA-18 foi transportada nesta terça-feira para sua plataforma de lançamento em Baikonur, no Cazaquistão. A Soyuz, com o astronauta americano Scott Kelly e os cosmonautas russos Alexander Kaleri e Oleg Skripochka, deverá decolar para a ISS (Estação Espacial Internacional, na sigla em inglês) no dia 8 de outubro.

Em setembro, a nave sofreu uma falha técnica no espaço que forçou atraso de um dia para seu retorno à Terra. Permaneceu no espaço por 176 dias. No dia 25 de setembro, um falso alarme fez com que a primeira manobra de desenganche da Soyuz da ISS fosse cancelada, no primeiro incidente como esse na história da exploração da plataforma orbital.

Nobel da Física consagra estudos sobre condutor

O pesquisador russo Andre Geim,51 anos, é um dos ganhadores do prêmio . Foto: Reuters

O pesquisador russo Andre Geim,51 anos, é um dos ganhadores do prêmio

Os pesquisadores russos Andre Geim e Konstantin Novoselov são os vencedores do Prêmio Nobel de Física 2010 por seus "trabalhos revolucionários sobre o grafeno", anunciou nesta terça-feira em Estocolmo o Comitê Nobel.

Geim, de 51 anos, e Novoselov, de 36, receberão o prêmio da academia sueca por suas experiências com este novo material, que permite avanços decisivos na física quântica. Suas pesquisas alcançaram importantes aplicações práticas para o grafeno, ligadas à criação de novos materiais e a manufatura eletrônica, como explicou a Academia.

Os analistas consideram que os transístores de grafeno serão substancialmente mais rápidos do que os de silício empregados na atualidade na maior parte dos aparelhos eletrônicos, com o qual será possível fabricar computadores mais eficientes. O grafeno é uma estrutura laminar plana, de um átomo de grossura, composta por átomos de carbono densamente agrupados em uma rede cristalina no formato de favos feitos pelas abelhas.

Este novo material se caracteriza por uma alta condutividade térmica e elétrica e por combinar uma alta elasticidade e rapidez com uma extrema dureza, o que o situa como o material mais resistente do mundo. Além disso, pode reagir quimicamente com outros elementos e compostos químicos, o que transforma o grafeno em um material com um grande potencial de desenvolvimento.

"O grafeno é uma forma de carbono que é o melhor condutor de calor conhecido até o momento", afirma o comunicado da Academia Suécia de Ciências. "Como é praticamente transparente e bom condutor, o grafeno é compatível para produzir telas táteis, painéis luminosos e talvez também captores de energia solar", destaca o comunicado.

Nobeis
Geim, nascido em Sochi, Rússia, em 1958 e naturalizado holandês, fez doutorado em Ciências Físicas em 1987 na Academia de Ciências de Chernogolovka e atualmente atua na Universidade de Manchester (Reino Unido).

Novoselov nasceu em 1974 em Nizhny Tagil, na Rússia, tem dupla nacionalidade britânico-russa, foi professor na Universidade de Nijmegen (Holanda) e é catedrático na Universidade de Manchester, como Geim.

O Nobel de Física inclui prêmio de 10 milhões de coroas suecas (1,1 milhão de euros) e será entregue em 10 de dezembro, coincidindo com o aniversário da morte do fundador dos prêmios, Alfred Nobel.

O anúncio do Nobel de Física segue o correspondente ao da Medicina, que será entregue ao pesquisador britânico Robert G. Edwards por seus estudos sobre a fecundação in vitro.

A rodada dos anúncios destes prestigiosos prêmios continuará amanhã com o de Química, na quinta-feira, será divulgado o de Literatura, na sexta-feira o da Paz e finalmente, na segunda-feira, o de Economia.

Com informações de EFE, AFP e Reuters.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Nova reação química ocorre em lua de Júpiter

Cientistas descobriram que reação na lua Europa, de Júpiter, forma gelo com velocidade surpreendentemente alta. Foto: Nasa/Divulgação

Cientistas descobriram que reação na lua Europa, de Júpiter, forma gelo com velocidade surpreendentemente alta

A lua Europa, que orbita Júpiter, pode esconder rápidas reações químicas entre água e dióxido sulfúrico em temperaturas extremamente geladas. Mark Loeffler e Reggie Hudson, no Centro Goddard de Voos Espaciais da Nasa - a agência especial americana - descobriram que a reação forma gelo com velocidade surpreendentemente altas em temperaturas centenas de graus abaixo do normal para congelamento.

Segundo os pesquisadores, como esta reação ocorre sem radiação, poderia surgir por toda a lua Europa uma espessa camada de gelo, o que muda o pensamento atual sobre química e geologia desta lua e, talvez, de outras pelo espaço.

"Quando pensamos sobre reações na lua Europa, sempre pensamos sobre reações realizadas com radiação", disse Loeffler. A temperatura da lua varia entre -187°C e -143°C. Nestas temperaturas, costumeiramente reações químicas precisam de energia de radiação ou luz. Na lua Europa, a energia vem de partículas de radiações de Júpiter.

"Quando observamos a superfície da lua Europa, vemos que é gelada e sólida, e normalmente você não espera que coisas muito rápidas ocorram sob estas condições", falou Hudson. "Mas com esta química que descrevemos, podemos ter camada de gelo de 10 ou 100 de espessura, e se realmente há dióxido sulfúrico misturado, teremos esta reação", completou Loeffler.

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

China lança segunda sonda para exploração lunar

A China lançou sua segunda sonda para exploração lunar na sexta-feira, ressaltando os esforços do país para se impor como grande potência espacial que um dia será capaz de levar o homem até a Lua e talvez explorar além do satélite.

A sonda lunar Chang''e-2 foi lançada de um lugar remoto da província de Sichuan, no sudoeste do país alguns segundos antes das 19h locais (8h no horário de Brasília), informou a mídia estatal, no mesmo dia em que o país comemora os 61 anos de criação da China comunista.

"A Change-2 estabelece as bases para a aterrissagem na Lua e para a exploração mais ampla do espaço", disse o chefe da equipe que projetou a sonda, Wu Weiren, à agência de notícias Xinhua.

"Ela viajará mais rápido e estará mais perto da Lua e captará imagens nítidas", acrescentou Wu.

A televisão estatal adiou o início do seu principal jornal da noite para transmitir imagens ao vivo do lançamento, deixando em segundo plano a matéria sobre a presença dos principais líderes do país nas cerimônias do Dia Nacional, na Praça Tiananmen, no centro de Pequim.

A Chang''e-2 deverá voar a até 15 quilômetros acima da Lua, testando as habilidades e a tecnologia destinadas a preparar o terreno para uma aterrissagem não tripulada que está planejada para ocorrer por volta de 2013.

A sonda tirará fotos de alta resolução da Baía dos Arco-Íris, da Lua, onde os engenheiros planejam aterrissar a Chang''e-3, afirmou o China Daily.

A China disputa com os vizinhos Japão e Índia por uma presença maior no espaço, mas seus planos enfrentam o escrutínio internacional.

Os temores de uma corrida de armas espaciais com os EUA e as outras potências têm aumentado, desde que a China explodiu um de seus satélites meteorológicos com um míssil terrestre em janeiro de 2007. A China afirma que seus objetivos são puramente pacíficos.

A Chang''e foi nomeada em homenagem a uma deusa chinesa que viajou para a Lua. Uma missão bem-sucedida da Chang''e seria um marco de um novo avanço nos planos da China de se estabelecer como uma potência espacial do mesmo calibre que os EUA e a Rússia.

Reuters
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Sonda registra sprays de água em lua de Saturno

Sonda Cassini registrou imagem que mostra a lua Enceladus, que orbita Saturno, com sprays de água sendo expelidos. Foto: Nasa/Divulgação

Sonda Cassini registrou imagem que mostra a lua Enceladus, que orbita Saturno, com sprays de água sendo expelidos

A Sonda Cassini registrou imagem, divulgada nesta sexta, que mostra a lua Enceladus, que orbita Saturno, com sprays de água sendo expelidos em sua região polar sul. A sonda estava a 617 mil km de distância do satélite natural.

Os sprays são formados de partículas de gelo, vapor de água e compostos orgânicos. Na imagem, podem ser vistos quatro destes jatos. Os jatos podem ser de diversos tamanhos, e sempre se localizam na região sul do satélite.

A luz refletida em Saturno ilumina a superfície da lua enquanto o sol, localizado quase exatamente atrás da lua Enceladus, reflete os sprays. A imagem mostra visão da região da lua que é virada para Saturno.

Fim do programa de naves leva Nasa a demitir 1,2 mil

A Nasa - a agência espacial dos Estados Unidos -, que completa nesta sexta-feira 52 anos, demitirá cerca de 1,2 mil funcionários em sua maioria vinculados ao programa de naves, que termina dentro de pouco meses, segundo informa o próprio organismo.

Na quarta-feira o Congresso americano aprovou para a agência um orçamento de US$ 19 bilhões para o novo exercício fiscal, que se inicia hoje, e que marca o novo rumo que a Nasa tomará após pôr fim à era das naves, que começou em 1981 e termina no próximo ano.

A vice-administradora da Nasa, Lori Garver, disse que não acredita que a aprovação legislativa do novo orçamento tenha muito efeito sobre as demissões programadas para hoje. De fato ontem foi o último dia em que os empregados demitidos deviam se apresentar a seus postos. O novo orçamento recebeu amplo apoio em ambas as câmaras do Congresso e espera-se que o presidente Barack Obama o promulgue em breve.

A quantidade exata de dinheiro que receberá cada programa da Nasa será decidido em novembro no processo de dotações orçamentárias, depois das eleições para a renovação parcial do Senado e total da Câmara de Representantes (Deputados) no dia 2 de novembro. Calcula-se que o fim do programa das naves levará à eliminação de cerca de 9 mil postos de trabalho na Nasa.

EFE
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