segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Adolescente cria "raio solar da morte" com 5,8 mil espelhos

Dispositivo foi criado com apenas US$ 90. Foto: Gizmodo/Reprodução

Dispositivo custou US$ 90 para ser construído

O adolescente americano Eric Jacqmain, de 19 anos, mora no estado de Indiana, onde ele estava escondendo este raio da morte criado com 5,8 mil espelhos e que custou apenas US$ 90 para ser feito, até ser destruído em um incêndio.

Leia mais informações e veja o vídeo no Gizmodo.

Gizmodo
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domingo, 30 de janeiro de 2011

Nave de carga russa Progress M-09 se acopla com sucesso à ISS

A nave de carga russa Progress M-09 se acoplou neste domingo com sucesso à Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês), informou o Centro de Controle de Voos Espaciais (CCVE) da Rússia. A manobra se realizou em regime automático, como estava previsto, disse um porta-voz do CCVE citado pelas agências russas.

A Progress levou mais de 2,6 t de carga entre roupa, artigos de higiene, porções de comida, alimentos frescos, presentes, combustível, oxigênio, água potável e também um envio para o segmento americano da ISS.

Além disso, o cargueiro transportou ao laboratório orbital o microssatélite Kedr, com uma massa de 30 kg, que será posto em órbita pelos cosmonautas russos Oleg Skripochka e Dmitri Kondratiev durante a caminhada que devem realizar em 16 de fevereiro.

Durante meio ano, o microssatélite, criado por universitários para radioamadores, enviará 25 mensagens de saudação em 15 idiomas, fotografias da Terra, assim como informação sobre o funcionamento de seu equipamento científico.

Além disso, transmitirá frases pronunciadas por crianças de diversos países por ocasião do 50º aniversário da primeira viagem do homem ao espaço, realizado pelo cosmonauta soviético Yuri Gagarin.

A Progress M-09M, a primeira nave de carga russa que chega este ano à ISS, levou também equipamentos para a realização de vários experimentos científicos.

Durante 2011, a Rússia deve lançar seis cargueiros para abastecer a tripulação da ISS, integrada atualmente por Skripochka, Kondratiev e um terceiro russo, Aleksandr Kaleri, assim como pelos americanos Scott Kelly e Catherine Coleman e o italiano Paolo Nespoli.

EFE
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sábado, 29 de janeiro de 2011

Observatório abre concurso Astrofotógrafo do Ano 2011

Pinheiro é visto à frente da Via Láctea enquanto um meteoro atravessa o céu. O efeito de luz na árvore em primeiro plano foi causado acidentalmente .... Foto: Tom Love/Divulgação

O americano Tom Lowe fotografou silhuetas de árvores contra brilhantes nuvens de estrelas da Via Láctea

O Royal Observatory, de Londres, na Inglaterra, está com as inscrições abertas para o concurso fotográfico Astronomy Photographer of the Year de 2011. A competição é aberta a pessoas do mundo inteiro. Em 2011, serão sete categorias: Terra e Espaço, Nosso Sistema Solar, Universo, Pessoas e Espaço, Jovem Astrofotógrafo do Ano, Melhor Novato e Imagens Telescópicas, além do prêmio de vencedor geral - que será de 1500 euros.

O grande vencedor de 2010 foi o americano Tom Lowe, com uma fotografia incrível de silhuetas de árvores contra as brilhantes nuvens de estrelas da Via Láctea nas Montanhas Brancas, na Califórnia, Estados Unidos. Um juiz da competição exaltou a imagem de Lowe. "Eu acho que essa bela imagem capta perfeitamente o espírito do concurso, que liga a vista imponente do céu noturno com a vida aqui na Terra", disse

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Há 25 anos, acidente fatal marcava programa espacial americano

No dia 28 de janeiro de 1986 ocorreu o primeiro desastre em voo tripulado do programa espacial americano. A nave Challenger explodiu segundos após seu .... Foto: AP

Pouco mais de um minuto após a decolagem, a nave explodiu em pleno voo, matando todos os sete tripulantes

Há 25 anos, no dia 28 de janeiro de 1986, acontecia o primeiro acidente fatal em voo de uma missão tripulada do programa espacial dos Estados Unidos. Um defeito nos tanques de combustível da Challenger causou a explosão da nave, matando os sete tripulantes. O STS-51-L foi o 25º voo do programa do ônibus espacial dos EUA, realizado com a Challenger. O lançamento, marcado para o dia 28 de janeiro de 1986 depois de vários adiamentos, atraiu a atenção de todo o mundo devido à presença da professora Christa McAuliffe. Os outros tripulantes eram Michael Smith, Dick Scobee, Judith Resnik, Ronald McNair, Ellison Onizuka e Gregory Jarvin.

Seria o primeiro voo de um civil a bordo de um ônibus espacial na missão, que tinha como um dos objetivos lançar o satélite TDRS-2, assim como aulas do "Projeto Professor no Espaço" (Teacher in Space, em inglês). O lançamento também foi o primeiro de um ônibus espacial no Complexo de Lançamento 39-B (LC-39B ou Launch Complex 39-B, em inglês), as outras missões foram lançadas no LC-39A. Pouco mais de um minuto após a decolagem, a nave explodiu em pleno voo, matando todos os sete tripulantes. Uma semana após a tragédia, Ronald Reagan, então presidente dos Estados Unidos, realizou um comovente discurso no Salão Oval da Casa Branca.

Homenagens
O 25º aniversário da tragédia foi marcado por diversas cerimônias nesta sexta-feira, dia 28, nos Estados Unidos. Por conta da ocasião, a Nasa realiza diversos atos pelo país. O principal deles será no próprio Centro Espacial Kennedy, de onde partiu a nave.

O presidente dos EUA, Barack Obama, escreveu uma mensagem oficial no site da agência espacial americana (Nasa). "Ao longo da história, temos visto que a obtenção de grandes coisas às vezes tem um grande custo e lamentamos a morte dos bravos astronautas que fizeram um último sacrifício no apoio a missões da Nasa ao longo da história", disse.

Já o administrador da agência, Charles F. Bolden, relembrou a tragédia de uma forma construtiva. "Este ano marca o 25 º aniversário da perda do Challenger - uma tragédia que nos levou a repensar completamente os nossos sistemas e processos, para que possamos tornar as naves mais seguras", falou Bolden.

Cerimônias marcam 25º aniversário da tragédia da Challenger

Sandy Anderson, viúva do astronauta Michael Anderson. Foto: AP

Sandy Anderson, viúva do astronauta Michael Anderson, é consolada durante cerimônia

Os Estados Unidos lembram com várias cerimônias nesta sexta-feira o 25º aniversário da tragédia da nave Challenger, que explodiu pouco mais de um minuto após sua decolagem matando seus sete tripulantes. O lançamento foi marcado para 28 de janeiro de 1986 após vários adiamentos devido ao atraso da missão STS-61C da nave Columbia e ao mau tempo.

No próprio dia marcado, não se sabia se o mau tempo permitiria que a Challenger decolasse do Centro Espacial Kennedy, na Flórida, mas a equipe responsável pela missão por fim deu sinal verde. A tripulação era composta pelos astronautas Michael Smith, Dick Scobee, Judith Resnik, Ronald McNair, Ellison Onizuka e Gregory Jarvin, além da professora Christa McAuliffe.

A presença de Christa despertou o interesse dos americanos e em particular das crianças, que seguiram com interesse o lançamento televisionado. No entanto, pouco mais de um minuto depois do seu lançamento um defeito nos tanques de combustível causou a explosão da nave. Na mesma noite, o então presidente Ronald Reagan deveria discursar sobre o Estado da União, mas decretou luto nacional e em seu lugar pronunciou uma emocionante mensagem.

Por conta da ocasião, a Nasa realizará diversos atos pelo país. O principal deles será no próprio Centro Espacial Kennedy, de onde partiu a nave.

EFE
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quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Nave-robô do Japão chega à Estação Espacial Internacional

Uma nave cargueira japonesa guiada por controle remoto chegou na quinta-feira à Estação Espacial Internacional levando mantimentos, equipamentos científicos e peças de reposição.

É a segunda nave japonesa a atracar na Estação, e a primeira de quatro a chegarem lá no período de um mês.

A atracação reforçou a confiança na capacidade de a Estação continuar operacional depois que a Nasa aposentar sua frota de ônibus espaciais, dentro de cerca de seis meses, após mais dois ou três voos.

Caberá então às naves japonesas HTV-2, aos Veículos Automatizados de Transferência (ATV) europeus e às cápsulas Progress, da Rússia, continuarem abastecendo a Estação Espacial, um projeto de 100 bilhões de dólares que envolve 16 países.

A Nasa espera que a partir de dezembro naves comerciais possam ser alugadas para também levar mantimentos à Estação. Já o transporte de tripulantes será exclusividade dos módulos russos Soyuz, ao custo de 51 milhões de dólares por passageiro.

A nave japonesa HTV, batizada de Kounotori, foi lançada no sábado a bordo de um foguete H-2B, no Centro Espacial Tanegashima, no sul do Japão.

Na quinta-feira, ela pairava a cerca de 10 metros da Estação, enquanto a engenheira de voo em órbita, Catherine "Cady" Coleman, manobrava o braço robótico do complexo orbital para "laçar" a nave japonesa, que pesa quase 16 toneladas. Ela foi então atracada ao nódulo Harmony da Estação.

Os seis tripulantes da Estação começarão na sexta-feira a descarregar as 3,2 toneladas de carga que a Kounotori transportou.

A carga seguinte vem logo depois. Um foguete russo Progress deveria decolar na própria quinta-feira de Baikonur, no Cazaquistão, para chegar no sábado à Estação.

O segundo ATV europeu, batizado de Johannes Kepler, está sendo preparado para o lançamento em 15 de fevereiro. No dia 24, será a vez de a Nasa tentar lançar o ônibus Discovery, levando peças de reposição e um módulo de armazenamento, entre outros itens.

Reuters
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quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Nasa divulga imagem de estrela com cor alterada pela luz

A estrela Zeta Ophiuchi - no centro da imagem - é vista por meio de radiação infravermelha, que altera sua cor, de vermelho para azul. Foto: Nasa/AP

A estrela Zeta Ophiuchi - no centro da imagem - é vista por meio de radiação infravermelha, que altera sua cor, de vermelho para azul

A Nasa - a agência espacial americana - divulgou nesta quarta imagem da estrela Zeta Ophiuchi, vista em azul no centro da imagem, que se localiza na constelação de Serpentário.

A estrela, quando vista por meio de instrumentos com luzes visíveis, é vista na cor vermelha. Já com a utilização de radiação infravermelha, com a sonda Wide-field Infrared Suvey Explorer (Wise), a estrela é vista na cor azul, envolta por outras estrelas escurecidas e poeira.

A estrela Zeta Ophiuchi possui grande massa, é muito quente e seu brilho é visto por meio da onda de poeira e gás formada a sua volta.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Imagem mostra bojo significativo de estrelas no centro de galáxia

Galáxias starburst, como a Henize 2-10, são galáxias que atravessam um processo intenso e contínuo de formação estelar, normalmente em consequência de .... Foto: Nasa/Divulgação

Galáxias starburst, como a Henize 2-10, são galáxias que atravessam um processo intenso e contínuo de formação estelar, normalmente em consequência de uma colisão com outras galáxias

Estrelas estão se formando rapidamente na galáxia starbusrt Henize 2-10, localizada a cerca de 30 milhões anos-luz da Terra, dando a aglomerados de estrelas nessa galáxia uma aparência azul. Galáxias starburst são galáxias que atravessam um processo intenso e contínuo de formação estelar, normalmente em consequência de uma colisão com outras galáxias.

A combinação de uma explosão de formação de estrelas e um buraco negro é análoga às condições no começo do universo. Desde Henize 2-10 não se tem registros de um bojo significativo de estrelas no centro de uma galáxia. Os resultados mostram que o crescimento do buraco negro supermassivo pode preceder o crescimento de bojos em galáxias. Isso difere de um universo relativamente próximo, onde o crescimento do núcleo de galáxias e buracos negros supermassivos parece ocorrer em paralelo.

Esta combinação feita por múltiplos telescópios possibilitou aos astrônomos um novo olhar detalhado sobre como as formações de uma galáxia e um buraco negro podem ter ocorrido no começo do universo. O resultado dessa pesquisa foi publicado online na revista Nature, em 9 de janeiro deste ano.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Britânicos vão enviar um celular com Android ao espaço

Google enviou aparelhos Nexus S para fotografar, coletar dados e marcar a presença do Android na estratosfera. Foto: Google/Divulgação

O Google já havia mandado um celular ao espaço para testar o Android

Um grupo de pesquisadores da Surrey Satellite Technology Limited (SSTL) em Guildford (sul da Inglaterra) quer averiguar se as sofisticadas funções que incorporam habitualmente os aparelhos funcionam, também, em cenários mais complexos. A equipe planeja lançar um telefone celular ao espaço para comprovar a capacidade do aparelho e se o dispositivo consegue controlar um satélite.

Segundo informou a BBC nesta segunda-feira, o telefone usará o sistema operacional Android do Google, e será responsável por controlar um satélite de 30 centímetros de longitude além de fotografar imagens da Terra.

Apesar da telefonia celular já ter sido empregada em altitudes elevadas em globos aerostáticos, esta pode ser a primeira vez que um celular seja lançado em órbita a várias centenas de quilômetros acima do planeta.

O diretor de projetos de SSTL, Shaun Kenyon, observou em declarações à BBC que "os smartphones modernos são assombrosos" e comentou que "agora vêm com processadores de até 1GHz e têm muitíssima memória".

"A princípio, queremos ver se o telefone funciona lá em cima e, se funcionar, queremos ver se o telefone pode controlar um satélite", explicou o especialista.

A missão, denominada STRaND-1 e que será realizada no final do ano, reuniu tanto pesquisadores da empresa como cientistas do Centro Espacial da Universidade de Surrey (SSC). A equipe anunciou que quer recorrer a um modelo padrão de um custo inferior às 300 libras (equivalente a 350 euros) e disponível em qualquer loja de telefonia. "Não vamos abrir o aparelho, nem vamos extrair peças e também não vamos tirar os circuitos para soldá-los em nosso satélite", explicou Kenyon.

O especialista acrescentou que a equipe vai dispor de outra câmera no satélite "para poder fotografar o telefone", já que querem "operar na tela e tomar boas imagens".

Segundo a BBC, durante a primeira parte do projeto, o aparelho atuará junto com o computador principal da aeronave, e depois assumirá o controle.

EFE
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Imagens registram sobrevoo de nave da ESA por lua de Marte

A nave Mars Express registou imagens da lua Phobos, de Marte, a 100 km de distância. Esta foto foi melhorada digitalmente para clarear áreas escuras. Foto: ESA/DLR/FU Berlin (G. Neukum)/Divulgação

A nave Mars Express registou imagens da lua Phobos, de Marte, a 100 km de distância. Esta foto foi melhorada digitalmente para clarear áreas escuras

A Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês) divulgou nesta segunda-feira imagens registradas no sobrevoo que a missão Mars Express realizou na lua Phobos, de Marte, no dia 9 de janeiro de 2011.

A missão chegou a 100 km de distância da lua, que é a maior de Marte. Foram registradas imagens em 3D, em plano sequencia e com a câmera HRSC da missão.

Concurso reúne imagens de 'pontos turísticos' do Sistema Solar

Fotos do concurso reuniram as melhores atrações turísticas do Sistema Solar. Foto: Nasa/divulgação/BBC Brasil

Fotos do concurso reuniram as melhores atrações turísticas do Sistema Solar

Imagens feitas por diversos observatórios e satélites da Nasa mostram com detalhes a beleza dos fenômenos naturais nos planetas e estrelas do Sistema Solar.

Astrônomos do Royal Observatory em Greenwich, Londres, reuniram as fotos como uma coleção das melhores atrações turísticas do Sistema Solar.

Esse "guia astronômico" do sistema solar foi usada pelo Royal Observatory para marcar o lançamento da edição 2011 de seu concurso fotográfico Astronomy Photographer of the Year, aberto a astrônomos amadores do mundo inteiro.

BBC Brasil
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Cientistas descobrem buraco negro supermassivo

Na imagem, datada originalmente de 1997, exibe à esquerda o centro da galáxia em luz visível. Foto: Nasa/Divulgação

A imagem, datada originalmente de 1997, exibe à esquerda o centro da galáxia em luz visível

Cientistas da Agência Espacial Americana (Nasa) confirmaram a existência de um buraco negro supermassivo no centro da galáxia M84. Foi utilizado o espectrógrafo - um equipamento que realiza um registro fotográfico de um espectro luminoso - mais potente do telescópio Hubble para mapear a rápida rotação de gás no centro da galáxia.

A prova concreta da descoberta é o ziguezague colorido. Se na imagem não existisse o buraco negro, a linha seria quase que vertical. Os astrônomos calculam que o buraco negro tenha pelo menos 300 milhões de vezes à massa solar.

A galáxia M84 está localizada no aglomerado de galáxias Virgo, a 50 milhões de anos-luz, da Terra, e vizinho próximo da galáxia M87 - que também contém um buraco negro muito massivo. A imagem, datada originalmente de 1997, exibe à esquerda o centro da galáxia em luz visível.

Cargueiro Progress evacua lixo da ISS e afunda no Pacífico

O cargueiro Progress M-08M se separou da Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês) nesta segunda-feira para evacuar resíduos e equipamento obsoleto da plataforma orbital, e seus restos afundaram posteriormente nas águas do Oceano Pacífico.

"O cargueiro se desatou às 3h43 (horário de Moscou) do módulo russo Pirs. A partir de 30 de janeiro a Progress M-09M ocupará o seu lugar e o lançamento a partir da base de Baikonur (Cazaquistão) está previsto para 28 de janeiro", informou um porta-voz do Centro de Controle de Voos Espaciais da Rússia.

Os propulsores de freio da Progress M-08M, que ficou acoplada por cerca de três meses no laboratório orbital, foram iniciados às 8h16 de Moscou e, em seguida, o cargueiro saiu de sua órbita.

"Segundo os analistas do Centro de Controle de Voos Espaciais, os fragmentos do cargueiro Progress M-08M que não se queimaram ao entrar nas camadas densas da atmosfera caíram no sul do Oceano Pacífico", acrescentou o porta-voz, citado pela agência "Interfax".

A fonte lembrou que é nessa região do Pacífico, a 3 mil quilômetros da Nova Zelândia e em uma região livre de navegação marítima, onde normalmente são afundados os cargueiros russos, no denominado "cemitério de naves espaciais".

A Progress M-08M foi lançada em 27 de outubro a partir da base de Baikonur com mais de 2,5 toneladas de carga essencial para os tripulantes da ISS.

O acoplamento ocorreu três dias depois de forma manual, após uma tentativa fracassada de engate automático.

EFE
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sábado, 22 de janeiro de 2011

Sociedade científica reabre debate sobre vida fora da Terra

O artigo da sociedade científica britânica afirma que a humanidade deveria se precaver contra um encontro que poderia ser violento. Foto: Getty Images

Cientistas acreditam que extraterrestres poderiam ser agressivos

A comunidade científica foi surpreendida este mês pela reivindicação da inglesa Royal Society de que a Organização das Nações Unidas (ONU) elabore um plano de defesa contra extraterrestres.

Publicado na revista Philosophical Transactions, o artigo da sociedade científica britânica afirma que a humanidade deveria se precaver contra um encontro que poderia ser violento, e dividiu opiniões na comunidade científica brasileira.

Para os ufólogos - os pesquisadores de discos voadores - foi uma vitória. "Foi uma coisa sem precedentes. (A Royal Society) é uma das instituições cientificas mais sérias do planeta terra. Eles estão se abrindo, lentamente", diz Ademar Gevaerd, pesquisador e editor da revista UFO. O professor e pesquisador em Astronomia e Astrofísica Kepler de Souza Oliveira Filho pondera que a possibilidade de que uma vida externa seja agressiva sempre existe, mas o astrônomo não acredita em contatos agressivos entre civilizações, "simplesmente porque as distâncias entre as estrelas são tão grandes que não há possibilidade de viagens entre elas".

Crenças e evidências à parte, o diretor do Observatório Astronômico da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Basílio Santiago, vê utilidade na reflexão sobre a natureza dos ETs. "É útil na medida em que nos faz refletir sobre a civilização na Terra. Ao avaliarmos os riscos de civilizações extraterrestres, reforçamos em nós todos a noção de uma civilização humana. Isso é fundamental para os desafios de governabilidade mundial", explica.

"A comunidade científica, que por muito tempo ficou completamente fora dessa discussão por puro preconceito e ignorância, hoje começa a se abrir", comemora Gevaerd. No entanto, o ufólogo acredita que o estágio da discussão pública ainda é "primitivo". "Estão falando em micróbios e processos biológicos que podem levar uma vida. Mas reservadamente, a informação de que nós estamos sendo visitados por outras espécies cósmicas já é seriamente considerada pelas diretorias de muitas instituições", aposta.

Basílio Santiago não acredita que a reivindicação da Royal Society indique uma total mudança de posição da instituição. "Não há ainda evidência de contatos com extraterrestres. O que há são relatos isolados que carecem de confirmação e validação", observa.

Conceito de vida extraterrestre não é consenso
Oliveira Filho lembra que a procura de vida fora da Terra é muito difícil. "Primeiro, porque é preciso definir o que é vida, e não há consenso sobre a definição. Segundo, porque quando fazemos uma procura na Lua ou em Marte, ou em outros planetas e satélites aonde conseguimos enviar sondas, precisamos ter certeza de que não estamos contaminando o meio pesquisado. Terceiro, sabemos que, nestes planetas e satélites perto de nós, não há condições físicas de haver vida desenvolvida, só microorganismos, por falta de água e calor. E os planetas fora do Sistema Solar estão tão distantes, que não temos condição de enviar sondas". Resta, segundo o professor, estudar os sinais de rádio emitidos em outros sistemas e procurar por vida inteligente através de um sinal com informação.

São grandes radiotelescópios, como o de Arecibo, em Porto Rico, que buscam estes sinais de inteligência extraterrestre. "Mas há também a busca por planetas nas zonas de habitabilidade em torno de estrelas. Futuramente, será possível identificar as chamadas bioassinaturas nesses planetas, ou seja, substâncias associadas à vida", projeta Basílio Santiago.

"Conseqüências devastadoras"
Em abril de 2010, o astrofísico Stephen Hawking declarou em entrevista ao Discovery Channel que os humanos deveriam "evitar qualquer contato com ETs", porque as conseqüências poderiam ser "devastadoras".

Em setembro do mesmo ano, uma reunião de militares da reserva americana aconteceu em Washington e contou com a presença de representantes da força aérea, exército e marinha. A conferência, transmitida ao vivo pela rede CNN, teve a presença de Robert Salas, oficial de lançamentos de mísseis entre 1964 a 1971, que relatou diversos incidentes onde radares teriam detectado objetos voadores não identificados. Segundo seus relatos, os discos voadores teriam sobrevoado as ogivas em baixas altitudes, fazendo os mísseis pararem de funcionar, encerrando a comunicação deles com os instrumentos de lançamento. Também foi declarado que, durante testes militares de lançamento de foguetes com ogivas desarmadas, mísseis foram destruídos em pleno ar por discos voadores.

Pesquisa no Brasil
O Brasil teve as primeiras comissões de pesquisa sobre o tema no mundo, contando inclusive com centros de pesquisas ufológicas dentro da força aérea brasileira. Fundado em 1969 e hoje extinto, o Sistema de Investigação de Objetos Aéreos não Identificados (Sioani) era um órgão oficial da aeronáutica dentro do 4º Comando Aéreo Regional, em São Paulo.

Desde 2007, o governo brasileiro já liberou cerca de 5 mil páginas de documentos classificados como "confidenciais" envolvendo incidentes com discos voadores em todo o território nacional, inclusive relatando perseguições de jatos da força aérea. Os documentos estão disponíveis para pesquisa pública no Arquivo Nacional, em Brasília.

Uma portaria assinada pelo comandante da Aeronáutica, Juniti Saito, também determina que todas as ocorrências com possíveis ovnis no País, especialmente as relatadas por pilotos, devem não somente ser transferidas para o Arquivo Nacional, mas também relatadas à autoridade competente, no caso ao Comando de Operações Aéreas (Comgar), o braço armado da Força Aérea Brasileira.

Japão lança foguete com suprimentos para Estação Espacial

Japão - 6h30  - O foguete H-2B decola da plataforma de lançamento no Centro Espacial Tanegashima, na ilha de mesmo nome. O foguete está transportando .... Foto: AP

O foguete H-2B decola da plataforma de lançamento no Centro Espacial Tanegashima, na ilha de mesmo nome

Um foguete com suprimentos para a Estação Espacial Internacional (ISS) foi lançado com sucesso do centro espacial de Tanegashima, no sudoeste do Japão, informou a Agência Aeroespacial do país (Jaxa).

Após dois dias de atraso por causa do mau tempo na região, o foguete H-2B, que carrega o transportador de carga não-tripulado HTV2, também chamado de Konotori 2, deixou o solo neste domingo.

O transportador se separou do foguete poucos minutos depois do lançamento. Prevê-se que na próxima quinta ou sexta-feira ele chegue à estação espacial, indicou a Jaxa, citada pela agência de notícias japonesa Kyodo.

O HTV2 transporta 5,3 t de material, que inclui alimentos para os astronautas, 80 kg de água potável e instrumentos para o centro científico que o Japão mantém na ISS. Leva também sementes de tomate e pimentas para um experimento que o Japão realiza junto com a Malásia, Indonésia, Tailândia e Vietnã.

Após permanecer vários dias na estação espacial, o HTV2 será carregado com resíduos da ISS e retornará à Terra, para posteriormente se desintegrar na atmosfera terrestre.

O Japão desenvolve desde 2003 um intenso programa espacial que, baseado em sua tecnologia de ponta, se concentra na prospecção de planetas e asteroides.

EFE
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sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Ônibus espacial Atlantis será lançado em 28 de junho

A Nasa - a agência espacial americana - anunciou sua intenção de lançar no dia 28 de junho o ônibus espacial Atlantis, na que será a última missão do programa espacial americano antes que a famosa frota seja aposentada.

"A intenção da Nasa é enviar a nave Atlantis à Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês), com o módulo multiuso Raffaello para fornecer suprimentos, logística e peças de reposição", indicou um comunicado.

O presidente Barack Obama assinou um projeto de lei que autoriza a Nasa a conduzir esta terceira e última missão prevista para 2011, mas o orçamento da agência espacial americana deste ano ainda não foi aprovado, de modo que o voo depende da autorização dos fundos adicionais pelo Congresso.

O voo do Atlantis será o número 135 do programa de ônibus espaciais, além de significar a última missão da frota. O ônibus espacial Discovery será lançado no dia 24 de fevereiro e o Endeavour no dia 19 de abril.

AFP
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quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Sonda Cassini descobre tempestade gigante em Saturno

Imagem capturada pela Sonda Cassini, da Nasa - a agência espacial americana - revelou uma tempestade no hemisfério norte de Saturno cuja rajada de vento central mede distância equivalente à metade do tamanho do planeta Terra.

O centro da tempestade mede 6,6 mil km. Já seu comprimento é de cerca de 66 mil km. A imagem foi registrada utilizando filtro verde e também mostra sombras escuras dos anéis do planeta em sua superfície.

Segundo a Nasa, a tempestade surgiu em Saturno no começo de dezembro de 2010. Os primeiros a percebê-la foram astrônomos amadores. Segundo os cientistas, a tempestade aparece na cor branca porque é feita de cristais de amônia.

Quando o gás chega à atmosfera superior de saturno, cristais de amônia condensam no vapor, formando a região branca que é visível. Uma tempestade seste tamanho acabaria com a Terra, disseram os cientistas.

Tempestades gigantes ocorrem costumeiramente em Saturno, mas esta é a mais brilhante em décadas.

Imagens de nebulosa ajudarão estudos sobre formação de estrelas

A Nebulosa de Órion é a região de formação de estrelas de grande massa mais próxima da Terra. Foto: ESO/Divulgação

A Nebulosa de Órion é a região de formação de estrelas de grande massa mais próxima da Terra

Composição de imagens inéditas da Nebulosa de Órion, registradas pelo telescópio MPG, do ESO (Observatório Europeu do Sul, na sigla em inglês), instalado no Observatório de La Silla, no Chile, permite aos astrônomos uma observação mais detalhada de uma região de formação estelar de grande massa. Esta possibilidade de observação colaborará no avanço do conhecimento sobre a formação e evolução das estrelas.

Os dados que compõem a imagem foram selecionados por Igor Chekalin, russo, que foi o vencedor do concurso Tesouros Escondidos do ESO, em 2010, com outra composição de imagens.

A imagem é composta por exposições obtidas em cinco tipos de filtros diferentes. Na cor vermelha, aparece o gás hidrogênio e a radiação que atravessaram o filtro vermelho. Em verde, é mostrada a radiação vinda da região verde e amarela da Nebulosa. Em azul, pode-se enxergar a radiação que passou através do filtro ultravioleta.

A Nebulosa de Órion, também chamada de Messier 42, é um conjunto de gás e poeira no qual se formam estrelas de grande massa, sendo a região deste tipo mais próxima à Terra. Seu gás pode ser visto a olho nu da Terra. Se localiza a 1350 anos-luz do planeta.

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Nasa quer levar estudantes brasileiros para os EUA

Comberiate quer levar cerca de 10 estudantes brasileiros para um estágio de quatro semanas na Nasa. Foto: Fernando Borges/Terra

Comberiate quer levar cerca de 10 estudantes brasileiros para um estágio de quatro semanas na Nasa

O coordenador do programa para estudantes do Centro de Voos Espaciais Goddard da Nasa, Mike Comberiate, foi à Campus Party, em São Paulo, para apresentar o projeto que pretende levar cerca de 10 estudantes brasileiros para um estágio de quatro semanas na agência espacial americana.

O interesse da Nasa nos alunos brasileiros começou depois que a estudante Janynne Gomes, da Universidade do Vale do Rio Doce (Univale), em Governador Valadares (MG), conheceu Comberiate. Em janeiro de 2010, ela participou do acampamento da Nasa nos EUA e foi bem sucedida. Para atrair a atenção dos brasileiros, Mike anunciou que deixará na Univale, informalmente, o superlaser Lidar, usado nos robôs da agência que visitam Marte, capaz de gerar imagens 3D em 360 graus.

Os estudantes selecionados precisarão criar soluções robóticas para o uso de máquinas em outros corpos celestes, além da Terra, a partir de um trabalho iniciado pela Nasa. Uma das tarefas, de acordo com Comberiate, será mostrar a capacidade de "costurar" as diversas imagens em 3D que o Lidar consegue criar. Os estudantes mais habilidosos que mostrarem as soluções mais criativas do uso da tecnologia serão convidados para o estágio no acampamento.

Segundo Marco Figueiredo, brasileiro membro da Nasa há 20 anos e parceiro de Comberiate do projeto no Brasil, o primeiro requisito é a vontade. "É preciso ter coragem de dizer que se deseja estudar na Nasa. E o Mike valoriza muito isso. Em um segundo momento, acontece um processo de análise de currículo e de conversa com os professores dos alunos interessados", afirmou.

Marco contou ainda que, embora não haja retorno financeiro e a Nasa não custeie os gastos dos estudantes nos EUA, o benefício está no enorme prestígio de possuir um diploma assinado pela agência. "Para se ter uma ideia, Janynne foi convidada para trabalhar na Microsoft, nos EUA, depois do estágio", disse.

De acordo com Marco, o estudante deve gastas cerca de US$ 5 mil com passagem e alimentação. A hospedagem é cedida pela Nasa. A turma completa de estágio é formada por cerca de 60 estudantes, divididos entre Brasil, Argentina, Índia, Singapura e outros países.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Vencedor do Nobel afirma que moléculas de DNA podem se teletransportar

O biólogo francês Luc Montaigner, vencedor do Prêmio Nobel de Medicina de 2008 por seu trabalho com HIV e AIDS, afirmou que moléculas de DNA são capazes de se "teletransportar" de um tubo de ensaio para outro, apenas estando sujeitas a um campo eletromagnético fraco e de baixa frequência.

Montagnier afirma ter novas descobertas que prometem balançar novamente o mundo da ciência e da tecnologia. Em sua nova pesquisa, ele parece ter descoberto que moléculas de DNA teriam a capacidade de projetar "impressões eletromagnéticas" em um ambiente que nunca tiveram contato, podendo significar uma nova propriedade do DNA.

Segundo informações do site , a experiência consiste em dois tubos de ensaio, um contendo uma pequena quantidade de DNA bacteriano e outro apenas com água pura. Os dois tubos são colocados sob um campo eletromagéntico fraco. Cerca de 18 horas depois, ao analisar o conteúdo dos tubos, Montagnier identificou moléculas de DNA em ambos os tubos.

Entretanto, o site Tech World destaca que a palavra teletransportar é muito forte, já que as moléculas não passaram de um tubo para o outro, mas sim criaram uma réplica. Trata-se portanto de clonagem e não transporte.

Outro motivo de ceticismo por parte da comunidade científica é o tempo de duração da experiência. Segundo os pesquisadores, fenômenos deste tipo seriam semelhantes a um efeito quântico. Porém, este tipo de efeito só aparece em temperaturas muito baixas e em intervalos de tempo da ordem de picosegundos (ou a trilhonésima parte de um segundo).

O artigo de Montagnier e seus colaboradores ainda não foi aceito para publicação, mas seu draft está disponível aqui. Outros cientistas da área de biologia e bioquímica estão ansiosos para a publicação do artigo, para poderem analisar os resultados com mais fundamentos.

Geek

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Atmosfera terrestre parece ser frágil, diz astronauta

A bordo da EEI, Nespoli respondeu a perguntas de telespectadores. Foto: BBC Brasil

A bordo da EEI, Nespoli respondeu a perguntas de telespectadores

O astronauta italiano Paolo Nespoli concedeu uma entrevista à BBC a bordo da Estação Espacial Internacional (EEI), a 400 km de distância da Terra. Nespoli representa a Agência Espacial Europeia e deve ficar a bordo da EEI até maio deste ano. Ele mostrou rapidamente as facilidades dentro da estação e respondeu a perguntas de telespectadores.

Nespoli falou sobre a impressão de fragilidade que sente ao olhar para a fina atmosfera terrestre. "Eu penso que nós precisamos estar atentos e ter cuidado com o que fazemos porque a Terra é frágil. É bonita, mas é frágil." Quando perguntado sobre a reciclagem de água dentro da estação, o astronauta argumentou que a água que eles usam é supervisionada diariamente e que trata-se de água reciclada assim como a que bebemos na Terra.

BBC Brasil
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quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Nasa afirma não poder construir novo ônibus espacial

A Nasa - a agência espacial americana - afirmou ao Congresso dos Estados Unidos que não poderá construir até 2016 um foguete propulsor e uma cápsula, como está previsto no orçamento aprovado, segundo um relatório divulgado esta semana em que os senadores pedem à agência que cumpram com suas obrigações.

Legisladores do comitê senatorial do Comércio, Ciência e Transporte dos EUA insistem que o projeto não é opcional e que a agência americana deve encontrar a forma de elaborar uma solução viável. "A produção de um foguete propulsor e uma cápsula não é opcional, é a lei", indica um comunicado conjunto divulgado pelos senadores John Rockefeller, Kay Bailey Hutchison, Bill Nelson e David Vitter.

"A Nasa deve usar suas décadas de experiência em assuntos espaciais e os milhares de dólares nos investimentos prévios que teve para idealizar um conceito que funcionasse. Acreditamos que pode ser feito de forma exequível e eficiente. E deve ser uma prioridade", aponta o comunicado.

O projeto adotado pelo Congresso e assinado pelo presidente, Barack Obama, designa à Nasa a tarefa de desenvolver e construir um sistema de lançamento espacial (Space Launch System) e uma cápsula de transporte de astronautas (Multi-Purpose Crew Vehicule) antes de 2016.

Com a aposentadoria dos três ônibus espaciais, previsto para este ano, a Nasa dependerá exclusivamente dos Soyuz russos para enviar seus astronautas à Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês), cuja construção os Estados Unidos financiaram quase totalmente.

AFP
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Estação Internacional Espacial tem órbita elevada em 2,5 km

A Estação Espacial Internacional (ISS) teve sua órbita média levada nesta quinta-feira em 2,5 km, informou o Centro de Controle de Voos Espaciais (CCVE) da Rússia.

A manobra ocorreu com ajuda de propulsores do cargueiro russo Progress M-07M, encostado ao módulo Zvezda da plataforma, declarou o porta-voz do CCVE, Valeri Lindin.

Os oito motores de engate e orientação da nave de carga permaneceram em funcionamento durante 11 minutos. "Isto permitiu elevar a órbita em média da ISS em 2,5 km, até os 353,3 km", disse Lindin, quem explicou que a manobra tem como fim garantir as boas condições para os próximos acoplamentos à plataforma espacial.

Lindin lembrou que está previsto o engate à ISS do cargueiro russo Progress M-09M e da nave americana Discovery, cujos lançamentos estão previstos para 28 de janeiro e 3 de fevereiro, respectivamente.

EFE
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ESO premia melhores imagens processadas por amadores em 2010

A imagem vencedora do primeiro lugar mostra o complexo nebuloso M78 em Orion. O astrônomo russo Igor Chekalin foi o grande vencedor da competição e .... Foto: Igor Chekalin/ESO/Divulgação

A imagem vencedora do primeiro lugar mostra o complexo nebuloso M78 em Orion

O Observatório Europeu do Sul (ESO, na sigla em inglês) anunciou os 10 vencedores do Prêmio Tesouros Escondidos 2010 de astrofotografia, que teve cerca de 100 inscritos. O astrônomo russo Igor Chekalin foi o grande vencedor da competição e ganhou uma viagem para o Very Large Telescope (VLT) do ESO, em Paranal, no Chile. Os outros prêmios foram um iPod, DVDs e livros. Devido à dificuldade do desafio, o número de inscritos foi uma surpresa.

"Ficamos surpresos com a quantidade e a qualidade das imagens que recebemos. Este não foi um desafio para os fracos, pois era necessário ter conhecimento avançado de processamento de dados e ainda um olhar artístico. Estamos entusiasmados por ter descoberto tantas pessoas talentosas", disse Lars Lindberg Christensen, chefe de educação e do departamento de divulgação pública do ESO. Os participantes escolhiam entre as fotos do banco de dados do ESO e tinham que corrigir distorções, retirar marcas indesejadas e colorir e ressaltar os dados astronômicos.

O vencedor da competição disse ter sido uma grande experiência trabalhar com a base de dados do ESO. "Como astrofotógrafo amador, este foi o trabalho de tratamento e pós-processamento mais difícil que já fiz. Minha participação no concurso me deu uma série de desafios, desde instalar um novo software até estudar técnicas, e até mesmo sistemas operacionais que eu não tinha conhecimento", concluiu o russo Igor Chekalin.

O Observatório Europeu do Sul
O ESO é um dos mais produtivos observatórios do mundo astronômico. É apoiado por 15 países: Áustria, Bélgica, Brasil, Suíça, República Checa, Dinamarca, França, Finlândia, Alemanha, Itália, Países Baixos, Portugal, Espanha, Suécia e Reino Unido.

Imagens da Nasa mostram temporais e enchentes vistos do espaço

Fotografias aéreas feitas pelos satélites da Nasa mostram os recentes fenômenos naturais que provocaram tempestades de neve, fortes chuvas e enchentes .... Foto: Nasa/Divulgação

Fotografias aéreas feitas pelos satélites da Nasa mostram os recentes fenômenos naturais que provocaram tempestades de neve, fortes chuvas e enchentes nos últimos dois meses em todo o mundo

Fotografias aéreas feitas pelos satélites da Nasa, a agência espacial americana, mostram os recentes fenômenos naturais que provocaram tempestades de neve, fortes chuvas e enchentes nos últimos dois meses em todo o mundo.

As fotos mostram o Brasil, a Austrália e os Estados Unidos. Nelas, é possível ver a massa de ar frio cobrindo o Sudeste brasileiro entre os dias 9 e 12 de janeiro, quando chuvas atingiram a região, provocando deslizamentos de terra e causando centenas de mortes.

Imagens da Austrália mostram a cidade de Rockhampton, no estado de Queensland, parcialmente coberta pela cheia do rio Fitzroy. É possível perceber o aumento do volume dos rios da região entre dezembro de 2010 e janeiro de 2011.

Também foram registradas as fortes tempestades de neve que atingiram a costa leste dos Estados Unidos no final de dezembro. A neve chegou a 80 centímetros de altura, e os ventos de 130 quilômetros por hora provocaram caos nos Estados de Nova York, Nova Jersey, Connecticut, and Massachusetts.

As fotos foram feitas pelo ALI (Advanced Land Imager), um instrumento colocado no satélite Earth Observing -1, e pelo MODIS (Moderate Resolution Imaging Spectroradiometer), presente em outros dois satélites que orbitam a Terra - o Aqua e o Terra.

http://noticias.terra.com.br/ciencia/noticias/0,,OI4887257-EI301,00-Imagens+da+Nasa+mostram+temporais+e+enchentes+vistos+do+espaco.html#tphotos

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quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Descobertas galáxias a 12 bilhões de anos-luz da Terrra

Satélite Planck envia primeira imagem do conjunto do Universo. Ao fundo, em magenta e amarelo, vê-se a luz mais antiga do Universo, formada 380 mil .... Foto: AFP

Telescópio Planck detectou galáxias a 12 bilhões de anos-luz da Terra

Cientistas europeus anunciaram que o telescópio Planck detectou radiação de grupos de galáxias localizadas a 12 bilhões de anos-luz. O telescópio da Agência Espacial Europeia foi lançado em 2009 e sua missão é encontrar evidências de como galáxias e estrelas foram formadas após o Big Bang, a grande explosão que teria dado origem ao universo.

Os grupos de galáxias detectados pelo Planck estariam entre os primeiros objetos a serem formados após o Big Bang. Ao invés de buscar por imagens de galáxias e estrelas, o telescópio varre o céu em busca de gás e poeira, matéria-prima do universo.

O Planck capta luz em comprimentos de onda infravermelha que estão muito além do alcance do olho humano.

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terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Nasa descobre antimatéria criada por tempestades na Terra

Cientistas da Nasa dizem ter descoberto feixes de antimatéria acima de tempestades na Terra. Tal fenômeno nunca havia sido visto antes. Isto só foi possível com a ajuda do telescópio Fermi, projetado para monitorar os raios gama. Eles acreditam que as partículas de antimatéria são formadas em um flash terrestre de raios gama (TGF), uma breve explosão produzida dentro de tempestades e associada a raios de tempestades. Estima-se que cerca de 500 TGFs ocorrem diariamente em todo o mundo, mas a maioria não é detectada.

"Esses sinais são a primeira evidência direta que as tempestades produzem feixes de partículas de antimatéria", disse Michael Briggs, membro da equipe de monitoramento de explosões de raios gama do Fermi, na Universidade do Alabama, em Huntsville. Os resultados foram apresentados na segunda-feira, durante entrevista coletiva na reunião da Sociedade Astronômica Americana, em Seattle.

Os cientistas há muito suspeitavam que os TGFs surgem dos fortes campos elétricos perto do topo das tempestades. Sob as condições corretas, o campo fica forte o suficiente e se torna uma ascendente avalanche de elétrons. Atingindo velocidades quase tão rápidas quanto a luz, os elétrons de alta energia liberam raios gama quando são defletidos pelas moléculas de ar.

Mas a cascata de elétrons produz tantos raios gama que os elétrons e pósitrons são expelidos da atmosfera. Isso acontece quando a energia dos raios gama se transforma em um par de partículas: um elétron e um pósitron. São essas partículas que atingem a órbita do Fermi.

"Os resultados do Fermi nos coloca um passo mais perto de compreender como funcionam TGFs", disse Steven Cummer, da Universidade Duke.

Telescópio descobriu 15 mil novos objetos no universo

Astrônomos comemoraram nesta terça-feira os primeiros resultados provenientes do bilionário telescópio europeu Planck, projetado para investigar os segredos de micro-ondas do "Big Bang", que supostamente ocorreu há 14 bilhões de anos atrás. Lançado em maio de 2009, Planck realizou três varreduras completas do Universo, produzindo um catálogo de 15 mil novos objetos celestes, incluindo 30 grupos de galáxias, relataram os astrônomos em uma conferência em Paris.

Os dados são um "tesouro valioso", que será explorado nos próximos anos, afirmou Jan Tauber, um cientista do projeto na Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês). "Para a comunidade de Planck, isto é um grande dia", disse ele. "É difícil para nós transmitir a emoção que sentimos".

Planck, implantado em órbita a 1,5 milhão de km da Terra, é essencialmente destinado a captar pequenas variações de temperatura em energia de micro-ondas, lançada depois que o Big Bang criou o Universo. A investigação para este chamado Cosmic Microwave Background (CMB), a Radiação Cósmica de Fundo, ainda está em andamento, e o resultado será publicado provavelmente em 2013.

Uma das tarefas que o telescópio tem superado é remover uma "névoa" de emissões de micro-ondas - um brilho difuso que durante décadas tem distorcido a visão de regiões empoeiradas do espaço profundo. Os dados coletados pelo Planck confirmam a teoria de que a "névoa" vem dos grãos em escala nanométrica espalhados ao rodopiar várias dezenas de bilhões de vezes por segundo, por colisão com átomos em grande movimento ou com raios de luz ultravioleta.

Os cientistas agora devem ser capaz de filtrar este sinal, podendo se concentrar nos vestígios genuínos de CMB nas ricas quantidades de dados do Planck.

A conferência de Paris foi informada em 25 artigos, detalhando os dados encontrados por Planck. Eles foram submetidos a uma revista especializada, Astronomy and Astrophysicists, para publicação. "Estes novos resultados são peças vitais de um quebra-cabeça que pode nos dar um quadro completo da evolução de nosso próprio quintal cósmico - a Via Láctea, em que vivemos -, bem como do início da história de todo o Universo", afirmou David Parker, diretor de ciência espacial da Agência Espacial do Reino Unido.

A grande ferramenta do Planck é um telescópio de 1,5 m de comprimento que concentra a radiação em dois conjuntos de detectores, que são refrigerados a quase zero absoluto.

O telescópio realizou missão de 15 meses, mas as suas operações já foram prorrogadas por dois anos. Seu nome é em homenagem ao físico alemão Max Planck, fundador da teoria quântica.

AFP
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Nasa anuncia descoberta de pequeno planeta fora do Sistema Solar

O planeta, chamado de Kepler-10b, tem cerca de 1,4 vezes o tamanho da Terra e orbita em torno de sua estrela mais de uma vez por dia. Foto: Nasa/Divulgação

O planeta, chamado de Kepler-10b, tem cerca de 1,4 vezes o tamanho da Terra e orbita em torno de sua estrela mais de uma vez por dia

A Nasa - a agência espacial americana - descobriu através de seu telescópio espacial Kepler o menor planeta encontrado até agora fora do Sistema Solar: um astro rochoso similar em tamanho à Terra.

O planeta, chamado de Kepler-10b, tem cerca de 1,4 vezes o tamanho da Terra e orbita em torno de sua estrela mais de uma vez por dia, em uma distância muito próxima para que possa haver vida. "Como orbita uma vez a cada 0,84 dia, o Kepler-10b está mais de 20 vezes mais perto de sua estrela que Mercúrio do nosso sol", afirmou comunicado da Nasa.

O planeta tem 4,6 vezes a massa da Terra e uma densidade média de 8,8 gramas por cm cúbico. Segundo Douglas Hudgins, cientista do programa Kepler da Nasa, a descoberta é promissora ainda que o planeta não possa, aparentemente, abrigar vida. "A emocionante descoberta mostra o tipo de achado que esta missão torna possível e promete muito mais", disse Hudgins.

O telescópio espacial Kepler é a primeira missão da Nasa dedicada à busca de planetas como a Terra que orbitem estrelas similares ao Sol. Foi lançado em 2009 e seguirá enviando dados até novembro de 2012.

AFP
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segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Royal Society reivindica plano mundial para contatos alienígenas

A sociedade científica britânica Royal Society adverte em sua última edição da revista Philosophical Transactions que os governos do mundo deveriam se preparar para um possível encontro com uma civilização extraterrestre, que poderia ser violenta.

A publicação, que este mês dedica um número completo ao tema da vida extraterrestre, argumenta que se o processo de evolução seguir em todo o universo padrões darwinistas, tal como ocorre na Terra, as formas de vida que entrariam em contato com os seres humanos poderiam "ter tendência à violência e à exploração" dos recursos.

Por esse motivo, os cientistas reivindicam que as Nações Unidas (ONU) configurem um grupo de trabalho dedicado a "assuntos extraterrestres" com a capacidade de delinear um plano a ser seguido em caso de contato alienígena.

"Devemos estar preparados para o pior" no caso de encontrarmos uma civilização extraterrestre, alerta o professor de paleobiologia evolutiva na Universidade de Cambridge, Simon Conway Morris, que considera que a vida biológica deve ter em todo o universo características similares às da terra.

Morris acredita que se existem alienígenas inteligentes "são parecidos conosco", algo que, "diante da nossa não muito gloriosa história", deveria "nos fazer refletir".

EFE
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Dilma discute lançamento de foguetes com presidente da Ucrânia

A presidente Dilma Rousseff recebeu, por volta das 10h desta segunda-feira, um telefonema do presidente da Ucrânia, Viktor Yanukovich. Em cerca de 20 minutos de conversa, os mandatários discutiram o principal projeto de interesse dos dois países, a plataforma de lançamento de foguetes Cyclone 4, desenvolvida pela empresa ucraniana Dneprotiazhmash na base de Alcântara, no Maranhão, e trocaram intenções de fazer visitas oficiais a Brasília e Kiev.

No telefonema, o governante ucraniano, que relembrou que o projeto de Alcântara é a principal parceria entre os dois países, reforçou ainda a defesa para que a base se torne comercialmente um ponto para lançamento de satélites. O Cyclone 4, que em 2010 passou por testes de lançamento de satélites, é capaz de levar 1,6 t a órbitas de 35 mil km de altitude.

Yanukovich manifestou a intenção de visitar o Brasil no próximo mês de maio e convidou Dilma a visitar Kiev. Ele tem defendido, desde que tomou posse no início do ano passado, que o governo ucraniano utilize sua política externa para conseguir "os resultados máximos e vantagens mútuas" com governos estrangeiros.

sábado, 8 de janeiro de 2011

Voluntários de simulação de voo a Marte não buscarão extraterrestres

Os voluntários da simulação de um voo a Marte não buscarão extraterrestres durante suas três saídas previstas ao simulador da superfície marciana, declarou o diretor do projeto "Marte-500", Boris Morukov, em entrevista divulgada neste sábado pela agência "Interfax".

"Buscarão sinais de vida? Não sei. Em todo caso, por enquanto não temos planejado homenzinhos verdes nem animais que se arrastem pela superfície", disse Morukov ao explicar em que consistirão as caminhadas, que terão uma duração de cerca de duas horas.

Uma das saídas à superfície artificial, a terceira e última, "será dedicada à resolução de situações de emergência".

"Assim, segundo o roteiro, um dos participantes cairá e machucará a mão durante o trabalho na superfície marciana" e um segundo voluntário deverá examinar seu colega e socorrê-lo.

Já na primeira saída, dois participantes deverão extrair do módulo de descida do simulador da superfície marciana, de 1,2 mil metros cúbicos, todos os equipamentos necessários, realizar os preparativos pertinentes e ativá-los.

Durante a segunda caminhada, os tripulantes deverão explorar a superfície marciana e extrair amostras do terreno para levar à Terra.

Este experimento, que começou em 3 de junho, servirá para estudar a compatibilidade psicológica e a tolerância dos membros de uma tripulação durante um voo interplanetário.

EFE
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Brasil: críticas fazem acordo científico bilionário cair à metade

O observatório ESO é um dos mais bem equipados do planeta. Foto: ESO/Divulgação

O observatório ESO é um dos mais bem equipados do planeta

No fim do mês de dezembro, o Ministério da Ciência e Tecnologia assinou um acordo de R$ 555 milhões para pesquisa em Astronomia com o ESO - Observatório Europeu do Sul. Válido por 11 anos, o convênio permite que o País participe da construção do futuro superobservatório E-ELT, de 42 m de altura, que deve ser inaugurado em 2021, no Chile. Inicialmente orçado em R$ 1,24 bilhão, o projeto gerou polêmica entre a comunidade científica, além de duras críticas de vários astrônomos, que defendiam que o valor não deveria ser investido fora do Brasil.

"Dentro de qualquer comunidade, principalmente a comunidade científica, que tem recursos escassos, sempre existe uma ampla discussão, e até confrontos, com respeito a projetos de grande custo. Neste caso, os valores foram revisados para baixo, então a crítica de alguns pesquisadores foram úteis no sentido de tornar os valores mais acessíveis à comunidade cientifica. Foram muito importantes. Os críticos permitiram uma negociação no valor e o resultado foi benéfico", diz o professor membro do Instituto de Astronomia (IAG) da Universidade de São Paulo (USP), Amâncio Friaça.

O Brasil é o primeiro país não-europeu a participar do ESO, que conta com outros 14 países e tem orçamento anual de 135 milhões de euros (R$ 295 milhões). Embora as instalações para a construção do telescópio estejam no Chile, o país serve apenas de abrigo, devido às melhores condições climáticas e geográficas para o estudo da Astronomia.

"Os europeus são aqueles que estão tomando a iniciativa em pesquisa fundamental. Então é importante que o Brasil tenha uma colaboração com eles. As criticas principais são a respeito dos valores envolvidos, mas no momento que você negocia algo mais razoável, você tem um retorno muito grande em uma escala de tempo de uma década, o que pra nós é rápido. Se você lembrar que o Brasil, dependendo da avaliação, é a nona ou décima economia do mundo, ele não pode mais negar recursos para projetos visionários, e quando eu falo visionários, quero dizer projetos de futuro em grande escala", opina Friaça.

De acordo com o docente, o projeto começou a ser negociado em 2009, quando o Brasil sediou a reunião da União Astronômica Internacional, no Rio de Janeiro. Desde então, o debate entre o que seria gasto e o que seria investimento tomou conta da comunidade da Astronomia.

"É importante saber que a gente precisa fazer economia, mas a gente precisa fazer investimento, ou seja, aplicação. Esse tipo de verba, bilionária, representa um investimento de suma importância pra o nosso futuro. Você tem que investir nas instituições do nível mais alto, para você ter um resultado rápido, como uma década. Pra nós, que fazemos pesquisa, 10 anos é um período pequeno, mas em uma década você muda um pais. E não adianta ficar investindo só no que você está acostumado a investir. Você tem que saber que o Brasil é uma economia poderosa e precisa fazer investimentos à altura. Todo gasto em Ciência é investimento, e eles são na casa de bilhões de dólares, não tem muito como fugir disso", completa.

Iniciativa destemida
"De fato, é uma iniciativa brasileira muito destemida, eu diria, porque, apesar de toda a redução de custos que nós conseguimos através das negociações realizadas, ainda assim é um custo bastante elevado", diz o chefe da assessoria de assuntos internacionais do Ministério de Ciência e Tecnologia, José Monserrat Filho.

"Em compensação, nós vamos ser co-proprietários de toda a infra-estrutura do ESO, principalmente a estrutura que já existe lá no Chile, que são pelo menos 3 conjuntos de observatórios, com telescópios de grande envergadura, além do novo observatório, o E-ELT (European Extremely Large Telescope)."

Na opinião de Monserrat, ser um dos donos do equipamento é apenas uma das vantagens do investimento. "Estaremos trabalhando na vanguarda em matéria de Astronomia. Ao mesmo tempo, esses centros e observatórios reúnem cientistas de varias áreas, e haverá um ganho científico para os astrônomos e para outras áreas da comunidade cientifica. Tudo indica que a pesquisa brasileira deve crescer muito".

A geração de renda e emprego é mais um dos pontos positivos, pois segundo Monserrat, a construção do observatório demandará o trabalho de diferentes áreas empresariais. "A participação da indústria brasileira será muito importante. Nosso País, que está aqui perto do Chile e é o maior centro industrial do continente, terá mais facilidades e mais competitividade para concorrer e, em boa parte, ganhar as licitações", diz.

O acordo ainda precisa passar pelo Congresso, mas já está mobilizando a comunidade cientifica e as entidades representativas do setor industrial, que de acordo com o representante do Ministério da Ciência e Tecnologia, devem ser convidadas em breve a visitar as instalações no Chile.

"Isso é para que sintam o potencial de trabalho que se tem a fazer lá. Outra coisa que já estamos estudando com o ESO é a organização de estágios para jovens, visitas até do ensino médio, passando pela graduação e doutorado. Ou seja, o Brasil tem muita coisa a fazer para aproveitar essa oportunidade", conclui.

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Mudança no polo magnético da Terra faz aeroporto pintar pistas

Uma mudança no eixo magnético da Terra obrigou o aeroporto de Tampa, nos Estados Unidos, a fechar sua pista para reformas. A derivação do Polo Norte magnético obrigou a administração do aeroporto, que fica na Flórida, a repintar as pistas de pouso para que as informações de direção de pouso permanecessem compatíveis com o indicado pelas bússolas.

O nosso polo magnético tem se movido a uma velocidade de mais de 60 km/ano em direção à Rússia, dizem os pesquisadores. Com isto, bússolas de todo o mundo apontam para direções levemente diferentes, alterando a leitura de instrumentos que dependam de suas medidas. Além de aviões, navios e até mesmo o aplicativos para celular, como o Google Maps, e programas de Astronomia podem ser afetados pelo movimento do polo - mas nada que uma atualização não resolva.

Apesar de aviões comerciais disporem de equipamentos como GPS, que não dependem da posição exata do polo magnético, os padrões aeronáuticos ainda se baseiam na medida de bússolas convencionais. Por isto o aeroporto de Tampa será fechado e suas pistas repintadas indicando a nova direção relativa dela em relação ao polo, informa o jornal local Tampa Bay Tribune.

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Lua tem núcleo similar ao da terra, revela Nasa

Imagem mostra o Experimento Sísmico Passivo da Apollo, que coletou dados sobre a atividade sísmica lunar até 1977. Foto: Nasa/JSC/Divulgação

Imagem mostra o Experimento Sísmico Passivo da Apollo, que coletou dados sobre a atividade sísmica lunar até 1977

Pesquisa da Nasa - a agência espacial americana - indica que a lua tem núcleo similar ao do planeta Terra. Desvendar detalhes sobre o núcleo lunar é de grande importância para o desenvolvimento exato de modelos da formação lunar.

As descobertas da equipe de pesquisadores sugerem que a lua tem um núcleo interior sólido e rico em ferro, com raio de aproximadamente 277 km e núcleo externo rico em ferro líquido com raio de aproximadamente 279 km. O que difere o núcleo do da Terra é uma camada fundida de raio estimado em 555 km.

A pesquisa indica que o núcleo contém pequena porcentagem de elementos como enxofre, o que coincide com estudos recentes sobre o núcleo terrestre que apontam a existência de enxofre e oxigênio em uma camada em volta do núcleo.

Os pesquisadores utilizaram dados coletados durante a época de missões da nave Apollo na lua. O Experimento Sísmico Passivo da Apollo consistiu em quatro sismômetros deixados na lua entre 1969 e 1972, que coletaram dados sobre a atividade sísmica lunar até 1977.

A equipe analisou os sismômetros utilizando processo vetorial, com técnicas que identificam e distinguem sinais de tremores na lua e outras atividades sísmicas. Os cientistas identificaram como e em que local ondas sísmicas passaram ou foram refletidas por elementos do interior da lua, dando significado a composição e ao estado das camadas internas. Imagens sofisticadas de satélite também contribuíram de forma significante para o estudo.

Antiga limitação aos estudos sísmicos sobre a lua era o "barulho" causado pelos sinais repetidamente captados das estruturas lunares. Mas a equipe produziu equipamento chamado de pilhas de sismômetros, que trabalhou de forma digital. Essa pilha melhorou o recebimento dos sinais e permitiu aos cientistas seguir de forma mais clara os sinais, de que local surgiam e por onde passavam.

Participaram da pesquisa a líder do estudo e cientista da Nasa Renee Weber e outros cientistas do Centro Espacial Marshall, em Huntsville, nos Estados Unidos, da Universidade da Califórnia e do Instituto de Paris, na França. O estudo foi publicado na revista Science.

Nasa volta a adiar lançamento de ônibus espacial Discovery

A Nasa - a agência espacial americana - decidiu adiar o lançamento da nave Discovery novamente. Foto: Nasa/Divulgação

A Nasa - a agência espacial americana - decidiu adiar o lançamento da nave Discovery novamente

A Nasa - a agência espacial americana - decidiu postergar mais uma vez a data para o próximo lançamento do ônibus espacial Discovery, previsto para 3 de fevereiro, devido à necessidade de realizar novos reparos na nave.

Devido ao trabalho que ainda falta no tanque externo e à possibilidade de outras modificações, "a Nasa decidiu na quinta-feira adiar o próximo lançamento para além da janela de tiro (3 a 10 de fevereiro)", explicou a agência em um comunicado.

O lançamento pode finalmente ocorrer no fim de fevereiro, ou ainda este mês. A data original da viagem do Discovery era 5 de novembro, mas um vazamento de hidrogênio em seu tanque externo provocou o atraso.

AFP
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quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Papa Bento XVI diz que Big Bang é obra de Deus

Em declaração nesta quinta, o Papa Bento XVI disse que enquanto a ciência não levar em conta a fé, nenhuma teoria terá respostas completas. Foto: AFP

Em declaração nesta quinta, o Papa Bento XVI disse que enquanto a ciência não levar em conta a fé, nenhuma teoria terá respostas completas

O Papa Bento XVI declarou nesta quinta-feira que o Big Bang foi obra de Deus. Segundo ele, os "cristãos devem rejeitar a ideia de que o Universo surgiu por acidente".

No dia em que os cristãos lembram a Epifania, o dia em que a Bíblia diz que três reis chegaram ao local de nascimento de Jesus seguindo uma estrela, o Papa disse que "algumas pessoas querem nos fazer acreditar que o universo é resultado de um acaso". "Contemplando o Universo nós somos convidados a pensar na sabedoria de Deus, na Sua criatividade inacabável", completou.

Anteriormente, o Papa já havia dado declarações sobre a evolução do Universo, mas raramente ele discutiu conceitos específicos como o Big Bang, o qual os cientistas acreditam ter levado à formação do Universo há cerca de 13,7 bilhões de anos.

Pesquisadores do CERN, centro de pesquisas nucleares em Genebra, na Suíça, têm colidido prótons próximos à velocidade da luz para simular condições que eles acreditam ter trazido à existência o Universo.

Alguns ateus dizem que a Ciência pode provar que Deus não existe, mas o Papa Bento XVI declarou que algumas teorias científicas são "limitadoras da mente" porque "apenas chegam a certo ponto, não explicando totalmente o senso de realidade".

O Papa falou que teorias científicas sobre a origem e o desenvolvimento do Universo e dos humanos, enquanto não conflitantes com a fé, deixam questões sem resposta. "Na beleza do mundo, neste mistério, na sua grandeza e na sua racionalidade, nós podemos apenas deixar-nos sermos guiados por Deus, criador do céu e da Terra", finalizou.

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Registros mostram nascimento e morte de estrelas em Andrômeda

Registros feitos por dois telescópios e divulgados pela Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês) mostram a galáxia de Andrômeda, uma de nossas "vizinhas", de uma nova forma. As observações combinadas mostram as estrelas que estão morrendo e aquelas que estão nascendo em Andrômeda.

Segundo a agência, o telescópio Herschel fez no Natal de 2010 o registro mais detalhado em infravermelho da galáxia, que mostra as jovens estrelas (em vermelho). O telescópio XMM-Newton, no mesmo período, observou em raios-X as estrelas que estão morrendo (em azul).

A galáxia espiral - também conhecida como M31 - é muito similar à nossa, a Via Láctea. Ambas têm centenas de bilhões de estrelas, por exemplo. As observações do Herschel mostram nuvens de gás e poeira frios que estão formando estrelas, um processo que pode levar centenas de milhões de anos até o nascimento do novo astro. Quando ela atinge densidade suficiente, a jovem estrela vai emergir de sua nuvem e será visível a telescópios comuns.

Segundo a agência, Andrômeda tem um formato interessante, já que tem um grande anel de poeira com cerca de 75 anos-luz de diâmetro no centro da galáxia. Astrônomos especulam que esse anel é resultado de uma colisão com outra galáxia. A ESA afirma que as observações indicam que essa estrutura é mais complexa do que se imaginava, com pelo menos cinco anéis concêntricos e que podem formar estrelas.

A combinação das imagens fornece informações impossíveis de serem registradas por telescópios no solo terrestre, já que esses comprimentos de onda são absorvidos na atmosfera da Terra.

Telescópio registra nebulosa que passa por "baby boom"

Nebulosa da Lagoa, também chamada de Messier 8, está passando por um  baby-boom , com diversas estrelas nascendo nos últimos anos. Foto: ESO/Divulgação

Nebulosa da Lagoa, também chamada de Messier 8, está passando por um "baby-boom", com diversas estrelas nascendo nos últimos anos

O telescópio Vista ((sigla em inglês para Telescópio de Pesquisa do Visível e Infravermelho para a Astronomia) do Observatório Europeu do Sul (ESO, na sigla em inglês) registrou nova imagem da Nebulosa da Lagoa, também chamada de Messier 8, situada a cerca de 5 mil anos-luz de distância da Terra, na constelação de Sagitário. Nebulosas são áreas de formação de estrelas e a Nebulosa da Lagoa está passando por um momento de "baby boom"

A imagem foi obtida durante estudo da Via Láctea que durará cinco anos e que está sendo realizado com o telescópio, instalado no Observatório do Paranal, em La Silla, no Chile. A imagem mostra pequena parte da região que rodeia a nebulosa.

Este estudo tem como objetivo observar detalhadamente as regiões centrais da Via Láctea procurando objetos e mapeando sua estrutura de maneira nunca antes realizada. O telescópio Vista, por utilizar luzes infravermelhas, permite aos cientistas a observação por trás da poeira que impede a visualização de objetos no universo.

A característica mais famosa da Nebulosa da Lagoa é a região de poeira em forma de lagoa que se entrelaça por entre nuvem de gás brilhante dentro da nebulosa. Ela é habitada por estrelas muito mais jovens do que as encontradas na maioria das nebulosas existentes.

Essas estrelas soltam jatos de matéria de seus pólos, e quando este material atinge o gás que circunda a nebulosa são formados objetos conhecidos como Herbig-Haro (homenagem a George Herbig e Guillermo Haro, que foram os primeiros astrônomos a estudar estes objetos de forma detalhada), rastros brilhantes de curta duração, que torna as estrelas recém-nascidas facilmente detectáveis. Nos últimos cinco anos, diversas vezes foram detectados estes rastros, o que prova, segundo os cientistas, o "baby boom".