quinta-feira, 31 de março de 2011

Cientistas descobrem que Saturno tem um anel enrugado

As imagens de Saturno, tiradas em 2009 pelo objeto espacial "Cassini", permitiram ver que um dos anéis do planeta está enrugado, ou seja, tem uma ondulação provocada, provavelmente, pelo impacto de uma nuvem de objetos, segundo um artigo publicado pela revista Science.

Uma equipe de pesquisadores liderada por Matthew Hedman, do Departamento de Astronomia da Universidade Cornell, em Ithaca (Nova York), estudou as imagens captadas pela nave espacial em um período próximo ao equinócio do planeta dos anéis.

Em agosto de 2009, explica o artigo, o Sol iluminou os anéis de Saturno e a luz evidenciou uma "ruga" que se estende por todo o anel C, o mais interior dos três anéis maiores em torno do planeta.

"Esta ruga tem uma amplitude de 2 a 20 m e sua longitude de onda é de 30 a 80 km", diz o estudo. "As tendências do comprimento de onda da ruga indicam que esta estrutura, da mesma forma que outra ruga identificada anteriormente no anel D, resulta de uma regressão nodal diferencial dentro de um anel".

Os cientistas, que antecipam a hipótese de que isso ocorreu devido ao impacto, não visto da Terra, de um cometa, indicam que os anéis de um planeta podem funcionar como um gigantesco disco de longa duração que "grava" os efeitos de cada cometa que passa por perto.

O estudo do sutil padrão espiral que esses cometas deixam em sua passagem permite que os cientistas "voltem a ouvir" a história de impactos muitos anos e décadas depois.

Mark Showalter, do grupo Busca por Inteligência Extraterrestre (SETI, na sigla em inglês), e seus colaboradores já tinham analisado os anéis de Júpiter, observados em 1996 e 2000, pelo objeto espacial "Galileu", e em 2008 pelo "Horizon", e tinham notado ondulações inusitadas.

Ambas as equipes mediram as propriedades dessas ondulações e as compararam com cálculos da possível evolução de tais estruturas, com o qual chegaram à conclusão de que as "rugas" nos anéis de Saturno e Júpiter foram causadas por cometas.

Os escombros que resultaram dessas colisões inclinaram levemente os anéis de ambos os planetas, segundo os cientistas cujos cálculos indicam que as rugas no anel de Saturno provavelmente datam da colisão com um cometa em 1983, e as do anel de Júpiter ocorreram depois do impacto de um cometa em 1994.

EFE
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Dados de satélite formam mapa preciso da gravidade na Terra

Geoide é o modelo usado para representar o campo gravitacional do planeta. Foto: Esa/Divulgação

Geoide é o modelo usado para representar o campo gravitacional do planeta

A agência espacial europeia (ESA) informou nesta quinta-feira que conseguiu mapear a gravidade da Terra "com uma precisão inigualável" por meio de dados colhidos pelo satélite Goce, que está em órbita há dois anos. O novo modelo foi apresentado em um workshop para jornalistas e cientistas em Munique, na Alemanha.

Os cientistas utilizaram o modelo de geoide para explicar o campo gravitacional da Terra, que é achatada nos pólos. De acordo com a agência espacial, para compreender um geoide basta imaginar a Terra coberta por água, sem marés e correntes.

O Goce possuiu um aparelho chamado gradiômetro que serve para medir mudanças sensíveis na gravidade da Terra. Os dados são renovados a cada dos meses o que, segundo os responsáveis pelo trabalho, colabora para garantir a eficiência do mapa criado para compreender a gravidade.

Com os dados do satélite, a ESO pretende proporcionar à comunidade científica informações sobre os oceanos e o clima, melhorando a compreensão da estrutura interna da Terra. Segundo a agência espacial, uma das contribuições dos dados de gravidade do satélite é no conhecimento mais profundo das causas dos terremotos, como o que assolou recentemente o Japão.

Por ser um fenômeno causado pelo movimento das placas tectônicas, os terremotos não podem ser observados diretamente do espaço, mas sua influência nos dados de gravidade são transmitidas ao satélite, podendo ser usados para compreender as catástrofes naturais e as maneiras de evitá-las.

Terremoto no Japão pode ter modificado a forma dos oceanos

O terremoto de 9 graus na escala Richter que atingiu o Japão em 11 de março pode ter modificado a forma dos oceanos devido a sua forte intensidade. A informação é dos especialistas em observação da Terra reunidos na Universidade Politécnica de Munique (sul da Alemanha) para apresentar os primeiros resultados do satélite europeu Gozo (acrônimo em inglês de Explorador da Circulação Oceânica e da Gravidade).

Roland Pail, especialista da Universidade Politécnica de Munique, deu por certo que o terremoto do Japão influiu na forma do geoide, já que foi "um movimento em massa". Pail explicou que por sorte o satélite passou pela zona do terremoto um dia depois da catástrofe e por isso os dados e as imagens registrados mostrarão com segurança uma modificação a respeito da informação anterior.

O geoide, que é a forma como teria um oceano imaginário que cobrisse todo o planeta sem levar em conta correntes ou marés, é uma superfície de referência fundamental para medir com precisão a circulação oceânica, as mudanças do nível do mar e a dinâmica do gelo.

O satélite, que foi lançado em 17 de março de 2009 a partir da base russo de Plesetk e é o primeiro de uma série de satélites de prospecção da Terra, completou sua missão de cartografar o campo gravitacional do planeta com uma precisão sem precedentes.

Além disso, os resultados obtidos pelo satélite permitirão entender melhor a importância climática do oceano. Os cientistas descobriram também com o Gozo que as correntes do Atlântico Norte têm uma importância crucial em regular o clima da Terra e que as correntes da superfície dos oceanos podem dispersar a poluição para grandes distâncias.

Terremoto e tsunami devastam Japão
Na sexta-feira, 11 de março de 2011, o Japão foi devastado por um terremoto de 9 graus, o maior da história do país. O tremor gerou um tsunami, arrasando inúmeras cidades e províncias da costa nordeste nipônica. Além dos danos imediatos, o país e o mundo convivem com o temor de um desastre nuclear nos reatores de Fukushima. Embora a situação vá se estabilizando, o desfecho e as consequências permanecem incertas.

Juntos, o terremoto e o tsunami já deixaram mais de 11,4 mil mortos e dezenas de milhares de desaparecidos. Os prejuízos materiais devem passar dos US$ 200 bilhões. Em meio a constantes réplicas do terremoto e cortes de energia, o Japão trabalha para garantir a segurança dos sobreviventes, evacuar áreas de risco e, aos poucos, iniciar a reconstrução do país.

EFE
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Repórter é o 1º a visitar nave espacial da Virgin nos EUA

O objetivo da nave espacial é levar milhares de pessoas ao espaço. Foto: BBC Brasil

O objetivo da nave espacial é levar milhares de pessoas ao espaço

O repórter da BBC Richard Scott visitou a nave espacial da Virgin no deserto de Mojave, na Califórnia, Estados Unidos. Scott foi o primeiro jornalista a entrar na espaçonave, ainda em construção dentro do hangar da empresa.

O repórter mostrou onde pilotos e seis passageiros ficarão sentados, dos lados da nave. Os passageiros poderão olhar através das grandes janelas, de onde verão o céu passar do azul para o púrpura e, então, para a escuridão do espaço.

O barulho do foguete e o som que vem do lado de fora, da atmosfera, vão gradualmente desaparecer. Quando vier o silêncio e a escuridão, eles saberão que já estão no espaço.

Virgin espera fazer primeira viagem ao espaço dentro de alguns anos. A partir daí, os passageiros terão cinco minutos para flutuar pela cabine. E, sem gravidade, a 112 km acima da Terra, os passageiros poderão olhar livremente pelas janelas.

A viagem tem duas partes: primeiro um avião carregará a nave a uma altura de mais de 15 mil m, e, então a soltará no ar. A espaçonave vai acionar seus foguetes e, em menos de um minuto, vai acelerar a mais de 4 mil km/h.

Pete Siebold, um dos pilotos de teste da espaçonave afirmou que "o grande desafio é antecipar o que pode dar errado, pois este é um avião único".

A Virgin, por sua vez, diz que as viagens ao espaço terão uma emissão de carbono por passageiro mais baixa do que uma viagem transatlântica. Mesmo assim, ainda é muita energia usada em uma viagem tão curta. Matt Stinemetze, de uma das empresas que está construindo a nave, conta que o objetivo é levar milhares de pessoas ao espaço nos primeiros anos.

Nos últimos 50 anos, entre 400 e 500 pessoas foram ao espaço. No entanto, o preço da viagem não é para qualquer um: cada passagem custará quase R$ 330 mil. Apesar do preço, mais de 400 pessoas já compraram um ticket para o espaço.

BBC Brasil
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quarta-feira, 30 de março de 2011

Reconstruído, planetário de Moscou se prepara para a inauguração

"Proletária, proletário, vá e veja o planetário", escrevia há pouco mais de 80 anos o poeta soviético Vladimir Maiakovski, ao convidar os moscovitas para esse templo da astronomia, que se prepara para iniciar uma nova vida.

Após permanecer fechado durante 16 anos, o agora reconstruído planetário de Moscou se prepara para sua inauguração, que acontecerá em 12 de junho e que será, sem dúvida, um acontecimento na vida da capital russa.

Operários, decoradores e especialistas em informática e em iluminação dão os últimos retoques às novas instalações do planetário, cuja reconstrução custou mais de US$ 100 milhões.

O histórico edifício construtivista de cúpula acentuada abriu pela primeira vez suas portas ao público em 23 de setembro de 1929, para surpreender uma população que vivia as penúrias que seguiram a guerra civil no país.

As chamadas de Maiakovski nem eram necessárias: as filas que os soviéticos faziam para apreciar as profundezas do universo eram comparáveis com as que se formavam perante o mausoléu de Lenin, o líder da revolução bolchevique.

Entre 1960 e 1975 aspirantes a cosmonautas assistiam à conferências de astronavegação no planetário moscovita.

"O caminho a Baikonur começou aqui", afirmou o cosmonauta soviético Alexei Leonov, o primeiro homem a realizar uma "caminhada espacial", em uma conferência realizada no planetário.

A corrida pela conquista do espaço deu nova vida ao planetário, que na década de 1970 chegou a receber anualmente mais de um milhão de visitantes.

Para ampliar o histórico edifício e dotá-lo de três andares, os engenheiros elevaram em seis metros o antigo primeiro andar sobre o qual fica a cúpula, de uma superfície interior de mil metros quadrados e sobre o qual um projetor de última geração mostrará imagens de alta resolução.

A reconstrução do planetário permitiu aumentar sua superfície em quase seis vezes, até os 17 mil metros quadrados.

Os três andares que, além do planetário, abrigam dois museus, um deles interativo, cafeterias e uma praça astronômica, com o maior relógio solar vertical da Europa, estão unidos por um espaço aberto onde se encontra instalado um pêndulo de Foucault.

Sua corda, de 16 metros, está fixada no topo de uma pirâmide situada no teto do edifício, e o pêndulo, de 50 quilos, oscila sobre um círculo de seis metros de diâmetro e mostra como a Terra viaja sobre seu eixo.

O museu do planetário guarda várias peças históricas, entre elas o enorme globo terrestre que ficava no escritório de Lavrenti Beria, o chefe do temível NKVD, o Ministério do Interior durante a época da ditadura de Joseph Stalin.

Segundo a gerência do planetário, suas renovadas instalações estão calculadas para receber mais de um milhão e meio de visitantes por ano e espera-se que 80% deles sejam crianças.

O preço da entrada oscilará entre 350 e 500 rublos (US$ 12 e US$ 17, respectivamente) e haverá um amplo sistema de descontos.

"Não há na Rússia um centro de divulgação científica mais bem dotado tecnicamente que nosso planetário", diz à Agência Efe Oxana Máltseva, diretora artística do local.

Inicialmente, a ideia era inaugurar o planetário em 12 de abril, o mesmo dia em que se completam 50 anos da façanha de Yuri Gagarin, o primeiro homem a viajar pelo espaço, mas os organizadores acabaram optando por esperar que todos os trabalhos se concluam para receber o público em plena forma.

"Pretendemos resgatar a tradição de círculos de astronomia, que começaram a operar no planetário em 1934 e formou uma galáxia inteira de importantes cientistas, engenheiros, físicos e astrônomos", diz Oxana.

Muitos deles, acrescenta, "amaram e chegaram à cosmonáutica graças ao planetário".

EFE
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terça-feira, 29 de março de 2011

Nasa divulga 1ª imagem da sonda Messenger na órbita de Mercúrio

A agência espacial americana divulgou a primeira imagem feita pela sonda Messenger do planeta mais próximo do Sol. Foto: Nasa/Divulgação

A agência espacial americana divulgou a primeira imagem feita pela sonda Messenger do planeta mais próximo do Sol

A agência espacial americana (Nasa) divulgou nesta terça-feira uma imagem feita pela sonda Messenger após entrar na órbita de Mercúrio, o menor planeta do Sistema Solar e também o mais próximo do Sol. "Esta é a primeira imagem obtida a partir de uma nave espacial em órbita em torno do planeta", explicaram os cientistas em um comunicado.

A primeira fotografia mostra uma paisagem cinzenta, coberta por crateras. Segundo a Nasa, outras 363 imagens foram feitas pela sonda Messenger durante seis horas de observação em torno do planeta. Os coordenadores da missão disseram que a nave fez uma pausa em seu trabalho de reconhecimento fotográfico apenas o tempo suficiente para transmitir as novas imagens à Terra.

Enviada ao espaço em 2004, a sonda Messenger entrou na órbita de Mercúrio no dia 17 de março de 2011 e deve permanecer na missão por pelo menos um ano. A fase principal terá início no dia 4 de abril, quando a sonda vai começar o mapeamento de toda a superfície de Mercúrio, um processo que deve resultar em cerca de 75 mil imagens.

Os cientistas acreditam que, ao conhecer Mercúrio mais detalhadamente, será possível compreender melhor como a Terra e os outros planetas do Sistema Solar se formaram.

Satélites da Nasa detectam impacto da seca sobre a Amazônia

Um estudo patrocinado pela agência espacial americana (Nasa) apontou a redução na área verde da Floresta Amazônica, provocada pela seca recorde de 2010. Segundo os estudiosos, os níveis de verde da vegetação - que servem para medir a sua saúde - diminuiram em uma área mais de três vezes superior ao tamanho do estado americano do Texas e não voltaram ao normal após o fim da seca em outubro de 2010.

A sensibilidade à seca de florestas tropicais é um assunto de intenso estudo. Os cientistas estão preocupados porque uma mudança climática com temperaturas mais quentes pode provocar a substituição de algumas florestas por vegetações de savana ou cerrado lenhoso, acelerando assim o aquecimento global.

O estudo foi elaborado por uma equipe internacional de cientistas que usam os dados de satélites da Nasa há mais de dez anos. Os mapas mostram que a seca de 2010 reduziu o verde em aproximadamente 965 mil milhas quadradas de vegetação na Amazônia, mais de quatro vezes a área afetada pela última grande seca, em 2005.

A severidade da seca de 2010 foi vista também nos registos dos níveis de água nos rios de toda a bacia amazônica. Eles começaram a cair em agosto de 2010, atingindo níveis recordes de baixa no final de outubro. "O ano passado foi o mais seco já registrado com base em 109 anos de medições no Rio Negro, no porto de Manaus", disse Marcos Costa, co-autor do estudo, da Universidade Federal de Viçosa, no Brasil.

segunda-feira, 28 de março de 2011

Auditoria revela vulnerabilidade de servidores da Nasa

Neste último voo do ônibus espacial Discovery, os tripulantes da STS-133 terão a importante missão de repor peças na Estação Espacial Internacional. Foto: Nasa/Divulgação

Agência espacial americana revelou que servidores que controlam aeronaves são vulneráveis a ataques de hackers

O inspetor geral da Nasa alertou nesta segunda-feira que os servidores usados pela agência espacial americana para controlar suas aeronaves são vulneráveis a ataques virtuais.

"Descobrimos que os servidores dos computadores da Nasa usados nas missões apresentam vulnerabilidades de alto risco exploráveis na internet", explicou o inspetor geral Paul Martin, em uma auditoria da rede de segurança da agência.

"Especificamente, seis servidores ligados a computadores que controlam as naves espaciais e contêm dados críticos possuem vulnerabilidades que permitiriam a um hacker assumir o controle deles ou torná-los inutilizáveis", afirmou. Martin indicou que um hacker que conseguisse penetrar na rede da Nasa poderia utilizar computadores para explorar outras fraquezas e "prejudicar ou mesmo bloquear as operações da Nasa".

A auditoria mostrou que os computadores da agência estavam ligados a servidores que "revelavam senhas, códigos e informações de usuários a potenciais invasores". "Estes dados são sensíveis e dão aos invasores ainda mais caminhos para conseguir acesso não autorizado às redes da Nasa", alerta o texto.

AFP
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Número de participantes da Hora do Planeta bate recorde no Brasil

O portão de Brandemburgo, em Berlim, pouco antes de ter as luzes apagadas. A campanha Hora do Planeta tenta chamar a atenção para as mudanças do .... Foto: AP

Berlim foi uma das capitais mundiais que participou da Hora do Planeta

Milhares de pessoas em 123 cidades brasileiras participaram da Hora do Planeta, no sábado, 26 de março. A presença de 20 capitais em conjunto com mais de 1.900 empresas e organizações resultou em um recorde de público desde que o evento foi iniciado no Brasil, há três anos.

A mobilização para deixar o país às escuras teve início às 20h30, horário de Brasília. Capitais como Campo Grande, Vitória, Salvador e São Paulo apagaram as luzes de diversos ícones das cidades em um gesto que chamou atenção para os desafios impostos pelas mudanças climáticas.

No Rio de Janeiro, cidade sede do evento brasileiro de 2011, cerca de 3,5 mil pessoas sambaram nos Arcos da Lapa, ao som das baterias das escolas de samba Mangueira, Portela, União da Ilha e Grande Rio.

A abertura da Hora do Planeta foi realizada pela ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, pelo prefeito Eduardo Paes e pelo secretário estadual do Meio Ambiente, Carlos Mic, que, juntos, desligaram as luzes de ícones como o Cristo Redentor, a orla de Copacabana, o Arpoador, o Pão de Açúcar e os Arcos da Lapa.

Com a cidade no escuro, foi a vez de os cidadãos realizarem um minuto de silêncio em homenagem às vítimas das enchentes no Brasil no início do ano, que afetaram severamente o estado do Rio de Janeiro, e aos recentes terremotos e tsunami no Japão.

Em Brasília, o governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, e o superintendente de Conservação do WWF-Brasil, Cláudio Maretti, se reuniram no Museu da República para desligar um grande interruptor que simbolizou o apagar de luzes da cidade. Locais como a Esplanada dos Ministérios, o Palácio do Buriti e o Memorial JK também ficaram apagados.

A participação de três cidades do Acre (Xapuri, Santa Rosa do Purus e Sena Madureira) também chamou atenção dos realizadores do evento, mas foi a capital Rio Branco que concentrou grande parte das atividades. Um delas foi a "bicicleata" que partiu da sede do Governo Estadual e chegou na Ponte JK - ambos os pontos estavam apagados. A mobilização também lembrou o nome do ambientalista Chico Mendes e contou com a presença da filha dele, Elenira Mendes.

A terra de Padre Cícero, Juazeiro do Norte, no Ceará, também participou da celebração pelo planeta e apagou suas luzes por uma hora. Durante o período de escuridão a população aproveitou para observar estrelas, nebulosas, Saturno e seus anéis, em três telescópios oferecidos pela estação astronômica PieGise.

Hora do Planeta no mundo
Em todos os sete continentes cerca de 134 países e territórios participaram da Hora do Planeta, mas o número não é preciso. De acordo com o cofundador e diretor executivo do evento, Andy Ridley, "a lista de participantes oficiais sempre fica aquém do nível real de participação".

"Depois do evento, a gente sempre descobre que ele foi realizado em países que nunca nos contataram, em lugares que nunca ouvimos falar", completou.

A edição de 2011 da Hora do Planeta teve início nas ilhas Fiji e na Nova Zelândia, e terminou 24 horas mais tarde nas Ilhas Cook. A estimativa é que o número de participantes tenha ultrapassado o marco de cem milhões de pessoas.

EcoDesenvolvimento
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sábado, 26 de março de 2011

Monumentos de 98 cidades do Brasil ficam 1 hora apagados

Em São Paulo, o Monumento às Bandeiras fica às escuras. Foto: Levi Bianco/Futura Press

Em São Paulo, o Monumento às Bandeiras fica às escuras

Os principais monumentos e atrações turísticas de 98 cidades brasileiras, entre elas o Cristo Redentor e a barragem da hidroelétrica de Itaipu, permaneceram neste sábado às escuras por uma hora em uma demonstração do apoio do Brasil à luta contra a mudança climática.

»Veja fotos ampliada da Hora do Planeta pelo mundo

As cidades brasileiras, entre as quais 15 capitais regionais e cidades como São Paulo e Rio de Janeiro, apagaram as luzes que iluminam seus principais monumentos durante a chamada Hora do Planeta, a mobilização mundial da organização ambientalista WWF contra o aquecimento global.

Além de milhares de brasileiros que apagaram as luzes de suas casas às 20h30, durante uma hora também ficaram às escuras monumentos e pontos turísticos como a praia de Copacabana, o Jardim Botânico de Curitiba, a estátua de Iracema de Fortaleza e o estádio Pacaembu de São Paulo.

Em Brasília, a sede do Congresso também apagou as luzes, bem como o Palácio do Buriti e Anexo, o Memorial JK, o Teatro Nacional, a Catedral, o Museu do Índio, o Complexo Cultural da República e a Ponte JK.

A adesão das cidades brasileiras à iniciativa mundial este sábado foi muito superior à do ano passado, quando 72 cidades apagaram suas luzes e Rio de Janeiro deixou pela primeira vez às escuras o enorme Cristo Redentor.

A grande novidade este ano foi o espetáculo musical oferecido pela Prefeitura do Rio de Janeiro nos Arcos da Lapa, onde a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, e o prefeito Eduardo Paes apagaram simbolicamente as luzes de toda a cidade.

O espetáculo começou com a apresentação de artistas como Tony Garrido, mas, às 20h30, quando os próprios Arcos ficaram na penumbra, o evento foi animado pelas baterias de quatro das principais escolas de samba que desfilam no Carnaval do Rio de Janeiro.

Entre as instituições que aderiram formalmente à "Hora do Planeta" este ano figura a Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão, que recomendou a seus 2,4 mil associados a divulgar notícias sobre a iniciativa.

A Hora do Planeta 2011, que pretendeu envolver mais de um bilhão de pessoas e mobilizar 3,8 mil cidades do mundo, teve atos hoje em pelo menos 131 países e em 26 megacidades.

As outras capitais brasileiras que apagaram as luzes de seus principais monumentos foram Aracaju, Campo Grande, Curitiba, Fortaleza, Goiânia, Natal, Palmas, Porto Alegre, Recife, Rio Branco, Teresina e Vitória.

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WWF lança jogo para família durante a Hora do Planeta

Para tornar a Hora do Planeta mais divertida, a WWF, organizadora da ação, lançou um jogo especial para a ocasião. A proposta é reunir a família, convidar os amigos e juntar a criançada para brincar com um jogo interativo e descontraído. Batizado de "Coisas Para Fazer na Hora do Planeta", o jogo é bastante simples. Basta a pessoa fazer o download do tabuleiro e do dado, imprimir, montar e jogar.

O evento, que será realizado em todo o mundo neste sábado, 26 de março, das 20h30 às 21h30, pretende apagar as luzes de casas, lojas, escritórios e até monumentos públicos como forma de alerta a população para os problemas do aquecimento global.

As regras também são claras: o jogador da vez arremessa o dado e avança o número de casas que saiu no dado. Ao longo do jogo, várias brincadeiras engraçadas e educativas são sugeridas. Quem não quiser pagar a prenda, deve recuar seis casas. Ganha quem chegar primeiro ao final.

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Monumentos britânicos ficarão às escuras na Hora do Planeta

Vários edifícios emblemáticos do Reino Unido ficarão às escuras a partir das 20h30 deste sábado para participar da Hora do Planeta, campanha internacional para que políticos tomem medidas para combater a mudança climática. Entre os monumentos estão o relógio Big Ben, o Parlamento, a BT Tower, a National Gallery, o castelo de Edimburgo, o edifício de Stormont, o Centro do Milênio em Londres e as luzes do Piccadilly.

Para mostrar sua solidariedade com o evento, vários ciclistas farão um percurso ao redor do Royal Albert Hall, em Londres. Esta é uma iniciativa da ONG World Wide Fund (WWF) à qual se uniram 130 países.

No caso da Escócia, cerca de 100 edifícios conhecidos ficarão às escuras nesta noite. O diretor da WWF Escócia, Richard Dixon, disse neste sábado que os escoceses estão fazendo um grande esforço para se unir à Hora do Planeta. "Com o apoio de cidades, municípios, edifícios emblemáticos, escolas e outras organizações, não haverá nenhuma dúvida de que é importante para a Escócia enfrentar a mudança climática", declarou Dixon.

"A Hora do Planeta da WWF tem uma possibilidade única de unir as pessoas no mundo todo" sobre o problema da mudança climática, ressaltou ele. "Dá ao povo a oportunidade de se divertir, organizar seus próprios eventos e, ao mesmo tempo, fazer parte de uma poderosa mensagem global aos líderes do mundo sobre a preocupação que todos compartilhamos sobre a mudança climática".

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China apaga Muralha e arranha-céus por Hora do Planeta

A capital chinesa apagou neste sábado, durante uma hora, as luzes do trecho mais conhecido da Muralha da China, o de Badaling, e Xangai fez o mesmo com seus arranha-céus mais emblemáticos, como exemplo do compromisso do país com a "Hora do Planeta", iniciativa da ONG World Wide Fund (WWF) para promover a economia energética.

O edifício mais alto da capital chinesa (a torre 3 do Centro Internacional de Negócios), os estádios olímpicos de Pequim 2008, o Teatro Nacional, a Praça do Povo de Xangai e o icônico "skyline" de Victoria Harbour, em Hong Kong, também sumiram na escuridão entre 20h30 e 21h30 do horário local, como fizeram ou farão neste sábado mais de 130 países.

É o terceiro ano em que a China participa desta iniciativa, que começou em 2007, e nesta ocasião as mais de 80 cidades do gigante asiático que participaram dobraram os registros de 2010, ano no qual 33 localidades chinesas apagaram as luzes de seus principais monumentos.

A WWF quer ir "além da hora", como diz seu slogan de 2011, e pediu a todos, indivíduos, empresas e cidades, que façam uma promessa de contribuir de alguma forma com a melhora do meio ambiente.

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Hora do Planeta: mais de 300 imóveis ficam às escuras nos EUA

Mais de 300 edifícios e monumentos emblemáticos dos Estados Unidos ficarão neste sábado às escuras durante 60 minutos para se unir à Hora do Planeta, uma iniciativa ecologista à qual se juntarão neste ano 131 países.

Entre os lugares mais emblemáticos que serão apagados se encontram Empire State e Times Square, em Nova York; National Cathedral, de Washington (Distrito de Columbia), e a Willis Tower, de Chicago.

A iniciativa é da organização WWF, cuja porta-voz nos EUA, Mónica Echevarría, disse esperar que o compromisso dos participantes com o meio ambiente "dure mais de uma hora e se prolongue pelo ano todo". Entre as organizações americanas que fazem campanha pelo blecaute se destaca o grupo Girl Scouts of America, que apagará a luz de todos os centros de reunião que possui pelo país.

A rede de supermercados Whole Foods e a Coca-Cola são duas das grandes empresas americanas que também anunciaram participação na Hora do Planeta.

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quinta-feira, 24 de março de 2011

Vida na Terra e em Marte podem ter origens comuns, diz estudo

Um grupo de cientistas americanos vem desenvolvendo um instrumento para analisar a possível existência de organismos vivos com genes comuns em Marte e na Terra, informou na quarta-feira o Massachusetts Institute of Technology (MIT). A pesquisa, denominada "Busca de Genomas Extraterrestres" (SETG), é levada a cabo dentro do Departamento de Ciências Terrestres, Planetárias e Atmosféricas do MIT.

As premissas das quais o estudo parte são que o clima na Terra e em Marte eram muito similares na origem do sistema solar, que várias rochas marcianas viajaram à Terra fruto do choque de asteroides e que evidências indicam que alguns micróbios podem sobreviver os milhões de anos de distância entre os dois planetas. Além disso, segundo o MIT, a dinâmica orbital indica que é 100 vezes mais fácil viajar de Marte à Terra do que o contrário. O resto da teoria, se for comprovada, levantaria a possibilidade de os seres humanos serem descendentes de organismos marcianos.

O aparelho desenvolvido pela equipe do MIT, capitaneado pelos pesquisadores Christopher Carr e Clarisa Lui, será desenvolvido para recolher amostras do solo marciano e isolar micróbios existentes ou restos de micróbios, para depois separar o material genético e analisar as sequências genéticas. Posteriormente, estas seqüências seriam comparadas para buscar sinais de padrões quase universais entre todas as formas de vida conhecidas.

Embora reconheça que é uma pesquisa "a longo prazo", Carr indicou que, já que "poderíamos estar relacionados com a vida em Marte, pelo menos deveríamos ir e ver se existe vida relacionada com a nossa". A equipe do MIT afirmou que pode levar cerca de dois anos para desenvolver o protótipo do SETG, mas que, uma vez desenvolvido, seria factível integrá-lo como uma broca em um veículo espacial de uma futura missão que viaje à superfície de Marte para recolher estas mostras.

Desde que os dois módulos Viking da Nasa aterrissaram em Marte em 1976, nunca mais foram enviados instrumentos à superfície marciana para buscar evidências de vida. Já o astrobiólogo Christopher McKay, do Centro de Pesquisa da Nasa-Ames, na Califórnia, afirmou que "é plausível que a vida em Marte esteja relacionada com a vida na Terra e, portanto, compartilhemos genética".

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quarta-feira, 23 de março de 2011

Estrela de 100°C pode ser a mais fria já descoberta

Concepção artística mostra como seria o sistema binário onde está localizada a estrela CFBDSIR 1458+10B. Foto: ESO/Divulgação

Concepção artística mostra como seria o sistema binário onde está localizada a estrela anã marrom CFBDSIR 1458 10B

Astrônomos descobriram a partir de observações feitas com o telescópio VLT (Very Large Telescope, ou Telescópio Muito Grande, em tradução livre), que fica no Chile, o Telescópio Keck II e o Telescópio Canada-France-Hawaii (ambos no Havaí) uma estrela que pode ser a mais fria já registrada. A temperatura do astro seria de aproximadamente 100°C, o ponto de ebulição da água.

Segundo o Observatório Europeu do Sul (ESO, na sigla em inglês), as anãs marrons são estrelas falhas - não possuem massa em quantidade suficiente para que a gravidade dê origem às reações nucleares que fazem as outras estrelas brilharem. O astro recém-descoberto, identificado como CFBDSIR 1458+10B, faz parte de um sistema binário composto por ele e outra anã marrom e que fica situado a "apenas" 75 anos-luz da Terra.

A temperatura da estrela foi medida com o espectrógrafo X-shooter, montado no VLT, que registra o espectro infravermelho da luz. "Ficamos muito entusiasmados ao descobrir que este objeto tinha uma temperatura tão baixa, mas estávamos longe de imaginar que era um sistema duplo e que possuía uma componente ainda mais fria, tornando-o assim ainda mais interessante", diz Philippe Delorme do Institut de Planétologie et d'Astrophysique de Grenoble (CNRS/Université Joseh Fourier), coautor do artigo científico que relata os resultados do estudo.

Por causa da baixa temperatura, os astrônomos esperam que a estrela tenha características diferentes de suas irmãs marrons e se comporte mais como um exoplaneta gigante - os cientistas especulam que ela poderia ter, inclusive, nuvens de águas na atmosfera. "De fato, assim que começarmos a obter, num futuro próximo, imagens de planetas gasosos gigantes em torno de estrelas semelhantes ao Sol, penso que muitos deles se parecerão com CFBDSIR 1458+10B", diz Michael Liu do Instituto de Astronomia da Universidade do Hawaii, principal autor do artigo.

Outras duas anãs marrons descobertas recentemente a partir de observações do Telescópio Espacial Spitzer "competem" com CFBDSIR 1458+10B pelo título de estrela mais fria, mas elas ainda não tiveram a temperatura exata medida.

terça-feira, 22 de março de 2011

Chávez: "capitalismo pode ter acabado com a vida em Marte"

Chávez fez ironias sobre o capitalismo ao beber um gole d'água no Dia Mundial da Água. Foto: EFE

Chávez fez ironias sobre o capitalismo ao beber um gole d'água no Dia Mundial da Água

O capitalismo pode ter sido o culpado pela falta de vida em Marte, disse nesta terça-feira o presidente da Venezuela, Hugo Chávez. "Eu sempre digo, e ouço, que não seria estranho se tivesse existido uma civilização em Marte, mas talvez o capitalismo tenha chegado lá, o imperialismo chegou e acabou com o planeta", disse Chávez em discurso para marcar o Dia Mundial da Água.

Chávez, que também coloca no capitalismo a culpa por vários problemas do mundo, alertou que o abastecimento de água na Terra está acabando. "Cuidado! Aqui no planeta Terra, onde centenas de anos atrás ou menos havia grandes florestas, agora há desertos. Onde havia rios, há desertos", disse Chávez, tomando um gole d'água de um copo.

Ele acrescentou que os ataques do Ocidente sobre a Líbia tinham como motivação fontes de água e reservas de petróleo. O Conselho Nacional de Pesquisas dos EUA recomendou neste mês que a principal prioridade da Nasa deveria ser construir um robô que ajudasse a determinar se já houve vida em Marte e que revelasse o histórico climático e geológico do planeta. Esse também seria o primeiro passo num esforço para trazer de volta à Terra amostras de Marte.

Reuters
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Dilma anuncia investimentos no programa espacial brasileiro

A presidente brasileira, Dilma Rousseff, anunciou nesta terça-feira que o Governo fará investimentos para fortalecer o programa espacial do país, pois, segundo ela, o Brasil não pode renunciar meta de construir, lançar e operar satélites.

A presidente afirmou que seu Governo vai investir no programa espacial brasileiro por meio da contratação de novos profissionais para a Agência Espacial Brasileira (AEB) e para os órgãos executores desse programa. Além disso, haverá injeção de recursos.

Dilma negou que o Brasil tenha suspendido seu programa espacial após a explosão ocorrida em 2003 que destruiu parte da base espacial de Alcântara, no Maranhão, e que provocou a morte de 21 cientistas.

Segundo a governante, os novos investimentos permitirão alcançar as metas propostas. Ela ressaltou que o objetivo é ter um programa espacial autônomo, capaz de atender às demandas da sociedade brasileira e de fortalecer a soberania do país.

Para Dilma, o programa espacial é estratégico para o país, pois o Brasil necessita de satélites para vigiar o território, auxiliar na previsão do tempo e prevenir os danos causados pelos desastres naturais. Ela acrescentou que os satélites também são estratégicos para o país em áreas como defesa, comunicações e a segurança hídrica e alimentar.

Além do desenvolvimento e da operação de satélites, que o Brasil já alcançou graças a um acordo com a China, o programa espacial brasileiro prevê o desenvolvimento de um foguete próprio para transportar os satélites.

Dilma anunciou recursos para o programa um dia depois de o ministro de Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, admitir a possibilidade de negociar um novo acordo de cooperação para lançar foguetes americanos a partir da base de Alcântara.

Em 2000, Brasil e EUA assinaram um acordo para permitir à Nasa (agência espacial americana) o uso da base espacial brasileira que não foi ratificado pelo Congresso devido à oposição do PT.

Na ocasião, o partido alegou que o acordo violava a soberania do Brasil por não permitir a participação de técnicos brasileiros nos lançamentos americanos.

Mercadante admitiu que, após a assinatura no sábado de um acordo de cooperação espacial entre os dois países durante a visita ao Brasil do presidente americano, Barack Obama, é possível negociar um novo tratado para compartilhar a base de Alcântara sem os mecanismos vetados no passado.

EFE
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segunda-feira, 21 de março de 2011

Nasa testa na Antártida traje espacial para viagem a Marte

Traje espacial é testado na Antártida. Foto: Reuters

Traje espacial é testado na Antártida

Uma equipe da Nasa - a agência espacial americana - testou um traje espacial em uma região de condições ambientais extremas, em uma base da Argentina na Antártida que tem características semelhantes a algumas das encontradas em Marte, para um possível uso numa visita ao planeta vermelho.

O traje espacial NDX-1, projetado pelo engenheiro aeroespacial argentino Pablo De León, suportou temperaturas glaciais e ventos de mais de 75 km/h enquanto pesquisadores testavam técnicas de coleta de amostras em Marte.

"Esta foi a primeira vez que levamos os trajes para um meio tão extreme, isolado, de um modo que se algo desse errado não pudéssemos simplesmente ir até a 'loja' e comprar material para os reparos", afirmou recentemente De León, depois de retornar da expedição de uma semana de duração.

O protótipo do traje, no valor de US$ 100 mil e criado com recursos da Nasa, é feito de mais de 350 materiais, incluindo fibras de carbono e fibras sintéticas de aramida Kevlar para reduzir seu peso sem perder resistência.

Durante a missão "Marte em Marambio", que leva o nome da base da força aérea argentina, uma equipe de cientistas da Nasa realizou caminhadas espaciais simuladas, operou equipamentos e coletou amostras enquanto usava a roupa.

O próprio De León vestiu o traje pressurizado, que, segundo ele, é propenso a fazer com que qualquer um se sinta claustrofóbico. Os pesquisadores escolheram Marambio porque, em comparação com outras bases na Antártida, ela tem acesso mais fácil à camada de "permafrost" - o subsolo que permanece congelado a maior parte do ano.

De León, que dirige o laboratório de trajes espaciais na Universidade de Dakota do Sul, nos EUA, disse que a Antártida é ideal para coleta de amostras, por ser um dos lugares menos contaminados da Terra e também por permitir algumas observações sobre o impacto no traje.

"Marte é uma mistura de muitos ambientes diferentes: desertos e temperaturas e ventos como na Antártida", afirmou De León. "Por isso, nós tentamos pegar porções de diferentes lugares e tentar ver se nosso sistema pode suportar os rigores de Marte se formos para lá."

O presidente dos EUA, Barack Obama, disse no ano passado que até meados dos anos 2030 seria possível enviar astronautas para a órbita de Marte e trazê-los de volta à Terra com segurança. A etapa seguinte seria a aterrissagem em Marte.

Mas uma missão tripulada ao planeta mais parecido com a Terra no sistema solar pode estar ainda mais distante, já que a Nasa está tendo de apertar seu orçamento.

Reuters
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vc repórter: foguete criado por brasileiro será lançado em abril

O lançamento do foguete VES (Veículo de Experimentos e Sondagem), criado pelo brasileiro Vagner Brito, o "Coyote", e apresentado durante a Campus Party de 2011, será realizado no dia 10 de abril, após mudança da data inicial. Será o primeiro foguete lançado por Coyote.

O foguete será usado para experimentos de microgravidade, baixa temperatura e queda abrupta de pressão atmosférica. Tem 3,16 m de altura, 15 cm de diâmetro e pesa 70 kg. "Sua velocidade máxima é de 1.350 km/h", afirma.

Anteriormente, o lançamento estava marcado para o mês de fevereiro, mas Coyote conta que o atraso da licença que torna possível a realização do voo foi o motivo que o levou ao postergamento. "Para alguém lançar um foguete como este, é necessária uma licença da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) e do Decea (Departamento de controle do Espaço Aéreo)", explica Coyote, 50 anos, produtor de foguetes.

Esta licença é regulamentada pela Lei Complementar RBHA 101 (Regulamento Brasileiro de Homologação Aeronáutica), que trata da operação de balões cativos, foguetes não-tripulados e balões livres não tripulados no Brasil.

O lançamento em abril é considerado um teste, e chegará a uma "altura moderada, abaixo do que pode alcançar", segundo Coyote. "O objetivo também é fazer com que o foguete seja usado para experiências em faculdades de engenharia, como o ITA, e em cursos sobre o espaço e aviação", diz Coyote.

Ele foi convidado pelo Instituto Nacional de Pesquisa Espacial para participar do programa de microgravidade, que ainda não tem data de abertura. "O programa abre em determinados momentos do ano, e o de 2011 ainda não foi divulgado. Mas, quando abrir, está certo que participarei", afirma.

O foguete tem lançamento previsto para o dia 10 de abril. Foto: Vagner Coyote/vc repórter
O foguete tem lançamento previsto para o dia 10 de abril

O internauta Vagner Coyote, de São Caetano do Sul (SP), participou do vc repórter, canal de jornalismo participativo do Terra. Se você também quiser mandar fotos, textos ou vídeos, clique aqui.

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sábado, 19 de março de 2011

Curiosos acompanham fenômeno da "super lua" em praias de SC

O fenômeno raro, chamado de lua perigeu, acontece a cada 18 anos . Foto: Fabrício Escandiuzzi/Especial para Terra

O fenômeno raro, chamado de "lua perigeu", acontece a cada 18 anos

Fabrício Escandiuzzi
Direto de Florianópolis

A "super lua" registrada na noite deste sábado levou muita gente às praias de Florianópolis. O fenômeno raro, chamado de "lua perigeu", acontece a cada 18 anos e atraiu a curiosidade de dezenas de pessoas. Neste sábado, a lua se encontra em seu perigeu, que é o ponto de sua órbita mais próximo da Terra: 356.577 km de distância. Pelo fato da lua estar cheia, o efeito da aproximação acabou ampliado.

Desde 1993 o fenômeno não era observado e, quem acompanhou nas praias, pôde ver uma lua cerca de 30% mais brilhante do do que o normal. Na praia do Campeche, na região sul da cidade, muita gente aguardava a aparição da lua desde as 18h. A presença da "super lua" movimentou a praia mesmo durante à noite. Muitos curiosos levaram cadeiras de praia e cangas para garantir um bom lugar e acompanhar o espetáculo, que só deve se repetir ano de 2029.

"Já é lindo ver a lua cheia nascer em dias normais. Hoje ela parece maior e mais amarela", disse a professora Carla Santana, 34 anos. "Ainda bem que o tempo colaborou e as nuvens não esconderam essa maravilha da gente".

Especial para Terra

Colaboraram com esta notícia os internautas Sandro Rib, de Campinas (SP), e Cybele C. Barbosa, de Belo Horizonte (MG), que participaram do vc repórter, canal de jornalismo participativo do Terra. Se você também quiser mandar fotos, textos ou vídeos, clique aqui.

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sexta-feira, 18 de março de 2011

Após 18 anos, "Super Lua Cheia" acontece neste sábado

A Lua vai chegar ao ponto mais próximo da Terra. Foto: Nasa/Divulgação

A Lua vai chegar ao ponto mais próximo da Terra

Se você tiver a impressão que a Lua está um pouco maior e mais brilhante neste fim de semana, existe uma razão para isso. A Lua Cheia deste sábado será uma super "lua perigeu" - a maior em quase 20 anos. Este fenômeno é bem mais raro do que a famosa Lua Azul, que acontece uma vez a cada dois anos e meio. As informações são da CNN.

"A última Lua Cheia tão grande e tão perto da Terra ocorreu em março de 1993", disse Geoff Chester, do Observatório Naval dos EUA, em Washington. "Eu diria que ela vale uma olhada."

Segundo o pesquisador, no perigeu a Lua fica cerca de 50 mil km mais perto da Terra do que quando está no ponto mais distante de sua órbita, também conhecido como apogeu. "Luas perigeu são cerca de 30% mais brilhantes e podem parecer 14% maiores do que as Luas que ocorrem no lado do apogeu da órbita lunar," diz o site da Nasa.

A Lua Cheia vai nascer no leste ao pôr do sol e deve parecer especialmente grande quando estiver próxima ao horizonte por causa do que é conhecido como "ilusão da lua".

Mesmo que se tenha sensação de poder tocar o satélite, a Lua do sábado ainda estará a uma distância saudável - cerca de 356,577 km de distância.

A influência do satélite natural poderá ser sentido essencialmente nas marés, no entanto, os efeitos sobre a Terra são menores, e de acordo com estudos mais detalhados, a combinação da Lua estar em sua maior aproximação da Terra em sua configuração "lua cheia", não deve afetar o equilíbrio interno da energia do planeta.

Nave da Nasa entra na órbita de Mercúrio

A sonda Messenger entrou na órbita de Mercúrio nesta sexta-feira, para circundar o planeta durante um ano terrestre, como parte de um estudo sem precedentes, informou a Nasa.

A Messenger, que começou sua viagem há mais de seis anos, entrou na órbita de Mercúrio às 02H00 GMT (23H00 Brasília de quinta), após uma manobra de 14 minutos que lhe permitiu reduzir a velocidade e fixar a trajetória, transformando-a na primeira nave espacial a orbitar o planeta mais próximo ao Sol.

A nave fará uma órbita de 12 horas sobre Mercúrio, a uma altitude mínima de 200 quilômetros", indicou a agência espacial americana.

Na órbita de Mercúrio, a Messenger está a 46,14 milhões de quilômetros do Sol e a 155,06 milhões de quilômetros da Terra. A sonda, lançada em agosto de 2004, viajou sob "uma série de condições extremas" até chegar a Mercúrio.

AFP
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quinta-feira, 17 de março de 2011

Nave da Nasa entra na órbita de Mercúrio nesta quinta-feira

A Messenger estará a 46,14 milhões de km do Sol quando chegar à orbita de Mercúrio. Foto: Nasa/Divulgación

A Messenger estará a 46,14 milhões de km do Sol quando chegar à orbita de Mercúrio

Uma nave da agência espacial americana (Nasa, na sigla em inglês) está a ponto de entrar na órbita de Mercúrio nesta quinta-feira, para circundar o planeta durante um ano terrestre, como parte de um estudo sem precedentes. A sonda Messenger começou sua viagem há mais de 6 anos, quando foi lançada com destino ao Sistema Solar interno. Durante o percurso, sobrevoou a Terra, Vênus e Mercúrio.

Quando a Messenger acender seu maior propulsor às 00h45 GMT desta quinta-feira (21h45 de Brasília), uma manobra de 14 min lhe permitirá reduzir a velocidade e fixar a trajetória ao redor de Mercúrio, transformando-a na primeira nave espacial a orbitar o planeta mais próximo ao Sol, disse a Nasa. "A inserção colocará a nave em uma órbita de 12 h sobre Mercúrio, a uma altura mínima de 200 km", indicou a agência espacial americana.

Quando chegar à órbita de Mercúrio, a Messenger estará a 46,14 milhões de km do Sol e 155,06 milhões de km da Terra. "A equipe da Messenger está pronta e ansiosa para que comecem as operações orbitais", disse Sean Solomon, principal investigador do instituto Carnegie de Washington.

AFP
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Irã lança cápsula em foguete e planeja enviar homem ao espaço

Irã lançou anunciou nesta quinta-feira que lançou na terça um protótipo de foguete capaz de carregar satélites com o objetivo de testar um equipamento destinado a transportar seres vivos ao espaço, anunciou a agência estatal de notícias "Irna".

Segundo a fonte, o teste tem como objetivo comprovar o funcionamento do motor, a plataforma de lançamento, a cápsula e os sistemas eletrônicos, incluindo o envio de dados e imagens da órbita situada a 120 quilômetros.

A cápsula do foguete, batizado Kavoshgar-4, foi projetada para abrigar em seu interior seres vivos, e em particular macacos como experiência prévia a uma possível missão espacial humana, acrescentou.

Nos últimos anos, o Irã avançou em seu programa espacial e conseguiu pôr em órbita vários satélites de comunicação, e inclusive enviou ratos ao espaço.

O avanço espacial iraniano preocupa a comunidade internacional pela possibilidade que esta tecnologia possa ser também utilizada para fins bélicos, já que é similar a do lançamento de mísseis.

Grande parte da comunidade internacional, liderada pelos Estados Unidos, acusa o Irã de ocultar, sob seu programa nuclear civil, outro de natureza clandestina e aplicações bélicas cujo objetivo seria a aquisição de armas atômicas, alegação que Teerã refuta.

Washington qualificou de "ato provocativo" o lançamento em fevereiro de 2010 do foguete Kavoshgar-3.

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Nave Soyuz partirá rumo à ISS no dia 4 de abril após solucionar falha técnica

A Soyuz TMA-21 com três tripulantes a bordo, cujo lançamento estava previsto para o dia 30 foi adiado na segunda-feira passada por problemas técnicos na nave e partirá rumo à Estação Espacial Internacional (ISS) no dia 4 de abril, confirmou nesta quinta-feira o Centro de Treinamento de Astronautas russo.

"O lançamento da nave Soyuz TMA-21 está prevista para o dia 5 de abril (noite do dia 4 de abril no Brasil)", assinalou Irina Rogova, porta-voz do centro.

Rogova acrescentou que "as tripulações (principal e suplente) partirão no dia 21 de março às 10h do horário local (4h do horário de Brasília) em direção a Baikonur do aeroporto de Chkalovsk (na região de Moscou) em dois aviões separados".

"O primeiro treino dos cosmonautas na nave já na base será realizado no dia 22 de março", indicou.

Previamente, uma fonte de Baikonur informou à agência "Interfax" que na manhã desta quinta-feira os preparativos para o lançamento foram retomados.

De acordo com o comunicado da agência espacial russa, "Roscosmos", "a falha (em um dos sistemas da Soyuz que motivou o adiamento) foi detectado durante os testes prévios ao lançamento da nave", no Cazaquistão, de onde deveria partir o aparelho.

O contratempo não afetou à data de volta à Terra dos cosmonautas russos Aleksandr Kaleri e Oleg Skrípochka e o astronauta da Nasa Scott Kelly, que aterrissaram na véspera a várias dezenas de quilômetros ao norte da cidade cazaque de Arkalyk.

Enquanto isso, o russo Dmitri Kondrátiev, a americana Catherine Coleman e o italiano Paolo Nespoli permanecem na plataforma orbital à espera da chegada da Soyuz TMA-21, batizada "Yuri Gagarin" em honra ao cosmonauta soviético que protagonizou há 50 anos o primeiro voo do homem ao espaço.

A próxima missão na ISS, integrada pelos russos Andrei Borisenko e Aleksandr Samokutiáyev, que não têm experiência no espaço, e o astronauta da Nasa Ronald Garan, que já conta com um voo orbital em seu currículo, se prolongará durante 171 dias.

EFE
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quarta-feira, 16 de março de 2011

Cientistas garantem que Robonaut 2 não substituirá astronautas

Apelidado de R2, o Robonaut 2, que é considerado o robô humanoide mais hábil já construído, foi enviado à Estação Espacial Internacional (ISS) enquanto seu irmão gêmeo cativou nesta quarta-feira o público mostrando suas habilidades, projetadas para auxiliar os astronautas.

"O robô foi projetado para ajudar os astronautas, antes, durante e depois de suas atividades", disse o engenheiro da Nasa Ron Diftler durante a apresentação do robô no Museu do Ar e do Espaço da Instituição Smithsonian, em Washington.

R2 está fazendo uma viagem pelo país com a equipe de cientistas da Nasa e engenheiros da empresa General Motors (GM) que trabalharam em conjunto no projeto.

"Queremos que o robô ajude a fazer trabalhos de manutenção e consertos para que a tripulação tenha mais tempo para outras tarefas científicas mais importantes", assegurou Diftler, da divisão de sistemas de robótica da Nasa.

O simpático robô cativou o público com suas habilidades, ao agarrar uma broca, levantar pesos e acender e apagar os interruptores de luz de um painel como os da ISS, sem esquecer de abrir e fechar posteriormente a tampa de segurança.

Seu aspecto humanoide e a paciência que demonstrou quando Diftler tentou enganar-lhe levantando os protetores, que o androide voltou a colocar em seu lugar, ganhou o aplauso das crianças e turistas que visitaram o Robonaut.

"O bom é que não se queixa, poderia estar uma hora fazendo isto e não reclamaria. É o empregado que todo chefe quereria ter", brincou Diftler.

Perante a temida pergunta sobre se chegará um momento em que estes robôs possam substituir os astronautas no espaço, o engenheiro foi claro: "Nosso objetivo é sempre criar dispositivos para ajudar a tripulação, nosso objetivo é seguir tendo astronautas fora no espaço", assegurou.

O robô, construído com fibra de carbono niquelado e alumínio, pesa 136 quilos e mede aproximadamente um metro da cintura à cabeça, e 60 centímetros de ombro a ombro. Por enquanto, carece de extremidades inferiores.

O R2 conta com braços extensíveis, mãos com mobilidade rotatória e seus cinco dedos têm capacidade para agarrar 2,5 quilos cada um, que como mostraram os engenheiros se podem programar para operar com distinta pressão.

A cabeça com formato de capacete abriga seu equipamento de visão, enquanto o tronco do corpo humano posiciona os 38 processadores de PC.

Por enquanto, seu irmão gêmeo, que chegou à ISS a bordo do Discovery, foi desempacotado na noite passada para ajudar em trabalhos técnicos e de manutenção como a limpeza dos filtros dos aparelhos.

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Com 3 tripulantes a bordo, Soyuz aterrissa no Cazaquistão

A cápsula espacial russa Soyuz aterrissou nesta quarta-feira no norte do Cazaquistão, depois de uma missão de 159 dias a bordo da Estação Espacial .... Foto: EFE

A cápsula espacial russa Soyuz aterrissou nesta quarta-feira no norte do Cazaquistão, depois de uma missão de 159 dias a bordo da Estação Espacial Internacional

A cápsula da nave Soyuz TMA-M, com os russos Aleksandr Kareli e Oleg Skrípochka e o americano Scott Kelly a bordo, aterrissou nesta quarta-feira sem contratempos nas estepes do Cazaquistão, informou o Centro do Controle de Voos (CCVE) da Rússia.

A Soyuz TMA-M aterrissou, como estava previsto, várias dezenas de quilômetros ao norte da cidade cazaque de Arkalyk. "Segundo o boletim do comandante da nave, o estado de saúde dos tripulantes é bom", foi a mensagem anunciada pelos alto-falantes do CCVE, segundo a agência russa Interfax.

Os tripulantes da nave retornaram à Terra após uma missão de 159 dias a bordo da Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês). A aterrissagem da TMA-M, o primeiro exemplar desta nova nave russa, era aguardada com expectativa pelos especialistas, pois seus sistemas de comando são digitais, ao contrário das Soyuz anteriores.

Durante sua missão na ISS, Kareli, Skrípochka e Kelly participaram da recepção da nave Discovery, de duas naves de carga russas Progress, da nave de carga europeia ATV e da japonesa HTV-2. Além disso, os dois cosmonautas russos participaram de três caminhadas espaciais.

Com o retorno da Soyuz TMA-M à Terra, a tripulação da ISS ficou reduzida temporariamente a três membros: o russo Dmitri Kondrátiev, o italiano Paolo Nespoli e a americana Catherine Coleman. A previsão era que já nos primeiros dias de abril outros três membros se somassem à tripulação da ISS, mas o lançamento da Soyuz TMA-21, que devia levá-los à plataforma no dia 30 de março, foi adiado de maneira indefinida por problemas técnicos na nave.

Integram esta missão os russos Andrei Borisenko e Aleksandr Samokutiáyev, que não têm experiência no espaço, e o astronauta da Nasa Ronald Garan.

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terça-feira, 15 de março de 2011

Exposição mostra contribuição do Brasil na pesquisa espacial

Os Salões Negro e Chapelaria do Congresso Nacional receberão em Brasília uma exposição sobre a história do Programa Espacial Brasileiro. A mostra será exposta entre os dias 15 de julho e 15 de setembro de 2011.

Segundo informações do site da Câmara dos Deputados o evento é resultado de um estudo realizado pelo Conselho de Altos Estudos e Avaliação Tecnológica, em 2010, sobre a Política Espacial Brasileira, cujos resultados, que incluem duas propostas legislativas, foram consolidados em publicação de mesmo nome, lançada no dia 30 de novembro, na Câmara.

O objetivo da mostra é apresentar à sociedade o mistério do Espaço e suas implicações para a vida moderna: mudanças climáticas, segurança de fronteiras, defesa, tempo, satélites, foguetes, lançadores, planetas, galáxias, e muitos outros exemplos que possam traduzir a importância de se consolidar um programa espacial para o País.

Outro benefício proposto pela exposição é conscientizar a sociedade para a importância do setor, assim como atrair o imaginário dos jovens e crianças, que num tempo próximo poderão ser pesquisadores ou tomadores de decisão da área.

Geek
Geek

Androide se torna membro da Estação Espacial Internacional

O androide Robonaut, R2, será desempacotado nesta noite de terça-feira para fazer parte da tripulação permanente da Estação Espacial Internacional (ISS), anunciou o próprio robô na sua conta do Twitter.

"Estou esperando para ser desempacotado às 10h10. Meus sensores têm um formigamento de emoção!", tuitou o androide.

Os responsáveis pela operação, segundo indicou o robô em outra mensagem no Twitter, serão os especialistas da missão o americano Cady Coleman e o italiano Paolo Nespoli, da Agência Espacial Europeia.

R2 chegou à Estação Espacial Internacional (ISS) a bordo da nave Discovery, que antes de ser retirado de funcionamento pela Nasa, transportou peças de reposição, o Módulo Permanente Multiuso "Leonardo" e uma plataforma externa para armazenar carga.

O androide, que despertou grande interesse, se incorporará à tripulação para ajudar em trabalhos técnicos e de manutenção como a limpeza dos filtros dos equipamentos.

R2 é o primeiro robô humanoide em uma viagem ao espaço e servirá como teste aos cientistas para analisar como se desempenha sem gravidade, que preveem delegar mais funções pouco a pouco.

Por enquanto, será instalado em umas semanas no laboratório Destiny e como bom exemplo das novas tecnologias manterá seus seguidores informando sobre o complexo espacial através do Twitter.

EFE
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Vídeo explica o que acontece em uma explosão nuclear

Imagem aérea mostra a usina de Fukushima, onde já ocorreram três explosões. Foto: GeoEye/BBC Brasil

Imagem aérea mostra a usina de Fukushima, onde já ocorreram três explosões

As autoridades japonesas estão trabalhando para tentar evitar novos incidentes explosões na usina de Fukushima, que já sofreu explosões em três de seus reatores.

» Veja o vídeo aqui

A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), que está monitorando a situação, diz que o sistema de proteção dos reatores até agora resistiu aos impactos, e que isso tem contido o vazamento de material radioativo. O repórter da BBC David Shukman explica o que acontece dentro dos reatores de Fukushima e como são as tentativas de evitar um vazamento.

Dentro dos reatores, os bastões de combustível nuclear passam pelo processo de fissão, em que os átomos se separam e liberam energia. Injeta-se água, que circula ao redor do reator, formando vapor e fazendo funcionar geradores de eletricidade. Mas se faltar água no reator, os bastões de combustíveis podem se superaquecer e derreter. O combustível nuclear pode vazar para o fundo do container - mas, a menos que haja uma falha, o fundo de aço é feito para resistir.

O cientista chefe do governo britânico, John Beddington, disse que o superaquecimento pode gerar explosões que resultariam na emissão de material radioativo. Mas por pouco tempo (cerca de uma hora e meia) e curto alcance (500 metros), disse o cientista. Especialistas não creem que o desastre em Fukushima possa se converter em um 'novo Chenobyl', em referência ao desastre nuclear de 1986. Na ocasião, a explosão lançou uma fumaça de material radioativo por centenas de quilômetros.

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segunda-feira, 14 de março de 2011

Nasa criará site que destacará contribuição das mulheres à ciência

A Nasa (agência espacial americana) anunciou nesta segunda-feira que lançará um site dedicado à contribuição das mulheres à ciência e à pesquisa espacial.

O site será apresentado oficialmente na próxima quarta-feira, 16 de março, no quartel-general da Nasa em Washington com a participação da astronauta Tracy Caldwell-Dyson.

Tracy, quem voltou à Terra recentemente após uma missão de seis meses a bordo da Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês), participará de um encontro com estudantes.

No ato também estarão a subdiretora da Nasa, Lori Garver e a assessora política da Casa Branca Valerie Jarrett.

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Estudo: 'devorador' de estrelas criou bolhas de raios gama

Imagem feita por telescópio da Nasa mostra bolhas de raio gama na Via Láctea. Foto: Nasa/Divulgação

Imagem feita por telescópio da Nasa mostra bolhas de raio gama na Via Láctea

Uma equipe de astrônomos analisou as imagens feitas por um telescópio da agência espacial americana (Nasa) em novembro de 2010 e anunciou que gigantes bolhas de raios gama na Via Láctea são formadas pela erupção do buraco negro no centro da nossa galáxia. As informação foram divulgadas nesta segunda-feira pelo site Physics World.

Um modelo criado pelo pesquisador Cheng KS, da Universidade de Hong Kong, e descrito na revista Astrophysical Journal Letters aponta que o buraco negro "devora" as estrelas, liberando grande quantidade de energia. Segundo o modelo de Cheng, apenas 50% da massa das estrelas são "engolidas" pelo buraco, a outra metade é liberada para o espaço em grandes explosões.

Nessas explosões, o plasma quente é lançado para fora com grande quantidade de energia, aumentando a temperatura e provocando a criação das bolhas. Cheng estima que a energia liberada seja até 100 vezes maior do que a criada por uma explosão de supernova (explosão que ocorre no final da vida de estrelas de grande massa).

"Estimamos ter uma mapa teórico da distribuição dos raios gama no buraco negro da galáxia nos próximos seis a nove meses", disse o pesquisador ao anunciar as primeiras descobertas sobre as estruturas misteriosas.

LHC volta a colidir partículas quase à velocidade da luz

Cientistas do Centro Europeu para Pesquisas Nucleares (Cern) anunciaram nesta segunda-feira a realização no fim de semana das primeiras colisões de partículas praticamente à velocidade da luz em 2011, retomando as investigações sobre a origem do cosmos no Grande Colisor de Hádrons (LHC, na sigla em inglês).

"Ele começou bem, com feixes estáveis. Estamos até mesmo um pouco adiantados depois da pausa de inverno", disse o porta-voz James Gillies à Reuters.

O físico Oliver Buchmueller, um dos pesquisadores à frente do projeto de US$ 10 bilhões, afirmou que a prioridade máxima em 2011 e 2012 seria encontrar evidências sobre a super-simetria, as dimensões extras, a matéria escura, a produção de buraco negro e o misterioso bóson de Higgs.

Esses conceitos e ideias estão nas novas fronteiras da pesquisa científica, à medida que avançam para um domínio que antes era ficção científica, dando um novo impulso à cosmologia e às teorias que indagam se o universo é único ou apenas um entre muitos.

Cosmólogos, como o britânico Steven Hawking e o físico e matemático norte-americano Brian Greene, esperam que o LHC forneça ao menos fortes sinais de que houve outro universo antes do Big Bang ou de que existam outros em paralelo ao nosso.

O Cern - centro de pesquisas de 21 países situado perto de Genebra na fronteira entre a Suíça e a França - deu início ao que chama de "Nova Física" com o LHC em 31 de março do ano passado, um projeto que poderá entrar pela década que vem.

Após 8 meses de operações intensas, as atividades do LHC foram interrompidas no dia 6 de dezembro para manutenção do equipamento. No túnel subterrâneo de 27 km, partículas minúsculas são colididas criando bilhões de mini-explosões como o Big Bang de 13,7 bilhões de anos atrás, que teria levado à formação do universo que conhecemos hoje e tudo o que existe nele.

Essas explosões são monitoradas e analisadas por quatro equipes de pesquisa do Cern e por cientistas de todo o mundo que buscam por novas informações sobre o período da criação.

Reuters
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Funcionário da Nasa morre ao cair de plataforma de lançamento

Um funcionário terceirizado da Nasa morreu nesta segunda-feira ao cair de uma plataforma de lançamento de onde o ônibus espacial Endeavour deve decolar no próximo mês, informou a agência espacial americana.

"Um trabalhador da United Space Alliance caiu da plataforma. Os paramédicos da Nasa agiram rapidamente, mas não puderam revivê-lo", afirmou a porta-voz Candrea Thomas.

"O incidente está sendo investigado", completou.

A Nasa não deu detalhes sobre o funcionário e suspendeu por hoje as operacões na plataforma do Centro Espacial Kennedy, situada perto de Cabo Cañeveral (Flórida).

A agência prevê lançar o Endeavour em 19 de abril. Será o segundo ônibus espacial - depois do Discovery - a fazer seu voo final para a Estação Espacial Internacional antes de ser aposentado.

AFP
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Terremoto pode ter movido o Japão 4 m para o leste

13 de março - Sobreviventes tentam retomar a vida dois dias após o terremoto que destruiu boa parte da cidade de Tagajo. Foto: AFP

Sobreviventes tentam retomar a vida dois dias após o terremoto que destruiu boa parte da cidade de Tagajo

A costa do Japão pode ter se movido cerca de 4 m para leste após o terremoto de magnitude 8,9 que atingiu o país na última sexta-feira, afirmaram especialistas.

Dados da rede japanesa Geonet - recolhidos de cerca de 1,2 mil estações de monitoramento por satélite - sugerem que houve um deslocamento em grande escala após o terremoto.

Roger Musson, da agência geológica britânica (BGS, na sigla em inglês), disse á BBC que o movimento ocorrido após o terremoto era "compatível com o que acontece quando há um terremoto deste porte".

O terremoto provavelmente mudou o equilíbrio do planeta, movendo a terra em relação a seu eixo em cerca de 16.5 cm. O tremor também aumentou a velocidade da rotação da Terra, diminuindo a duração dos dias em cerca de 1.8 milionésimos de segundo.

BBC Brasil
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