sexta-feira, 29 de julho de 2011

Nasa lança aplicativo gratuito de iPad para exploração da Terra

A Nasa lançou um aplicativo gratuito para iPad que permite que seus usuários passem a entender melhor diversos fenômenos que acontecem na Terra .... Foto: Divulgação

A Nasa lançou um aplicativo gratuito para iPad que permite que seus usuários passem a entender melhor diversos fenômenos que acontecem na Terra através de informações dos satélites da organização, o NASA Visualization Explorer
Foto: Divulgação

A Nasa lançou um aplicativo gratuito para iPad que permite que seus usuários entendam melhor diversos fenômenos que acontecem na Terra através de informações dos satélites da organização, o NASA Visualization Explorer. A novidade disponibiliza vídeos, histórias e imagens que explicam, por exemplo, como acontecem as alterações climáticas sob o ponto de vista dos satélites.

O objetivo do lançamento do NASA Visualization Explorer, de acordo com os sites Engadget e CNET, é levar informação para um número maior de pessoas, fazer com que elas aprendam mais sobre o planeta em que vivem e compreendam sua história.

De acordo com Michael Starobin, produtor sênior do Goddard Space Flight Center, em depoimento para a CNET, o aplicativo irá explorar histórias de mudanças climáticas, sistemas dinâmicos da Terra, a vida vegetal no planeta e nos oceanos e todas as pequenas e grandes histórias captadas pelos satélites da NASA. Para ele, a ciência deve ser acessível a todos, e a visualização de dados torna a informação visual imediatamente compreensível e, se fosse de outra forma, essas informações poderiam passar despercebidas.

De acordo com a NASA, serão publicados duas editorias por semana relacionados às ciências do Planeta Terra. Nesse conteúdo poderá conter também informações sobre o Sol e o Sistema Solar. O aplicativo está disponível na App Store.

Geek
Geek

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Cientistas encontram asteroide que orbita à frente da Terra

Ilustração divulgada pela Nasa do primeiro asteroide troiano do planeta Terra . Foto: Divulgação Nasa/AFP

Ilustração divulgada pela Nasa do primeiro asteroide "troiano" do planeta Terra
Foto: Divulgação Nasa/AFP

Um pequeno asteroide de 300 me de diâmetro acompanha a Terra em seu movimento de evolução em torno do Sol, precedendo-a em sua órbita. Esta descoberta do primeiro asteroide "troiano" da Terra foi publicada na quinta-feira na revista científica britânica Nature. Trata-se do asteroide 2010 TK7, que fica a cerca de 80 milhões de km da Terra, descoberto em órbita terrestre graças ao telescópio WISE (Wide-Field Infrared Survey Explorer) da Nasa.

Após Júpiter, Marte e Netuno, a Terra torna-se, também, o quarto planeta do sistema solar tendo como companhia pelo menos um asteroide "troiano". O termo serve para designar os asteroides posicionados na órbita de um planeta, num ponto de equilíbrio estável, chamado pontos de Lagrange, no caso o ponto 4 (L4) da órbita terrestre, 60º à frente do nosso planeta. Ele segue o planeta em seu movimento em torno do Sol, precedendo-o, segundo um ângulo bem definido.

O 2010 TK7, no entanto, não está exatamente no L4. As observações indicam que na verdade ele oscila a sua volta, fazendo com que também varie sua órbita para o ponto Lagrange 3 em períodos de cerca de 400 anos. "Como precede o movimento da Terra ou o segue, não entra nunca em colisão com ela", destaca a Nasa em comunicado. Nos próximos 100 anos, não deverá se aproximar a menos de 24 milhões de km da Terra, precisa a agência espacial americana. Possui órbita "estável por pelo menos dez mil anos", segundo Martin Connors (Universidade de Athabasca, Canadá) e outros astrônomos que confirmaram a descoberta, graças ao telescópio terrestre Canadá-França-Hawai.

Os cientistas achavam há tempos que a Terra deveria ter asteroides troianos, mas só agora constataram sua presença, difícil de ser observada, pois ficam, em geral, mergulhados na luz solar. A detecção do asteroide 2010 TK7 foi facilitada porque estava numa "órbita incomum que o afastou bastante do Sol", explicou Connors. Os "troianos" foram identificados pela primeira vez ao redor de Júpiter e ficam próximos de um dos cinco pontos do espaço nos quais a força da gravidade de um planeta e a do Sol estão em equilíbrio, permitindo que tenham órbitas relativamente estáveis.

AFP
AFP - Todos os direitos de reprodução e representação reservados. Clique aqui para limitações e restrições ao uso.

Cientistas esclarecem um dos mistérios da coroa do Sol

A coroa do Sol alcança temperaturas centenas de vezes superiores a partes mais perto do núcleo. Foto: Nasa/Divulgação

A temperatura alcança aproximadamente 6 mil ºC na superfície do Sol
Foto: Nasa/Divulgação

Um estudo publicado nesta quinta-feira explica por que a coroa do Sol alcança temperaturas centenas de vezes superiores a partes do astro que encontram-se muito mais perto do núcleo, que produz o calor. Para aquecer a coroa solar a vários milhões de graus e acelerar a centenas de quilômetros por segundo os ventos solares que se propagam em todas as direções, inclusive em direção à Terra, é preciso energia, escrevem Scott McIntosh, do Centro Nacional Americano de Pesquisa Atmosférica, e outros pesquisadores na revista Nature.

A temperatura alcança aproximadamente 6 mil ºC na superfície do Sol e dois ou três milhões de ºC na coroa, apesar desta última se encontrar muito mais longe do núcleo do astro, onde ocorrem as reações nucleares que produzem o calor. Hannes Alfven, um físico sueco que recebeu o prêmio Nobel em 1970, estimou que há ondas que transportam esta energia por linhas do campo magnético que percorrem o plasma (gás com partículas carregadas com eletricidade) da coroa. Até agora não havia sido possível detectar a quantidade de ondas deste tipo necessárias para produzir a energia requerida.

Imagens de alta definição ultravioleta captadas com muita frequência (a cada oito segundos) pelo satélite da Nasa Solar Dymanics Observatory (SDO) permitiram à equipe de Scott McIntosh detectar grande quantidade destas ondas Alfven. As mesmas se propagam em grande velocidade (entre 200 e 250 quilômetros por segundo) no plasma em movimento, indica em um comunicado o professor Marcel Goossens, da Universidade Católica de Lovaina, que participou da pesquisa.

Estas ondas, cujo fluxo energético localiza-se entre 100 e 200 watts por quilômetro quadrado, "são capazes de produzir a energia necessária para propulsar os rápidos ventos solares e assim compensar as perdas de calor das regiões menos agitadas da coroa solar", estimam os autores do estudo. No entanto, isto "não basta para prover os 2 mil watts por m² necessários para abastecer as zonas ativas da coroa", acrescentam na Nature.

Para isso, seriam necessários instrumentos com maior resolução especial e temporal "para estudar todo o espectro de energia irradiada nas regiões ativas". Além disso, seria preciso "entender como e onde estas ondas são geradas e dissipadas na atmosfera solar".

AFP
AFP - Todos os direitos de reprodução e representação reservados. Clique aqui para limitações e restrições ao uso.

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Nasa prepara lançamento de sonda Juno para Júpiter

Um satélite da Nasa, a agência espacial americana, foi colocado nesta quarta-feira a bordo de um foguete não-tripulado Atlas 5 que deve ser lançado na sexta-feira da semana que vem do Cabo Canaveral, como parte de uma inédita missão ao coração de Júpiter. A sonda robótica, chamada Juno, deve passar um ano dando voltas dentro dos letais cinturões de radiação jupiterianos, chegando bem mais perto do planeta do que suas antecessoras.

O objetivo é descobrir quanta água existe por lá, o que motiva os enormes campos magnéticos do planeta, e se existe um núcleo sólido por baixo da sua atmosfera densa e quente. "Júpiter guarda vários segredos-chaves sobre como fomos formados", disse o cientista Scott Bolton, do Instituto de Pesquisas do Sudoeste, em San Antonio, Texas.

Os cientistas acreditam que Júpiter foi o primeiro planeta a ser formado depois do nascimento do Sol, mas não se sabe exatamente como. Um dado importante que falta é a quantidade de água existente dentro do planeta gigante, que orbita o Sol a uma distância cinco vezes superior à da Terra.

Júpiter, como o Sol, é formado principalmente de hidrogênio e hélio, com pitadas de outros elementos, como oxigênio. Cientistas acreditam que esse oxigênio se liga ao hidrogênio para formar água, o que pode ser mensurado por sensores de micro-ondas, um dos oito instrumentos científicos da sonda Juno. O conteúdo aquático de Júpiter está diretamente ligado ao lugar e à maneira como o planeta se formou.

Alguns indícios apontam que ele surgiu em regiões mais frias, e então migrou para mais perto do Sol. Outros modelos computacionais sugerem que o planeta se formou mais ou menos na sua atual posição, pelo acúmulo de antigas bolas de gelo.

Seja como for, Júpiter acabou com pelo menos o dobro de massa do que todos os outros sete planetas somados, o que lhe dá musculatura gravitacional suficiente para preservar praticamente todos os seus materiais constituintes. "Por isso ele é tão interessante para nós se quisermos voltar no tempo e entendermos de onde viemos e como os planetas foram feitos", disse Bolton.

A viagem de Juno a Júpiter levará cinco anos. Quando chegar lá, em julho de 2016, a sonda vai se instalar numa estreita faixa entre o planeta e a beirada interior do seu cinturão de radiação. A sonda, alimentada por energia solar, passará então um ano orbitando os pólos jupiterianos, chegando a apenas 5 mil quilômetros do topo das suas nuvens.

Só uma sonda atmosférica lançada pela Galileo, última nave enviada pela Nasa ao planeta Júpiter, chegou mais perto do que isso, mas ela foi capaz de enviar dados durante apenas 58 segundos, antes de sucumbir à pressão e ao calor extremos daquele ambiente.

O "coração" eletrônico da Juno está protegido por um baú de titânio, mas mesmo assim deve durar apenas cerca de um ano. Sua última ação será mergulhar na atmosfera do planeta, para evitar uma contaminação nas luas de Júpiter, onde teoricamente há condições de existir vida.

Reuters
Reuters - Reuters Limited - todos os direitos reservados. Clique aqui para limitações e restrições ao uso.

Equipe dos EUA estabelece prazo final para achar bóson de Higgs

Cientistas dos EUA disseram nesta quarta-feira que pretendem definir até setembro se existe ou não a partícula chamada bóson de Higgs, que supostamente foi crucial na criação do universo. O físico Eric James, do Fermilab, nos arredores de Chicago, disse em entrevista coletiva na cidade francesa de Grenoble que sua equipe (que trabalha nos EUA em paralelo a colegas europeus perto de Genebra ) está rapidamente reduzindo o espectro de massa onde a partícula pode estar escondida.

O bóson de Higgs é a última peça que falta no chamado Modelo Padrão da física. Acredita-se que essa seja a partícula que conferiu massa à enorme quantidade de "entulho" deixado pela explosão primordial do universo, o Big Bang, há 13,7 bilhões de anos, dando assim origem às galáxias, estrelas e planetas.

Tanto a equipe do Centro Europeu de Pesquisas Nucleares (Cern) no Grande Colisor de Hádrons (LHC, gigantesca máquina oval existente sob a fronteira franco-suíça), quanto o grupo do Fermilab que usa o acelerador de partículas Tevatron, procuram o minúsculo bóson de Higgs no material resultante de trilhões de colisões de partículas a enormes velocidades, o que na prática recria o Big Bang em pequena escala.

Na segunda-feira, o diretor-geral do Cern, Rolf Heuer, disse na conferência científica de Grenoble que o bóson de Higgs poderia ser encontrado no ano que vem. Já os físicos norte-americanos preveem um prazo muito mais curto.

De acordo com o Fermilab Today, boletim diário do laboratório, James contou aos seus colegas que o Tevatron está intensificando suas atividades, deixando os cientistas "extremamente próximos da sensibilidade necessária para ver um excesso substancial de eventos similares ao Higgs, ou então descartar a existência dessa partícula". Segundo essa nota, o Tevatron deve "coletar dados suficientes até setembro de 2011", quando o colisor norte-americanos de partículas será desativado.

O bóson "misterioso" teve sua existência proposta há 40 anos pelo cientista britânico Peter Higgs. O próprio cientista - candidato ao Nobel caso sua teoria seja comprovada - sempre deixou em aberto a possibilidade de que a partícula não exista. "Se ela não existir, deve haver outra coisa parecida", disse certa vez.

Reuters
Reuters - Reuters Limited - todos os direitos reservados. Clique aqui para limitações e restrições ao uso.

Estação Espacial Internacional será afundada após 2020

Um fragmento de lixo espacial poderá chocar-se com a Estação Espacial Internacional (ISS), segundo a Nasa. Foto: Getty Images

Imagem da Estação Espacial Internacional (ISS)
Foto: Getty Images

A Estação Espacial Internacional (ISS) voltará à Terra e será afundada no mar, ao final de seu ciclo de vida, após 2020, informou nesta quarta-feira o vice-diretor da agência espacial russa, Vitali Davydov, numa entrevista publicada no site da Roskosmos.

"Não concordamos com nossos parceiros de fazer explodir a estação, por volta de 2020. Ao mesmo tempo, não podemos deixá-la em órbita: é um objeto muito pesado e complexo que pode produzir muitos dejetos", acrescentou.

A ISS terá, então, o mesmo destino da estação orbital Mir, abandonada pelos russos em 2001, devido a sua deterioração pelo tempo, após ter sido o símbolo, desde 1986, do sucesso do setor espacial soviético.

Depois disso, os russos se aliaram aos ocidentais, para construir, a partir de 1998, a ISS, a maior estrutura jamais colocada no espaço. Suas instalações (módulos, painéis solares) possuem cerca de 108 m de comprimento por 88 m de largura.

Dezesseis países participaram de sua construção, entre eles os Estados Unidos, a Rússia, o Japão, o Canadá e o Brasil, assim como 11 nações europeias, entre elas a França. Financiada em grande parte pelos Estados Unidos, a ISS é ocupada permanentemente desde novembro de 2000 por tripulações de várias nacionalidades, essencialmente russos e americanos, que se revezam a cada quatro ou seis meses.

A ISS está em órbita a 350 quilômetros da Terra e realiza uma volta completa ao planeta aos 90 minutos, à velocidade de 28 mil km/h.

AFP
AFP - Todos os direitos de reprodução e representação reservados. Clique aqui para limitações e restrições ao uso.

Agência espacial europeia divulga foto de três galáxias

Cientistas estão mais interessados nos pequenos pontos e nos borrões da imagem. Foto: Eso/Divulgação

Cientistas estão mais interessados nos pequenos pontos e nos borrões da imagem
Foto: Eso/Divulgação

A imagem do telescópio europeu para pesquisa (VST, na sigla em inglês) fotografou três galáxias da constelação de Leão, o que já um grande feito por si só, já que os grandes telescópios normalmente só conseguem registrar uma dessas galáxias por vez. Entretanto, os cientistas estão ainda mais interessados nos borrões que aparecem ao fundo da imagem, que só puderam ter sua luz capturada graças à alta precisão das lentes do VST.

Os tais "borrões" são galáxias mais distantes, e também se podem ver diversas estrelas menos brilhantes. Um dos objetivos do VST é estudar objetos mais escuros, como estrelas anãs marrons, planetas e buracos negros. O telescópio será focado em eventos menores do espaço, na expectativa de que novas descobertas a respeito da matéria negra sejam reveladas indiretamente.

Terra