quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Telescópio Hubble permite recriar nascimento das estrelas

As estrelas nascem a milhões de anos luz após grandes jatos de gás incandescente, algo que agora está ao alcance do olho humano através de um vídeo que reconstruiu imagens fixas tomadas pelo telescópio Hubble. O vídeo, divulgado nesta quarta-feira no site da agência espacial americana (Nasa), oferece novos detalhes sobre o processo de nascimento estelar, no qual é possível apreciar os jatos de gás que expulsam as estrelas jovens com um detalhe até agora nunca visto.

As emissões que se desprendem são um subproduto da acumulação de gás ao redor das estrelas recém-nascidas e se disparam a velocidades supersônicas em direções opostas através do Espaço. Estes fenômenos estão proporcionando pistas sobre a fase final do nascimento de uma estrela na busca de poder conhecer melhor como se formou o Sol há 4,5 bilhões de anos.

Uma equipe de cientistas liderada pelo astrônomo Patrick Hartigan da Universidade Rice em Houston, Texas (EUA), acumulou imagens de alta resolução suficientes durante um período de 14 anos para unir lapsos de tempo dos jatos expulsos de três jovens estrelas.

A nitidez das imagens do Hubble que viagem em uma órbita concêntrica a 610 km da Terra permitirá aos astrônomos ver as mudanças dessas novas estrelas "em poucos anos", asseguram, já que a maioria dos processos de mudança em escalas de tempo astronômico, abrange mais que uma vida humana.

O Hubble foi lançado em 24 de abril 1990 a bordo do Discovery na missão STS-31 e conta com dois tipos essenciais de instrumentos: as câmeras fotográficas e os espectrógrafos, que analisam a luz e a transformam em sinais eletrônicas. A Nasa assegura que os descobrimentos do Hubble revolucionaram quase todos os âmbitos das pesquisas astronômica e da ciência planetária.

O Hubble proporcionou uma visão das estrelas que até o momento não tinha sido possível devido à distorção atmosférica da Terra. Entre suas conquistas captou as primeiras imagens da colisão de dois asteroides, estrelas rodeadas de pó cósmico que poderiam se transformar em sistemas planetários e galáxias à beira do universo.

Os dados fornecidos pelo telescópio espacial confirmaram também a teoria da relatividade de Albert Einstein e da expansão acelerada do universo. Além disso, ajudaram a determinar que a idade do universo é de cerca de 13,7 bilhões de anos. O telescópio espacial Hubble é um projeto internacional no qual participam a Nasa e a Agência Espacial Europeia (ESA).

EFE
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Nasa descobre buracos negros supermassivos próximos da Terra

Imagem do primeiro par de buracos negros supermassivos em uma galáxia espiral similar a da Via Láctea. Foto: Nasa/Divulgação

Imagem do primeiro par de buracos negros supermassivos em uma galáxia espiral similar a da Via Láctea
Foto: Nasa/Divulgação

Os astrônomos descobriram o primeiro par de buracos negros supermassivos em uma galáxia espiral similar a da Via Láctea a cerca de 160 milhões de anos luz, e o mais próximo da Terra descoberto até agora, informou nesta quarta-feira a Nasa (agência espacial americana).

Os buracos negros se encontram próximo do centro da galáxia espiral NGC 3393 e foram identificados graças às observações realizadas pelo observatório de raios-X Chandra. Os cientistas calcularam que ambos estão separados por apenas 490 anos luz, por isso que acreditam que podem ser o remanescente da fusão de duas galáxias de massa desigual que aconteceu há mais de 1 bilhão de anos.

"Se esta galáxia não estivesse tão perto, não teríamos tido nenhuma possibilidade de ver os dois buracos negros separados como os vimos", disse Pepi Fabbiano do Centro de Atrofísica Harvard-Smithsonian (CfA) em Cambridge (Massachusetts).

As observações anteriores em frequência raios-X e em outras longitudes de onda faziam crer que havia apenas um buraco negro supermassivo no centro da galáxia NGC 3393. No entanto, um olhar de longo alcance realizado com os potentes instrumentos de Chandra permitiu aos pesquisadores detectar e separar os buracos negros.

Os buracos negros são objetos tão densos que a força da gravidade que geram não deixa escapar nada, nem sequer a luz, e engolem tanto matéria, visível ou escura, que cai em seu campo de ação. Alguns podem ter um tamanho "estelar" e se supõe que procedem da explosão de uma estrela gigante, uma supernova, mas outros têm um tamanho equivalente ao de bilhões de sóis e se denominam "supermassivos".

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Vídeo mostra como nossa galáxia foi realmente criada

Astrofísicos da Universidade de Zurique (Suíça), trabalhando com astrônomos da Universidade da Califórnia (EUA), criaram a primeira simulação realista do mundo para a formação da Via Láctea. É incrível como toda esta perfeição coordenada de hoje surgiu de uma completa bagunça.

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Descoberta de nova estrela obriga astrônomos a rever teorias

Cientistas dizem que esta estrela nunca deveria ter se formado. Foto: ESO/Divulgação

Cientistas dizem que esta estrela nunca deveria ter se formado
Foto: ESO/Divulgação


Uma equipe de astrônomos europeus utilizou o Very Large Telescope (telescópio muito grande, em tradução livre) do ESO - o VLT - para descobrir uma estrela na Via Láctea que muitos pensavam não poder existir. Os astrônomos descobriram que esta estrela é composta quase inteiramente por hidrogênio e hélio, com quantidades minúsculas de outros elementos químicos. Esta intrigante composição química coloca a estrela na chamada "zona proibida" dentro da teoria de formação estelar mais aceita, o que significa que esta estrela nunca deveria ter se formado. Os resultados serão publicados na revista Nature na quinta-feira.

Uma estrela de baixa luminosidade situada na constelação de Leão mostrou possuir a menor quantidade de elementos mais pesados que o hélio do que todas as estrelas estudadas até hoje. Este objeto possui uma massa menor que a do Sol e tem provavelmente mais de 13 bilhões de anos de idade.

"Uma teoria muito aceita prediz que estrelas como esta, com pequena massa e quantidades de metais extremamente baixas, não deveriam existir porque as nuvens de material a partir das quais tais objetos se formariam nunca poderiam ter se condensado", disse Elisabetta Caffau, autora principal do artigo científico que descreve estes resultados. "É surpreendente encontrar pela primeira vez uma estrela na 'zona proibida'. Isto significa que teremos que verificar alguns dos modelos de formação estelar".

A estrela é tênua e tão pobre em metais que um único elemento mais pesado que o hélio - o cálcio - foi identificado nas primeiras observações. Os cosmólogos acreditam que os elementos químicos mais leves (hidrogênio e hélio) foram criados pouco depois do Big Bang, juntamente com um pouco de lítio, enquanto que a maioria dos outros elementos foram posteriormente formados nas estrelas.

As explosões de supernovas espalharam o material estelar para o meio interestelar, tornando-o rico em metais. As novas estrelas que se formam a partir deste meio enriquecido possuem por isso maiores quantidades de metais na sua composição do que as estrelas mais velhas. Por conseguinte, a proporção de metais numa estrela nos dá informação sobre a sua idade. "A estrela que estudamos é extremamente pobre em metais, o que significa que é muito primitiva. Pode ser uma das estrelas mais velhas já encontradas", acrescenta o chileno Lorenzo Monaco, que também participou do estudo.

É igualmente surpreendente a falta de lítio na estrela. Uma estrela tão velha deveria ter uma composição semelhante àquela do universo pouco depois do Big Bang, com apenas um pouco mais de metais. É um mistério como o lítio foi destruído neste astro. Os investigadores também apontam para o fato do corpo provavelmente não ser o único do tipo.

Terra

Nave tira foto de Terra e Lua a 9 milhões de km de distância

A nave Juno estava a 9 milhões de km da Terra quando registrou a imagem. Foto: Nasa/Divulgação

A nave Juno estava a 9 milhões de km da Terra quando registrou a imagem
Foto: Nasa/Divulgação

A nave espacial Juno, lançada pela Nasa em 5 de agosto e a caminho do planeta Júpiter, fotografou a Terra em meio a sua jornada. A imagem mostra a Terra e a Lua, a uma distância de mais de 9 milhões de km. O registro foi possível graças à JunoCam, câmera fotográfica instalada a bordo da espaçonave.

"É uma visão humilde, porém bonita, de nós mesmos", disse Scott Bolton, integrante da missão Juno da Nasa. A nave viajou 402 mil km (a distância entre a Terra e a Lua) em menos de um dia, mas ela ainda precisará de cinco anos para chegar ao seu destino final.

Terra

Agência russa diz que tripulação permanente na ISS é dispensável

A Agência espacial russa Roskosmos considerou nesta quarta-feira que uma presença permanente de astronautas no espaço não será indispensável no futuro. A declaração é feita no momento em que se planeja uma evacuação sem precedentes da Estação Espacial Internacional (ISS).

"No futuro, talvez não necessitemos de uma presença permanente de cosmonautas em uma órbita próxima à da Terra", declarou o diretor-adjunto da Roskosmos, Vitaly Davydov, em uma coletiva de imprensa em Moscou. "Não excluímos voltar ao plano B", acrescentou, referindo-se a ideia de uma estação espacial na época soviética do programa Saliut, que previa missões de longa duração e não uma presença permanente.

Após o fracasso do lançamento na semana passada da nave de carga Progress em direção à ISS com 2,9 t de suprimentos e combustível a bordo, a Roskosmos anunciou que adiava várias de suas missões no espaço. Além disso, analisa uma evacuação da ISS, algo que não ocorre desde o ano 2000.

AFP
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Rússia nega crise de indústria espacial após últimos fracassos

O subdiretor da agência espacial da Rússia (Roscomos) Vitali Davydov, negou nesta terça-feira que exista uma crise no sistema da indústria espacial russa, após os fracassos sofridos. O último deles foi a perda do cargueiro Progress M-12M, no dia 24. Davydov explicou que os erros são "praticamente de fator humano" e ressaltou a necessidade de redobrar o controle do "conteúdo e na ordem nos trabalhos".

O subdiretor lembrou que a perda de três satélites de navegação russos Glonass-M, em dezembro de 2010, aconteceu por um erro na documentação ao ser colocado mais combustível do que o necessário no acelerador que devia orientar os foguetes na órbita prevista. No dia 18 de agosto, a Rússia perdeu o satélite de telecomunicações Express-AM4, o número dois da Roscomos, após um operador ter introduzido de maneira incorreta as sequências de tempo no programa do acelerador.

Sobre a causa do último acidente, a perda do Progress M-12M que teria de levar uma carga de três toneladas (água, alimentos, oxigênio, combustível e equipamentos científicos) à Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês), Davydov afirmou que a comissão de investigação ainda não chegou a uma conclusão definitiva. Ele garantiu, no entanto, que não há ameaça de suspensão dos lançamentos dos foguetes Proton e Soyuz.

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Na busca por nave, russos acham helicóptero que caiu em 1975

As equipes de busca do cargueiro espacial Progress M-12M localizaram nesta quarta-feira na república russa de Altaica, no sul da Sibéria, os restos de um helicóptero Mi-2 que caiu há 36 anos, informaram as autoridades russas.

O helicóptero desapareceu em 1975 com seus sete ocupantes após ter decolado da cidade de Barnaul, capital da região de República Altaica, para apagar um incêndio, disse Elena Kápich, porta-voz do Comitê de Instrução no distrito da Sibéria Ocidental.

O cargueiro não tripulado Progress M-12M caiu no dia 24 de agosto na República Altaica pouco após seu lançamento a partir da base de Baikonur (Cazaquistão). Levava a bordo mais de 2,5 t de carga para a Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês).

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Três astronautas da Estação Espacial voltam à Terra em 16/9

A nave espacial Soyuz TMA-21, com três astronautas a bordo, voltará à Terra desde a Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês) em 16 de setembro, informou nesta quarta-feira o porta-voz do Centro de Controle de Voos Espaciais (CCVE) da Rússia. Segundo dados preliminares, a aterrissagem da nave Soyuz TMA-21 está prevista para as 8h01 de Moscou deste dia (1h01 de Brasília), disse o técnico à agência Interfax. "A aterrissagem acontecerá 146 km ao leste de Dzhezkazgán (Cazaquistão)", acrescentou.

A nave trará à Terra os cosmonautas russos Andrei Borisenko e Aleksandr Samokutiáyev e o americano Ronald Garan, cuja volta, prevista a princípio para 8 de setembro, foi adiada devido às mudanças nas datas de voo das Soyuz.

A Roscosmos, agência espacial russa, anunciou na última segunda-feira mudanças nas datas dos voos das naves Soyuz com destino ou partida desde a Estação Espacial Internacional (ISS) após o fracassado lançamento do cargueiro espacial Progress M-12M. Desta forma, a decolagem da próxima expedição à ISS, prevista para 22 de setembro, foi adiada por várias semanas e será realizada no final de outubro ou início de novembro.

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