sexta-feira, 30 de setembro de 2011

vc repórter: halo solar colore o céu no Centro-Oeste do País

Fenômeno foi visto por moradores de Brasília, na região Centro-Oeste do País. Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Fenômeno foi visto por moradores de Brasília, na região Centro-Oeste do País
Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

"Hoje o céu e o sol de Brasília está com o efeito Halo. Não sabe o que é? Olhe para o sol e veja o milagre da natureza", escreveu (@CrisHalls) no Twitter. (@lorenaborges_) também comentou o fenômeno no microblog "saia do abrigo e vá ver o "efeito halo"... o sol ta liiiiiiiiiiindo!".

De acordo com informações da metereologista Josélia Pegorim, da agência Climatempo, o halo é um fenômeno relativamente comum e pode ocorrer em qualquer lugar ao redor do Sol (halo solar) ou ao redor da lua cheia (halo lunar).

Em qualquer um dos casos, a formação do halo indica que o céu está coberto de nuvens finas, formadas basicamente por diminutos cristais de gelo. São estes cristais que interagem com a luz que vem Sol ou da Lua e geram os círculos concêntricos coloridos, nas mesmas cores do arco-íris.

Ainda segundo a metereologista, em algumas situações especiais pode ocorrer um duplo-halo. Neste caso o observador veria dois arco-íris concêntricos: um mais próximo do Sol ou da Lua, com cores mais fortes. O segundo halo apareceria mais distante e com as cores mais suavizadas.

Os internautas Ana Brasil, André Luiz, Andre Renato, Chirliana Souza, Douglas Haunss, Giselle de Oliveira, Valter Campos e Charles Wortmeyer, de Brasília (DF), Martinho Junior, Toninho Madureira e Ademir Moura, de Goiânia (GO), Wesley Moreira Dantas, de Ceilândia (DF), e Marcio Couto, de Itaberaí (GO), participaram do vc repórter, canal de jornalismo participativo do Terra. Se você também quiser mandar fotos, textos ou vídeos, clique aqui.

http://noticias.terra.com.br/ciencia/noticias/0,,OI5386440-EI238,00-vc+reporter+halo+solar+colore+o+ceu+no+CentroOeste+do+Pais.html#tphotos

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SpaceX propõe foguete reutilizável para colonizar Marte

A companhia americana SpaceX trabalha no primeiro foguete reutilizável para lançá-lo ao espaço visando, algum dia, ajudar na colonização do planeta Marte, disse nesta quinta-feira seu fundador, Elon Musk.

O veículo seria uma versão reutilizável do foguete Falcon 9 que a SpaceX empregou para levar a cápsula espacial Dragon à órbita da Terra no ano passado. Sua primeira viagem com carga à Estação Espacial Internacional (ISS) está prevista para janeiro.

A reutilização do foguete poupará dezenas de milhões de dólares e facilitará as viagens ao espaço por diversão e até a colonização de outros planetas, concretamente Marte, declarou Musk ao National Press Club.

"Um sistema rápido e reutilizável é imprescindível para que a vida se torne multiplanetária, para se estabelecer vida em Marte. Se os aviões não fossem reutilizáveis, muito pouca gente poderia voar".

Atualmente, um foguete Falcon custa entre US$ 50 milhões e US$ 60 milhões e seu lançamento, incluindo combustível e oxigênio, exige até US$ 200 mil. E tudo é perdido com a reentrada na atmosfera da Terra.

Com a reutilização dos foguetes, haverá uma substancial redução de custos, garantiu Musk, um empresário da Internet que fundou o PayPal e utilizou o dinheiro ganho na web para criar a companhia de carros elétricos Tesla Motors e a SpaceX.

O foguete projetado pela SpaceX decolaria da forma normal e teria dois estágios: a parte inferior, parecida com uma coluna, regressaria à Terra para pousar na vertical, exatamente como foi lançada.

A ideia pode ser vista em uma animação no site http://www.spacex.com/npc-luncheon-elon-musk.php .

A curto prazo, tal tecnologia poderá ser utilizada para lançar satélites e levar carga e tripulação à ISS, que atualmente é abastecida apenas pelos foguetes russos.

A construção do foguete reutilizável "é um esforço paralelo (...), que não tem impacto em nosso trabalho de envio de carga à estação espacial" com o foguete Falcon 9, destacou Musk. É algo que "entusiasma bastante e acredito que os Estados Unidos e o restante do mundo devem ficar atentos sobre o que estamos fazendo", concluiu.

AFP
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quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Número de asteroides próximos a Terra é menor do que o estimado

A Nasa, agência espacial americana, divulgou nesta quinta-feira que novas observações feitas pelo telescópio espacial Wise (Wide-field Infrared Survey Explorer), mostram que há um número significativamente menor de asteroides perto da Terra do que se pensava. Os resultados também indicam que 90% dos maiores asteroides próximos a Terra já foram identificados.

Astrônomos calculam agora que existam cerca de 19,5 mil - e não 35 mil - asteroides de tamanho médio (entre 100 m e 1000 m) próximos ao nosso planeta. Os cientistas dizem que esta melhor compreensão da população pode reduzir as chances de algo acontecer sem o conhecimento dos astrônomos.

Com os dados do telescópio Wise pode-se realizar um "censo" dos asteroides localizados perto da Terra que permitem aos cientistas estimar de forma mais real o movimento destes corpos. Contudo, o estudo afirma que cerca de 15 mil asteroides com mais de 100 m ainda precisam ser descorbertos.

Os resultados deste estudo serão publicados narevista Astrophysical Journal.

Terra

Rios de lava formaram planícies de Mercúrio, revela Nasa

Esta imagem obtida pela Messenger mostra a Bacia do Goethe no Pólo Norte de Mercúrio. A imagem foi uma das primeiras enviadas pela sonda. Foto: Nasa/Johns Hopkins University Applied Physics Laboratory/Carnegie Institution of Washington/AFP

Esta imagem obtida pela Messenger mostra a Bacia do Goethe no Pólo Norte de Mercúrio. A imagem foi uma das primeiras enviadas pela sonda
Foto: Nasa/Johns Hopkins University Applied Physics Laboratory/Carnegie Institution of Washington/AFP

Fendas vulcânicas se abriram há bilhões de anos em Mercúrio, o planeta mais próximo do sol, e liberaram a lava que formou suas planícies suaves, informou um estudo publicado na edição desta quinta-feira da revista Science e que descreve as descobertas de uma sonda da Nasa que orbita o astro desde março.

Entre 3,5 e 4 bilhões de anos atrás, fendas vulcânicas se abriram na crosta de Mercúrio e expeliram lava, formando as planícies que ocupam 6% do planeta pequeno e quente e que cobrem uma superfície equivalente a 60% dos Estados Unidos, segundo o estudo publicado na revista Science.

Uma série de informes divulgados na revista descrevem as descobertas da sonda Messenger, da agência espacial americana (a Nasa), desde que começou a orbitar Mercúrio, em meados de março. As fendas que derramaram lava não eram como os vulcões de montanha, que se formam gradualmente ao longo do tempo, como os do Havaí, por exemplo, mas profundos cortes que expulsaram rios de lava incandescente que em alguns lugares fluíam a até dois quilômetros de profundidade.

"Estes enormes respiradores, de até 25 km de comprimento, parecem ser a fonte de enormes volumes de lava muito quente que saíram para a superfície de Mercúrio", disse um dos autores do estudo, James Head, professor de Ciências Geológicas da Universidade Brown, na costa leste dos Estados Unidos.

Os fluxos de lava foram para a superfície, "talhando vales e criando crostas em forma de lágrima no terreno subjacente", disse Head. "Um destes depósitos é tão enorme que o vulcanismo tem que ser importante em outros lugares", explicou.

Os vulcões contribuíram para a formação dos planetas, inclusive Marte, e ajudam estes corpos celestes a liberar seu calor interno. Na Terra, erupções vulcânicas similares formaram o terreno ao longo do rio Columbia nos estados de Washington e Oregon, no noroeste dos Estados Unidos, de 12 a 17 milhões de anos, segundo o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS).

Messenger
Os cientistas vislumbraram algo na superfície de Mercúrio a partir de um trio de sobrevoos do Messenger. A sonda foi lançada em 2004 e entrou na órbita de Mercúrio em 18 de março. A sonda Mariner 10 foi a primeira a se aproximar de Mercúrio em 1974 e em 1975 e fazer um mapa de 45% da superfície do planeta.

A Nasa espera que a Messenger lance mais luz sobre a composição da superfície de Mercúrio enquanto orbita o planeta a cada 12 horas a uma altura mínima de 200 km. Os instrumentos da sonda Messenger também mostraram que Mercúrio é varrido por ventos solares.

Mercúrio
Mercúrio não tem atmosfera, o que significa que pode chegar a temperaturas de 430ºC, mas também perder todo o calor quando se distancia do Sol, atingindo os -170º C. O pequeno planeta é o único, além da Terra, que tem um campo magnético ao seu redor, mas Mercúrio não gera o mesmo escudo resistente contra a radiação solar.

"Nossos resultados indicam que a frágil magnetosfera de Mercúrio oferece muito pouca proteção do planeta frente aos ventos solares", disse outro dos autores do estudo, Thomas Zurbuchen, professor da Universidade de Michigan (norte).

Mercúrio, cujo nome provém do deus romano mensageiro, tem muitas crateras que fazem com que sua superfície se assemelhe à lua. O menor dos oito planetas do Sistema Solar é cerca de um terço do tamanho da Terra, quase tão denso e orbita ao redor do sol aproximadamente a cada 88 dias terrestres.

AFP
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Astrônomos revelam nova anatomia em torno de buraco negro

Imagem da galáxia ativa Markarian 509 registrada pelo telescópio espacial Hubble. Foto: Nasa/ESA/J. Kriss (STScI)/J. de Plaa (SRON)/Divulgação

Imagem da galáxia ativa Markarian 509 registrada pelo telescópio espacial Hubble
Foto: Nasa/ESA/J. Kriss (STScI)/J. de Plaa (SRON)/Divulgação

A frota de naves espaciais da Agência Espacial Europeia (ESA,na sigla em inglês) conseguiu obter detalhes sem precedentes perto de um buraco negro supermassivo. Eles revelam enorme 'balas' de gás sendo impulsionadas longe do "monstro gravitacional". O buraco negro que a equipe escolheu para estudar está no coração da galáxia Markarian 509, 500 milhões de anos-luz no espaço. Este buraco negro é enorme, contendo 300 milhões de vezes a massa do Sol e que a cada dia se torna mais maciço.

A Markarian 509 foi escolhida porque ela é conhecida por variar em brilho, o que indica que o fluxo de matéria para o buraco negro é turbulento.

O buraco negro foi monitorado por 100 dias. "(A nave) XMM-Newton realmente conseguiu essas observações porque tem uma cobertura de raios-X de largura, bem como uma câmera de vigilância óptica", afirma Jelle Kaastra, do Instituto de Pesquisas Espaciais da Holanda, que coordenou uma equipe internacional de 26 astrônomos de 21 institutos em quatro continentes.

As observações mostraram que a saída consiste de "balas gigantes" a milhões de quilômetros por hora. As balas são arrancados de um reservatório de gás empoeirado e depois caem no buraco negro. A surpresa é que o reservatório está situado a mais de 15 anos-luz de distância do buraco negro. Esta distância é ainda maior do que alguns astrônomos pensavam que era possível, tendo em vista os ventos que se originam.

A detecção
Junto com as naves XMM-Newton e Integral, da ESA, os astrônomos usaram os telescópios espaciais Hubble e Chandra, da Nasa (a agência espacial americana), além de outros instrumentos que proporcionaram informações sobre a cobertura do buraco negro não conhecida antes.

"Os resultados sublinham a importância de observações a longo prazo e campanhas de monitorização, que estão a ganhar uma compreensão mais profunda da variável de objetos astrofísicos. XMM-Newton fez todas as mudanças organizacionais necessárias para realizar tais observações, e agora o esforço está valendo a pena", diz Norbert Schartel , cientista do projeto da XMM-Newton.

Buracos negros
Os buracos negros são objetos tão densos que a força da gravidade que geram não deixa escapar nada, nem sequer a luz, e engolem tanto matéria, visível ou escura, que cai em seu campo de ação. Alguns podem ter um tamanho "estelar" e se supõe que procedem da explosão de uma estrela gigante, uma supernova, mas outros têm um tamanho equivalente ao de bilhões de sóis e se denominam "supermassivos".

Terra

China lança com sucesso primeiro módulo de estação espacial

A China lançou com sucesso o primeiro módulo de teste de sua futura estação orbital. Foto: Reuters

A China lançou com sucesso o primeiro módulo de teste de sua futura estação orbital
Foto: Reuters

O foguete Longa Marcha 2F, que transporta a nave Tiangong-1 (Palácio Celeste), decolou no horário previsto, às 21h15 no horário local (10h15 da manhã de Brasília), da base de Jiuquan, no deserto de Gobi.

Essa é a mais recente demonstração do crescente poderio da China no espaço, num momento em que cortes orçamentários e redefinição de prioridades levaram os EUA a conterem os lançamentos de naves tripuladas.

"A principal tarefa do voo do Tiangong 1 é fazer testes de acoplagem e aterrissagem entre espaçonaves", disse o porta-voz chinês, acrescentando que isso levaria ao "acúmulo de experiências para o desenvolvimento de uma estação espacial". Mas o teste mais difícil começará daqui algumas semanas, quando a nave deverá se acoplar à outro equipamento não-tripulado, a nave Shenzhou, que ainda não foi lançada.

Com informações de agências internacionais.

Terra

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Começam pesquisas em antimatéria que podem desvendar origem do Universo

O Centro Europeu de Pesquisa Nuclear (CERN, na sigla em inglês) informou nesta quarta-feira que deu início ao ELENA, projeto que prevê a produção de antiprótons a partir do ano de 2016, o que ajudará no estudo da antimatéria. Este projeto, aprovado no mês passado, será realizado por cientistas da Alemanha, Canadá, Dinamarca, Estados Unidos, França, Japão, Reino Unido e Suécia, sob a coordenação do CERN.

O diretor do projeto, Stéphan Maury, explicou em comunicado que o ELENA "é uma instalação dirigida a produzir antiprótons com os menores níveis de energia já alcançados".

O anel desacelerador do ELENA ficará no mesmo local que abriga o Desacelerador Antiprótons (AD). O mecanismo do novo projeto permite que os prótons com carga negativa alcancem um quinto da energia gerado pelo AD. Isto permitirá uma melhora na produção dos antiprótons de 0,01% a 10%.

Desde que foram descobertos, em 1955, os antiprótons se tornaram uma grande ferramenta de pesquisa e foram importantes na descoberta, das partículas W e Z, responsáveis pelas interações nucleares fracas, uma das quatro fundamentais na natureza. Além disso, no CERN também foram criados os primeiros átomos de anti-hidrogênio.

Walter Oelert, pesquisador pioneiro no estudo da antimatéria no CERN, disse que o ELENA é um grande passo no estudo dessa disciplina, que entre outras coisas, pode esclarecer o processo de criação do Universo. O desenvolvimento desses experimentos é de extrema importância e permite inclusive estudos sobre o tratamento do câncer. A construção do ELENA está prevista para começar em 2013.

EFE
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