terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Jovens embaixadores do Brasil visitam sede da Nasa nos EUA

Os estudantes brasileiros foram recebidos no auditório da Nasa, na última sexta-feira. Foto: Nasa/Divulgação

Os estudantes brasileiros foram recebidos no auditório da Nasa, na última sexta-feira
Foto: Nasa/Divulgação


A Nasa divulgou nesta terça-feira a imagem de um encontro entre o diretor da agência espacial, Charles Bolden, com 45 estudantes brasileiros que fazem parte do programa Jovens Embaixadores. Os brasileiros participaram de um intercâmbio promovido pela Embaixada dos Estados Unidos.

A visita ao auditório sede da Nasa aconteceu na última sexta-feira. Na ocasião, os estudantes puderam conhecer como funciona o trabalho da agência e saber mais sobre as principais conquistas americanas no espaço.

Os estudantes ficaram três semanas no país, onde participaram de reuniões em órgão do governo americano, em Washington, e visitaram escolas e projetos sociais. Pelo menos 250 brasileiros já participaram do projeto desde a sua criação, em 2002.

Terra

SP: astronauta brasileiro participa de acampamento espacial

O astronauta Marcos Pontes participou do acampamento espacial de São José dos Campos (SP). Foto: Divulgação

O astronauta Marcos Pontes participou do acampamento espacial de São José dos Campos (SP)
Foto: Divulgação


Marcos Pontes, o primeiro astronauta brasileiro, conversou com estudantes e professores durante o I Space Camp (acampamento espacial), evento que ocorre até 1º de fevereiro em São José dos Campos (SP). Muito popular nos Estados Unidos, o Space Camp é uma atividade baseada nos acampamentos de férias, mas com atividades voltadas às ciências espaciais.

Na sua participação no evento, Pontes falou sobre sua experiência na viagem espacial e motivou os jovens a seguir as áreas de ciência e tecnologia, em especial, a aeroespacial. "Temos pessoas mais velhas saindo do setor e não há reposição de profissionais. Um evento como esse incentiva mais jovens a seguirem a carreira", afirmou.

No Space Camp, os estudantes assistem a palestras sobre satélites, foguetes, aviões e astronomia, e participam de oficinas de montagem de robôs feitos de sucata. Além disso, aprendem a realizar observações astronômicas e experimentos de física e de química. O lançamento de um foguete de sondagem de pequeno porte e uma visita ao Memorial Aeroespacial Brasileiro também integram a programação dos estudantes.

Para o astrônomo e coordenador nacional da Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA), João Canalle, esta iniciativa surge para chamar a atenção dos alunos para as ciências espaciais: "devemos promover mais eventos como esse, com o intuito de disseminar o conhecimento científico e aproximá-los de pesquisadores e astrônomos", avalia.

Falha nos computadores causou perda de sonda russa Fobos-Grunt

A missão da sonda russa Fobos-Grunt era coletar amostras de uma das luas de Marte. Foto: AFP

A missão da sonda russa Fobos-Grunt era coletar amostras de uma das luas de Marte
Foto: AFP


Uma falha nos computadores de bordo causou a perda da sonda russa Fobos-Grunt, que tinha como destino Fobos, uma das luas de Marte, informou nesta terça-feira o diretor da agência espacial russa (Roscosmos), Vladimir Popovikin. O chefe da Roscosmos revelou que conforme a comissão investigadora a causa "mais provável" da falha registrada em novembro foi uma "ação local de partículas pesadas do espaço cósmico".

"Dois equipamentos do sistema de computadores de bordo reiniciaram, o que os deixou em regime de máxima economia de energia e à espera de ordens", disse Popovikin, citado pela agência oficial RIA Novosti, em reunião sobre o desenvolvimento do setor espacial. As declarações de Popovkin jogam por terra a versão divulgada anteriormente por analistas russos de que a falha foi causada por emissões de radares americanos.

Logo após o lançamento, em 8 de novembro, a sonda russa ficou na órbita terrestre ao invés de empreender sua viagem a Marte, sem o controle das estações terrestre de rastreamento. Duas semanas depois, a Agência Espacial Europeia conseguiu receber sinais da Fobos-Grunt, um acontecimento que fez renascer as esperanças de recuperar o aparelho.

Porém, todos os esforços para recuperar a sonda foram em vão e o aparelho, com 13,5 t, se chocou contra as camadas mais altas da atmosfera terrestre em 15 de janeiro. Segundo a Roscosmos, os restos da sonda que não queimaram ao entrar na atmosfera caíram ao sul do Pacífico, a 1 mil km do litoral do Chile.

A Fobos-Grunt deveria completar uma missão de 34 meses que incluía o voo a Fobos, a aterrissagem em sua superfície e, finalmente, o retorno à Terra de uma cápsula com amostras do solo do satélite marciano. O projeto, com custo de US$ 170 milhões, tinha como objetivo estudar a matéria inicial do sistema solar e ajudar a explicar a origem de Fobos e Deimos, a segunda lua marciana, assim como dos demais satélites naturais do sistema solar.

http://noticias.terra.com.br/ciencia/noticias/0,,OI5586448-EI301,00-Falha+nos+computadores+causou+perda+de+sonda+russa+FobosGrunt.html#tinfo

EFE
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segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Nasa lança jogo sobre exploração espacial no Facebook

A Nasa lançou um jogo online sobre seu programa espacial, que permitirá ao usuário concorrer com outros jogadores através do Facebook, anunciou nesta segunda-feira a agência espacial americana em comunicado.

''Quem foi o primeiro americano a viajar ao espaço?'' ''Quando foi lançado o primeiro foguete com combustível líquido?'' ''Qual astronauta viajou em cinco naves?'' são algumas das perguntas que terão que ser respondidas pelos participantes do game "Space Race Blast Off".

O jogo inclui uma série de perguntas sobre tecnologia, ciência, história da Nasa e também cultura popular. Com cada acerto os participantes acumulam pontos que podem trocar por insígnias virtuais que representam astronautas, naves e objetos celestes.

A Nasa decidiu abrir este jogo no Facebook por se tratar de uma das plataformas sociais mais populares que lhe permitirá chegar a um público mais amplo.

"Space Race Blast Off" abre a história da Nasa e a exploração espacial a uma nova audiência de pessoas acostumadas a usar os meios sociais", destacou o diretor adjunto do departamento de comunicação da Nasa, David Weaver.

Tanto os especialistas em espaço como os leigos "continuarão aprendendo coisas novas sobre como a exploração espacial segue tendo impacto em nosso mundo", detalhou Weaver.

EFE
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Nobel: disseram que, se divulgasse pesquisa, seria um idiota

Adam Riess diz que não acreditou no que havia descoberto. Foto: Carla Ruas/Especial para Terra

Adam Riess diz que não acreditou no que havia descoberto
Foto: Carla Ruas/Especial para Terra


O ganhador do prêmio Nobel de Física de 2011, Adam Riess, ficou tão surpreso quando descobriu que havia uma energia escura no universo, que passou semanas achando que havia cometido um erro de cálculo. Sua pesquisa mostrou que esta energia faz com que o universo esteja acelerando a sua expansão - e não desacelerando, como era imaginado. Ele revelou detalhes da descoberta na sexta-feira na universidade Johns Hopkins, próximo a Washington.

Saiba o que é energia e matéria escura e mais

Assim que terminou sua pesquisa, Riess mandou uma série de e-mails para colegas espalhados por todo o mundo pedindo que eles lhe ajudassem a achar o erro que havia cometido. "Alguns me disseram para ter cuidado ao divulgar esses dados porque eu iria me sentir um idiota em pouco tempo. Outros disseram: Se até Einstein errou porque você não estaria errando também?".

Mas após relutar por varias semanas Riess resolveu arriscar e publicar os resultados. "Achei que seria uma boa ideia para que outros cientistas pudessem verificar e, se fosse o caso, contestar os meus dados", diz. Mas a descoberta, divulgada em 1998, foi recebida com entusiasmo no mundo da ciência e ganhou diversos prêmios ate ser indicada para o prêmio Nobel, em 2011.

A prova de que existe uma energia que repele os corpos celestes no espaço vazio foi considerada revolucionária no estudo da expansão do universo. Este achado pode ajudar a prever o futuro do Sistema Solar e a explicar do que é composto o espaço: "Na receita do universo, a energia escura pode ocupar ate 70% da área, enquanto planetas, estrelas e gás apenas 5% e o restante seria matéria escura, outra substancia que pouco conhecemos", afirma.

Einstein estava certo
O motivo pelo qual Riess ficou tão surpreso com seu resultado foi porque a teoria da energia escura já havia sido levantada por Einstein em 1917 - mas depois foi considerada o maior erro da sua carreira. "Einstein acreditava que o universo era estático por causa da combinação entre a atração natural dos corpos celestes e uma constante cosmológica de repulsão, que seria a energia escura. Mas quando descobriram que o universo não estava parado, sua teoria foi ridicularizada".

Oitenta anos depois, Riess chegou à conclusão de que a constante cosmológica de Einstein estava certa. Seria a única explicação para os resultados que encontrou ao estudar as supernovas. "Eu medi a distância delas através da intensidade do seu brilho e a velocidade pela cor do comprimento de onda e percebi que elas estavam se distanciando cada vez mais rápido com o passar do tempo".

Mas Riess admite que para isso teve uma grande vantagem sobre Einstein: usou telescópios de alta tecnologia que só foram disponibilizados nos últimos 10 anos. Eles permitem a captura de imagens de grandes áreas do espaço com infra-vermelho e alta resolução. "Só existe uma supernova na galáxia a cada 100 anos. Mas eu pude observar milhares de galáxias de uma só vez com grande precisão", explica.

Riess realizou sua descoberta enquanto era pesquisador da Universidade da California-Berkeley, mas agora é professor de física e astronomia na Universidade Johns Hopkins. Ele recebeu o prêmio Nobel em dezembro, na Suécia, junto com um cheque de US$ 1,49 milhão que dividiu com os colegas Brian Schmidt, da Universidade Nacional Australiana, e Saul Perlmutter, da Universidade da Califórnia-Berkeley.

Especial para Terra

Asteroide de 33 km passará próximo à Terra na terça-feira

Imagem feita pela Nasa mostra o asteoride 433 Eros, que passa próximo ao nosso planeta. Foto: Nasa/Divulgação

Imagem feita pela Nasa mostra o asteoride 433 Eros, que passa próximo ao nosso planeta
Foto: Nasa/Divulgação


Um dos maiores asteroides que passam próximo à Terra, de cerca de 33 km - segundo informações da Nasa -, estará realizando seu percurso perto do nosso planeta na terça-feira. A passagem do 433 Eros não representa risco e nem poderá ser observada a olho nu, mas é uma oportunidade para astrônomos estudarem um ainda mais o segundo maior asteroide com passagem próxima da Terra - o maior nesta situação de proximidade é o 1036 Ganimedes.

Saiba a diferença entre asteroide, meteoro e meteorito e mais

Estes asteroides fazem parte de um grupo de corpos que possuem órbitas que os aproximam até 195 milhões de km do Sol e, consequentemente, chegam perto da Terra.

Embora esta passagem próxima represente 70 vezes a distância entre a Terra e a Lua, segundo o astrônomo da Fundação Planetário do Rio de Janeiro, Bruno Mendonça, em termos astronômicos, a distância é pequena. Segundo ele, é relativamente comum corpos menores se aproximarem da Terra e, no caso do Eros, este ano nem ocorrerá a situação máxima de proximidade, calculada a cada 81 anos. "A última vez que o Eros esteve neste ponto foi em 1975, no qual estava a cerca de 50 vezes a distância entre a Lua e a Terra. A próxima passagem prevista nesta situação será em 2056", explica Mendonça.

Sem muito brilho, o grande asteroide só poderá ser identificado por astrônomos com telescópios profissionais. A Nasa monitora a trajetória do Eros, assim como todos os objetos que se aproximam da órbita do planeta.

Caso o Eros não fosse conhecido, este seria um importante momento para avançar no estudo de suas características, entretanto, este asteroide recebeu uma sonda espacial no ano 2000 - situação incomum para os asteroides - que registrou suas especificidades.

A sonda NEAR-Shoemaker - nomeada em homenagem ao estudioso dos planetas Eugene Shoemaker e pelo fato de NEAR, que significa "perto" em inglês, também ser a sigla de Near Earth Asteroid Rendezvous - que significa Encontro com o asteroide próximo da Terra- , entrou em órbita em 15 de fevereiro de 2000 e aterrissou em sua superfície em 12 de fevereiro de 2001. Graças a ela, o Eros é hoje o asteroide mais conhecido pelos astrônomos.

Terra

vc repórter: jovens participam de acampamento espacial em SP

Alunos da Escola Antônio de Almeida Prado, de Iepê (SP), selecionados para participar do acampamento espacial. Foto: Sergio Maciel/vc repórter

Alunos da Escola Antônio de Almeida Prado, de Iepê (SP), selecionados para participar do acampamento espacial
Foto: Sergio Maciel/vc repórter


A cidade de São José dos Campos, no interior de São Paulo, recebe desde o último dia 23 o Space Camp, acampamento com tema espacial para jovens realizado pela Acrux, empresa de tecnologia, e pelos organizadores da Olímpiada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA). Cerca de 80 jovens participam do projeto, divididos em duas turmas.

O objetivo do acampamento é criar interesse nos jovens pelas atividades relacionadas ao espaço, utilizando atividades específicas como sondagem da atmosfera, uso de telescópios, orientação pelas estrelas, montagem de robôs com sucata e projeção de foguetes, incluindo o lançamento de um montado pelos alunos ao fim do acampamento. Também são realizadas diversas palestras sobre astronomia.

O evento conta com a participação de membros do Programa Espacial Brasileiro, como o ministro da Ciência e Tecnologia, Marco Antônio Raupp; o presidente da Associação Aeroespacial Brasileira, Paulo Moraes; e o astronauta Marcos Pontes, que realizou palestra no último dia 26.

O acampamento ocorre na chácara Jatiúca, em São José dos Campos. Realizada tradicionalmente nos Estados Unidos, a iniciativa brasileira deve ocorrer anualmente, durante as férias de final de ano.

O internauta Sergio Maciel, de Nantes (SP), participou do vc repórter, canal de jornalismo participativo do Terra. Se você também quiser mandar fotos, textos ou vídeos, clique aqui.

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