segunda-feira, 30 de abril de 2012

Foguete que levará nave à ISS é testado com sucesso nos EUA

A empresa americana SpaceX realizou com sucesso nesta segunda-feira o teste do foguete Falcon 9, que levará a nave Dragon em missão de carga à Estação Espacial Internacional (ISS), no próximo dia 7 de maio. O teste, de fato um acionamento estático dos nove motores principais do foguete, durou apenas dois segundos, mas permitiu aos engenheiros "realizar todos os processos de contagem regressiva, como se fosse o dia do lançamento", destaca a SpaceX em seu site.

O foguete foi testado em Cabo Cañaveral, Flórida, e "agora os engenheiros continuarão revisando tudo para os preparativos da próxima missão". SpaceX tem o objetivo de ser a primeira empresa privada a enviar sua propria nave espacial à ISS, algo que atualmente é feito apenas pelos governos de Rússia, Japão e Europa, já que os Estados Unidos encerraram seu programa de ônibus espaciais.

A nave Dragon também é capaz de levar humanos ao espaço e a SpaceX espera que a missão de carga abra caminho para um voo tripulado. No dia 7 de maio, a cápsula levará 521 kg de carga ao laboratório espacial e regressará com 660 kg de carga à Terra, segundo a Nasa.

AFP
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China lança novos satélites para ampliar sistema de navegação

A China lançou nesta segunda-feira dois novos satélites para ampliar a precisão de seu sistema de posicionamento global Beidou/Compass, que quer ser uma alternativa ao GPS americano, informou a agência oficial Xinhua.

Os dois satélites, o 12º e 13º da série Beidou, foram lançados da base espacial de Xichang, na província central de Sichuan. É a primeira vez que o país asiático lança ao mesmo tempo dois aparelhos com um só foguete propulsor.

A China deve mandar ao espaço outros três satélites para seu sistema de navegação durante este ano, a fim de completá-lo antes de 2020 com mais de 30 aparatos em órbita.

O sistema começou a operar em dezembro, após mais de dez anos de preparação, naquela que é uma das apostas mais ambiciosas do país asiático no setor da alta tecnologia.

O sistema foi desenvolvido pela China para aumentar a informação em setores como transporte, meteorologia, prospecções petrolíferas, controle de incêndios, prevenção de desastres, telecomunicações e segurança pública.

Apesar do empenho da China em ter seu "GPS autóctone", o país participa também do projeto simultâneo europeu Galileu com investimentos milionários. Outros países, como Rússia, Japão e Índia também estão desenvolvendo suas alternativas ao GPS, amplamente utilizado no mundo todo, inclusive na China.

EFE
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sábado, 28 de abril de 2012

vc repórter: asteroide HP13 passa a 761 mil km de distância da Terra

O asteroide 2012 HP13 passou pela Terra na sexta-feira (27) a uma distância de 761 mil km da superfície terrestre (equivalente a 1.98 distâncias lunares), segundo informações da Jet Propulsion Laboratory (JPL), da Nasa - a agência espacial americana.

Com cerca de 50 metros de diâmetro, o 2012 HP13 foi descoberto em 22 de abril e não ofereceu nenhum perigo em sua passagem.

Segundo a Nasa, a próxima passagem do asteroide pela Terra está marcada para o dia 23 de abril de 2013.

O internauta Ricardo Silva, de São Paulo (SP), participou do vc repórter, canal de jornalismo participativo do Terra. Se você também quiser mandar fotos, textos ou vídeos, clique aqui.

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sexta-feira, 27 de abril de 2012

Empresa construirá sonda de R$ 400 milhões para examinar o Sol

A Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês) anunciou ter firmado um contrato de US$ 400 milhões com uma empresa britânica de tecnologia para construir um satélite com vistas a examinar o Sol de uma proximidade nunca conseguida antes.

O Orbitador Solar, a ser construído pela Astrium UK, tem previsão de lançamento para janeiro de 2017 e se aproximará a 45 milhões de km do Sol, mais perto do que Mercúrio, seu planeta mais próximo.

O cientista encarregado do projeto, Daniel Mueller, afirmou que o satélite, medindo cerca de 8 m³, terá que resistir dez vezes o calor do sol em comparação com o que chega à Terra. "O satélite terá que ser equipado com um escudo maciço de calor que deverá ser capaz de suportar cerca de 500 graus centígrados no lado voltado para o Sol e deverá ter temperatura controlada na parte de trás para proteger seus sensíveis equipamentos eletrônicos", afirmou.

O escudo deverá ter cerca de 30 cm de espessura e poderá ser composto de titânio envolvido em uma chapa isolante ou composto de fibra de carbono. A nave espacial examinará o vento solar, um fenômeno que afeta as comunicações por satélite.

Também estudará os polos da estrela para compreender como o Sol gera seu campo magnético. O contrato com a Astrium, subsidiária da gigante de defesa EADS, é um dos maiores já feitos entre a ESA e uma empresa britânica, ressaltou um comunicado. Algumas companhias europeias fornecerão componentes, enquanto Estados Unidos e membros da ESA financiarão alguns equipamentos científicos.

"O Orbitador Solar é uma missão fantástica", disse Alvaro Gimenez Canete, diretor de ciência e exploração robótica da ESA. "Ele nos ajudará a compreender como o Sol, essencial para quase toda vida na Terra, forma a helioesfera ('bolha' magnética que cerca nosso sistema solar) e dá origem ao clima espacial, que pode ter enorme influência na nossa civilização moderna", acrescentou.

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Ônibus espacial Enterprise é aplaudido em último voo

O ônibus espacial Enterprise, um protótipo que jamais viajou ao espaço, chegou nesta sexta-feira a Nova York em um último voo espetacular, acoplado a um Boeing 747 modificado para este fim. Depois de sobrevoar a Estátua da Liberdade e os arranha-céus de Manhattan, acompanhado ao vivo pelos canais de televisão, a nave aterrissou no aeroporto John F. Kennedy no fim da manhã, de onde será levado para seu destino final, o Intrepid Sea, Air and Space Museum.

O sobrevoo da nave foi saudado por aplausos e assobios ao longo do rio Hudson, onde centenas de turistas e nova-iorquinos se mostraram emocionados com a ocasião. "Acho que é a coisa mais legal que já vi. Estou sem palavras", afirmou Leuinda Field, 37 anos, uma professor que levou seu filho de 3 anos para participar do momento.

O ônibus espacial e o Boeing deixaram Washington nesta sexta-feira, pela manhã. A nave foi concluída em 1976 para ser usada para testes de voo atmosférico, mas não numa missão no espaço, ao contrário dos demais cinco ônibus da frota.

Na ocasião, foi lançada num grande evento que contou com a participação dos atores de Jornada nas Estrelas (Star Trek), uma vez que Enterprise é o mesmo nome da nave espacial usada nas missões do capitão Kirk e sr. Spock, os heróis do seriado criado por Gene Roddenberry na década de 1960.

Depois, o Enterprise virou uma atração turística. "Várias semanas após a chegada, o Enterprise será desacoplado do 747 e colocado em uma barcaça que será puxada por rebocadores pelo rio Hudson ao Intrepid Sea, Air and Space Museum", informou a Nasa em um comunicado.

As viagens finais dos outros ônibus espaciais também atraíram uma multidão de fãs. O Discovery se tornou, no dia 19 de abril, o primeiro ônibus espacial da antiga frota da Nasa - com exceção do protótipo Enterprise - a entrar em um museu, com uma festa com honras militares que marcou o fim de um programa de três décadas de voos espaciais tripulados. O Discovery também realizou uma espetacular despedida sobrevoando a capital americana carregado por um Boeing 747, procedente da Flórida.

Nos próximos meses será a vez do Endeavour e do Atlantis. O Endeavour será levado do Central Espacial Kennedy para o California Science Center em Los Angeles. O Atlantis, que ainda está na Flórida, também será exibido no Kennedy Center.

Os outros dois ônibus espaciais da frota, o Challenger e o Columbia, foram destruídos em acidentes. O Challenger explodiu pouco depois do lançamento, em 1986, e o Columbia se desintegrou durante a reentrada na atmosfera, em 2003. Os dois desastres mataram todos os tripulantes a bordo. Com o encerramento do programa do ônibus espacial, em julho de 2011, a Rússia ficou como único país capaz de enviar astronautas ao espaço.

Ônibus espacial foi o primeiro, mas, como era um protótipo, nunca chegou ao espaço. Foto: AP

Ônibus espacial foi o primeiro, mas, como era um protótipo, nunca chegou ao espaço


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Agência Europeia mostra rio da Amazônia visto do espaço

A imagem de satélite mostra do rio Juruá adentrando a Floresta Amazônica . Foto: EFE

A imagem de satélite mostra do rio Juruá adentrando a Floresta Amazônica
Foto: EFE


A Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês) selecionou uma fotografia de satélite do rio Juruá adentrando a Floresta Amazônica como a imagem da semana. "Dado seu tamanho, a detecção remota é a melhor maneira de estudar a Bacia do Amazonas em grande escala, especialmente para avaliar a amplitude e o dano do desmatamento", disse a ESA em comunicado.

A imagem, capturada pelo satélite Envisat entre 2 de janeiro, 1º de fevereiro e 3 de março e processada pela ESA, mostra como o rio penetra em uma área, formando uma série de meandros em sua passagem.

A fotografia do Juruá, maior afluente do rio Amazonas, é uma das últimas imagens produzidas pelo Envisat, satélite sobre o qual a ESA perdeu controle em 8 de abril sem ainda ter conseguido recuperá-lo.

Rio Juruá
O Juruá é um dos maiores afluentes do rio Amazonas, que flui lentamente entre a floresta, atravessando a Bacia Amazônica - que têm alguns dos maiores rios do mundo. O sensoriamento remoto, segundo especialistas, é uma das maneiras mais eficientes de estudar a região, inclusive para avaliar a extensão e os danos causados pelo desmatamento.

Os Estados do Acre e Amazonas são banhados pelo Juruá, que nasce no Peru. Em seguida, o rio atravessa o Acre e deságua no rio Solimões. É utilizado como hidrovia por várias comunidades da região, que não dispõem de rodovias. Nas margens do Rio Juruá ficam as cidades de Eirunepé, no Amazonas, e Cruzeiro do Sul, no Acre, entre outras.

Com informações da Agência Brasil.

http://noticias.terra.com.br/ciencia/noticias/0,,OI5742340-EI301,00-Agencia+Europeia+mostra+rio+da+Amazonia+visto+do+espaco.html#tphotos

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vc repórter: asteroide 'gigante' passa próximo à Terra após 12 anos

O asteroide 4183 Cuno, descoberto em 1959, passará próximo à Terra após 12 anos. O Cuno possui diâmetro estimado entre 3,5 km e 7,8 km, muito acima da média deste tipo de corpo celeste que costuma se aproximar do planeta. A passagem ocorrerá no próximo dia 20 de maio.

De acordo com o Jet Propulsion Laboratory (JPL), da Nasa - a agência espacial americana - o asteroide passará a 47,4 LD (distâncias lunares) da Terra, cerca de 18 mi de km. O JPL é o órgão que coordena esforços da Nasa para detectar, rastrear e caracterizar asteroides potencialmente perigosos e cometas que se aproximam da Terra.

O 4183 Cuno possui magnitude 14,4 e viaja a cerca de 14,4 km/s. Não há risco de colisão com a Terra. No dia 22 de dezembro de 2000, última vez que passou perto do planeta, ele viajava a 21,1 km/s.

A próxima passagem do 4183 Cuno próximo à órbita terrestre está prevista para o dia 8 de dezembro de 2014. O asteroide foi descoberto em 1959 por Cuno Hoffmeister, astrônomo alemão, em análise realizada na cidade de Bloemfontein, na África do Sul

O internauta Marcos Cares Clemente, de Indaiatuba (SP), participou do vc repórter, canal de jornalismo participativo do Terra. Se você também quiser mandar fotos, textos ou vídeos, clique aqui.

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Astronautas retornam à Terra após 6 meses na Estação Espacial

Pouso de sucesso, diz mensagem do TSOUP nas câmeras de controle, quando a cápsula tocou o solo. Foto: AFP

"Pouso de sucesso", diz mensagem do TSOUP nas câmeras de controle, quando a cápsula tocou o solo
Foto: AFP


Três astronautas - os russos Anton Chklaperov e Anatoli Ivanichin e o americano Dan Burbank - retornaram nesta sexta-feira à Terra depois de uma missão de seis meses na Estação Espacial Internacional (ISS), anunciou o Centro Russo de Controle dos Voos Espaciais (TSOUP).

"Pouso de sucesso", afirma uma mensagem do TSOUP nas câmeras de controle, quando a nave espacial Soyuz tocou a terra às 11h45 GMT (8h45 de Brasília) no Cazaquistão.

Pouco depois da aterrissagem, os astronautas apareceram em boa forma e sorridentes diante das câmeras. Depois de sair da cápsula Soyuz, os três astronautas foram envolvidos por um cobertor azul, enquanto os médicos iniciavam os primeiros exames.

O russo Anton Chklaperov foi o primeiro a sair, seguido por Ivanichin e pelo americano Dan Burbank. Os três haviam decolado do cosmódromo de Baikonur para a ISS em 14 de novembro de 2011.

A nova missão para a estação orbital decolará em 15 de maio do mesmo cosmódromo no Cazaquistão. Atualmente, a ISS conta com as presenças do russo Oleg Kononenko, do americano Don Pettit e do holandês André Kuipers.

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'Atacada' pelo Sol, nave pode ajudar missão tripulada a Marte

Gráfico mostra em verde rota da nave rumo a Marte. Foto: Nasa/Divulgação

Gráfico mostra em verde rota da nave rumo a Marte
Foto: Nasa/Divulgação


Marte é um dos grandes - senão o grande - alvo da pesquisa espacial. Após o plano do presidente americano Barack Obama de mandar astronautas ao planeta vermelho, cada vez mais pesquisas e estudos se juntam aos já existentes para tentar descobrir se é possível chegar ao nosso vizinho. Contudo, nós já visitamos o solo marciano há décadas, mas não presencialmente. E a próxima sonda já está a caminho - faltam apenas 100 dias para o fim da viagem.

Astronomia de A a Z: saiba o que é uma supernova e mais
Sonda vai explodir e triturar em busca de vida em Marte

A Curiosity segue na nave Mars Science Laboratory, lançada em 26 de novembro de 2011 em um foguete Atlas V, da Nasa - a agência espacial americana. Curiosamente, no meio do trajeto o equipamento sofreu uma experiência que pode ajudar no projeto de levar o homem a Marte.

A espaçonave foi alvejada diretamente por uma tempestade solar X-2 (na escala "Richter" do Sol, as tempestades X são as mais poderosas). Foi uma fuzilada de elétrons e prótons de altíssima energia que viajaram próximos à velocidade da luz - na Terra, essas partículas formam as auroras boreais e austrais. Ao atingir os escudos externos da nave, espatifaram moléculas e átomos em seu caminho, o que produziu uma segunda onda de energia.

E é essa radiação cósmica uma das maiores preocupações em uma viagem interplanetária. Astronautas podem acabar torrados pelos prótons do Sol ou por raios de uma supernova ou de um buraco negro. A boa notícia para a exploração espacial é que a sonda resistiu a toda esse bombardeio do Sol. A segunda boa notícia é que é a primeira que tem um equipamento para medir a radiação recebida (chamado de RAD). Contudo, não conseguimos saber com precisão como essa radiação atuou dentro da nave.

"Mesmo supercomputadores têm problemas em calcular o que exatamente ocorre quando raios cósmicos de alta energia e partículas energéticas solares atingem os escudos de uma espaçonave. Uma partícula atinge outra; fragmentos voam; os fragmentos atingem uns aos outros e batem em outras moléculas", diz um artigo da própria Nasa.

Mas sabemos que serão muitos os dados recebidos e analisados pelo RAD durante a viagem. Afinal, o Sol está em uma temporada de poderosas tempestades que deve durar ainda alguns anos. Além disso, diversas partículas de outras fontes varrem o Sistema Solar com frequência e devem - ou até já atingiram a Curiosity. E tudo isso vira know how para os cientistas. Aliás, a Nasa afirma que espera que o equipamento seja atingido. E ainda faltam 100 dias para isso.

Curiosity
A sonda é não apenas a mais moderna, mas também a mais bem equipada a já chegar a Marte. São 10 instrumentos científicos que deixam o robô 10 vezes mais pesado e com o dobro do comprimento que as sondas Spirit e Opportunity, lançadas em 2003.

Ao contrário das irmãs mais velhas, a Curiosity é capaz de colher (após pulverizar, triturar e/ou "explodir" com um laser) amostras de solo e rocha e analisá-las em um "laboratório" interno - ou com suas muitas câmeras e espectrômetros (equipamento que analisa o espectro eletromagnético).

Segundo o Laboratório de Propulsão a Jato (JPL, na sigla em inglês), da Nasa, o robô é capaz de passar por obstáculos de até 65 cm de altura e percorrer até 200 m por dia no terreno marciano. Um gerador radioativo, alimentado por plutônio-238, vai produzir energia suficiente para um ano marciano (687 dias da Terra), tempo previsto para a missão.

O local onde a sonda vai pousar não foi escolhido ao acaso. A cratera Gale seria um dos locais potencias para a existência de vida em Marte. Contudo, a sonda não foi projetada para determinar se existe - ou existiu - vida no planeta, já que não carrega instrumentos para registrar processos biológicos nem registrar imagens microscópicas. A ideia é preparar o terreno para futuras missões com esses objetivos e até para uma possível missão tripulada.

Terra

Três astronautas retornam da ISS nesta sexta-feira

Os astronautas russos Anton Chklaperov e Anatoli Ivanichin e o americano Dan Burbank retornarão nesta sexta-feira à Terra depois de uma missão de seis meses na Estação Espacial Internacional (ISS), informou o Centro Russo de Controle de Voos Espaciais (TSOUP).

A cápsula Soyuz TMA-22 desacoplou da ISS e tem previsão de pouso no Cazaquistão às 11H45 GMT (8H45 de Brasília).

Os três serão substituídos por uma nova tripulação que partirá em 15 de maio do cosmódromo russo de Baikonur para unir-se ao russo Oleg Kononenko, ao americano Don Pettit e ao holandês André Kuipers, atuais ocupantes da ISS.

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quinta-feira, 26 de abril de 2012

Cientistas descobrem estruturas em forma de espiral em Marte

Estranhas estruturas descobertas em Marte podem responder origem dos canais marcianos. Foto: AP

Estranhas estruturas descobertas em Marte podem responder origem dos canais marcianos
Foto: AP


A região dos Vales de Athabasca, em Marte, desperta a curiosidade de cientistas há anos. Os estranhos canais da região levaram a discussões sobre como foram formados - alguns diziam que por gelo, outros, por vulcões. Agora, cientistas da Universidade do Estado do Arizona, nos Estados Unidos, afirmam ter descoberto estranhas espirais na região que, segundo eles, só podem ter sido formadas por lava. O estudo foi divulgado nesta quinta-feira no site da revista especializada Science e estará na edição de amanhã da publicação.

Os pesquisadores identificaram através de um satélite na órbita marciana 269 espirais na região, que variam entre 5 e 30 m de diâmetro e que, segundo eles, combinam com formas parecidas que ocorrem no solo da Terra e são formadas por lava. Estruturas parecidas são encontradas no Havaí e em regiões submarinas do Pacífico, próximo das ilhas Galápagos.

Por outro lado, as formas não batem com aquelas produzidas pelo gelo. As placas, espirais e até polígonos que se formam na região costumam ser de origem vulcânica. Além disso, a região é muito próxima do equador marciano, o que dificultaria a presença de gelo na região.

"Não temos certeza se essas espirais de lava ocorrem em outras regiões de Marte. (...) Elas se infiltram em qualquer lugar ou este é literalmente o único ponto onde ocorrem? De qualquer modo, elas vão levantar questões interessantes", diz Andrew Ryan, autor do estudo, ao site da revista New Scientist.

Terra

vc repórter: asteroide recém-descoberto se aproxima da Terra

O asteroide 2012 HM, descoberto no início deste ano pela Nasa - a agência espacial americana - se aproximará da Terra no próximo sábado, 28. Ele passará a 1,4 LD (distâncias lunares) do planeta, o que significa aproximadamente 540 mil km. Em termos espaciais, uma distância considerada pequena.

Com diâmetro estimado entre 41m e 92m, o asteroide viaja pelo espaço a 6,45 km/s. O cálculo é feito pelo Jet Propulsion Laboratory (JPL), o órgão que coordena esforços da Nasa para detectar, rastrear e caracterizar asteroides potencialmente perigosos e cometas que se aproximam da Terra.

Pouco mais de duas horas antes de alcançar a menor distância da Terra, ele se aproximará da lua a cerca de 375 mil km. Não há possibilidade de impacto nem com o a Terra nem com a lua. No começo de abril, o asteroide 2012 FA57 passou a cerca de 420 mil km do planeta.

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quarta-feira, 25 de abril de 2012

Cientistas criam simulador para compreender física quântica

Cientistas do Instituto Nacional de Padrões e Tecnologia (NIST) dos Estados Unidos criaram um simulador quântico que pode ajudar a compreender as propriedades de materiais magnéticos. Muitos fenômenos importantes da Física não são bem compreendidos porque dependem da mecânica quântica, a física do infinitamente pequeno, regida por leis diferentes das do mundo visível.

Os computadores clássicos, até mesmo os melhores, são incapazes de simular sistemas quânticos. Por isso precisam de instrumentos mais precisos para compreender materiais como os supercondutores de alta temperatura, cujas propriedades dependem, segundo se acredita, do comportamento quântico de centenas de partículas.

O simulador concebido pelos físicos do NIST, apresentado nesta quarta-feira em artigo publicado na revistaNature, explora duas propriedades quânticas: a "superposição" (o fato de uma partícula quântica poder se apresentar em dois estados diferentes ao mesmo tempo) e a "intrincação" (o fato de que partículas separadas fisicamente podem estar estreitamente interligadas).

O simulador pode fazer interações entre centenas de bits quânticos (cubits), "10 vezes mais do que os dispositivos anteriores", destacou o NIST em um comunicado. O bit é a parte da informação mais elementar compreensível para um computador atualmente. No mundo quântico, esta unidade básica de denomina cubit. Pode ter valor 1 ou 0, como um bit, mas também possuir estes dois valores ao mesmo tempo, o que o habilita a fazer incontáveis cálculos simultâneos.

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Nasa: novo motor de foguete está pronto para segunda série de testes

O motor J-2X em 2008 durante testes feitos pela Nasa. Foto: Nasa/Divulgação

O motor J-2X em 2008 durante testes feitos pela Nasa
Foto: Nasa/Divulgação


O motor da próxima geração que vai ajudar a carregar humanos ainda mais longe no espaço está de volta, maior e melhor. O J-2X está atualmente passando por uma bateria de testes no Centro Espacial Stennis da Nasa, no Mississipi, Estados Unidos, para trabalhar nos testes que tiveram resultado positivo no ano passado. O motor vai oferecer energia superior para o Sistema de Lançamento Espacial (SLS, na sigla em inglês) da Nasa, será praticamente um novo foguete mais forte, capaz de cumprir missões em um espaço ainda mais longe.

"Estamos progredindo constante e tangivelmente em nosso novo foguete que lançará astronautas em jornadas com destinos longínquos no sistema solar", afirmou o administrador da Nasa, Charles Bolden, que recentemente visitou o Centro Stennis e viu o J-2X em fase de testes. "Conforme seguimos com os testes do motor J-2X e incontáveis outros trabalhos para abrir um novo e ótimo capítulo de exploração, estamos demonstrando nosso compromisso neste momento com a liderança continua da América no Espaço".

Segundo o site da Nasa, a agência espacial conduziu uma bateria inicial de testes ao nível do mar no ano passado, no primeira tentativa de desenvolvimento do motor. A segunda série de testes vai simular condições de altitude elevada onde a pressão atmosférica é mais baixa. O SLS usará os motores J-2X na segunda etapa do voo, depois que a primeira fase for descartada.

Uma série com um total de 16 testes está programada para ser concluída até o final do ano.

Terra

Telescópio da Nasa encontra galáxia com dupla personalidade

Enquanto algumas galáxias são redondas e outras têm o formato de um disco fino como o espiral Milky Way, novas observações do Telescópio Splitzer da Nasa mostram que a galáxia Sombrero consegue ter ambas as formas. Ela é redonda, oval com um fino disco no seu interior, e é uma das primeiras galáxias conhecidas por exibir tais características. As pesquisas vão permitir esclarecimentos da evolução galáctica, um assunto ainda não muito entendido atualmente.

"A Sombrero é mais complexa do que pensávamos antes", diz Dimitri Gadotti, do Observatório Europeu do Sul, no Chile. "A única maneira de entender tudo que sabemos sobre esta galáxia é pensando nela como se fossem duas, uma dentro da outra", afirma.

Segundo o site da Nasa, a galáxia Sombrero, também conhecida como NGC 4594, está localizada a 28 milhões de anos-luz na constelação de Virgem. Do nosso ponto de vista na Terra, podemos ver a fina borda de seu disco "achatado" e uma protuberância de estrelas, fazendo com que seja semelhante a uma aba de chapéu.

"O Splitzer está ajudando a desvendar os segredos por trás de um objeto que foi imaginado milhares de vezes", afirma Sean Carey, do Centro de Ciência Splitzer da Nasa, no Instituto de Tecnologia em Pasadena, Califórnia.

O telescópio da Nasa consegue capturar diferentes cenários da galáxia, o que outros tipos de telescópio não são capazes de fazer. Em cenários visíveis, a galáxia parece estar imersa em uma auréola, a qual cientistas chegaram a pensar que era relativamente leve e pequena. Com a visão infravermelha do Splitzer, uma visão diferente aparece, mostrando estrelas mais antigas em meio à poeira e revelando que a auréola tem o tamanho e massa certos para ser uma galáxia elíptica gigante.

Pesquisadores acreditam que os resultados deste estudo podem ajudar a entender melhor como as galáxias se desenvolvem. Outra galáxia, chamada Centaurus A, também parece ser elíptica, com um disco em seu interior. Porém, seu disco não contém muitas estrelas. Astrônomos especulam que a Centaurus A poderia estar em um estágio mais precoce de evolução que a Sombrero, podendo eventualmente ser semelhante à ela.

Terra

Japão: conjunto de galáxias mais longínquo do espaço é descoberto

Astrônomos japoneses anunciaram nesta quarta-feira a descoberta de um conjunto de galáxias há 12,72 bilhões de anos-luz de distância da Terra, o que alegam ser o mais longínquo já encontrado.

Usando um poderoso telescópio baseado no Havaí, a equipe fez uma viagem no tempo, observando o espaço como era cerca de um bilhão de anos após oBig Bang, a grande explosão que deu origem ao universo. "Isto mostra que um agrupamento de galáxias já existia nos estágios mais remotos do universo, quando ainda tinha menos de um bilhão de anos de sua história de 13,7 bilhões de anos", anunciaram os astrônomos em um comunicado.

A descoberta foi feita em conjunto por cientistas da estatal Universidade de Estudos Avançados e do Observatório Astronômico Nacional do Japão, usando o Telescópio Subaru do Havaí. Eles encontraram um "protocluster de galáxias", que deve ajudar os cientistas a compreender a estrutura do universo e como as galáxias se desenvolveram. A pesquisa será publicada no periódico americano Astrophysical Journal.

Usando o telescópio Hublle, da Nasa, os cientistas tinham anunciado anteriormente a descoberta de um possível conjunto de galáxias cerca de 13,1 bilhões de anos-luz distante da Terra, mas esta ainda não foi confirmada, segundo os cientistas japoneses.

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Terra e Lua foram atingidas por mais e maiores asteróides, revela estudo

Há aproximadamente 3,8 bilhões de anos, a Terra e a Lua receberam impacto de inúmeros asteróides gigantes, maiores do que os que extinguiram os dinossauros, e durante um período mais longo do que se achava, informou nesta quarta-feira a revista científica "Nature".

"Descobrimos que asteróides gigantes, similares ou maiores aos que acabaram com os dinossauros, se chocaram contra a Terra com muito mais frequência do que se pensava", explicou à Agência Efe o astrofísico William Bottke, do Southwest Research Institute (Colorado, EUA.).

Autor de um dos dois artigos publicados na última edição da "Nature", sobre o impacto dos meteoritos, Bottke defende que ao cerca de 70 asteróides de grandes dimensões impactaram contra a Terra durante o período Arqueano, que está compreendido entre 2,5 bilhões e 3,8 bilhões de anos atrás. Segundo Bottke, esses asteróides também atingiram a Lua.

"Nosso trabalho sugere que o Arqueano, um período de formação da vida e de nossa biosfera, foi também uma época marcada por muitos impactos de meteoritos de grande magnitude. Isto nos ajudará a entender melhor os primeiros períodos da história da vida na Terra", declarou Bottke.

Já Brandon Johnson, da Universidade de Purdue (Indiana, EUA.), argumenta que estes violentos impactos tiveram um papel maior do que imaginávamos na evolução das primeiras formas de vida terrestre.

"Apesar de sempre pensarmos nos meteoritos como um detrimento para a vida, eles poderiam ter contribuído para a formação da mesma ao trazer material orgânico à Terra e produzir sistemas hidrotermal capazes de gerar vidas", detalhou Johnson à Agência Efe.

As descobertas de ambos os cientistas respaldam o "Modelo de Nice", uma hipótese que defende que os planetas gigantes gasosos do Sistema Solar (Júpiter, Saturno, Urano e Netuno) migraram a partir de uma distribuição inicial mais compacta até suas atuais posições.

O deslocamento destes planetas originou muitos asteróides, que, posteriormente, se viram atraídos em direção ao interior do Sistema Solar. Alguns destes asteróides impactaram violentamente contra a Terra, a Lua e outros corpos, um fenômeno conhecido como bombardeio intenso tardio.

"Estes impactos geraram grandes crateras sobre a superfície lunar, que, por sinal, foram conservados muito melhor do que as da Terra. Esse fato pode apresentar uma grande quantidade de informações e compreender melhor este fenômeno", explicou Bottke.

No total, os cientistas contabilizaram na Lua 30 crateras com um diâmetro maior que 300 quilômetros e com idades que oscilam entre os 4.1 bilhões e os 3.8 bilhões de anos, mais antigos que as crateras encontradas na Terra.

Muitas crateras da superfície terrestre se perderam por causa da erosão e dos movimentos das placas tectônicas, sendo que poucas rochas dessa era sobreviveram e, por isso, os estudos de impacto de meteoritos há mais de 2 bilhões de anos possui uma maior dificuldade.

No entanto, o choque desses meteoritos fundiu algumas das rochas salpicadas que se esfriaram até se transformar em pequenos pedaços de vidro, denominadas esférulas. A partir dessas amostras, Bottke e Johnson estimaram a data do impacto, além do número e do tamanho dos asteróides.

Existem aproximadamente 20 jazidas de esférulas na Terra, que, segundo os especialistas, serão de grande utilidade para futuros.

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