sábado, 29 de setembro de 2012

Segundo satélite venezuelano é lançado com sucesso da China


O segundo satélite venezuelano foi lançado com sucesso e diante de representantes do Ministério do Poder Popular para Ciência, Tecnologia e Inovação .... Foto: AP
O segundo satélite venezuelano foi lançado com sucesso e diante de representantes do Ministério do Poder Popular para Ciência, Tecnologia e Inovação venezuelano e da Agência Bolivariana para Atividades Espaciais
Foto: AP

O segundo satélite venezuelano, batizado de Miranda, foi lançado neste sábado em ótimas condições meteorológicas do centro espacial de Jiuquan, na província chinesa de Gansu, segundo informou a televisão oficial do país asiático.
A operação aconteceu por volta das 12h local (1h de Brasília). A base de Jiuquan fica em uma zona desértica da antiga Rota da Seda e este é o segundo lançamento que a Venezuela realiza na China.
Em 29 de outubro de 2008, o primeiro satélite venezuelano, o Simón Bolívar, foi lançado da base de Xichang. O Miranda terá como missão realizar observações relacionadas ao planejamento urbano, operações militares e luta contra mineração e cultivos ilegais.
O segundo satélite venezuelano foi lançado com sucesso e diante de representantes do Ministério do Poder Popular para Ciência, Tecnologia e Inovação venezuelano e da Agência Bolivariana para Atividades Espaciais.
Também estavam presentes na base a embaixadora da Venezuela em Pequim, Rocío Maneiro, assim como diplomatas de outros países latino-americanos.
Aos três minutos do lançamento, o satélite começou o processo de separação do foguete propulsor, também sem incidentes. Em Caracas, o lançamento foi transmitido em telões gigantes e presenciado por uma multidão.
A operação foi realizada a nove dias das eleições presidenciais. A construção do aparelho foi responsabilidade da empresa tecnológica chinesa CGWIC, dependente da Corporação Aeroespacial da China, e que também fabricou o Simón Bolívar.
EFE
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Chávez vai à praça para acompanhar lançamento de satélite


Candidato à reeleição, Chávez aproveitou a ocasião para pedir votos . Foto: EFE
Candidato à reeleição, Chávez aproveitou a ocasião para pedir votos
Foto: EFE

O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, apareceu nesta sexta-feira de surpresa em uma praça de Caracas, onde centenas de pessoas se reuniram para assistir pela televisão ao lançamento do segundo satélite do país, que está sendo realizado na China, e aproveitou a ocasião para pedir votos.
O presidente entrou a pé pelo acesso principal da praça, avançando com dificuldade entre a multidão, que observava com espanto o líder, que chegou no momento em que uma banda de ska fazia um show.
"Me disseram que havia um pouco de gente na Praça dos Museus, mas jamais imaginei que tivesse tal agitação de jovens. Eu só vim cumprimentá-los um minuto, mas me custou muito entrar", comentou Chávez no palco onde estava o grupo, que parou de tocar para que ele falasse.
A nove dias das eleições presidenciais, Chávez fez alarde sobre suas quebras de protocolo e pediu votos para sua terceira reeleição. O ato na praça foi organizado pelo governo mas a participação do presidente não estava prevista.
"Esta noite lançamos o satélite Miranda. Gostaria de felicitar a juventude científica, os artistas, os estudantes", disse Chávez, acompanhado do ministro de Ciência e Tecnologia, Jorge Arreaza, que também é seu genro.
"Isso só é possível na revolução, por isso amigo, em 7 de outubro vence Chávez", manifestou o presidente para um público que o apoiava e gritava seu nome.
A Venezuela lançará da China seu segundo satélite, o "Francisco de Miranda", que terá como objetivo principal realizar observações relacionadas ao planejamento urbano, deslocamento de força militar, detecção de recursos naturais e de atividades ilícitas como mineração ou cultivos ilegais.
A entrada em órbita é responsabilidade da CGWIC, a única empresa chinesa do setor espacial e dependente da Corporação Aeroespacial da China, que também construiu o outro satélite venezuelano, o "Simón Bolívar", enviado ao espaço em outubro de 2008.
EFE
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quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Curiosity acha resquícios de possível rio em Marte


Segundo a Nasa, esta rocha é na verdade formada por pequenos fragmentos fundidos. Foto: Nasa/JPL-Caltech/MSSS/Divulgação
Segundo a Nasa, esta rocha é na verdade formada por pequenos fragmentos fundidos
Foto: Nasa/JPL-Caltech/MSSS/Divulgação

A sonda Curiosity, da Nasa, encontrou indícios de que o local do seu pouso em Marte já esteve cheio de água, elemento considerado crucial para a possibilidade de ter havido vida no planeta, disseram cientistas nesta quinta-feira. As informações são das agência Reuters e AFP
A Curiosity, um laboratório móvel completo, do tamanho de um carro pequeno, pousou em 6 de agosto dentro de uma depressão próxima ao equador marciano. Análises de uma lasca de pedra encontrada nos arredores indicam que ali já houve uma corredeira.
Imagens enviadas pela sonda e divulgadas nesta quinta-feira mostram pedras arredondadas incrustadas na rocha. Rebecca Williams, cientista ligada ao projeto, disse que essas pedras são grandes demais para terem sido transportadas pelo vento. "O consenso da equipe científica é que são seixos transportados pela água em um riacho vigoroso", disse ela. Acredita-se, portanto, que a rocha tenha estado no leito de um antigo rio com profundidade 10 a 50 cm.
Os tamanhos e as formas destas pedras dão uma ideia de velocidade e distância do fluxo desta corrente, segundo os cientistas. "A partir do tamanho do cascalho, se pode inferir que a água fluiu a 0,91 metro por segundo", disse William Dietrich, da Universidade da Califórnia, um dos cientistas da missão. Dietrich acredita que o rio possa ter chegado a 1 m.
A forma arredondada de algumas destas rochas indicam que foram transportadas por longas distâncias da parte superior da bacia, onde um "canal" chamado "Peace Vallis" se unia à corrente aluvial. "A forma deste cascalho indica que foi transportado e o tamanho confirma que não foi arrastado pelo vento, mas pelo fluxo d'água", disse Rebecca.
A abundância de canais na bacia aluvial sugere que estes fluxos d'água foram contínuos ou repetidos durante um longo período de tempo e não ocasionais ou de alguns poucos anos, explicaram os cientistas. Já tinham sido observadas provas da presença de água em Marte no passado, mas nunca tinham sido detectados sedimentos deixados pela água, afirmaram.
A sonda se dirige agora a uma área conhecida como Glenelg, onde três tipos diferentes de rocha se encontram. Os cientistas ainda não decidiram se a lasca de rocha merece uma análise química, ou se há alvos mais adequados para que a Curiosity procure elementos constitutivos da vida e os minerais que os preservariam.
"A questão da habitabilidade vai além da simples observação da água de Marte", disse o cientista John Grotzinger, do Instituto de Tecnologia da Califórnia. "Certamente a água corrente é um lugar onde micro-organismos poderiam ter vivido. Esse tipo em particular de rocha pode ou não ser um bom lugar para preservar esses componentes que associamos a um ambiente habitável", afirmou.
O Laboratório Curiosity de Ciência em Marte custou US$ 2,5 bilhões e é a primeira missão de astrobiologia da Nasa desde as sondas Viking, na década de 1970.
http://noticias.terra.com.br/ciencia/noticias/0,,OI6185802-EI301,00-Curiosity+acha+resquicios+de+possivel+rio+em+Marte.html#tphotos
Terra

Cometa poderá brilhar tanto quanto a Lua Cheia em 2013


Em 2011, cometa Lovejoy foi um espetáculo para os astrônomos. Foto: ESO/Divulgação
Em 2011, cometa Lovejoy foi um espetáculo para os astrônomos
Foto: ESO/Divulgação

Os astrônomos russos Vitali Nevski e Artyom Novichonok descobriram um cometa que passará próximo à Terra em 2013 e pode ser um dos mais brilhantes já observados - possivelmente 1 mil vezes mais brilhante que Vênus e quase tanto quando a Lua Cheia. As informações são do site da TV CBC.
Os russos encontraram o objeto, que está antes da órbita de Júpiter, na semana passada. No final de novembro do ano que vem ele passará a cerca de 1,1 milhão de km da superfície visível do Sol, o que pode significar o fim para o cometa. Os astrônomos acreditam que ele será facilmente visto durante meses no hemisfério norte, enquanto se aproxima da nossa estrela. Na parte debaixo do Equador, a visão fica mais complicada - somente parte da cauda poderá ser vista em algumas regiões.
Malcolm Hartley, do Observatório Astronômico do Austrália, conta ao site que não dá para ter certeza de como vai ser o cometa. "Pode ser deslumbrante ou um completo fiasco, esse é o problema em cometas como este."
Se sobreviver à passagem pelo Sol, o objeto deve chegar a 60 milhões de km da Terra em 26 de dezembro de 2013. Acredita-se que ele se originou na Nuvem de Oort e Hartley afirma que existe uma pequena possibilidade de ele já ter passado por aqui antes. "Teve um grande cometa em 1680 com uma órbita muito similar a este."
Terra

Estudo descobre estrutura de jatos de buraco negro


Um estudo que envolveu instituições de diversos países (dos Estados Unidos a Taiwan) conseguiu observar pela primeira vez a estrutura de jatos que são emitidos por um buraco negro supermassivo no centro de uma galáxia. Segundo os pesquisadores, as observações indicam que esses buracos negros estão girando e a matéria que cai dentro deles gira no mesmo sentido. O estudo foi divulgado nesta quinta-feira na Science, da Associação Americana para o Avanço da Ciência (AAAS, na sigla em inglês).
Acredita-se que esses jatos são emitidos devido à queda de matéria nos buracos negros através de um disco de acreção. Eles se estendem por milhares de anos-luz e podem ter grande influência na evolução das galáxias.
Segundo os pesquisadores, uma recente medida da massa e a posição do buraco negro no centro da galáxia M87 permitiram a melhor oportunidade já conhecida para fazer esse tipo de estudo. Os astrônomos usaram quatro telescópios - no Havaí, Arizona e dois na Califórnia - para poder fazer o registro.
A união dos quatro instrumentos permitiu aos cientistas ter resolução suficiente para registrar a base de um jato em M87. O que mais chamou a atenção é que a base, o ponto de partida das moléculas ejetadas, era muito pequena - tão pequena que, de acordo com a teorias da geração desses jatos, o buraco negro teria que estar rodando, e a matéria que o orbita teria que seguir no mesmo sentido.
O estudo ajuda a entender melhor esses jatos - que os cientistas acreditam ter papel importante em reprocessar a matéria e energia do centro das galáxias para sua periferia. Os pesquisadores acreditam que entender como esses jatos extraem energia da região do buraco negro pode ajudar a elucidar como as galáxias evoluem.
Simulações mostram jatos do buraco negro supermassivo do centro da galáxia M87. As imagens mostram modelos para três frequências diferentes - de 0,5 a .... Foto: Avery E. Broderick/University of Waterloo/Perimeter Institute/Divulgação
Simulações mostram jatos do buraco negro supermassivo do centro da galáxia M87. As imagens mostram modelos para três frequências diferentes - de 0,5 a 0,99 vezes o limite teórico para a velocidade de rotação de um buraco negro

Terra

ESO divulga imagem detalhada de maternidade de estrelas


Na imagem, uma vista detalhada da cabeça da Nebulosa da Gaivota . Foto: ESO/Divulgação
Na imagem, uma vista detalhada da cabeça da Nebulosa da Gaivota
Foto: ESO/Divulgação

Uma nova imagem obtida no Observatório de La Silla do ESO mostra parte de uma maternidade estelar conhecida como a Nebulosa da Gaivota. Esta nuvem de gás, cujo nome formal é Sharpless 2-292, parece ter a forma de uma cabeça de gaivota e brilha intensamente devido à radiação emitida por uma estrela jovem muito quente que se situa no centro. A imagem detalhada foi obtida pelo instrumento Wide Field Imager montado no telescópio MPG/ESO de 2,2 metros, instalado no Chile.
As nebulosas encontram-se entre os objetos visualmente mais impressionantes do céu noturno. São nuvens interestelares de poeira, moléculas, hidrogênio, hélio e outros gases ionizados, onde novas estrelas nascem. Embora estas nebulosas apresentem diferentes formas e cores, muitas partilham uma característica comum: quando observadas pela primeira vez, as suas formas estranhas e evocativas fazem disparar a imaginação dos astrônomos, que lhes dão nomes curiosos. Esta região dramática de formação estelar, a qual se deu o nome de Nebulosa da Gaivota, não é exceção.
Esta nova imagem mostra a parte da cabeça da Nebulosa da Gaivota. É apenas uma parte de uma nebulosa maior conhecida formalmente como IC 2177, que abre as suas asas e se parece com uma gaivota em pleno voo. Esta nuvem de gás e poeira situa-se a cerca de 3.700 anos-luz de distância da Terra. O pássaro inteiro vê-se melhor em imagens de campo amplo.
A nebulosa situa-se na fronteira entre as constelações do Unicórnio e do Cão Maior, próximo de Sirius, a estrela mais brilhante do céu noturno. O complexo de gás e poeira que forma a cabeça da gaivota brilha intensamente no céu devido à forte radiação ultravioleta emitida principalmente por uma estrela brilhante jovem - HD 53367 - a qual pode ser vista no centro da imagem e que poderia ser considerada como o olho da gaivota.
A radiação emitida pelas estrelas jovens faz com que o hidrogênio gasoso circundante se transforme numa região HIH, brilhando em um vermelho vivo. A radiação emitida pelas estrelas azuis-esbranquiçadas é dispersada pelas pequenas partículas de poeira da nebulosa, criando um nevoeiro azul contrastante, em algumas partes da imagem.
Embora um pequeno nódulo brilhante do complexo da Nebulosa da Gaivota tenha sido observado pela primeira vez pelo astrônomo germano-britânico William Herschel em 1785, a parte que aqui se mostra teve que aguardar a descoberta fotográfica cerca de um século mais tarde.
Por acaso, esta nebulosa situa-se no céu perto da Nebulosa do Elmo de Thor (NGC 2359), a qual ganhou o recente concurso do ESO "Escolha o que o VLT vai observar". Esta nebulosa, com a sua forma distinta e nome incomum, foi escolhida como o primeiro objeto selecionado pelo público para ser observada pelo Very Large Telescope do ESO. Estas observações farão parte das celebrações do dia do 50º aniversário do ESO, em 5 de outubro de 2012.
Terra

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Estátua de nazistas foi esculpida em meteorito de 15 mil anos


Uma estátua budista levada do Tibet para a Alemanha em 1938 por uma equipe enviada por nazistas para buscar "as raízes da raça ariana" foi esculpida há mil anos em um pedaço de meteorito, revelaram os cientistas encarregados de sua análise.
A estátua batizada de "O homem de ferro" pesa mais de 10 kg e mede 24 cm de altura. Acredita-se que representa o deus Vaisravana, uma importante figura do budismo. Em 1938, uma expedição de cientistas alemães enviadas pelo governo nazista para descobrir a origem da chamada "raça ariana" descobriu esta estátua, que tem uma cruz suástica no ventre, e a levou para a Alemanha.
Uma equipe do Instituto de Estudos dos Planetas da Universidade de Stuttgart, dirigida por Elmar Buchner, analisou a estátua e descobriu que foi esculpida em um bloco proveniente de uma ataxita, um tipo pouco comum de meteorito ferroso, segundo estudo publicado na revista Meteoritics and Planetary Science. Esse meteorito teria caído na fronteira entre Mongólia e a Sibéria há cerca de 15 mil anos anos.
Não se pôde datar com exatidão a escultura, mas seu estilo leva a pensar que teria vínculos com a cultura Bon, anterior ao budismo, no século XI.
Estátua teria um estilo híbrido entre as culturas budista e Bon. Foto: AFP
Estátua teria um estilo híbrido entre as culturas budista e Bon

AFP
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ISS pode ter que manobrar para desviar de restos de satélite


Não seria a primeira vez que a ISS teria que desviar de lixo espacial. Foto: Getty Images
Não seria a primeira vez que a ISS teria que desviar de lixo espacial
Foto: Getty Images

Dois pedaços de um satélite russo destruído depois de se chocar com uma nave americana em 2009 poderão atingir a Estação Espacial Internacional (ISS) nos próximos dias, informou a agência Interfax. Os restos do satélite militar russo Kosmos 2251 se chocarão com a ISS, afirmou uma fonte do centro russo de controle de missões espaciais, caso ela não desvie. As informações são das agências AFP e Efe.
A ISS terá de realizar uma manobra para sair da trajetória dos restos do satélite. Esta operação está prevista a princípio para quinta-feira. Um satélite de comunicações da companhia americana Iridium se chocou em fevereiro de 2009 com o satélite militar russo aposentado Kosmos 2251. Este accidente aumentou a preocupação sobre os perigos que representa para as naves espaciais o lixo orbital, que se acumula nas mais de cinco décadas de atividade humana no espaço.
Em caso de necessidade, a plataforma orbital poderia corrigir sua órbita já nesta quinta-feira, com ajuda do cargueiro europeu ATV. Em janeiro, a estação corrigiu sua órbita para evitar a colisão com um fragmento de satélite americano Iridium-33.
Os restos deste satélite se espalharam pela órbita terrestre em 10 de fevereiro de 2009, depois que ele se chocou com o Kosmos-2251, o que fez com que ambos se partissem em mais de mil fragmentos. Em junho de 2011, a perigosa proximidade do lixo, que passou a apenas 250 m da estação, obrigou os seis tripulantes a evacuar a plataforma e buscar refúgio nas naves Soyuz que nela estavam acopladas.
A corporação aeroespacial russa Energuia constrói uma nave tripulada para recolher lixo espacial, principal ameaça para a ISS. Os pesquisadores das principais agências espaciais acreditam que mais de 700 mil fragmentos de lixo espacial vaguem na órbita terrestre.
Terra

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Hubble registra imagem mais distante já feita do universo


Imagem combina registros feitos pelo telescópio. Foto: Nasa/ESA/Divulgação
Imagem combina registros feitos pelo telescópio
Foto: Nasa/ESA/Divulgação

A Nasa divulgou nesta terça-feira um retrato "melhorado" da vista mais distante do universo. Chamada de eXtreme Deep Field (campo extremamente profundo, ou XDF, na sigla original), a imagem é uma combinação de fotos tiradas pelo telescópio Hubble nos últimos 10 anos e faz refência à Ultra Deep Field, outra imagem que mostrava os confins do universo. A nova imagem contém cerca de 5,5 mil galáxias.
Galáxias em espiral, de forma semelhante à Via Láctea e Andrômeda aparecem na imagem, assim como as grandes galáxias vermelhas onde a formação de novas estrelas cessou. As vermelhas são restos de colisões entre galáxias e estão em seus anos de declínio. Salpicadas por todo o campo estão galáxias pequenas e distantes, que eram como as "sementes" das quais as atuais formações cresceram.
O Hubble apontou para um pequeno pedaço do céu em visitas repetidas, feitas ao longo da última década, por um total de 50 dias, com um tempo total de exposição de 2 milhões de segundos. Mais de 2 mil imagens de um mesmo campo foram tiradas com duas câmeras do telescópio. "A XDF é a imagem mais profunda do céu já obtida e revela as galáxias mais fracas e as mais distantes já vistas", diz Garth Illingworth, da Universidade da Califórnia em Santa Cruz, principal investigador do programa Hubble Ultra Deep Field 2009.
Acredita-se que o universo tenha cerca de 13,7 bilhões de anos. A XDF mostra galáxias há 13,2 bilhões de anos. A mais antiga da imagem tinha apenas 450 milhões de anos. Segundo a Nasa, antes do lançamento do telescópio, os astrônomos conseguiam, no máximo e com dificuldade, ver objetos a 7 bilhões de anos-luz. O telescópio James Webb, planejado para ser o sucessor do Hubble, terá uma capacidade ainda maior. A agência afirma que ele será capaz de registrar galáxias quando estavam nos seus primeiros milhões de anos.
Terra

Sonda Curiosity analisa rocha pela primeira vez em Marte


Pela primeira vez, a sonda Curiosity analisou uma pedra em Marte. Foto: Nasa/Divulgação
Pela primeira vez, a sonda Curiosity analisou uma pedra em Marte
Foto: Nasa/Divulgação

A sonda Curiosity da Nasa, que está em Marte desde o dia 6 de agosto, tocou em uma rocha com seu braço robótico no último sábado, 22 de setembro. Foi a primeira vez que a sonda analisou um material do planeta vermelho tão de perto. Foram estudados os elementos químicos presentes na pedra, chamada Jake Matjevic.
De acordo com o site da Nasa, o espectrômetro (APXS) da sonda entrou em contato com a pedra no 46º dia em que o robô está em solo marciano. A câmera "Mars Hand Lens Imager" (Mahli), localizada no mesmo braço robótico, foi usada para inspeções na rocha.
Com testes finais feitos a laser, a Curiosity encerrou o trabalho na Jake Matijevic na última segunda-feira. A sonda pousou em Marte há sete semanas e iniciou uma missão que terá dois anos de duração usando 10 instrumentos.
Terra

Há 20 anos, Nasa lançava sonda Mars Observer à órbita marciana


A sonda foi lançada com o objetivo de realizar um estudo detalhado das características topográficas, geológicas e geofísicas do Planeta Vermelho, a .... Foto: Nasa/Divulgação
A sonda foi lançada com o objetivo de realizar um estudo detalhado das características topográficas, geológicas e geofísicas do Planeta Vermelho, a partir de sua órbita
Foto: Nasa/Divulgação

No dia 25 de setembro de 1992, a Nasa pôs em prática uma ambiciosa missão. A sonda espacial Mars Observer foi lançada com o objetivo de realizar um estudo detalhado das características topográficas, geológicas e geofísicas do Planeta Vermelho, a partir de sua órbita. Nas costas desse plano, havia um grande fardo a carregar, já que, 17 anos antes, a agência espacial americana enviou a Marte as duas naves do projeto Viking, o qual entrou para a história como a primeira missão a pousar de forma segura na superfície de outro planeta.
O amplo sucesso desse projeto anterior contribuiu para a expectativa de que o êxito se repetisse. Em agosto de 1993, no entanto, três dias antes de ingressar na órbita de Marte, a comunicação com a sonda Mars Observer foi perdida. O que permaneceu, para os cientistas e para as missões futuras, foi a tecnologia desenvolvida, que mais tarde possibilitou inventos como o telefone celular e aparelhos de diagnósticos médicos.
A fixação
O desejo de conhecer mais sobre Marte surgiu antes mesmo de o homem ter conquistado a Lua. Em 1965, a sonda Mariner 4 (uma das 10 aeronaves construídas pela Nasa para explorar o sistema solar) fez um voo rasante sobre o planeta, tirando suas primeiras fotografias aproximadas. Depois de Neil Armstrong dar seu pequeno grande passo, em 1969, Marte passou a ficar cada vez mais presente no imaginário dos terráqueos, que começaram a sonhar em quando o Planeta Vermelho seria o próximo destino do homem. Poucos dias após a chegada da Apollo 11 à Lua, as Mariner 6 e 7 começavam a gravar centenas de imagens do planeta, propiciando novas descobertas. Em novembro de 1971, o Mariner 9 chegou com sucesso à órbita de Marte e tornou-se o seu primeiro satélite artificial.
A grande conquista da Nasa começou em 1975, quando foram lançadas ao espaço as aeronaves Viking 1 e 2, que aterrissaram no Planeta Vermelho no ano seguinte, com o objetivo principal de procurar indícios de vida. Apesar de não terem encontrado evidências conclusivas, propiciaram o desenvolvimento de tecnologias que seriam utilizadas em todas as missões posteriores. Em 1992, a Guerra Fria já havia terminado, mas a Nasa seguia sedenta por informações sobre Marte. Baseando-se em um satélite de comunicação da Terra, construiu a sonda Mars Observer, que deveria trazer um estudo mais detalhado do planeta, incluindo suas características minerais, topográficas, geológicas, informações sobre sua atmosfera, campo gravitacional e campo magnético.
"A sonda proporcionará aos cientistas uma plataforma orbital a partir da qual a superfície e atmosfera inteiras de Marte serão analisadas e mapeadas. As informações serão coletadas diariamente em órbita de baixa altitude", dizia a Nasa para a imprensa, em setembro de 1992.
Investigação
As causas da perda de contato, três dias antes do previsto para a entrada na órbita de Marte, não foram identificadas pelo conselho formado para investigar os problemas ocorridos. "Devido aos esforços para localizar ou se comunicar com a sonda terem falhado, o conselho não foi capaz de encontrar evidências conclusivas que apontassem a um evento particular que tenha causado a perda do Observer", afirmava o relatório do conselho de investigação. Foi apontada como causa mais provável a ruptura do compartimento de combustível do sistema de propulsão da aeronave, que teria acarretado um vazamento de gás hélio sobre a manta térmica do aparelho.
"Quando se trata do envio de sondas orbitais a Marte, a dificuldade está justamente em colocar o satélite em órbita. É na aproximação de Marte que se perdem a maior parte das sondas, como a Mars Observer, em 1992, e a Mars Climate Orbiter, em 1999", explica o presidente da Agência Espacial Brasileira, José Raimundo Coelho. No caso de aparelhos que pousam no planeta, a dificuldade é ainda maior. "Além do pouso, o planeta apresenta um ambiente hostil que agride os equipamentos e subsistemas do veículo, principalmente devido aos ciclos térmicos (calor e frio) e à radiação. Várias dificuldades também aparecem por conta da fina poeira de Marte, que danifica equipamentos e partes móveis", pontua.
O consolo
Apesar de não ter cumprido o seu objetivo principal, a Mars Observer ajudou no aprimoramento de tecnologias que seriam usadas não apenas em novas missões, mas também em invenções presentes no cotidiano de pessoas em todo o mundo. "Infelizmente, ela falhou três dias antes de chegar ao planeta. Mas as tecnologias por ela desenvolvidas foram depois incorporadas às missões Mars Global Surveyor e Mars Odyssey, ambas com sucesso", afirma Coelho. "Durante o projeto e construção do Mars Observer, muitas tecnologias inéditas foram desenvolvidas. Estes novos conhecimentos são atualmente usados em vários equipamentos (inclusive telefones celulares e aparelhos de diagnósticos médicos) e rendem royalties para as empresas que as desenvolveram", revela o professor Dr. Annibal Hetem, pesquisador da Universidade Federal do ABC na área de Propulsão Aeroespacial.
No relatório do conselho de investigação sobre as causas da perda de comunicação, apesar de nenhuma resposta precisa ter sido apontada, foi manifestado o sentimento de que os estudos seriam importantes para evitar novas falhas. "Se os nossos resultados nos ajudarão a garantir que as futuras missões não sofram um destino semelhante, sentiremos que alcançamos nosso objetivo", declarou, na época, o presidente do conselho, Dr. Timothy Coffey, então diretor de pesquisa do Laboratório de Pesquisa Naval de Washington.
A esperança
Em novembro do ano passado, a Nasa lançou a missão Mars Science Laboratory, cuja linha de frente é representada pelo robô Curiosity, um jipe que pousou na superfície marciana em agosto deste ano. É a nova tentativa de descobrir condições favoráveis à vida e à habitabilidade em Marte. E também de chegar mais perto de responder a pergunta que tanto intriga a humanidade: "Estamos sós no universo?"
GHX Comunicação
GHX Comunicação

Satélites revelam aumento desigual nos níveis dos oceanos


O estudo se vale de informações levantadas a partir de imagens registradas por diferentes sondas espaciais nos últimos 18 anos . Foto: BBC Brasil
O estudo se vale de informações levantadas a partir de imagens registradas por diferentes sondas espaciais nos últimos 18 anos
Foto: BBC Brasil

Uma reavaliação de imagens feitas por satélites dos últimos 18 anos forneceu uma visão nova e mais detalhada das mudanças no nível do mar em todo o mundo. Um novo estudo, que se vale de informações levantadas a partir de imagens registradas por diferentes sondas espaciais, afirma que os níveis dos mares no planeta estão subindo apenas uma média de 3 mm por ano. Mas essa reavaliação oculta algumas grandes diferenças regionais - tanto para cima quanto para baixo.
O Mar das Filipinas, por exemplo, sofreu um aumento médio que ultrapassa 10 mm por ano. Em parte, isso reflete grandes oscilações nos ventos e na temperatura do Oceano Pacífico. O estudo integra a Iniciativa de Mudanças Climáticas (CCI, na sigla em inglês), aprovada pela Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla original) durante sua reunião ministerial de 2008.
Razões das variações
"O mapa de tendências é uma forma de olhar para as mudanças que ocorreram nos últimos 20 anos. Os lugares em que você observa tendências de alta provavelmente não terão novas tendências de alta nos próximos 20 anos", afirma Steve Nerem, da Universidade do Colorado, dos Estados Unidos.
Muitas destas variações por décadas tendem a se tornar mais estáveis se analisadas por períodos mais longos. É por isso que precisamos de mais missões para compreender o porquê de tais variações", acrescenta.
Paolo Cipolini, do Centro Nacional de Oceanografia da Grã-Bretanha, afirma também que "muitas das características vistas no mapa de tendências indicam mudanças no armazenamento de calor e correspondem, no longo prazo, às variações nas correntes do oceano".
A pesquisa deverá ajudar cientistas a compreender a escala de diferentes fatores no aumento do nível do mar a longo prazo e as mudanças anuais e interanuais que podem ocorrer. Atualmente, acredita-se que os principais causadores do aumento do nível dos mares sejam a absorção de mais calor pelos oceanos e as águas geradas pelo derretimento de geleiras e de camadas de gelo.
Medições
O essencial é identificar até que ponto a elevação do nível do mar estaria ficando mais rápida e colocar de lado as oscilações de longo prazo no comportamento dos oceanos, que podem contribuir para distorções nas leituras dos níveis marítimos.
A mensuração da superfície oceânica por satélites é algo relativamente novo. As observações de rotina tiveram início com a espaçonave europeia ERS-1, em 1991. A referência no setor atualmente é o Jason/Poseidon, resultado de uma cooperação entre os Estados Unidos e a Europa.
Agora em sua terceira versão, o satélite Jason circula o globo estabelecendo um mapa topográfico de 95% dos oceanos terrestres a cada dez dias. Para realizar isso, ele usa um radar altimétrico que constantemente mede pulsações de micro-ondas a partir da superfície do mar. Ao determinar o quanto o sinal demora para fazer a viagem de volta, o instrumento pode determinar a altura da superfície marítima.
Mas para que se tenha um retrato mais completo, é preciso relacionar os dados fornecidos pelo Jason com os de satélites que observam partes do mundo que acabam não sendo registradas de outras formas.
Outra importante ferramenta introduzida recentemente é o satélite gravitacional - especificamente as duas espaçonaves USGrace. Elas são capazes de medir a quantidade de gelo na Antártida e na Groenlândia e a quantidade de água armazenada nos continentes. E são capazes de oferecer novos dados a respeito do derretimento nos polos e o impacto das mudanças na precipitação que podem mover grandes quantidades de águas as águas para a terra.
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Aplicativo para iPad exibe cérebro de Albert Einstein


Aplicativo para iPad de um museu de medicina de Chicago colocou à disposição imagens do cérebro de Albert Einstein. Foto: Carla K. Johnson/AP
Aplicativo para iPad de um museu de medicina de Chicago colocou à disposição imagens do cérebro de Albert Einstein
Foto: Carla K. Johnson/AP

Um aplicativo para iPad que custa US$ 9,99 está disponibilizando imagens detalhadas do cérebro de Albert Einstein, informa a agência AP. As imagens foram obtidas de slides de fatias do cérebro do cientista, feitas logo após a morte de Einstein, em 1955, por um museu de medicina de Chicago. A aplicação permitirá um passeio "microscópico" na massa cinzenta do cientista. "Mal posso esperar para ver o que irão descobrir", disse o consultor do Museu Nacional de Saúde e Medicina de Chicago Steve Landers. "Gosto de pensar que Einstein estaria animado com a ideia", opina Landers.
Segundo a AP, depois que Einstein morreu, um patologista chamado Thomas Harvey fez uma autópsia, removendo o cérebro, na esperança de que no futuro se pudesse descobrir mais sobre os segredos por trás da genialidade do cientista. A ideia de disponibilizar o cérebro de Albert Einstein também passa pelo conceito de descobertas participativas, onde várias pessoas, profissionais ou não, dão o sua contribuição na tentativa de descobrir algo novo.
Num estudo realizado em 1999, se descobriu que a região do cérebro de Einstein responsável pela compreensão da linguagem, matemática e relações espaciais era 15% maior que o normal. Para o neurocientista Phillip Epstein, o aplicativo vai permitir que os usuários desvendem o cérebro de Einstein em maior profundidade. Apesar de os pedaços de cérebro estarem distribuídos por zonas cerebrais, não existe um mapa que diga onde exatamente se encontrava cada amostra digitalizada.
Com o nome NMHMC Harvey, o aplicativo pode ser baixado do iTunes. Parte dos lucros será revertida ao museu de medicina de Chicago para que novos projetos possam ser desenvolvidos.
http://noticias.terra.com.br/ciencia/noticias/0,,OI6178385-EI8147,00-Aplicativo+para+iPad+exibe+cerebro+de+Albert+Einstein.html#tphotos
Terra

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Estudo descobre halo de gás gigante ao redor de nossa galáxia


Ilustração mostra como seria o Halo. No centro, a Via Láctea e suas vizinhas - a Grande e a Pequena Nuvem de Magalhães. Foto: Nasa/CXC/M.Weiss; Nasa/CXC/Ohio State/A Gupta et al/Divulgação
Ilustração mostra como seria o Halo. No centro, a Via Láctea e suas vizinhas - a Grande e a Pequena Nuvem de Magalhães
Foto: Nasa/CXC/M.Weiss; Nasa/CXC/Ohio State/A Gupta et al/Divulgação

Observações do telescópio Chandra - da Nasa (a agência espacial americana) -, do satélite japonês Suzaku e do observatório XMM-Newton - da Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês) - indicam que a Via Láctea está rodeada por um gigantesco halo de gás quente que teria massa comparável às de todas as estrelas de nossa galáxia somadas.
Em comunicado nesta segunda-feira, a Nasa afirma que se o tamanho e a massa do halo forem confirmados, ele poderia explicar o problema dos "bárions desaparecidos". Os bárions mais conhecidos são os prótons e os nêutrons (os elétrons, que também compõem os átomos, fazem parte do grupo dos léptons).
Essas partículas compõem mais de 99,9% da massa dos átomos no universo. Observações de galáxias e halos de gás muito distantes (e, portanto, que aparecem ainda jovens para nós) indicam que existiam os bárions nos primórdios do universo representavam uma parcela maior da massa do universo jovem. Ou seja, hoje, cerca de metade dessas partículas está "desaparecida".
O novo estudo indica que as partículas desaparecidas podem estar nesse halo. Segundo a pesquisa, o objeto tem oito fontes brilhantes de raios-x a centenas de milhões de anos-luz de distância da Terra. Essas fontes têm temperatura entre cerca de 1 milhão e 2,5 milhão de °C - centenas de vezes mais quente que a superfície do Sol.
Os pesquisadores estimam que a massa desse gás é equivalente a 10 bilhões de vezes a do Sol, talvez até 60 bilhões de vezes. Eles acreditam ainda que ele pode ter "algumas centenas de milhares de anos-luz". A densidade é tão baixa que halos parecidos em outras galáxias podem ter escapado do registro dos pesquisadores.
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