quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Estudo recriará estrutura de buraco negro em laboratório


Um grupo de cientistas da Universidade de Heriot-Waat de Edimburgo, na Escócia, recriará a estrutura de regiões afetadas por buracos negros em um laboratório como parte de um projeto para investigar como a matéria e a energia interagem.
O estudo de 3 milhões de euros, que está sendo financiado pelo Conselho Europeu de Investigação (ERC), utilizará um impulso a laser com uma potência de trilhões de watts (10 mil vezes a energia de uma usina nuclear) para recriar as condições formadas ao redor de um buraco negro, explicaram os especialistas em comunicado.
Nestas regiões espaciais, existe uma concentração de massa muito elevada que cria uma campo gravitacional ao seu redor que nem a luz pode escapar e onde as leis físicas gerais não se completam.
"O que estamos criando é a mesma estrutura tempo-espaço que caracteriza os buracos negros. Porém, estamos fazendo com um impulso a laser, por isso que não temos a massa que se associa a esses fenômenos", explicou Daniele Faccio, que lidera a pesquisa.
Com este estudo, Faccio pretende descobrir como a luz interage com a matéria que se movimenta também à velocidade da luz. O investimento do ERC também servirá para financiar outra pesquisa sobre física quântica na mesma universidade, que analisará como um fóton e um elétron se comportam entre si em um chip de informática.

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Da Guerra Fria à cooperação: Corrida Espacial completa 55 anos


Com o fim da Segunda Guerra Mundial, o mundo se viu polarizado entre as duas potências aliadas: de um lado os Estados Unidos, capitalistas, e de outro a União Soviética, socialista. Assim, antagonizada por esses sistemas econômicos, começava a Guerra Fria, um período de tensão entre dois gigantes que nunca chegaram a se atacar.
A faceta mais célebre dessa disputa começou há 55 anos, quando os russos lançaram ao espaço o satélite Sputnik, em 4 de outubro de 1957. No mês seguinte, a cadela russa Laika foi o primeiro terráqueo a viajar ao espaço. Em 1958, surgiu a Nasa e, a partir daí, a contenda só se intensificou - Yuri Gagarin de um lado, Neil Armstrong de outro - até a dissolução do bloco soviético.
gigantesco salto para a humanidade, que chegou à Lua em 1969, colocou os EUA em uma liderança inconteste nessa briga pelo domínio do espaço. Mesmo com o fim da Corrida Espacial, no entanto, o ser humano ainda está longe de ter alcançado todas as suas metas extraterrestres. A corrida agora, para levar o homem a Marte e sondas além da heliosfera, ganhou caráter pacífico e nova concorrência: as potências asiáticas.
Confira a seguir fatos que marcaram o período.
INFOGRÁFICO

Corrida Espacial:
Da Guerra Fria à cooperação internacional, veja o que marcou a Corrida Espacial há 55 anos e o que esperar do futuro
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Agências russa e europeia lançarão sonda e robô a Marte


As agências espaciais russa e europeia lançarão conjuntamente em 2016 e 2018 uma sonda e um robô motorizado para explorar o planeta vermelho no marco do projeto ExoMars, informou nesta quinta-feira o Instituto de Pesquisa Espacial (IIE) da Rússia.
"Em 2018, a Rússia não só garantirá o lançamento do aparelho, mas também todos os instrumentos técnicos e científicos", afirmou Lev Zelenni, diretor do instituto pertencente à Academia de Ciências da Rússia. O cientista russo também explicou que em 2018 "a aterrissagem em Marte (do robô motorizado europeu Pasteur) será efetuada com meios russos".
Segundo Zelenni, a agência espacial russa Roscosmos já deverá ter construído uma plataforma de aterrissagem no planeta vermelho até a data prevista.
Além disso, o cientista adiantou que o financiamento do projeto europeu já foi aprovado pelo Governo russo e, em breve, a Roscosmos e o IIE assinarão o convênio correspondente.
O porta-voz da IIE, Yuri Zaitsev, acrescentou que a Roscosmos contribuirá com a missão com uma equipe de espectrômetros de infravermelhos ACS e um espectrômetro de nêutrons Frend.
Zaitsev apontou que a primeira sonda deverá se concentrar na exploração da atmosfera de Marte, em particular os gases estufa. Outro especialista do IIE, Igor Mitrofanov, assegurou que há vários milhões de anos Marte não era muito diferente da Terra, já que em sua superfície havia rios e lagos.
Os cientistas russos consideram que, uma vez que o planeta vermelho perdeu seu campo magnético devido a sua pouca massa, o vento solar acabou por evaporar toda água marciana. A Roscosmos decidiu cooperar ativamente com a Agência Espacial Europeia (ESA) depois que a agência espacial americana (Nasa) abandonasse o projeto por motivos financeiros.
Em 2009, a Nasa e a ESA assinaram um acordo para compartilhar os custos de uma missão em duas partes a Marte, a qual incluía o lançamento de uma nave orbital em 2016 e mais dois robôs exploradores em 2018, com o objetivo de buscar sinais de vida no planeta vermelho e também testar as tecnologias necessárias para uma viagem de ida e volta.
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quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Curiosity faz 'check-in' em Marte usando Foursquare


Com a ação, Nasa busca aproximar missão do público. Foto: Reprodução
Com a ação, Nasa busca aproximar missão do público
Foto: Reprodução

A sonda Curiosity fez "check-in" em Marte nesta quarta-feira usando o serviço de localização Foursquare para dispositivos móveis. De acordo com a Nasa, isto marca o primeiro check in em outro planeta. "Isto ajudará a aproximar a missão do grande público, fornecendo indicações da viagem da sonda pela cratera Gale", informou o diretor adjunto de comunicação da agência espacial americana, David Weaver. Os dados estão disponíveis na internet nos endereços foursquare.com/MarsCuriosity ou foursquare.com/NASA.
Os usuários do Foursquare poderão acompanhar da Terra a jornada do robô e ganharão emblemas virtuais da Curiosity na rede social para ser trocados por acessos a laboratórios, centros científicos e outros locais de inspiração tecnológica, de matemática ou engenharia. A Nasa fez a primeira colaboração com o Foursquare há dois anos, por intermédio do astronauta Doug Wheelock, que registrava sua localização na Estação Espacial Internacional.
A missão da Curiosity, com previsão de dois anos, destina-se a investigar se é possível ter existido vida no passado do planeta vermelho e em que condições pode ter existido. O veículo de US$ 2,5 bilhões pousou na superfície da cratera Gale em 6 de agosto, abrindo um novo capítulo na história da exploração interplanetária.
AFP
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Reversão do campo magnético está atrasada e preocupa cientistas


A única coisa que evita que a Terra tenha um ambiente sem vida como Marte é o campo magnético que nos protege da radiação solar letal e ajuda alguns animais a migrarem, e ele pode ser muito mais frágil do que se imagina. Cientistas afirmam que nosso campo magnético está ficando mais fraco e pode praticamente desaparecer em 500 anos, antes de fazer uma reversão completa.
Isso já aconteceu antes - o registro geológico sugere que o campo magnético tem revertido a cada 250 mil anos, indicando que, como o último evento ocorreu há 800 mil anos, outro parece estar atrasado. "O norte magnético migrou mais de 1,5 mil km no último século", afirmou Conall Mac Niocaill, cientista da Universidade Oxford. "Nos últimos 150 anos, a força do campo magnético diminuiu 10%, o que pode indicar que uma reversão deva ocorrer."
Embora seja difícil prever os efeitos desse fenômeno, as consequências podem ser enormes. A perda do campo magnético em Marte há bilhões de anos pôs fim à vida no planeta, se é que existiu alguma vida ali, afirmam os cientistas.
Mac Niocaill afirmou que Marte provavelmente perdeu seu campo magnético entre 3,5 bilhões e 4 bilhões de anos atrás, com base em observações de que as rochas no hemisfério sul do planeta têm magnetização.
A metade norte de Marte parece mais nova, porque possui menos crateras de impacto e não tem nenhuma estrutura magnética para contar a história. Portanto, o campo deve ter acabado antes da formação das rochas, que deve ter ocorrido há cerca de 3,8 bilhões de anos.
"Com o campo enfraquecido, o vento solar foi então capaz de arrancar a atmosfera e também houve um aumento da radiação cósmica chegando até a superfície", disse ele. "Essas duas coisas seriam má notícia para qualquer vida que possa ter se formado na superfície - ou a extinguindo ou forçando a sua migração para o interior do planeta."
O campo magnético da Terra sempre se refez, mas como continua a girar e a enfraquecer, poderá apresentar desafios - os satélites poderão ficar mais expostos ao vento solar e a indústria do petróleo usa as leituras do campo para direcionar as perfurações.
Na natureza, os animais que utilizam o campo poderão ficar bastante confusos. Pássaros, abelhas e alguns peixes usam o campo para navegação, assim como as tartarugas marinhas, cujas longas vidas, que facilmente podem ultrapassar um século, indicam que uma geração poderia sentir os efeitos.
Os pássaros poderão superar o problema, porque estudos mostram que eles têm sistemas que se fiam nas estrelas e em marcos terrestres, incluindo estradas e linhas de energia, para encontrar o seu caminho.
A Agência Espacial Europeia leva a questão a sério. Em novembro, planeja lançar três satélites para melhorar nosso entendimento sobre a magnetosfera.
O projeto, chamado Swarm, enviará dois satélites a uma órbita polar a 450 km de altura para medir as mudanças no campo magnético. Um terceiro será enviado a 530 km de altura para observar a influência do Sol.
Reuters
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Descoberta de dupla de buracos negros desafia teoria


Cientistas americanos encontraram um agrupamento de estrelas, dentro da Via Láctea, no qual foram detectados dois buracos negros ao invés de um, segundo publicou nesta quarta-feira a revista científica britânica Nature.
O aglomerado globular M22, formado por até 1 milhão de estrelas, contém pelo menos dois buracos negros, uma descoberta que modifica a teoria mais sólida até o momento. Segundo esta mesma teoria, nestes agrupamentos de estrelas são gerados centenas de buracos negros, mas a maioria deles é expulso para o exterior por conta da força gravitacional, fazendo com que só um permaneça dentro do aglomerado.
"Os processos físicos que esperamos que aconteçam estão, de fato, tendo um lugar no aglomerado. Os buracos negros são mais massivos que as estrelas, o que faz com que migrem ao centro do aglomerado e interajam entre eles, o que por sua vez faz com que muitos buracos negros sejam expulsos do agrupamento", explicou à agênciaEfe o astrônomo Jay Strader, da Michigan State University (EUA).
No entanto, a descoberta de dois buracos negros em um aglomerado demonstra que seu processo de expulsão não é tão eficiente como diz a maioria das teorias. "Quando restam poucos buracos negros, não acho que interajam e se expulsem entre eles tão rapidamente, por isso que alguns permanecem mais tempo do que se pensava até agora", acrescentou o pesquisador.
De fato, Strader estima que este agrupamento, situado na constelação de Sagitário e que orbita em torno da Via Láctea como se fosse um satélite, poderia abrigar uma população de cerca de cinco a 100 buracos negros.
A descoberta aconteceu a partir de imagens da M22, um dos aglomerados de estrelas mais próximos da Terra, obtidas pelo Very Large Array (VLA), um observatório radio-astronômico situado no Novo México (EUA). A equipe de Strader calculou, além disso, que a massa de cada um destes buracos negros variaria entre 10 e 20 vezes a do Sol.
Outros pesquisadores tinham detectado a coexistência de mais de um buraco negro em outros agrupamentos, mas até agora tinha sido impossível determinar suas massas.
Strader ressaltou que estes são os primeiros buracos negros, situados em um agrupamento, que são detectados por emissões de rádio ao invés de raios-X, o que significa que estariam aumentando de tamanho.
EFE
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Empresa britânica cria arpão para capturar lixo espacial


Lixo espacial coloca em risco satélites e outros equipamentos ainda em uso. Foto: Nasa/Divulgação
Lixo espacial coloca em risco satélites e outros equipamentos ainda em uso
Foto: Nasa/Divulgação

A fabricante de satélites Astrium, da Grã-Bretanha, está desenvolvendo uma nova arma contra o lixo espacial: um arpão para "caçar" objetos abandonados. O equipamento é capaz de alvejar satélites, foguetes e outras peças abandonadas.
A ideia seria limpar a órbita da Terra, atualmente cheia de detritos que põem em risco satélites e equipamentos ainda em uso. Uma vez capturado, o lixo espacial poderia ser trazido de volta ao planeta.
BBC Brasil
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terça-feira, 2 de outubro de 2012

Nasa convida cientistas para criar pesquisas para a ISS


A Nasa - a agência espacial americana - abriu no domingo uma chamada para cientistas que quiserem submeter propostas de pesquisa biológica na Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês). A ideia é desenvolver estudos sobre como a vida se adapta e responde à microgravidade.
Segundo a agência, os pesquisadores poderão utilizar novas unidades de pesquisa celular, de plantas e animais que estão sendo desenvolvidas para a estação. As propostas, afirma a Nasa, devem mostrar os benefícios para os astronautas que vivem e trabalham no duro ambiente espacial durante missões de longa duração. Além disso, devem significar avanços para a medicina e saúde de humanos na Terra.
A chamada da agência pede ainda pesquisas que ajudem a entender os processos biológicos básicos e o desenvolvimento da ciência e tecnologia para uma presença segura e produtiva do homem no espaço. Mais informações podem ser encontradas no link http://nspires.nasaprs.com (em inglês).
Terra

Carta de Einstein sobre Deus será leiloada na internet


Uma carta manuscrita pelo físico Albert Einstein um ano antes da sua morte, na qual ele expressava suas opiniões sobre a religião, será vendida neste mês no eBay com um lance inicial de US$ 3 milhões, disse um leiloeiro na última terça-feira.
Conhecida como "Carta de Deus", a correspondência revela pensamentos íntimos do cientista sobre religião, Deus e tribalismo. "Essa carta, na minha opinião, é realmente de significado histórico e cultural, já que são pensamentos pessoais e privados daquele que é provavelmente o homem mais inteligente do século 20", disse Eric Gazin, presidente da agência de leilões Auction Cause, de Los Angeles, que fará a venda no eBay.
Einstein escreveu a carta em alemão, em 3 de janeiro de 1954, num papel timbrado da Universidade Princeton. Seu destinatário era o filósofo Erik Gutkind, de quem ele havia lido Choose Life: The Biblical Call to Revolt ("escolha a vida: o apelo bíblico pela revolta").
"A palavra de Deus é para mim nada além do que a expressão e produto da fraqueza humana, a Bíblia é uma coleção de lendas honradas, mas ainda primitivas, que são, não obstante, bastante infantis. Nenhuma interpretação, não importa quão sutil, pode (para mim) mudar isso", escreveu o cientista de origem alemã, ganhador do Nobel de Física de 1921.
O vendedor anônimo da carta, que será leiloada com o envelope, selo e carimbo postal originais, a adquiriu da Bloomsbury Auctions, de Londres, por US$ 404 mil. Gazin disse que a carta, a ser leiloada entre 8 e 18 de outubro, pode alcançar até o triplo do valor inicial, ou seja, US$ 9 milhões.
Em carta, Einstein fala sobre Deus. Foto: Reuters
Em carta, Einstein fala sobre Deus

Reuters
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Rússia planeja primeira missão de 1 ano na Estação Espacial


A primeira missão de um ano a bordo da Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês) deve começar em março de 2015, após acordo entre os países proprietários do complexo orbital, que antes mantinham astronautas por seis meses no local, disse o diretor da agência espacial russa nesta terça-feira.
O responsável por voos tripulados russos da estatal Roscosmos, Alexei Krasnov, disse que a decisão foi tomada nesta semana em Nápoles, na Itália, pelos participantes do Congresso Astronáutico Internacional.
A expedição com dois membros, um da Rússia e outro dos Estados Unidos, será um primeiro teste, e o resultado vai determinar se todas as missões serão ampliadas para um ano, segundo ele.
"A decisão fundamental foi tomada, só as formalidades restam por serem negociadas. Até agora, estamos falando de uma só missão", disse Krasnov à agência de notícias RIA.
"Caso se prove efetiva, poderemos discutir com os países parceiros uma transição permanente dos voos de meio ano para voos de um ano". Atualmente, a Rússia é o único país que realiza voos tripulados para a Estação, dando "caronas" pagas a astronautas de outras nações.
INFOGRÁFICO

Gravidade zero:
veja alguns dos efeitos que a falta de gravidade exerce sobre o corpo dos astronautas
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Foto da Curiosity mostra rocha de Marte em alta resolução


Imagem foi registrada a uma distância de aproximadamente 27 cm. Foto: Nasa/Divulgação
Imagem foi registrada a uma distância de aproximadamente 27 cm
Foto: Nasa/Divulgação

A sonda Curiosity da Nasa, que está em Marte desde o dia 6 de agosto, tirou foto de uma pedra a uma distância de aproximadamente 27 centímetros. A rocha, chamada "Bathurst Inlet", pode ser vista perfeitamente após a combinação de oito imagens obtidas pela câmera Mars Hand Lens Imager (Mahli). De acordo com a Nasa, a pedra tem tamanho de 16cm por 12cm.
No dia 22 de setembro, a Curiosity tocou e analisou pela primeira vez uma rocha com seu braço robótico. Foram estudados os elementos químicos presentes na pedra, chamada Jake Matjevic.
De acordo com o site da Nasa, o espectrômetro (APXS) da sonda entrou em contato com a pedra no 46º dia em que o robô estava em solo marciano. A câmera Mahli, localizada no mesmo braço robótico, foi usada para inspeções na rocha.
Com testes finais feitos a laser, a Curiosity encerrou o trabalho na Jake Matijevic na última segunda-feira. A sonda pousou em Marte há sete semanas e iniciou uma missão que terá dois anos de duração usando 10 instrumentos.
Terra

Imagem inédita traz 'close' de anéis de Saturno


Uma nova imagem recém-divulgada pela espaçonave Cassini, da Nasa, traz detalhes dos célebres anéis de Saturno e do lado sul do planeta. A imagem foi registrada em junho quando o veículo espacial estava a 2,9 milhões de km de Saturno - o segundo maior planeta do sistema solar, menor apenas que Júpiter.
As câmeras da Cassini registraram o lado sul, mal iluminado, dos anéis. A imagem foi obtida quando a sonda fazia uma trajetória de aproximadamente 14 graus abaixo dos anéis, que lançam uma vasta sombra sobre a superfície do planeta. Sua composição mistura gelo, poeira e material rochoso.
Ponto minúsculo
A imagem mostra a lua de Encélado, de 504 km de diâmetro, que parece um ponto minúsculo ao lado esquerdo do enorme planeta. Saturno possui ao menos 60 luas. A missão da Cassini, orçada em US$ 3,2 bilhões (cerca de R$ 6,5 bilhões), foi lançada em 1997, e a nave espacial vem estudando o planeta desde 2004, quando começou a orbitar em torno dele.
Em 2004, a sonda Huygens se separou da Cassini e alcançou, em janeiro do ano seguinte, a maior lua de Saturno, Titã. Encélado e Titã são satélites de grande interesse científico, uma vez que contam com água no formato líquido a pouca profundidade de sua superfície, além de possuir gêisers, que lançam água vaporizada.
A Titã possui muitas características mais próprias de um planeta do que de uma lua. Além da Terra, ela é o único corpo celeste que possui uma atmosfera densa e cheia de nitrogênio, se assemelhando a uma Terra primitiva. Por isso, muitos cientistas acreditam que ela seria capaz de abrigar alguma forma de vida. A Cassini continuará pesquisando Saturno até, pelo menos, 2017.
Imagem foi obtida quando a sonda fazia uma trajetória de aproximadamente 14 graus abaixo dos anéis. Foto: Nasa/Divulgação
Imagem foi obtida quando a sonda fazia uma trajetória de aproximadamente 14 graus abaixo dos anéis
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segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Do 1º homem na Lua à carona de russos: Nasa completa 54 anos


Columbia entrou para a história como o primeiro ônibus espacial lançado. Em 2003, explodiu ao entrar na atmosfera, matando os sete membros da .... Foto: Getty Images
Columbia entrou para a história como o primeiro ônibus espacial lançado. Em 2003, explodiu ao entrar na atmosfera, matando os sete membros da tripulação
Foto: Getty Images

"Missão completa, Houston." Com essas palavras, o comandante Chris Ferguson encerrou, em julho de 2011, a última viagem do ônibus espacial americano Atlantis, que acumula quase cinco mil órbitas realizadas em volta da Terra. No último dia 20, o seu colega Endeavour, com 25 missões nas costas e quase tantas órbitas quanto o Atlantis, foi visto sobrevoando o céu dos Estados Unidos, mas dessa vez levado por um avião de transporte, de Houston até Los Angeles, onde será mantido como peça de museu no Centro Científico da Califórnia.
A aposentadoria dessas imponentes aeronaves é decorrente do final doShuttle Program, o programa de ônibus espaciais da Nasa, e serve para simbolizar a atual situação da agência americana, que nesta segunda-feira completa 54 desde que iniciou suas operações. Cortes no orçamento e nos recursos humanos de seus fornecedores são outros capítulos da recente história da agência, principalmente após a crise econômica mundial que explodiu em 2008 no sistema financeiro americano.
O presidente Barack Obama, contudo, prometeu esforços para reerguer a Nasa, direcionando-a a um novo caminho: a conquista de Marte. Para entender melhor o momento atual da agência, conheça a seguir o papel que ela teve na epopeia da conquista espacial.
INFOGRÁFICO

Nasa completa 54 anos:
Do primeiro homem na Lua à carona com os russos, confira o panorama histórico da agência espacial americana
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Nova molécula dá esperanças contra Parkinson e doença de Hawking


Stephen Hawking sofre com doença neurodegenerativa. Foto: Nasa/AFP
Stephen Hawking sofre com doença neurodegenerativa
Foto: Nasa/AFP

Pesquisadores dos Estados Unidos afirmam que uma nova classe de moléculas consegue bloquear a morte de células nervosas em modelos animais. A descoberta pode levar a novos tratamentos contra doenças neurodegenerativas, como o mal de Parkinson e a esclerose lateral amiotrófica (ELA, que atinge o físico Stephen Hawking ). Dois novos estudos sobre a substância foram publicados na revista especializada PNAS nesta segunda-feira.
"Nós acreditamos que nossa estratégia para identificar e testar estas moléculas em modelos animais de doença nos provê um meio racional de desenvolver uma nova classe de drogas neuroprotetoras", diz Andrew Pieper, pesquisador da Universidade de Iowa, e um dos autores dos dois estudos.
Há cerca de seis anos, Pieper, que estava na Universidade do Texas, e seus colegas vasculharam os cérebros de roedores em busca de uma substância que protegesse os neurônios na região do cérebro chamada de hipocampo. Eles encontraram um componente que parecia ter sucesso, que chamaram de P7C3.
"Nós estamos interessados no hipocampo porque lá novos neurônios nascem todos os dias. Mas essa neurogênese é desacelerada por certas doenças e também pelo envelhecimento", diz o pesquisador. "Nós estávamos procurando por pequenas moléculas que funcionam como medicamentos e que pudessem aumentar a produção de novos neurônios e ajudar a manter o funcionamento apropriado do hipocampo."
Contudo, quando os pesquisadores olharam a P7C3 mais de perto, eles descobriram que na verdade ela protegia os jovens neurônios da morte celular. Eles então se perguntaram se a molécula poderia proteger células nervosas maduras em outras regiões do sistema nervoso (como na medula espinhal), que são afetadas pelas doenças neurodegenerativas.
Nos novos estudos, eles mostram que a molécula e uma forma mais ativa (chamada de P7C3A20) potencialmente protegem os neurônios afetados por essas doenças. Além disso, os modelos animais tiveram melhoras nos sintomas desses males - vermes mantiveram os movimentos normais, e roedores tiveram melhora de coordenação e força.
Um dos resultados, por exemplo, mostra que a molécula consegue proteger as células produtoras de dopamina. Nos pacientes com mal de Parkinson, a destruição delas leva a tremores, rigidez e dificuldade em caminhar.
O time de pesquisadores pretende agora continuar o estudo da P7C3 para melhora sua habilidade neuroprotetora enquanto elimina possíveis efeitos colaterais. "Nossa esperança é que este trabalho forme a base para o desenvolvimento de uma droga neuroprotetora que um dia possa ajudar esses pacientes", diz Pieper.
Terra